31.7.09

Mourinho: a felicidade de perder Ibrahimovic

ver comentários...
Será que perder um dos melhores jogadores do mundo pode ser uma boa notícia? Para Mourinho, claramente, a resposta é sim. Ibrahimovic é um desses jogadores, provavelmente mesmo o que mais impressiona na sua posição no futebol actual. Para o “Special One”, no entanto, a perda dessa inegável mais valia individual representa uma improvável esperança de que as coisas finalmente mudem em termos colectivos. Terá razões para sorrir, o “Special One”?


A frustração de Mourinho
O objectivo era ter já conseguido isso no primeiro ano e esse falhanço terá sido, muito mais do que a impotência europeia, a grande frustração de Mourinho no futebol italiano. O treinador queria jogar alto, pressionar e ter a bola. Tal qual fizera nos primeiros anos, quer no Porto, quer no Chelsea. A realidade, no entanto, confrontou Mourinho com a evidência de que essa filosofia só poderia ter sucesso com intérpretes que com ela se sentissem confortáveis. Não foi o caso e não havia outro caminho que não fosse readaptar a filosofia para algo que realmente conseguisse retirar o melhor dos intérpretes. O resto é conhecido. Futebol directo e de transições mortíferas, a retirar o melhor de Ibra, mas incapaz de entusiasmar o próprio Mourinho, resignado ao destino de poder lutar apenas pelo domínio interno.

Revolução táctica
Saiu Ibra e tudo mudou. É o próprio Mourinho que o diz. Na verdade, a perda do sueco significa o abandono do último motivo que poderia existir para continuar a jogar dentro do mesmo perfil. A revolução é agora inevitável, e mesmo que isso represente algum risco, para Mourinho parece ser um alívio. Chegou Lucio, que fará a defesa subir. Na frente, Eto’o e Milito darão mobilidade e, talvez mais importante, eficácia ao pressing. Resta o meio, onde se procura dar mais vocação à posse. Para isso chegaram já Motta e Hleb, mas parece certo que haverá mais novidades com os milhões que restam do negócio Ibra. O sistema deve manter-se (4-4-2 em losango), mas revolução táctica sentir-se-á seguramente pelos comportamentos.




Ler tudo»

ler tudo >>

Zoom Ronaldinho (mais um...)

ver comentários...

ler tudo >>

30.7.09

Sporting - Twente: o melhor foi... o nulo

ver comentários...
Se dos jogos de pré época se duvida sempre, não há como um primeiro jogo oficial para o confirmar. A estreia “a sério” do Sporting foi, neste contexto, a confirmação do que de pior se vira na pré temporada. Estranho se considerarmos que, com Paulo Bento, sempre o ‘leão’ havia arrancado bem em épocas anteriores. Desta primeira mão resultam sinais de uma incapacidade preocupante, perante um jogo que tudo tinha para ter sido ganho. Na verdade o nulo terá até sido o melhor que o Sporting extraiu da partida. Deixa tudo em aberto numa eliminatória que. muito facilmente se percebe, podia estar bem pior...


O planto individual: em subrendimento
Foi o que mais me espantou. O momento individual da generalidade dos jogadores é terrível. Incapazes de ter lucidez nas decisões, de explodir no 1x1, de executar de uma forma competente. Entre todos, creio, sobressaíram pela negativa Pedro Silva e Vukcevic, mas o mal foi generalizado, escapando, talvez, Veloso, Carriço e Fernandez. Não adianta muito discutir se o mal é físico ou psicológico, até porque as coisas estão sempre ligadas. O que realmente importa dizer é que se não corrigir este rendimento individual, o Sporting a nada pode aspirar.

O planto colectivo: Um 14 para potenciar
A discussão de um ou outro aspecto colectivo não é, face ao que se viu, o fundamental. As ideias colectivas só podem ter qualidade se os jogadores forem capazes de decidir e executar bem. Esse, claramente, não é o caso actual do Sporting, que primeiro tem de resolver esse problema.
Ainda assim volto a carregar na mesma tecla, e cada vez com mais convicção. Fernandez continua a dar sinais de uma qualidade assinalável, mas também de uma incapacidade enorme de aparecer no jogo. Paulo Bento tem de encontrar uma forma melhor de potenciar o futebol do chileno e isso passará por rever, ou o posicionamento do 14 no losango, ou as rotinas colectivas.

O ponto positivo: o pressing
Mesmo com todos os problemas que revelou, o Sporting por pouco não conseguiu levar a melhor na partida. Apesar de ser incapaz de ter qualidade na sua posse de bola, a equipa encontrou no pressing uma arma letal e que acabou por impedir que o Twente tivesse condições para fazer melhor. Foram enormes as dificuldades dos holandeses para sair a jogar (e como absurdamente insistiram nisso!) e isso custou-lhes um jogador e, por pouco, o próprio jogo. Aliás, o facto de ter ficado com 10, mas com 0-0 acabou por não ser benéfico para o Sporting. Seria até mais provável que o Sporting tivesse marcado se o Twente tivesse mantido a mesma postura que teve com 11 jogadores.

A segunda mão: tudo em aberto, mas...
Dentro de 1 semana tudo deve ser diferente. O Twente tem a vantagem do factor casa e isso deve fazer sentir-se na confiança com que vão abordar o jogo. O Sporting, por seu lado, pode ter a certeza que terá pela frente um adversário mais aberto e que o empate com golos o favorece. Para que algum optimismo se justifique, no entanto, é preciso melhorar muito durante a semana...


Ler tudo»


ler tudo >>

Quem disse que ele não sabia marcar?

ver comentários...

ler tudo >>

29.7.09

Keirrison, o reforço inesperado

ver comentários...
Num cenário que ninguém previa, o Benfica surge com uma capacidade de investimento sem igual no futebol português. Alguns reforços milionários depois, os encarnados demonstram não ter perdido qualquer voracidade no ataque ao mercado e agora afiguram-se como o próximo destino de Keirrison, uma aposta do Barcelona para os próximos anos. Como se explica tanta saúde financeira? Não sei responder, e provavelmente vamos mesmo ter de esperar algum tempo para perceber. Para já, fica a opinião sobre outras questões que envolvem este empolgante reforço...


Inegável potencial
Começando pelo perfil. Já havia falado de Keirrison, definindo-o como um ponta de lança “fino”, de características bem mais identificáveis na escola holandesa do que brasileira. Não é especialmente veloz ou forte fisicamente e não tem um drible ou pontapé que o distingam especialmente. Mas é muito inteligente a movimentar-se na zona ofensiva e tem grande qualidade técnica na forma como executa, embora o faça quase sempre de forma simples. O golo é a sua vocação e por isso marcou tantos golos por todos os clubes onde passou na sua jovem carreira. É claro que o futebol europeu representa um obstáculo ainda para ser ultrapassado, mas diria que se a aposta for consistente, Keirrison tem tudo para triunfar.

Bom negócio?
Keirrison chega à Luz mas é uma aposta do Barcelona. O ‘Barça’ definiu como estratégia para o investimento neste jovem talento emprestá-lo por 2 épocas. A questão é saber até que ponto este tipo de negócios servem o Benfica. Confesso que fico um pouco dividido na questão. Por um lado, do ponto de vista financeiro, esta é uma aquisição sem qualquer valor. Não representa investimento, é verdade, mas dificilmente o Barcelona o terá emprestado sem garantia de que irá jogar e, por isso, tapa também o lugar a um valor do plantel, no caso Saviola ou Cardozo. Por outro, o Benfica ganha o contributo desportivo de um valor que poderá, nos próximos 2 anos, ter um rendimento significativo. No final far-se-á o balanço...

Concorrência e gestão de expectativas
Como referi anteriormente, dificilmente este negócio terá sido avalizado pelo Barcelona sem uma boa perspectiva de utilização do jogador. Ou seja, a vida poderá não estar fácil para os restantes avançados. É certo que há a perspectiva de muitos jogos e pode haver oportunidades para todos, mas também é seguro que nem todos têm as mesmas expectativas e forma de reagir perante eventuais perdas de protagonismo. A concorrência pode ser saudável, mas também uma ameaça à coesão do grupo. A capacidade de liderança perante jogadores de outro nível já era o principal desafio de um treinador suficientemente competente noutras vertentes. A menos que haja uma saída para já inesperada, Jesus pode ter na linha da frente um sector sensível ao nível da gestão de expectativas...


Ler tudo»

ler tudo >>

Diego e Ronaldo: O dia das primeiras "obras"

ver comentários...


ler tudo >>

28.7.09

Lyon – Porto: Só Hulk não é deste filme!

ver comentários...
Não seria difícil alguém desinformado perceber que este era um jogo de pré época. Um pequeno acompanhamento da partida bastaria para chegar a essa conclusão, tal a fraca intensidade a que o jogo foi disputado. A responsabilidade será sobretudo do Lyon que nunca pareceu especialmente incomodado com aquele primeiro rasgo de Hulk, mas o próprio Porto acabou por embalar no ritmo, jogando sempre apenas o suficiente para se manter por cima. Este carácter pouco competitivo do jogo torna tudo pouco conclusivo, fazendo destes 90 minutos algo particularmente desinteressante, se acrescentarmos o conservadorismo de Jesualdo em relação às partidas anteriores. Ainda assim, ficam algumas notas sobre o que se pode ver em Huelva...


Hulk – Tenho de começar por ele. Já nesta temporada se havia percebido o momento fantástico que já atravessa. Hulk nunca foi do “mesmo filme” do resto do jogo e isso foi o que acabou por marcar realmente a diferença entre as equipas.

Modelo para continuar?! – O primeiro jogo a sério está já próximo e Jesualdo parece manter a aposta no modelo e, sobretudo, nas figuras. Parece-me óbvio que este nunca poderá ser o “plano A” durante o grosso da época e que não bastará trocar Rodriguez por Mariano ou Varela. O tempo seguramente acabará por confirmar esta ideia. Uma viagem ao passado e à época anterior leva-nos aos riscos que pode ter entrar em competição com os ajustamentos tácticos por definir mas esse é um preço que Jesualdo parece, de novo, disposto a pagar. Sobre este figurino, acrescentar apenas que, apesar de não ser provável como estratégia principal, poderá ser útil em jogos de maior grau de dificuldade, onde há mais espaço para Hulk explodir.

Qualidade colectiva – A organização colectiva portista foi, novamente, boa. Mas isso não é propriamente novidade. O nível de exigência vai, no entanto, para além do que se pode ver. O teste não foi, como já referi, o melhor mas, se contra o Dinamo destaquei as dificuldades da equipa em construção, desta vez o que mais me mereceu reparos, pela negativa, foi o pressing. Um dos pontos fortes do modelo portista e um dos aspectos que mais precisam de ser cuidados após as perdas de Lucho e Lisandro. O Porto foi pouco eficaz no pressing, permitindo várias vezes que a posse de bola do Lyon fizesse a bola chegar, jogável, ao espaço entre linhas, apesar das jogadas nunca terem tido boa sequência a partir desse momento. Mais uma vez, a pouca intensidade do jogo torna tudo mais inconclusivo, mas este é mais um aspecto a acompanhar em próximos testes...

Outras individualidades – Na baliza, Helton, ao seu estilo, quase conseguia complicar um jogo em que nunca o Lyon foi minimamente perigoso. Na defesa, espera-se para ver as alternativas ao centro, enquanto que na esquerda, Alvaro Pereira deu nas vistas pela frequência com que ganhou duelos defensivos individuais. No meio campo, de novo Belluschi com dificuldades na posição. Pouca capacidade para entrar no jogo e, quando o fez, demonstrou um timing desajustado para a soltar, o que explica um número elevado de perdas. Desta vez nem houve oportunidade para os desequilíbrios que tão facilmente provoca no último terço. Na frente, para além de Hulk, Mariano desta vez esteve melhor do que Varela. O português, aliás, voltou a evidenciar a característica que, na minha opinião, acabará por condicionar as suas possibilidades de manter um lugar no onze. Tem pouca “baliza”.


Ler tudo»

ler tudo >>

O chapéu do 'Piolho'

ver comentários...

ler tudo >>

27.7.09

Benfica 09/10: Optimismo reforçado em Amsterdão

ver comentários...
Não é pelo simples facto de ter vencido, embora seja isso que sempre justifica o acréscimo de entusiasmo generalizado. O facto é que de Amsterdão, mais do que o troféu em disputa, o Benfica trouxe indicadores importantes e positivos frente a 2 adversários de características muito diferentes (mais directo e físico o Sunderland, e mais técnico o Ajax). Em 2 jogos em que se percebeu claramente que Jesus está apostado, desde já, na sistematização das rotinas em torno de 1 onze base, o Benfica foi posto perante dificuldades distintas e em ambos os casos passou por alguns momentos de sobressalto que até podiam ter resultado noutro tipo de desfechos. O resultado final não é, obviamente, um dado irrelevante, mas os pontos positivos estão sobretudo ligados ao crescimento da equipa em termos colectivos. Destacaria as melhorias em termos de construção ofensiva e, principalmente, a boa organização que a equipa conseguiu manter durante praticamente todos os momentos dos jogos. Aqui ficam algumas notas individuais deste duplo embate encarnado...


Shaffer – Já mostrou ser capaz de decidir e executar bem em termos ofensivos. Falta-lhe crescer em termos de comportamento táctico e defensivo, isto porque continua a cometer erros posicionais e a revelar frequentes dificuldades no 1x1. Ainda assim, esta etapa deve ser encarada como um período de adaptação a uma nova realidade e tudo vai depender da forma como evoluir. Para já, claramente, Jesus aposta na sua progressão, tendo lhe dado muitos minutos. Já se percebeu, também, que o treinador está preocupado com alguns dos seus comportamentos...

Javi Garcia – Na posição 6, Yebda superou as minhas piores expectativas e não me surpreenderia, até, que fosse dado o aval para a sua saída antes do final do período de transferências. É que, dentro do mesmo perfil físico, Javi Garcia é bastante mais seguro, sendo difícil perspectivar qualquer hipótese para o francês nesta disputa. Quer ao nível do posicionamento, quer da posse de bola, Garcia é mais competente e, sobretudo, seguro, tendo tudo para cumprir bem melhor a função. Ainda assim, muito dificilmente vai deslumbrar, destacando alguma proximidade excessiva aos centrais em termos posicionais e uma óbvia simplicidade em termos criativos.

Ramires – Outro caso que vem confirmando completamente a projecção que havia feito sobre a sua integração. Ramires tinha uma função no Brasil que não existe no Benfica e na generalidade do futebol europeu. São óbvias as suas capacidades, quer físicas, quer técnicas, mas é também um jogador com muitas dificuldades em organização ofensiva, parecendo esconder-se do jogo por não ser capaz de criar linhas de passe e tendo, depois, pouca criatividade para desequilibrar. Em transição, o seu rendimento é outro, devido à verticalidade e velocidade com que aborda estes momentos. Pode vir rotulado de craque, mas na Europa tem ainda de cumprir um processo de adaptação táctica até ter um rendimento condizente com os créditos que lhe são atribuídos. Com a aposta em Javi Garcia duvido que venha a acontecer, mas gostaria de o ver testado como 6, onde creio que poderia render muitíssimo dentro deste modelo.

Di Maria – Continua a confirmar a ideia com que fiquei logo após os primeiros jogos de pré época. Ou seja, provavelmente será o jogador que mais vai ganhar com o modelo. Não aparece tão dependente das situações de 1x1 e as decisões são mais fáceis para ele, beneficiando muito do facto da equipa procurar sistematicamente os momentos de transição, onde claramente é mais forte. Pode rapidamente tornar-se no destaque principal da equipa, pela idade e capacidade com que desequilibra.

Saviola – Não marcou nestes 2 jogos, mas, na minha opinião, foi onde esteve melhor. Saviola tem uma importância grande na forma de atacar, criando soluções de passe vertical num primeiro momento de organização e aparecendo, depois, com movimentos desconcertantes no último terço. É, depois, inteligente e rápido a executar, o que faz dele um avançado muito importante para este modelo de Jesus.


Ler tudo»

ler tudo >>

Para quem esperava Ronaldo, deu Obina... 3 vezes!

ver comentários...

ler tudo >>

24.7.09

Porto - D.Bucareste: Superior e prematuro

ver comentários...
A facilidade com que o Porto se superiorizou ao Dinamo resulta de um diferencial óbvio entre a qualidade individual e colectiva dos 2 conjuntos. Tendo em conta que este é ainda um Porto muito embrionário, esta constatação surge como um relevante elogio à qualidade do plantel azul e branco e, sobretudo, ao trabalho colectivo realizado. Ainda assim, este foi um teste pouco interessante, por continuar a não apresentar pistas significativas sobre o caminho que o modelo portista poderá levar em 09/10. Tal só acontecerá quando houver mais tempo para dar aos reforços recém chegados e creio que tais ideias poderão começar a ser clarificadas a partir dos próximos jogos. Ainda assim, aqui ficam algumas notas sobre o que foi apresentado...


Defesas centrais – Não foi um jogo muito exigente mas também não foi brilhante por parte de nenhum dos 3 jogadores que actuaram nesta posição. Bruno Alves foi, como era previsível, o melhor mas não se coibiu de alguns erros, assim como Maicon, algo inseguro na saída de bola. Rolando terá sido aquele que menos impressionou, mas mantém-se na frente na corrida para a titularidade, pelo que fez no passado. Creio que apesar de alguma displicência generalizada há grande qualidade nas soluções e mantenho as enormes expectativas sobre Nuno André Coelho, esperando que seja largamente testado na zona central em pelo menos 1 jogo da Peace Cup.

Médios interiores – O jogo do Porto, apesar da superioridade, não impressionou minimamente. Em destaque negativo esteve a fase de organização ofensiva, onde a equipa sentiu enormes dificuldades em encontrar soluções (valeu a incapacidade do Dinamo para dar sequência às várias intersecções que conseguiu). Aqui chegamos aos médios interiores do losango que tiveram enormes dificuldades em entrar em jogo, sendo que Meireles foi a única excepção. Guarin não é, para esta questão, um problema maior porque não deverá entrar nas contas da titularidade, mas o mesmo não se pode dizer de Belluschi. O argentino continua a revelar o que dele se esperava em termos de qualidade no último passe e vocação para finalizar, mas também, em termos tácticos, a revelar grandes dificuldades para aparecer no jogo. Falta ver muito deste Porto, mas parece claro que este é o primeiro problema que Jesualdo tem para resolver.

Ataque – Hulk a 9 é uma solução que poderá acontecer apenas em certos jogos e que nunca será parte da “fórmula” base do modelo. Esta constatação leva desde logo à conclusão de que este modelo nunca poderá ser o definitivo, sendo que ainda falta Rodriguez e ver Falcao (mais tempo). Este trio deverá ser parte da solução principal e isso condiciona muito a margem de manobra para Mariano e Varela. Mariano fez um bom jogo e será uma boa solução para qualquer versão que o modelo tenha, porque tem inteligência para tal. Já Varela, o grande destaque do jogo, é um pouco mais específico e apesar de todo o fulgor da pré época, não lhe prevejo grandes possibilidades de competir pela titularidade. Creio que isto ficará mais claro com o tempo. A indefinição de como enquadrar melhor estas soluções é, em grande parte, a indefinição que ainda existe sobre o próprio modelo 09/10.

4-3-3 vs. 4-4-2 – O período potencialmente mais interessante do jogo foram os 20 minutos finais. Com Valeri e Falcao em campo, o Porto testou o 4-4-2. Viu-se pouco, mas parece-me que o ex-Lanus é claramente encarado como uma boa solução para este sistema o que, aliás, já tinha antecipado. Resta esperar por mais evoluções, até porque acredito que o modelo final, nem será o 4-3-3 da primeira parte, nem o 4-4-2 dos últimos 20 minutos...


Ler tudo»

ler tudo >>

O tombo "fenomenal" e outros destaques...

ver comentários...
- Vale a pena (mesmo!) ver o golo de Cleo
- No empate entre Inter e São Paulo, Alecssandro marcou 2. Mas o destaque vai para o golão de Jean (2-2). E pensar que já passou pelo... Penafiel!
- Outro golão de Diego Souza, apesar de não valer pontos.

ler tudo >>

Lulinha no... Estoril!! (e esta, hein!)

ver comentários...

ler tudo >>

23.7.09

Ibrahimovic por Eto'o: quem beneficia com a troca?

ver comentários...

Depois dos milhões do Real, eis que surge mais um negócio megalómano em vista, para provar que a crise afinal não afectou o futebol. Na Catalunha tenta-se responder à letra e trazer Ibrahimovic para Camp Nau. A pergunta que faço é quem ganhará mais com a troca? Ou, se calhar... se alguém fica realmente a ganhar?


Creio que numa perspectiva estritamente individual, Ibrahimovic está num plano superior ao camaronês. A questão é perguntar se o sueco terá um rendimento superior do que Eto’o dentro do estilo do Barça. Uma das potencialidades de Ibrahimovic está na sua capacidade física e na forma como discute lances aéreos com os defesas. Ora, não se está a ver o Barça fazer uso dessas potencialidades, perdendo alguma reactividade e velocidade em que Eto’o é mais forte. Será que a mais valia individual de Ibra, supera algum desajuste com o estilo colectivo?

Em Mião, Mourinho poderá dar inicio a uma revolução de quadros, absolutamente necessária para mudar comportamentos colectivos e fazer a equipa jogar num estilo mais alto e pressionante, tal como o português pretende. Com Eto’o e Hleb chegam 2 jogadores que poderão fazer parte da mudança, mas suspeito que atrás destes 2 nomes poderão vir outros, aproveitando os milhões encaixados. O problema para Mourinho é que a margem de manobra é agora menor e, se como há 1 ano o Inter não render no estilo pretendido, então não haverá mais o “plano B”, recorrendo a um jogo mais directo, numa fórmula que, não sendo nada brilhante, foi o garante da superioridade doméstica do Inter.


Ler tudo»

ler tudo >>

Recordar Batigol...

ver comentários...

ler tudo >>

22.7.09

Benfica - Atlético Madrid: Para além do resultado...

ver comentários...
Perder no jogo de apresentação é sempre desagradável. Na prática, as derrotas de pré época podem ter bastante utilidade, desde que não surjam numa quantidade que possa minar a confiança de quem trabalha e que, claro, sejam aproveitadas para identificar pontos a melhorar antes do inicio das competições. Neste aspecto, talvez as declarações de Jesus no final do jogo, fazendo passar a ideia de um grande exibição, não sejam as mais úteis num jogo que, para análise, valeu sobretudo pela primeira parte e onde o Benfica, apesar de não ter feito um mau jogo, teve de facto algumas dificuldades. Aqui ficam algumas considerações sobre o jogo e, em particular, sobre esses primeiros 45 minutos mais competitivos...


Atlético de qualidade – Creio que é importante realçar o bom jogo que o Atlético fez na primeira parte, porque esse é um dos principais motivos para as dificuldades que o Benfica sentiu. Grande qualidade individual, o que não é surpresa, mas também uma grande preocupação em manter a equipa junta a defender e sempre (nos primeiros 45 minutos) com uma atitude competitiva que por vezes falta aos “convidados” neste tipo de jogos.

Dificuldades quando o jogo “esticou” – Foi a consequência da atitude das 2 equipas e, em particular, do Benfica. Tentar pressionar o mais alto possível e manter a bola no meio campo oposto é um dos propósitos do modelo encarnado em 09/10. O facto é que isso nem sempre foi conseguido no primeiro tempo, também muito por mérito da posse do Atlético que conseguiu com alguma regularidade fugir às zonas de pressão criadas. O resultado foi um jogo com alguns espaços em transição, sendo aqui o ponto em que o Benfica sentiu mais dificuldades, acabando por permitir que o Atlético chegasse com alguma frequência em boas condições à sua área. Foi assim que aconteceram os 2 golos espanhóis...

Avançados e a pressão
– Para o sucesso do modelo é fundamental que a pressão produza efeitos. Quando tal não acontece, a equipa é obrigada a abandonar um posicionamento mais alto e a recuar rapidamente, o que provoca inevitavelmente momentos de desorganização. O Benfica não pressiona mal, mas continuo a pensar que o papel dos avançados deve ser mais eficaz. Cardozo e Saviola continuam a não ter uma acção muito agressiva sobre a posse adversária e creio que isso foi fundamental para que o Atlético, não só respirasse melhor, mas que pudesse também, aproveitar para chegar à frente em boas condições.

Organização ofensiva
– Começo por falar da critica que apontei a Aimar na semana anterior. Desta vez não se viu um “baixar” recorrente do 10, o que é positivo. Ainda assim, o Benfica sentiu enormes dificuldades em ser mais incisivo na zona final do terreno, conseguindo um número muito reduzido de chegadas perigosas para além do lance do golo. Isto na primeira parte, porque na segunda, com um “novo Atlético”, as coisas foram diferentes.

Individualidades
– Ainda há bastantes indefinições nas individualidades. Nas laterais, por exclusão de partes, Maxi e Shaffer deverão merecer a titularidade. No centro da defesa muitas dúvidas, mas todas elas de qualidade suficiente para que esse seja apenas bom um problema. No meio campo, está mais do que confirmado o meu prognóstico sobre a pouca qualidade de Yebda para a posição 6 e reforço ainda a ideia de que Amorim deverá render mais como interior, onde Martins me parece demasiado errático para aguentar a titularidade. Resta ver o novo reforço, Javi Garcia, e perceber onde Ramires se pode, realmente, encaixar melhor (sobre este ponto, mantenho as minhas reservas iniciais). De resto, Di Maria, Aimar, Saviola e Cardozo deverão ser titulares no arranque da temporada, salvo surpresas de maior.


Ler tudo»

ler tudo >>

Guimarães - Sporting: Será só da pré época?

ver comentários...
A visita a Guimarães terminou, para o Sporting, com o mesmo sabor dos últimos 2 jogos. Ou seja, com a frustração de não vencer um jogo em que tinha tudo para o fazer. Desta vez, aliás, creio que a superioridade leonina foi ainda mais evidente do que nos jogos anteriores, apesar de todos os testes que Paulo Bento levou a cabo durante o jogo. Percebe-se, por isso, a fúria do treinador ao ver mais um resultado fugir devido a erros pontuais que, em alta competição, são absolutamente proibitivos para quem quer ganhar. Aqui ficam algumas ideias sobre o jogo...


Vitória ainda “verde” – Vingada optou por se agarrar à atitude da equipa que, na ponta final, lhe valeu o empate. A força mental das equipas é absolutamente decisiva, mas é particularmente perigoso avaliar esse aspecto pelos jogos de pré época. A verdade é que muito dificilmente o Sporting teria permitido o empate num jogo “a sério”, ao passo que as dificuldades do Vitória em se impor durante o jogo provavelmente seriam as mesmas nesse contexto. Há, de facto, vários equívocos no jogo vimaranense, destacando o posicionamento de Rui Miguel ou a desorganização defensiva do segundo tempo. Para Vingada, o tempo é a atenuante...

Atitude competitiva – Já aqui referenciei a importância deste aspecto nos jogos de pré época. O Sporting é a prova acabada dessa evidência, parecendo ter, por diversas vezes, “desligado” dos jogos. É uma constatação que em nada agrada Paulo Bento e cuja gravidade apenas se poderá comprovar, ou não, em competição.

Primeiro tempo experimental – Paulo Bento surpreendeu no onze inicial, com uma equipa a tentar dar mais consistência ao meio campo e com 2 laterais mais ofensivos para tentar colmatar uma eventual perda de largura. O Sporting dominou o jogo, mas faltou-lhe capacidade criativa no último terço. Nota para os 2 laterais. Pedro Silva dá, de facto, outra profundidade ao flanco, apesar do risco que assume em vários momentos. Miguel Veloso tem qualidade técnica, mas parece-me que deve ser o mais rapidamente possível descartado como lateral. É estranho dada a sua posição de origem, mas revela enormes dificuldades em defender por dentro e compromete quase sempre nessa tarefa...

Segunda parte inconclusiva – O Sporting entrou a ganhar na segunda parte e isso fez com que o jogo do Vitória se torna-se caótico. Deixou de ser uma equipa organizada e isso retirou também interesse à análise táctica do jogo leonino que encontrou grandes facilidades em entrar na defesa contrária. Conseguiu o 2-0 e poderia ter ido mais longe, antes de “desligar” antes do tempo. Individualmente percebe-se a qualidade invulgar de Matias Fernandez, a evolução notória de Adrien e um momento frouxo de Vukcevic. Colectivamente, e em termos ofensivos, este período foi pouco conclusivo...


Ler tudo»

ler tudo >>

A estreia de CR9

ver comentários...

ler tudo >>

21.7.09

Porto 09/10: O fim do 4-3-3?

ver comentários...
Uma das grandes dúvidas sobre o futebol português na nova época é como será o Porto sem os 2 elementos que mais peso terão tido no tetra campeonato. O primeiro passo, como é óbvio, foi tentar injectar qualidade individual com um nível o mais próximo possível daquela que saiu. Mas o processo de remodelação, para ser conseguido com sucesso, passa por muito mais do que uma simples reposição de peças. Foi assim em 08/09, com alguns reajustamentos que potenciaram unidades como Rodriguez e, sobretudo, Hulk e será seguramente assim em 09/10. A questão da substituição de Lisandro e Lucho pode, no entanto, levar a uma mudança mais drástica no modelo portista. A dificuldade de encontrar comportamento idênticos aos dos 2 argentinos que agora deixam o Dragão poderá levar Jesualdo a optar por uma mudança na própria estrutura. 4-2-3-1 ou 4-4-2 clássico são as hipóteses que perspectivo...


Meio campo: Inverter o triangulo, mas manter o papel 6?
Jogar num dos vértices laterais do triangulo do meio campo portista pode ser muito exigente. Já se viu no passado, por exemplo, que há muita dificuldade em encontrar jogadores que consigam substituir Lucho ou Meireles nesse papel. O motivo é simples e tem a ver com a exigência do papel a desempenhar. Meireles e Lucho são 2 jogadores extraordinariamente completos na sua forma de encarar o jogo e é muito difícil substituir directamente qualquer um dos 2. Para o caso, já se perceberam as dificuldades de Belluschi em reagir aos momentos defensivos do jogo e mesmo se falta testar Valeri, sabe-se que o ex-Lanus tem rotinas como ala e não tanto em posições centrais. A opção poderá passar por colocar mais declaradamente Meireles ao lado de Fernando, se bem que não se perspective uma simetria de funções entre os 2. Jesualdo respeita demasiado a importância estratégia do pivô para simplesmente abdicar dele. A solução passará por dar mais responsabilidade defensiva a um dos alas, obrigando-o a baixar mais defensivamente. O candidato óbvio para essa tarefa é Rodriguez.

Ataque: 1 ou 2 avançados?

Se a substituição de Lucho levanta problemas, a de Lisandro também não será fácil. O mais recente reforço do Lyon era um jogador muito versátil que tanto podia actuar no meio como sobre as alas. Já se sabe que Farias é um elemento diferente, mas sabe-se também que Falcão o deverá ser. O colombiano também é um jogador móvel, mas não tem tanta apetência para cair sobre as alas como acontecia com Lisandro. A confirmar-se a inversão do triangulo do meio campo, abre-se uma outra questão, com a possibilidade de utilizar um 2 alas menos ofensivos e dar a Hulk uma função mais livre em termos ofensivos. Este pode, aliás ser outro dos motivos para as alterações tácticas que estou a equacionar. É que Hulk, com Falcão ou Farias, deixa de ter um jogador com quem permutar posicionalmente, ficando limitado para actuar sobre a ala. Isto pode ser limitativo para um jogador que vem crescendo e a quem Jesualdo deverá tentar dar uma liberdade progressiva. “Soltá-lo” na frente, ao lado de outro avançado mais fixo poderá ser a solução, passando a actuar numa estrutura em 4-4-2 clássico, mas com grande mobilidade em termos de dinâmica.


Ler tudo»

ler tudo >>

Falcão, ontem à noite...

ver comentários...
Sobre este jogo, referir que vale a pena ver também o outro golo de Falcão, bem como 2 "canetas" durante o jogo. Lembrar a "lambreta" que correu mundo há algumas semanas e, já agora, a outra bicicleta do próprio meio campo.

ler tudo >>

20.7.09

Sporting 09/10: Considerações tácticas de uma pré época pobre...

ver comentários...
Não houvesse tanta estabilidade no actual elenco leonino e o inicio de época poderia ser verdadeiramente preocupante. As 2 derrotas terão, na minha opinião, explicação primária na carência de um aspecto que pode oscilar de forma particularmente invulgar na pré época e que, normalmente, tem um peso enorme na definição deste tipo de partidas. A intensidade competitiva. O passado, porém, diz-nos que esta equipa do Sporting tem capacidade e consistência suficiente para ressurgir à altura das exigências quando isso for necessário, mas há aspectos que merecem reflexão em termos tácticos, numa pré época que, mesmo descontando os resultados, tem sido francamente pobre por parte do Sporting.


Previsibilidade táctica?!
Uma das criticas mais comuns e, digo eu, mais básicas que se apontam ao Sporting é a manutenção do sistema táctico, por alegadamente gerar previsibilidade. É uma afirmação totalmente falsa em futebol, seja para o Sporting ou outra equipa qualquer. A imprevisibilidade no futebol faz-se pela qualidade dos processos e não pela volatilidade dos sistemas tácticos. Aliás, uma equipa que varie constantemente de sistema será provavelmente muito mais previsível do que uma outra que seja fiel a uma só estrutura. Isto porque a qualidade colectiva vem da (boa) sistematização de processos e para que tal aconteça é normalmente aconselhável que não se varie muito a estrutura táctica. E nem é preciso dar exemplos de equipas “imprevisíveis” que actuam há anos com o mesmo sistema...

Laterais
Uma das ideias muito generalizada é que uma equipa para jogar em losango necessita de ter laterais ofensivos. Isto não é, como quase tudo em futebol, uma verdade absoluta. Muito pelo contrário. Tudo depende da dinâmica dos médios e avançados.
Ainda assim, os laterais são hoje, e no futebol moderno, uma forma fácil de mudar o foco estratégico das equipas em campo. Isto pode ser facilmente comprovado pelas diferenças que o próprio Sporting sofre, se tiver, por exemplo, Pedro Silva ou Caneira em campo. A verdade é que estas posições voltaram a não ser particularmente reforçadas pelo emblema verde e branco. Fica-me a dúvida se tal se deve, ou não, às conhecidas dificuldades financeiras do Sporting, mas tenho a convicção de que a equipa fica muito melhor servida se tiver em campo pelo menos um lateral de vocação mais ofensiva.

Matias Fernandez
A qualidade colectiva está sempre acima de um simples ajuste individual e, como referi, o problema principal do Sporting nestes primeiros jogos foi a intensidade competitiva (concentração e agressividade) e não qualquer lapso táctico. Ainda assim, é precisamente em Matias Fernandez que reside o maior equívoco táctico do Sporting 09/10. Acção do chileno como 10 tem sido contra producente em termos colectivos. Limitado à zona central, Matias fica preso ao espaço entre linhas, sobrecarregando uma zona que deve estar livre para que outros possam aí aparecer e dificultando a sua própria acção, passando a receber de costas e não potenciando minimamente a sua capacidade de explosão. Por outro lado, esta é uma posição importante para a pressão e aí Matías também se tem revelado ainda pouco útil.
É possível que o chileno possa evoluir dentro da função e esse parece ser o plano de Paulo Bento, mas, francamente, tenho muitas dúvidas que isso aconteça. Antecipo mais a hipótese de que, se o seu papel não for alterado, Matías acabe por ter um rendimento abaixo do esperado, em prejuízo do próprio e, mais importante, da própria equipa.

Lesões
O Sporting de Paulo Bento já conquistou títulos e esteve por mais do que uma vez perto do seu principal objectivo. Tudo isto torna legítimo o raciocínio de que se conseguir ser um pouco melhor, o Sporting terá tudo para, finalmente, chegar ao final em primeiro lugar. A falta de capacidade para se reforçar é geralmente apontada como um entrave importante a estas aspirações. Eu arriscaria, porém, que para conseguir retirar mais do que tem o Sporting precisa primeiro de ter menos problemas com aspectos físicos. Izmailov, por exemplo, fará neste momento mais falta do que qualquer potencial reforço...


Ler tudo»

ler tudo >>

Ronaldo no Mineirão... 15 anos depois!

ver comentários...


ler tudo >>

17.7.09

Aimar: 10 clássico vs. 10 moderno

ver comentários...
Novo teste de pré época e, de novo, boas indicações do futebol encarnado. Ao nível da pressão, reacção à perda de bola e também organização defensiva. Frente ao Athletic de Bilbau, no entanto, viram-se também novas dificuldades no que diz respeito à fase de organização ofensiva. Foram situações novas, provocadas pela atitude e postura de um adversário mais intenso e organizado e que mostraram claramente a diferença que este Benfica ainda sente entre as situações ofensivas que são protagonizadas em transição ou em organização ofensiva. Aqui creio que surje a oportunidade para abordar a nova função de Aimar, naquilo que ela traz de positivo em relação ao passado, mas também no que deve melhorar para o futuro...


Procurar a bola ou procurar os espaços?
Depois de ter andado quase 1 época inteira a jogar como segundo avançado, em zonas de muito contacto e poucas condições para ter bola, num cenário totalmente desajustado às suas características, Aimar recupera com Jesus uma função muito mais de acordo com àquilo que de melhor pode oferecer à equipa.
Nesta nova etapa de águia ao peito, no entanto, Aimar tem na minha opinião insistido em demasia num tipo de movimento que era típico nos 10 do futebol de há algumas décadas, mas que, afinal, contribuiu para a extinção deste tipo de papel em termos tácticos, precisamente por contribuir para alguma previsibilidade no jogo ofensivo. Ou seja, ao “baixar” para receber a bola junto dos centrais, Aimar anula a acção do pivô moderno e reduz uma solução de passe para a zona criativa. Este é um movimento possível para um elemento da sua função, mas não deve nunca ser o movimento prioritário ou recorrente.

Ou seja, neste Benfica, e mais uma vez na minha opinião, a organização ofensiva deve contar com um 10 de características mais modernas, que procura prioritariamente ser útil na segunda fase ofensiva e não um elemento obcecado por ter bola em cada jogada. Isto supõe inteligência na procura de espaços e uma movimentação mais abrangente do que estar apenas confinado à verticalidade do corredor central. A obsessão do 10 deve, portanto, ser pela procura dos espaços (com e sem bola) e não por ter bola em toda e qualquer jogada.

Aimar fez rasgados elogios a Lucho Gonzalez e parece-me que um olhar para a forma como o seu compatriota entra no jogo seria também para ele benéfico. Caso contrário, e não obstante não ser este um papel tão inadequado como o que vinha desempenhando anteriormente, Aimar vai voltar a sentir grandes problemas para se impor.


Ler tudo»

ler tudo >>

Marcelinho ou Andrezinho?

ver comentários...


ler tudo >>

16.7.09

Porto 09/10: De novo em reconstrução

ver comentários...
O impacto ainda muito recente do mercado na definição do plantel dita uma boa dose de incerteza sobre muitos dos contornos da primeira “cara” do Porto 09/10. É uma situação algo semelhante aquela vivida no ano anterior e que tem no sucesso então vivido o grande motivo de confiança para os adeptos, já que perder Lucho e Lisandro seria sempre motivo de grande preocupação. O primeiro jogo (que se pode ver), frente a um Leixões também ainda longe do nível esperado, revelou que Jesualdo estará ainda no fase inicial desta nova reformulação. Para já, mais do que ajustes no modelo, procura-se ainda habituar os novos aos grandes princípios e, simultaneamente, perceber o nível das soluções existentes. Nesse aspecto, há, para já, boas e más indicações...


Baliza: A alternativa é... Nuno – A mediatização da contratação de Beto e a sua aparição na Selecção serão apenas um equívoco. Não creio que o ex-Leixões tenha capacidade para ser uma ameaça para Helton e parece-me, aliás, que o próprio Nuno continuará a ser uma alternativa mais fiável. Uma ideia que, como é óbvio, não resulta apenas deste primeiro teste.

Defesa: novo craque à vista
Onde Jesualdo mais terá motivos para sorrir. Maicon e Nuno André Coelho são introduções de grande qualidade no plantel. O português, aliás, poderá rapidamente tornar-se num caso sério no futebol português. Foi testado a lateral na segunda parte, mas arrisco que relegará Rolando para o banco a breve prazo. Isto, claro, se se mantiver Bruno Alves. Nas laterais, à direita tudo na mesma, com Fucile a ser o dono do lugar. Na esquerda falta ver mais tempo de Álvaro Pereira que, para já, demonstrou ser tão ofensivo ao ponto de ter jogado mais tempo como extremo. O seu rendimento será relevante porque parece altamente improvável a permanência de Cissokho.

Meio campo: O golo escondeu as dificuldades de Belluschi
Começando pelo elemento mais destacado: Belluschi. Fazer um golo cai sempre bem nestas alturas, mas se Belluschi confirmou a capacidade de aparecer em zonas de finalização e a boa meia distância, também confirmou as dificuldades que antecipei noutros aspectos. Teve pouca capacidade para ser uma referência em construção e foi muito pouco intenso defensivamente, sobretudo no pressing. Eram problemas que se esperavam (já os tinha projectado) mas que precisam de ser resolvidos porque nem todos os jogos vão ser tão fáceis como este.
Mais atrás, Fernando confirmou o seu crescimento em relação há um ano. Será sem dúvida o dono de um lugar onde, hoje, se sente muito confortável. A outra vaga no meio campo que também tem dono é a de Raúl Meireles, que provou, de novo, a sua enorme qualidade. Pelo menos até melhor adaptação dos novos, será ele a grande mais valia deste sector. Noutro plano, Guarin e Tomás Costa voltaram a deixar a ideia que dificilmente passarão de alternativas secundárias.

Ataque: Hulk enquanto se espera por Falcão
A primeira nota tem de ir para evolução que se nota em Hulk, um ano depois. A jogar a 9 terá sido, seguramente, o melhor em campo. Móvel, explosivo e... inteligente! Nem sempre evitou o individualismo, mas não tem nada a ver com o jogador que há um ano apareceu. A sua assistência para o golo de Belluschi é a evidência disso mesmo e, registe-se, não foi caso único no jogo. De resto, poucos motivos de optimismo. Varela é rápido e poderoso, mas demasiado vertical e previsível e Mariano uma alternativa de qualidade, sim, mas com uma inconsistência que se conhece do passado. Resta, por isso, esperar por Rodriguez à esquerda, voltar a colocar Hulk à direita e ver Falcão para perceber até que ponto Lisandro fará falta...


Ler tudo»

ler tudo >>

Estudiantes 'campeon' da Libertadores!

ver comentários...
Terá sido a versão Mineirão do 'Maracanaço'. Estava tudo preparado para a festa, o Cruzeiro era favorito e jogava em casa, onde qualquer vitória chegava. O jogo não foi interessante, com poucas oportunidades e nenhuma das equipas a conseguir, realmente, superiorizar-se. O 1-0, num desvio fortuito do remate de Henrique no inicio da segunda parte, era injusto mas tinha tudo para balancear definitivamente a final para o lado brasileiro. Errado. Pouco depois o empate por "La Gata" Fernandez, na primeira vez que os argentinos chegaram à baliza depois do primeiro golo. O empate era o mais certo, mas o destino estava traçado e isso percebeu-se quando Boselli desfez a igualdade para espanto geral de um estádio que desceu do céu ao inferno em 20 minutos. O Cruzeiro ainda teve uma bola ao poste no forcing final, mas a final mais emocionante do que interessante ia mesmo terminar com Verón a erguer a enorme 'Copa'. Ficou-lhe bem não só pela carreira, mas pelo enorme jogo que fez. O melhor em campo.

ler tudo >>

15.7.09

O Brasileirão, 10 jogos depois

ver comentários...
10 jogos completados no Brasileirão e todas as expectativas foram confirmadas em relação a esta prova. Imprevisibilidade, equilíbrio, qualidade individual e... muitas trocas de treinador. O balanço dos favoritos, entretanto, também deve ser revisto. Não só pelas diferenças pontuais que a prova leva actualmente, mas também pelas “cambalhotas” que as equipas entretanto já deram. Aqui ficam alguns destaques...


O candidato: Internacional de Porto Alegre
O inicio de campeonato confirmou o grande elenco do ‘colorado’ que agora beneficia também das trapalhadas do São Paulo e Palmeiras e também da focalização do Cruzeiro na Libertadores. Apesar de ter de confirmar alguma consistência, parece-me merecer o estatuto de principal candidato.

O melhor: Corinthians
Tendo em conta todas as competições, provavelmente, o Corinthians é a equipa que melhor futebol apresenta. Está nesta altura a meio da tabela mas vejo o ‘Timão’ como um dos mais sérios candidatos ao título.

A surpresa: Atlético Mineiro
O cenário repete-se para Celso Roth, mas em clubes diferentes. Depois de ter liderado durante várias semanas o Brasileirão 2008 no comando do Grémio, agora faz o mesmo no Atlético Mineiro. A fórmula de sucesso não é diferente, sendo uma equipa muito concentrada e competitiva que sabe exactamente o que quer dos jogos. A questão será até que ponto poderá o sonho do “galo” ser levado até ao fim. Pessoalmente não acredito no título, mas a qualificação para a Libertadores é muito provável.

A desilusão: São Paulo
Claramente um dos melhores planteis do campeonato, com uma das melhores estruturas do país, tinha tudo para não cair na situação em que está. Sem treinador e sem rumo à vista, o São Paulo perdeu muito mais do que pontos nestes 10 jogos. Dificilmente entrará, sequer, na luta por um lugar na Libertadores em 2010...

Os craques (1 por equipa):
- Diego Tardelli, avançado (Atl.Mineiro)
- Nilmar, avançado (Internacional)
- Wallace, defesa central (Vitória)
- Keirrison, avançado (Palmeiras)
- Pedrão, avançado (Barueri)
- Rever, defesa central (Grémio)
- Adriano, avançado (Flamengo)
- Ronaldo, avançado (Corinthians)
- Rafael Toloi, defesa central (Goias)
- Ricardo Conceição, médio (Santo André)
- Madson, médio (Santos)
- Dutra, defesa (Sport)
- Marcio Azevedo, lateral esquerdo (Atlético Paranaense)
- Miranda, defesa central (São Paulo)
- Pedro Ken, médio (Coritiba)
- Kleber, avançado (Cruzeiro)
- Victor Simões, avançado (Botafogo)
- Fred, avançado (Fluminense)
- Gilmar, médio (Nautico)
- Muriqui, avançado (Avai)

Melhor jogo: Santos 2-3 Atlético Mineiro


Ler tudo»

ler tudo >>

A crueldade de Aimar

ver comentários...

ler tudo >>

14.7.09

Benfica 09/10: Primeiros sinais do 'upgrade' táctico

ver comentários...
Quem leu o que fui escrevendo sobre o modelo de jogo de Jesus no passado, perceberá a curiosidade que tenho sobre o rendimento do treinador a um clube “grande”. O Benfica de Jesus está a gerar os primeiros sinais de entusiasmo entre a imprensa e adeptos. Este “sintoma” de pré época não é diferente de anos anteriores e se compararmos, por exemplo, com o que se disse e escreveu no inicio da “era Quique” então esse entusiasmo torna-se ainda mais vulgar. As diferenças são, no entanto, enormes ao nível da qualidade do modelo táctico e este ano ver-se-á seguramente um Benfica bem mais forte nesse aspecto. As coisas estão naturalmente ainda longe de ser perfeitas e deixo aqui algumas das primeiras considerações sobre o Benfica de Jesus...


Pressão e equipa alta – Era uma das características esperadas no modelo de jogo e é já uma das grandes forças do modelo. Tal como acontecia no Braga, o Benfica procura rapidamente ter a bola e para isso sobe a sua linha defensiva para manter a equipa compacta e ser capaz de levar a sua pressão até zonas mais próximas da baliza contrária. Para já, sem ter ainda um rendimento ideal, este comportamento é já muito competente, criando sempre muitas dificuldades ao adversário e revelando também um notável aproveitamento na execução do fora de jogo, uma das condições fulcrais para que toda esta ideia de jogo funcione. O Benfica de Quique era organizado dentro daquilo que eram as ideias de Quique, a diferença não é o nível de organização antes sim o ajuste da ideia às pretensões da equipa. Por isso esta é já uma equipa mais forte do ponto de vista colectivo.

Notas individuais
Defesa – Na zona central não haverá problemas. Jesus tem testado uma dupla jovem e está ainda privado de jogadores potencialmente mais competentes. O rendimento é já bastante bom e só poderá melhorar. Nas laterais é que residirá o problema. Maxi não deverá ter em Patric um concorrente minimamente à altura, já que as primeiras ilações parecem confirmar as reticências que tinha sobre este jogador. Na esquerda, será preciso mais tempo para ver Shaffer, mas o inicio também não foi brilhante, podendo estar aqui o problema mais sério da linha defensiva.
Meio campo – Começo pelo ponto mais negativo. Yebda. Tem confirmado as grandes dúvidas que tinha sobre o seu rendimento nesta posição. Já no ano anterior havia revelado carências em termos de cultura posicional e alguma insegurança no passe. Pois bem, a posição que ocupa tem como principais exigências, precisamente esses atributos. Não quer dizer que seja proibitiva a sua utilização, mas parece-me provável que Jesus venha a testar outras soluções para a posição 6. Mais à frente Aimar. O “mago” já deve ter rendido mais nesta pré época do que na época anterior inteira! Sente-se muito mais confortável num papel mais recuado e têm-se visto, finalmente, os pormenores que dele se esperavam. Uma única ressalva para a sua actuação demasiado vertical, o que poderá tornar mais fácil a anulação do seu papel em organização ofensiva. Nas alas, creio que Amorim virá a ser uma melhor alternativa do que Carlos Martins, por o considerar mais inteligente e capaz, mas o ex-Sporting também beneficia com um regresso a um meio campo em “losango”. Quem beneficia imenso com este modelo é Di Maria. A maior proximidade dos colegas em praticamente todos os momentos de jogo é muito positiva para o rendimento do argentino que passa a ter mais soluções, tornando mais fácil a sua decisão, o ponto mais negativo do seu rendimento no passado. Por outro lado, o modelo de Jesus procura grande reactividade nos momentos de transição, algo em que Di Maria é particularmente forte.
Ataque – Um dos principais pontos a afinar actualmente é a agressividade dos avançados no momento da pressão. Claramente este não é um dos pontos fortes de Cardozo e também o próprio Saviola se tem revelado algo “mole” neste particular. De resto, o paraguaio volta a não ter um modelo ajustado às suas características, mas isso não impede que permaneça um jogador com uma invulgar capacidade de finalização, seja pelo seu jogo dentro da área, seja pela verdadeira “shot gun” que é o seu pé esquerdo. Mais adequado é o perfil de Saviola, embora o “Conejo” pareça ainda longe do que dele já se viu no passado. Se defensivamente há algo a melhorar no papel dos avançados, já ofensivamente a qualidade dos recursos existentes é mais do que suficiente...


Ler tudo»

ler tudo >>

A promessa de Ronaldinho...

ver comentários...

ler tudo >>

13.7.09

Moutinho, Fernandez e a posição 10

ver comentários...
Da primeira amostra da pré temporada leonina sobra também a primeira e talvez mais importante dúvida táctica em relação à dinâmica da equipa base a apresentar no arranque de época. Como no passado, a posição 10 surge como ponto fundamental desta definição mas agora é Matías Fernandez que surge como a individualidade em foco. O chileno demonstrou pouca adaptação áquilo que deverá fazer o 10 do “losango” leonino, mas a questão que me parece mais pertinente é perceber se Fernandez será, ou não, realmente a melhor solução para a função?

O perfil de Matías Fernandez e a posição 10
O chileno é conhecido pela sua capacidade de desequilíbrio, pela criatividade, mas também pela capacidade de explosão no 1 contra 1
. Jogar no corredor central, preso em espaços apertados, será sempre um erro para um jogador deste tipo, perdendo ele e a equipa. Isto, no entanto, não quer dizer que Matias Fernandez não possa ser o 10 do Sporting. O que terá de acontecer é fazer com que os seus movimentos tenham as alas como destino, e não o corredor central. Isso não aconteceu frente ao Nottingham Forest, mas é apenas normal que isso tenha acontecido, dado o curto tempo de trabalho do chileno e o seu passado, já que vinha jogando num modelo com um sistema clássico e muito mais centrado em movimentos verticais do que horizontais.

A opção Moutinho
No passado, o Sporting apresentou diferenças relevantes com Romagnoli e Moutinho na posição 10. Com o argentino o Sporting contou com um elemento mais livre tacticamente, com movimentos desconcertantes mas também com menor ligação à linha média, obrigando a uma maior proximidade dos restantes médios. Por outro lado, Moutinho, sem a mesma mobilidade e capacidade criativa no último terço, dá outra capacidade à zona central e reactividade ao momento de transição defensiva, permitindo, ao contrário do que acontecia com Romagnoli, que os alas tivessem mais liberdade ofensiva. Isto, por exemplo é benéfico para um jogador como Vukcevic.
A meu ver Moutinho poderá ser mesmo a melhor solução para 10. A sua presença nessa função poderá dar outra capacidade à pressão do Sporting e permitir que jogadores como Vukcevic e Matias Fernandez, actuando como alas, encontrem outro tipo de liberdade para surgir em zonas mais abertas onde podem fazer uso da sua capacidade de desequilíbrio.


Ler tudo»

ler tudo >>

7 segundos!

ver comentários...

ler tudo >>

10.7.09

Revisão 08/09: Ronaldinho

ver comentários...

Pode não ter sido a mais brilhante das épocas, no meio de um Milan cheio de indefinições e a pedir, claramente, uma revolução e um novo ciclo. Seja como for, Ronaldinho vale sempre a pena! Já aqui várias vezes aqui referi a meu entusiasmo pelo seu futebol e, de facto, acho que continua a ser o jogador que mais justifica o bilhete em todo o mundo. Espero que o saibam recuperar no futuro, porque ele é um talento raro na história do futebol e que facilmente se torna, também, numa arma muito difícil de controlar, seja por quem for. Aqui fica o desejo para a época que agora se inicia...

ler tudo >>

Final da Libertadores: Tudo adiado para Belo Horizonte

ver comentários...
Está concluída a primeira mão da final da Libertadores. O nulo foi o resultado do jogo em La Plata, que deixa tudo em aberto para o jogo de Belo Horizonte. Nenhuma destas equipas se pode gabar de ser, realmente, a melhor da actualidade na América do Sul, consequências da volatilidade dos plantéis das equipas daquele Continente, mas esse é o estatuto com que uma delas sairá deste embate.


O jogo teve grande intensidade e 2 períodos diferentes. No primeiro tempo, o Estudiantes mostrou mais uma vez a sua forma inteligente de abordar o jogo. Com muita agressividade e rapidez na reacção à perda de bola, os argentinos não partiram para cima do adversário, mas neutralizaram-no e aproveitaram muito bem as recuperações em zona intermédia para lançar transições muito verticais e objectivas que, em bom da verdade, chegaram a justificar um golo.

O domínio argentino foi depois perdendo força, com as alterações a não beneficiarem em nada uma equipa que estava bem no jogo e com, também, o Cruzeiro a conseguir, finalmente, alguma capacidade para levar mais além as suas investidas ofensivas. Os brasileiros, sem terem feito um grande jogo, acabaram por perder, talvez, a melhor das ocasiões já no segundo tempo e numa fase onde a concentração colectiva argentina já não era a mesma.

Individualmente, destacaria Gaston Fernandez, muito inteligente e desconcertante na primeira parte, e Enzo Perez, do lado do Estudiantes. No Cruzeiro, Fábio foi o mais decisivo, sobretudo na primeira parte, mas não consigo deixar de destacar aquele que foi provavelmente o melhor jogador da Libertadores deste ano, Kleber. Não foi um jogo fácil para ele, mas acabou por voltar a estar nos momentos em que o Cruzeiro se conseguiu, finalmente, libertar do colete de forças...




Ler tudo»

ler tudo >>

9.7.09

A ascensão de Ronaldo: A bola e o sorriso

ver comentários...

Nascer com talento não é para todos. Ainda assim, ele há muito mais talentos do que qualquer um de nós pode conhecer. O desafio para cada um destes potenciais craques é saber tirar melhor partido das suas capacidades e, sobretudo, fazê-lo à medida que outras nuances vão aparecendo ao longo da vida. A maioria dos talentos que o futebol conhece acaba inevitavelmente por se perder e não ser capaz de atingir os patamares que o seu potencial permitiria. Ronaldo é, neste contexto, um dos mais evidentes casos de sucesso de um talento nato. Pode hoje estar bem mais na moda dizer mal do que bem do novo galáctico, mas nele continuo a ver inalterados os 2 aspectos que, combinados, julgo serem a explicação do nível a que chegou Ronaldo. E não me estou, obviamente, a referir a nenhuma das suas qualidades técnicas...


Paixão pela bola – O primeiro ponto tem a ver com a bola. Para mim, um craque só o é realmente se mantiver pela bola um fascínio permanente ao longo da vida. Frequentemente ouvimos treinadores referirem que os grandes jogadores são também aqueles que mais e melhor treinam e o motivo tem a ver com esta característica. Ou seja, fazem realmente o que mais gostam e por isso é-lhes mais fácil treinar e evoluir. Foi certamente quando outros estavam a descansar que craques como Maradona ou Ronaldinho desenvolveram alguns pormenores até então inéditos em contexto de jogo. Se há coisa que é frequente em entrevistas com Ronaldo é este brindar-nos com uma série de malabarismos com uma qualquer bola que esteja por perto (e há quase sempre!). Pode parecer um pormenor sem importância, mas diz muito...

O sorriso como arma – Todos já ouvimos alguém dizer que só beneficiamos em sorrir mais. Ora bem, sorrisos é o que continua a não a faltar a Ronaldo. De facto a atitude de Ronaldo diz muito sobre o seu carácter e ajuda muito a explicar o porquê da sua constante superação. Em vez de, como muitos, enfrentar as situações de pressão mediática de uma forma defensiva, ele prefere tentar conseguir alguma empatia, mostrando confiança e naturalidade . Esta é também a evidência de qual a sua forma de abordar os desafios profissionais, sempre de uma forma confiante e positiva.
Se Ronaldo souber manter estas 2 características, então, o céu é o limite!

Ler tudo»

ler tudo >>

Classe, é isto...

ver comentários...

ler tudo >>

8.7.09

Fernando Belluschi: O perfil do sucessor de Lucho

ver comentários...
De repente, o Porto tornou-se no grande animador do mercado. Consequência das milionárias saídas de Lisandro e Lucho, os portistas ficaram com necessidades e dinheiro para as satisfazer, trazendo aos seus adeptos uma ansiedade própria destes momentos. Já se previa que aposta passasse pelo mercado argentino e talvez a primeira contratação de peso dos portistas tenha apenas como surpresa o facto de não vir directamente do país das pampas. Ainda assim, estou em crer que Fernando Belluschi, escolhido para substituto de Lucho, é um alvo antigo. Também aqui o jogador já havia sido destacado aquando da sua explosão na Argentina. Aqui fica a minha opinião sobre o jogador.


Produto das proveitosas escolas do Newell’s, Belluschi afirmou-se ao mais alto nível no River Plate, onde em 2007 terá seguramente atingido o estatuto de jogador mais destacado da Liga. Era fácil de perceber que o próximo passo seria a Europa e também que a sua contratação poderia trazer grandes proveitos a quem o garantisse. Foi o Olimpiacos, mas a verdade é que o seu impacto não foi o esperado. Belluschi nunca conseguiu ser a figura do campeão grego, mantendo um nível exibicional por vezes demasiado intermitente.

Este menor sucesso de Belluschi na Grécia não deve, na minha opinião, ser motivo de preocupação para os portistas. O Olimpiacos tinha um modelo diferente e Belluschi um papel algo desadequado às suas características. No Porto será diferente, mas tem de ser dito que Belluschi não tem o mesmo perfil de Lucho, necessitando de se adaptar tacticamente a alguns aspectos para realmente vingar na posição.

Belluschi vs. Lucho
A saber, Belluschi é um jogador mais ofensivo do que Lucho e, por consequência, menos habituado a preocupações defensivas que terá de ter no modelo portista. É mais forte no 1x1, mais forte de meia distância e com bom tempo de ataque à zona de finalização, o que faz dele um potencial goleador regular. Em tudo o resto perde, pelo menos para já, para Lucho. Aqui há também que convir que “El Comandante” era fortíssimo na leitura que fazia do jogo e em todo o campo, permitindo-lhe estar sempre no sitio certo, sendo altamente útil, quer a defender, quer a atacar. Belluschi será para já um jogador mais capaz de ser útil na vertente ofensiva e, por isso, vejo com alguma probabilidade uma mais declarada presença de Meireles como contra peso a um posicionamento mais ofensivo de Belluschi, num comportamento que já aconteceu muito também com Lucho Gonzalez. Os primeiros jogos da pré época ajudarão, por certo, a responder a estas pequenas dúvidas...



Ler tudo»

ler tudo >>

Revisão 08/09: Mauro Zarate

ver comentários...

Depois de se ter revelado no Velez, Zarate parecia perdido. Vinculado ao Al-Saad, andou emprestado pelo desesperado Birmingham. 2008 foi a vez da Lazio e a verdade é que duvido que alguma vez os romanos tenham imaginado que o argentino viesse a ter tamanho impacto. Certamente uma das revelações do futebol europeu em 08/09, espanta, mais do que a quantidade, a qualidade dos golos que marcou. Zarate tem 22 anos e a Lazio viu-se "obrigada" a pagar 25 milhões de dólares pelo seu concurso definitivo. Se repetir algo próximo do que fez este será um jogador bem barato... Fantástico!

ler tudo >>

7.7.09

Lisandro no Lyon: Mais um desafio para Jesualdo

ver comentários...
Era uma saída praticamente anunciada. Lisandro queria sair e estava a um ano de findar o seu vínculo contratual, pelo que este era o timing que fazia sentido para esta venda. O cenário da saída de Lisandro era, por isso, previsível e se é verdade que o jogador seria sempre uma perda muito relevante para a equipa portista, parece-me que a sua perda se torna ainda mais alarmante depois da saída de Lucho. Ainda assim, esta é uma operação que deverá obviamente ser analisada em 2 partes.


Mais um grande negócio!
Volto a repetir que já nada me surpreende nos negócios portista. Tinha-o referido antes do mercado se agitar e agora essas ideias confirmam-se. A verdade é que este é mais um incrível negócio para o Porto. Um jogador de 26 anos a um ano de findar o seu contrato, sinceramente, não estou a ver muitos casos em que se conseguisse 24 milhões. Basta pensar que o Lyon acabou de vender Benzema, com menos idade e muito mais mercado, por apenas mais 9 milhões. O Porto consegue, por isso, sair da melhor maneira possível de uma situação incómoda em termos de mercado, não deixando que isso afectasse minimamente a rentabilidade do negócio.

Desafio para Jesualdo
Dos milhões encaixados, estou certo, uma parte significativa (parece-me que poderá ir até metade) serão para reinvestir. Não sei quem será o eleito, mas seguramente não será fácil de substituir Lisandro. Não o será porque o argentino era talvez o jogador que melhor servisse o modelo de Jesualdo. Porque tinha a inteligência para jogar em espaços mais fechados e a potência para jogar no espaço. Porque podia jogar aberto ou como elemento mais central do ataque. Porque era capaz de finalizar de quase qualquer posição, fosse dentro ou fora da área. Porque, talvez mais do que tudo, era um jogador que, sendo avançado, tinha uma fantástica capacidade para interpretar o pressing, uma das principais armas do modelo.

Tudo isto se torna mais relevante se juntarmos a esta baixa a perda também de Lucho. Um jogador que, como Lisandro, era mais do que uma grande individualidade, um elemento fundamental em termos colectivos. Ao nível destes 2, em termos de qualidade de interpretação colectiva do modelo, apenas vejo Raúl Meireles, sendo que jogadores com peso ofensivo como Rodriguez e sobretudo Hulk, sendo unidades de grande qualidade, não têm o mesmo peso em termos colectivos.

Sobra, por tudo isto, daqui mais um relevante desafio para Jesualdo Ferreira. Integrar 2 elementos de peso no modelo terá previsivelmente de passar por algum tempo de adaptação colectiva e da duração desse tempo poderá depender, e muito, o sucesso portista em 09/10. Não vale a pena especular muito numa fase ainda muito precoce desse processo, mas não posso deixar de notar, também, o peso que Lisandro e Lucho tinham nos jogos Europeus. Este pode ser, aliás, o maior dos riscos no inicio de época.



Ler tudo»

ler tudo >>

Rasmus Elm!

ver comentários...

ler tudo >>

6.7.09

Revisão 08/09: Yoann Gourcuff

ver comentários...

Lucho pode ser uma grande aquisição para a Liga Francesa que, por outro lado, viu partir Juninho depois de tantos anos com a batuta do Lyon. A verdade é que, apesar de toda a qualidade que se reconhece a “El Comandante”, a luta pelo trono de melhor dos melhores, mesmo no que diz respeito à sua posição especifica não será fácil. É que em França não há só um novo campeão. Há um novo “Rei”!


Depois de não conseguir confirmar o seu estatuto de promessa emergente no Milan, Yoann Gourcuff regressou a França e provou que se havia alguém errado, não era seguramente ele. Aos 22 anos foi o melhor da Ligue 1, mostrando enorme qualidade e voltando a fazer lembrar Zidane em alguns pormenores verdadeiramente mágicos, como a forma como controla a bola em determinadas situações. Gourcuff, no entanto, será apenas Gourcuff e sê-lo-á, para já, no Bordeaux. O ‘Girondinos’ pagaram 15 milhões para ficar com o talento. Uma verdadeira pechincha tendo em conta a qualidade do jogador e uma operação algo incompreensível da parte do Milan (o estranho foi ter cedido ao Bordeaux uma clausula de opção no empréstimo), não sendo fácil de ver por esse mundo fora e com esta idade um valor tão talentoso e já tão influente a este nível...


Ler tudo»

ler tudo >>

Velez Campeón!

ver comentários...

ler tudo >>

3.7.09

Eleições no Benfica: Sintomas graves

ver comentários...
A demissão oportunista de Vieira foi um acto que, como tive oportunidade de referir na altura, empobreceu aquilo que devia ser um debate saudável entre pessoas com visões diferentes, sim, mas com um objectivo comum. A gravidade dessa situação, no entanto, não saia fora do hemisfério benfiquista. De lá para cá, entretanto, uma série de acontecimentos e tomadas de posição acabaram por, na minha perspectiva, mostrar muito do que é, às portas da segunda década do século XXI, um comportamento negligente de uma sociedade supostamente evoluída em relação ao fenómeno futebolístico. Aqui ficam algumas leituras que faço de toda esta situação, ressalvando que nada do que é escrito pretende discutir candidaturas, projectos ou ideias de futuro para clube. Até porque nada disso fez realmente parte do debate que cada uma das partes tentou promover...


Acima da lei – Foi o ponto mais grave de toda esta novela e não me estou a referir à simplesmente à declaração de Vieira. Um presidente de um clube com a importância do Benfica dizer que ninguém o parará, afirmando-se, claramente, como estando acima da lei é (ou devia ser) grave. A verdade é que, se pensarmos bem, Vieira tem razão. Não sei se o fez em consciência ou por simples irresponsabilidade, mas a realidade é que não consigo imaginar algo ou alguém neste país com coragem para desautorizar um Presidente de um dos grandes, tendo este sido maioritariamente eleito. Nunca aconteceu no passado e tenho dúvidas que algo tão impopular possa acontecer neste país, independentemente dos motivos que haja para tal acontecer. A verdade é que o futebol – e os grandes clubes em particular – estão, realmente, acima da lei em Portugal. Isso é que é, para mim, o mais grave disto tudo.

Irresponsabilidade total – A discussão do momento gira em torno da legitimidade legal da candidatura de Vieira. Sobre isso não me posso pronunciar, embora não falte por aí quem tome posições convictas sem a menor habilitação para tal. Mas posso pronunciar-me sobre a legitimidade ética do acto de Vieira. Vieira, de facto, agiu em interesse próprio e não do Benfica, vá ou não isso contra os estatutos do clube. Se a questão fosse a antecipação das eleições, Vieira poderia ter, com boa fé, recorrido a uma assembleia geral, que é, aliás, o método indicado. Não o fez simplesmente porque quis retirar tempo e margem de manobra à oposição. Quem perdeu? Os sócios do Benfica, que têm agora muito menos escolha do que deveriam e ficaram privados de todo e qualquer debate saudável a que deveriam ter direito.
Mais grave do que esta falta da ética é o branqueamento de grande parte da comunicação social, com ‘opinion makers’ e redacções a passar calmamente por cima da falta de respeito que Vieira demonstrou pelos sócios. Defendo que nas sociedades modernas o poder da comunicação tem responsabilidades sociais relevantes e não se pode exigir que uma sociedade evolua positivamente se a comunicação social não demonstra, ela própria, sinais de evolução.
Poderia falar de outros tipos de irresponsabilidades, mas parece-me que a maior de todas, em todo este processo, é de Manuel Vilarinho. Aceitar uma demissão em bloco e logo a seguir classificá-la de “acto estratégico” é, desde logo, altamente irresponsável. Depois, levantadas as suspeitas sobre legitimidade de uma das listas, parece-me igualmente óbvio ser de um grande irresponsabilidade manter as eleições, correndo um risco teórico de ver um dos candidatos ganhar na secretaria e sem legitimidade democrática para ser Presidente. Na prática, e como já expliquei anteriormente, é utópico pensar-se que tal virá a acontecer, haja ou não motivos para tal (o que, repito, desconheço). Mas não deixa de ser de uma enorme irresponsabilidade perante os sócios que o elegeram...


Ler tudo»

ler tudo >>

Os desequilíbrios tácticos que deram a Copa ao 'Timão'

ver comentários...
Depois dos campeonatos estaduais, o futebol brasileiro viu agora terminar a sua primeira competição nacional. A Copa do Brasil é uma competição longa, dura e de vencedor completamente incerto, tal o equilíbrio entre as diversas equipas envolvidas. À final, no entanto, terão chegado aquelas que são, talvez, as 2 melhores equipas do momento no futebol brasileiro, Inter e Corinthians, um facto que tornou a final (disputada a 2 mãos) ainda mais interessante. O factor casa acabou por ser determinante, com o Timão a saber tirar partido da vantagem de 2 golos conquistada em São Paulo para depois colher os frutos da enorme pressão que o Inter tinha sobre si na segunda mão em Porto Alegre. Na minha perspectiva, no entanto, os aspectos tácticos foram o principal motivo que para o agregado final de 4-2, que acabou por dar ao ‘Timão’ a 3ª Copa da sua história. Aqui fica uma pequena dos 4 golos do Corinthians que têm explicam muito das nuances tácticas que fizeram a diferença na final.


1º golo primeira mão, Jorge Henrique – Jogando num 4-2-3-1, o Corinthians apresenta um movimento típico que baralhou muito as contas à defesa do Inter. O extremo esquerdo Jorge Henrique repetidamente vem ao meio para abrir espaço à entrada do lateral (normalmente André Santos) e aparecendo igualmente como elemento extra na zona central, ora para oferecer linhas de passe, ora para finalizar. Neste lance isso é perfeitamente claro, primeiro vindo ao meio e servindo de pivô para o ataque do Timão e depois libertando o lateral no espaço aberto pelo seu movimento, antes de, ele próprio, finalizar.

2º golo primeira mão, Ronaldo
– O pormenor e qualidade de definição de Ronaldo são tudo menos novidade. A nota vai antes para o outro jogador que fez, na minha opinião, mais diferença em termos tácticos neste Corinthians, o médio Elias. Trata-se de um médio muito útil, mas útil no verdadeiro significado do termo. Ou seja, não é apenas um médio que corre muito, é, antes sim, um médio que corre muito e bem. Elias está sempre em jogo, lendo muito bem os espaços, o que lhe permite, não só estar muito bem colocado defensivamente, como também aparecer bem ofensivamente. Esta concentração permanente é bem notória neste golo com Elias a ler de imediato o lance e a lançar Ronaldo nas costas de uma defesa que ficou surpreendida com a rapidez (talvez até excessiva!) do lance.

1º golo segunda mão, Jorge Henrique – Não há muito a dizer depois do que escrevi no primeiro lance. De novo o movimento interior de Jorge Henrique a ter um duplo efeito. Primeiro libertar o lateral e depois criar um efeito surpresa na área.

2º golo segunda mão, André Santos
– De novo o movimento do lateral esquerdo a fazer a diferença. Num momento de algum desnorte da defesa do Inter, o Corinthians tira partido para construir uma bela jogada, agora com um movimento um pouco diferente, ainda que com o mesmo efeito. Desta vez é Ronaldo quem serve de pivô e o movimento interior de Jorge Henrique surge para uma zona mais avançada, dado o recuo de Ronaldo. Nota para a excelência da acção de Ronaldo, jogando sempre simples e de primeira, e de André Santos, um lateral de grande qualidade ofensiva e que é outro motivo para que este movimento interior de Jorge Henrique seja eficaz...


Ler tudo»

ler tudo >>

Rodrigo Possebon, o 'Devil' de Braga

ver comentários...

ler tudo >>

2.7.09

Amostra de Javier Pastore, um possível "novo Lucho"

ver comentários...
Como escrevi ontem, a saída de Lucho abre um novo capítulo no mercado e, muito particularmente, no que respeita ao Porto. Um dos nomes mais falados tem sido o do jovem Javier Pastore, revelação do sensacional Huracan, ao lado de outro talento, Matias de Federico. Já aqui tinha assinalado este jogador como uma das estrelas emergentes do futebol argentino, mas na realidade não tenho um conhecimento suficiente do jogador para poder fazer juízos mais definitivos.


Um vídeo interessante sobre aquela que terá sido, provavelmente, o melhor jogo de Pastore como profissional, frente ao River Plate, ajuda a perceber, para quem não conhecia minimamente, um pouco quem é este jogador. A verdade é que o jovem de 20 anos tem um interesse muito forte do Palermo que afirma já ter um acordo pelo jogador, pelo que a vinda para Portugal pode até nem ser, sequer, uma possibilidade. De qualquer modo, não deixam de ser evidentes várias semelhanças, até físicas, com Lucho Gonzalez.


Ler tudo»

ler tudo >>

Sugestão de mercado: Ramon

ver comentários...
Uma das características da selecção de Dunga, à imagem da generalidade das equipas do futebol brasileiro, é a presença de laterais ofensivos, capazes de dar profundidade ao flanco. Do lado direito, a qualidade de Daniel Alves e Maicon quase que torna num pecado a exclusão de um dos dois e do esquerdo, não sendo tão grande desde o eclipse de Roberto Carlos, é pelo menos suficiente para ter colocado André Santos como um dos principais alvos do mercado. A verdade é que é muito fácil encontrar laterais, quer esquerdos, quer direitos, jovens, acessíveis e muito competentes no futebol brasileiro. O caso mais flagrante talvez seja o do lateral esquerdo Ramon.


Ramon tem 21 anos e apareceu como profissional no Internacional de Porto Alegre, mas tal como outros talentos do ‘Colorado’, o lateral tinha um concorrente com estatuto e peso a impedir a sua afirmação. No caso, o internacional brasileiro Kleber. Ramon foi emprestado ao Vasco da Gama, que em 2009 está na Série B e a verdade é que a sua afirmação tem superado qualquer tipo de expectativas, sendo uma das revelações do campeonato Carioca e, agora, uma das principais figuras da equipa.

Para quem vê Ramon, torna-se muito claro que a velocidade, entrega, técnica e agressividade têm tudo para o tornar num dos possíveis seleccionáveis, vendo-o com um perfil muito parecido ao de André Santos. Não sei quanto pode custar o jogador, mas com o plantel do Inter com 2 laterais de qualidade, Kleber e Marcelo Cordeiro, é natural que se torne bastante fácil chegar a um bom negócio pelo jogador.



Ler tudo»

ler tudo >>

AddThis