30.7.09

Sporting - Twente: o melhor foi... o nulo

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Se dos jogos de pré época se duvida sempre, não há como um primeiro jogo oficial para o confirmar. A estreia “a sério” do Sporting foi, neste contexto, a confirmação do que de pior se vira na pré temporada. Estranho se considerarmos que, com Paulo Bento, sempre o ‘leão’ havia arrancado bem em épocas anteriores. Desta primeira mão resultam sinais de uma incapacidade preocupante, perante um jogo que tudo tinha para ter sido ganho. Na verdade o nulo terá até sido o melhor que o Sporting extraiu da partida. Deixa tudo em aberto numa eliminatória que. muito facilmente se percebe, podia estar bem pior...


O planto individual: em subrendimento
Foi o que mais me espantou. O momento individual da generalidade dos jogadores é terrível. Incapazes de ter lucidez nas decisões, de explodir no 1x1, de executar de uma forma competente. Entre todos, creio, sobressaíram pela negativa Pedro Silva e Vukcevic, mas o mal foi generalizado, escapando, talvez, Veloso, Carriço e Fernandez. Não adianta muito discutir se o mal é físico ou psicológico, até porque as coisas estão sempre ligadas. O que realmente importa dizer é que se não corrigir este rendimento individual, o Sporting a nada pode aspirar.

O planto colectivo: Um 14 para potenciar
A discussão de um ou outro aspecto colectivo não é, face ao que se viu, o fundamental. As ideias colectivas só podem ter qualidade se os jogadores forem capazes de decidir e executar bem. Esse, claramente, não é o caso actual do Sporting, que primeiro tem de resolver esse problema.
Ainda assim volto a carregar na mesma tecla, e cada vez com mais convicção. Fernandez continua a dar sinais de uma qualidade assinalável, mas também de uma incapacidade enorme de aparecer no jogo. Paulo Bento tem de encontrar uma forma melhor de potenciar o futebol do chileno e isso passará por rever, ou o posicionamento do 14 no losango, ou as rotinas colectivas.

O ponto positivo: o pressing
Mesmo com todos os problemas que revelou, o Sporting por pouco não conseguiu levar a melhor na partida. Apesar de ser incapaz de ter qualidade na sua posse de bola, a equipa encontrou no pressing uma arma letal e que acabou por impedir que o Twente tivesse condições para fazer melhor. Foram enormes as dificuldades dos holandeses para sair a jogar (e como absurdamente insistiram nisso!) e isso custou-lhes um jogador e, por pouco, o próprio jogo. Aliás, o facto de ter ficado com 10, mas com 0-0 acabou por não ser benéfico para o Sporting. Seria até mais provável que o Sporting tivesse marcado se o Twente tivesse mantido a mesma postura que teve com 11 jogadores.

A segunda mão: tudo em aberto, mas...
Dentro de 1 semana tudo deve ser diferente. O Twente tem a vantagem do factor casa e isso deve fazer sentir-se na confiança com que vão abordar o jogo. O Sporting, por seu lado, pode ter a certeza que terá pela frente um adversário mais aberto e que o empate com golos o favorece. Para que algum optimismo se justifique, no entanto, é preciso melhorar muito durante a semana...


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