Hulk – Tenho de começar por ele. Já nesta temporada se havia percebido o momento fantástico que já atravessa. Hulk nunca foi do “mesmo filme” do resto do jogo e isso foi o que acabou por marcar realmente a diferença entre as equipas.
Modelo para continuar?! – O primeiro jogo a sério está já próximo e Jesualdo parece manter a aposta no modelo e, sobretudo, nas figuras. Parece-me óbvio que este nunca poderá ser o “plano A” durante o grosso da época e que não bastará trocar Rodriguez por Mariano ou Varela. O tempo seguramente acabará por confirmar esta ideia. Uma viagem ao passado e à época anterior leva-nos aos riscos que pode ter entrar em competição com os ajustamentos tácticos por definir mas esse é um preço que Jesualdo parece, de novo, disposto a pagar. Sobre este figurino, acrescentar apenas que, apesar de não ser provável como estratégia principal, poderá ser útil em jogos de maior grau de dificuldade, onde há mais espaço para Hulk explodir.
Qualidade colectiva – A organização colectiva portista foi, novamente, boa. Mas isso não é propriamente novidade. O nível de exigência vai, no entanto, para além do que se pode ver. O teste não foi, como já referi, o melhor mas, se contra o Dinamo destaquei as dificuldades da equipa em construção, desta vez o que mais me mereceu reparos, pela negativa, foi o pressing. Um dos pontos fortes do modelo portista e um dos aspectos que mais precisam de ser cuidados após as perdas de Lucho e Lisandro. O Porto foi pouco eficaz no pressing, permitindo várias vezes que a posse de bola do Lyon fizesse a bola chegar, jogável, ao espaço entre linhas, apesar das jogadas nunca terem tido boa sequência a partir desse momento. Mais uma vez, a pouca intensidade do jogo torna tudo mais inconclusivo, mas este é mais um aspecto a acompanhar em próximos testes...
Outras individualidades – Na baliza, Helton, ao seu estilo, quase conseguia complicar um jogo em que nunca o Lyon foi minimamente perigoso. Na defesa, espera-se para ver as alternativas ao centro, enquanto que na esquerda, Alvaro Pereira deu nas vistas pela frequência com que ganhou duelos defensivos individuais. No meio campo, de novo Belluschi com dificuldades na posição. Pouca capacidade para entrar no jogo e, quando o fez, demonstrou um timing desajustado para a soltar, o que explica um número elevado de perdas. Desta vez nem houve oportunidade para os desequilíbrios que tão facilmente provoca no último terço. Na frente, para além de Hulk, Mariano desta vez esteve melhor do que Varela. O português, aliás, voltou a evidenciar a característica que, na minha opinião, acabará por condicionar as suas possibilidades de manter um lugar no onze. Tem pouca “baliza”.
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