31.1.09

Dátolo & Faubert

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São 2 extremos que estiveram em foco neste mercado.
Dátolo vai do Boca para o Nápoles. O seu crescimento como jogador era notório e já o tinha destacado aqui no Verão passado. Pode ser só a preparação para a saída de Hamsik, mas estou curioso para ver a sua evolução ao lado de Lavezzi.

Faubert é um caso mais estranho. Extremo que se destacou no Bordéus, estava agora no West Ham. O empréstimo para o Real Madrid soa a experiência passageira. Para ver...





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Inspirados para a idiotice...

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- Aconteceu na última Terça Feira, um jogo entre Estugarda e Bayern. O Bayern venceu por 5-1 e a pouca competitividade do jogo parece ter afectado alguns jogadores...



- Entretanto, 2-4 foi uma abertura produtiva da jornada. Ganhou o Guimarães, Nuno Assis fez 3, mas o melhor golo foi, logo a abrir, de André Marques.

- Na Alemanha grande jogo entre Hamburgo e Bayern no regresso da Bundesliga.
Petric fez a diferença

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30.1.09

As impressionantes revelações do Sub 20 Sul Americano

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Nos últimos dias tenho falado aqui muito sobre o campeonato Sul Americano de Sub 20. A competição encontra-se agora na sua fase intermédia e se há incerteza sobre o que vai acontecer na fase final, no que respeita às figuras que vão evoluir podemos estar seguros de que, independentemente de serem hoje nomes desconhecidos, serão muito em breve grandes figuras do futebol mundial.
Esse é o motivo que torna esta prova tão especial e, para mim mesmo, algo misteriosa. É que me custa a perceber como é que é que algumas figuras chegam a esta prova incógnitas, tal a qualidade que revelam. Mais, muitas delas precisam mesmo de outro palco (normalmente o mundial de sub20) para serem identificados como talentos de enorme valor. Tudo isto, claro, não abona muito a favor das prospecções dos principais clubes europeus.
Enquanto espero pela segunda fase antes de elencar alguns nomes que me parecem poder ter um lugar no futuro do futebol mundial, deixo uma lista de 44 jogadores (há mais gente bem conhecida) que apareceram nesta prova desde 1999. É absolutamente fantástica a qualidade dos nomes e, note-se, em muitos casos a modéstia dos clubes de origem (sobretudo nos países que não Brasil e Argentina).


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O tiro insuficiente de Callejon e outros jogos...

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- No mesmo jogo, o Barça seguiu em frente (3-2 ao Espanyol) e Bojan foi o herói com 2 golos. O segundo é o que vale a pena.
- Ainda na Taça do Rei, o Sevilha eliminou o Valência (2-1) com um golo no último minuto.
- Na Taça Libertadores, o Palmeiras carimbou praticamente o apuramento com os 5-1 sobre o Real Potosi.
- Parecia que a tarefa iria ser facilitada, mas o Nacional só se apurou nos penaltis.
- No Sub 20 Sul Americano, grande jogo entre Uruguai e Brasil a fechar a primeira fase. 3-2 e um grande golo de Douglas Costa. As 2 equipas já estavam apuradas.

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29.1.09

Porto - Leixões: Em frente, mas sem facilidades

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Bom Jogo – Um pequeno passo atrás no tempo até ao duelo entre os 2 conjuntos para o campeonato, leva-nos a um começo de jogo completamente contrastante com o que aconteceu agora, no mesmo palco, com os mesmos intervenientes. Goste-se ou não dessa realidade, no futebol para se ganhar também é preciso ter felicidade e, tal como essa noite sucedera com o Leixões, desta vez foi o Porto que a teve, na forma fácil como chegou à vantagem. Esse, provar-se-ia, foi um momento muito importante para um jogo muito interessante, mas também equilibrado e dividido, sem que os portistas tivessem conseguido controlar propriamente o adversário, ou, eles próprios, conseguido um ascendente ofensivo significativo. Tudo isto, claro, durante 80 minutos, porque quando José Mota fez de adepto e colocou Sandro na frente, perdeu o meio campo e, logo aí, quaisquer hipóteses que ainda lhe restavam para discutir o jogo.

Porto – O Porto vem assumindo um perfil de jogo que me cria alguma incerteza. Por um lado a equipa vem conseguindo resolver muitos jogos de maior grau de dificuldade, essencialmente pela explosividade que tem no seu ataque. Por outro, começa a ser característico assistir-se a uma enorme dificuldade em dominar os jogos com a mesma facilidade de épocas anteriores. Frente ao Leixões, mais uma vez (aconteceu não só em Braga mas, por exemplo, frente à Académica), houve enormes dificuldades em impedir períodos de tempo em que o Leixões teve continuamente a bola, empurrando o Porto para a sua área e conseguindo vários cruzamentos muito perigosos. Esta dificuldade foi mais notória na primeira parte, sendo corrigida com o tempo e sobretudo na segunda parte. A melhoria não esteve tanto na capacidade colectiva sem bola, antes sim na gestão que passou a fazer dos momentos em que teve a bola. Em particular, o recurso aos laterais e o apoio de Lucho a Fucile no inicio da segunda parte dificultaram a recuperação de bola do Leixões, estendendo o jogo com maior frequência até à área contrária.
Por fim 2 notas individuais. Primeiro para Lucho que permanece distante da inspiração do ano passado (tal como Lisandro) mas que volta a ter um papel muito relevante e útil no jogo com a colocação de Hulk sobre uma das alas. No lance do golo, foi fundamental o seu posicionamento. A outra nota vai para Hulk. Depois de tanto destaque e debate neste espaço e também de ter dito que fizera o seu melhor jogo em Braga, é justo dizer que frente ao Leixões esteve muito abaixo do exigível. Teve 1 ou outra arrancada com sucesso, mas no geral esteve desinspirado e, também, equivocado nas opções. Um exemplo que confirma a ideia que, se vem melhorando em jogos de mais espaço, há muito para fazer no que respeita a situações recorrentemente mais apertadas.

Leixões – O pós-Wesley marcará um período diferente, como se esperava. Para já, José Mota não desfez o papel estrategicamente relevante daquela posição, mas Chumbinho (esteve muito bem) não tem o mesmo perfil. Tecnicamente é excelente, mas não se torna num avançado (não ataca com a mesma qualidade as zonas de finalização) quando a equipa tem a bola nem tem a mesma capacidade no jogo aéreo. Este último aspecto, aliás, terá contribuído para o facto do Porto ter saído a jogar de quase todos os pontapés longos dos guarda redes. De resto, o Leixões permanece uma equipa muito lúcida em campo. Quer quanto às prioridades defensivas, quer quanto ao destino que dá à bola, destacando-se a qualidade técnica dos jogadores e a capacidade da equipa em encontrar boas situações para cruzar com perigo. O Porto sentiu muitas dificuldades no jogo, mas aqui dou muito mérito à qualidade do Leixões que permanece, sem dúvida, uma das equipas mais interessantes da Liga.

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O bom regresso de Hugo Almeida, num dia de futebol

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- Em Itália, o Inter foi o vencedor inequívoco da jornada. Da vitória frente ao Catania (0-2), destaque para o trabalho de Cruz no 1ºgolo.
- O Milan empatou (1-1) em casa com o Génova, mas Beckham voltou a marcar com um excelente livre.
- A Juventus deu um passo atrás em Udine (derrota 2-1). Grande golo de Di Natale a abrir.
- Em Inglaterra, o Liverpool atrasou-se (empate 1-1 em Wigan), mas o meu destaque vai para o golo de
Van Persie ao Everton (1-1).
- Em França, duelo de gigantes na Taça. O Lyon venceu o Marselha (1-0), com mais uma grande exibição de Benzema.
- No Brasil prosseguem os campeonatos estaduais numa jornada sem grandes surpresas. Veja-se o bom jogo entre Criciuma e Avai no Catarinense (4-2).

- Para os saudosistas, Recoba mostra que ainda não esqueceu, com um livre pelo Panonios.
- Por cá, 6 golos na meia hora inicial e 8 no total marcaram o improvável 5-3 na "piscina" de Paços de Ferreira.

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28.1.09

Hulk: com mais potencial...

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Hulk: 62 votos (41%)
Vukcevic: 48 votos (31%)
Di Maria: 41 votos (27%)


Por coincidência apresento este resultado depois de ter sido uma figura muito abordada aqui nos últimos dias. Sem grandes surpresas, Hulk foi o mais votado entre as 3 opções para jogador com mais potencial. É, no fundo, o resultado do impacto que o brasileiro teve desde a sua chegada a Portugal. É fácil reconhecer-lhe pontos fracos, mas será ainda mais evidente perceber que as suas características físicas e técnicas são susceptíveis de ser trabalhadas ao ponto de fazer de Hulk, globalmente, num jogador extraordinário.
Pelo que escrevi anteriormente percebe-se que concordo genericamente com os resultados da votação. Hulk, parece-me, é mesmo aquele que tem mais potencial. Mesmo se está longe de ser, actualmente, um jogador maduro e de haver alguma incerteza sobre a forma como vai evoluir, essencialmente, em situações em que lhe é concedido menos espaço, onde tem hoje muitas dificuldades em se tornar verdadeiramente útil. Vukcevic será, provavelmente, o valor mais seguro dos 3. Tem ainda muito potencial, mas é o jogador mais maduro do ponto de vista da decisão e, também, o mais forte do ponto de vista táctico. Di Maria será aquele que mais risco apresenta em relação ao futuro. É fácil encontrar o potencial num jogador explosivo e muito difícil de segurar em velocidade. A verdade, porém, é que Di Maria tem revelado pouca evolução desde que chegou ao Benfica e permanece num jogador sem a frequência dos rasgos de Hulk ou a maior regularidade exibicional de Vukcevic. O tempo, no entanto, é ainda muito para o argentino que pode perfeitamente dar a volta a esta situação.

Ficha (quase) técnica
Tal como na votação anterior, deixo as conclusões que se poderiam tirar caso tivessemos a certeza que esta amostra era representativa dos adeptos em geral. Assim, se esse fosse o caso, e dado o tamanho da amostra (151), poder-se-ia concluir com uma probabilidade de 95% que a escolha dos adeptos se distribuiria pelos seguintes intervalos percentuais:

Hulk: 34% - 49%
Vukcevic: 24% - 38%
Di Maria: 20% - 34%




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2 ideias para novas polémicas com arbitragem...

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27.1.09

Hulk & Alan

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Uma exibição a roçar o incrível
Em termos globais terá realizado, em Braga, a sua melhor exibição desde que chegou ao Porto. Antes do jogo, o próprio Jesus antecipou a possibilidade de vir das acções do brasileiro a principal ameaça para o Braga. Não é difícil de perceber porquê. Ao assumir um jogo de posse e domínio territorial, o Braga estava também a incorrer no risco de oferecer a Hulk o elemento fundamental para a explosão do seu futebol: o espaço. Jesualdo também antecipou a situação e deu-lhe o centro como ponto de partida para as suas acções, tornando-o implicitamente na prioridade ofensiva da equipa. Hulk correspondeu às expectativas dos que pensavam poder ver em Braga desequilíbrios a partir dos seus ‘raides’. E foi mais além... É que também ao nível da decisão, Hulk esteve muito bem, num registo contrastante com o que se havia visto no passado.
O seu impacto é, primeiro, fundamental pelos ‘safanões’ que deu no jogo. Em termos psicológicos foi fundamental para quebrar o fortíssimo ímpeto inicial dos arsenalistas. Passado esse período que definiu igualmente a vantagem portista, Hulk passou a aparecer mais como condutor de transições e foi nesse papel que surpreendeu verdadeiramente. Ao invés de insistir nas iniciativas individuais, o brasileiro procurou sempre soluções mais colectivas e correctas. Não foi um jogo de muitas intervenções e, obviamente, não evitou algumas perdas naturais. Entre todas as suas participações, no entanto, conto-lhe apenas 1 má decisão, já no final do jogo quando forçou uma finalização e tinha Lisandro em melhor posição. Para quem o viu nas primeiras exibições em Portugal, é simplesmente notável.
Para Hulk a margem de evolução é enorme, dado o potencial, a idade e o tempo que tem em Portugal. Jesualdo parece ser um bom “professor” para este percurso que tem ainda uma etapa muito relevante por vencer. É que jogar com espaço e em transição é muito mais fácil. Para Hulk fica o desafio de conseguir enquadrar melhor as suas características e decisões perante adversários mais fechados e que oferecem menos espaço. Da sua resposta dependerá a possibilidade de se tornar num jogador verdadeiramente incrível!


Alan vs. Cissokho
Em termos mentais e psicológicos, falhar num “grande” pode ser devastador. A queda pode não ser um simples passo atrás e muitos são os exemplos de jogadores que vêm a sua carreira cair a pique depois de falhar esse tão desejado desafio. Felizmente, há outros casos. Um deles é Alan, que encontrou em Braga o local ideal para dar seguimento à boa reacção já revelada em Guimarães.
Uma das questões que se colocou aquando da sua chegada a Braga era como seria enquadrado num modelo de médios interiores? A resposta foi dada pela natureza das dinâmicas do próprio Braga. É que a largura ofensiva é uma das grandes prioridades da equipa quando tem a bola e, aí, Alan consegue aparecer muitas vezes naquele que é reconhecidamente o seu ‘habitat’ natural.
Frente ao seu antigo clube, Alan foi um dos elementos mais em foco de uma equipa toda ela muito participativa em termos ofensivos. Esteve em destaque particularmente nas acções de 1x1 que lhe foram proporcionadas, encontrando quase sempre soluções para conseguir um cruzamento.
Neste aspecto, há o outro lado da questão: Cissokho. O mais recente reforço portista saiu muito bem visto pela sua fantástica jogada do segundo tempo, mas a verdade é que defensivamente deixou muito a desejar. A frequência com que Alan o bateu deve servir de alerta para o treinador e próprio jogador. O futuro ajudará a perceber se se tratou, ou não, apenas de uma noite inspirada de Alan...

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Escolho a assistência de Torres...

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- Em Inglaterra, a jornada de Taça teve como prato forte a visita do Tottenham a Old Trafford (2-1). Nota igualmente para o golo de Lampard.
- Em Itália, o Inter voltou a sofrer mas também às vitórias. 1-0 à Sampdoria. A Juventus havia já registado o mesmo resultado frente à Fiorentina.
- A exibição da semana veio do Milan, com um grande golo de Kaka e a estreia de Beckham a marcar. 4-1 ao Cagliari.
- Ainda em Itália, grande golo de Munari do Lecce.
- Em Espanha segue o festival do Barcelona e de Messi.
- Nota para os golos de Granero (Getafe) e Apono (Malaga).
- O Standard venceu 1-0. À atenção do Braga.
- No sub 20, a Argentina empatou a 2 com a Colombia e o Uruguai bateu o Paraguai por 4-2, com 1 golo de Urreta.
- Vitória do Corinthians na final da prestigiada Copa São Paulo de futebol júnior. 2-1 sobre o Atlético Paranaense.
- Para terminar, a proeza de um tal de Reyes. Joga na Nicaragua, não tem nada a ver com o outro, mas marcou um golo de fazer inveja a qualquer um...

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26.1.09

Braga - Porto: No Minho, Vira... líder

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Seria inevitável? – O Porto teve as melhores ocasiões e, numa perspectiva mais objeciva, não se pode contestar a vitória. Sem lhe retirar esse mérito, não deixo de pensar que este não era, de forma nenhuma, um desfecho inevitável, tendo a partida ficado emocionalmente muito marcada pelo primeiro golo. Até aí o Braga dominara e a partir daí o Porto controlou, duplicou e ainda poderia ter triplicado a vantagem, antes de novo período de enorme assédio bracarense. Foi, sem dúvida, um momento marcante, percebendo-se a forma como os momentos emocionais definiram o cariz do jogo. O Porto tirou o melhor partido das suas melhores fases, é verdade, mas também é um facto que não se controla voluntariamente um jogo encostando tanto atrás e permitindo tamanho assédio de cruzamentos, cantos e livres.

Braga – Sou normalmente totalmente partidário de estratégias acima de tudo realistas e objectivas. Pode dizer-se que não foi essa a opção de Jesus, mas, neste caso, não sensuro em nada a decisão. Jesus pensará que o Braga é capaz de assumir um jogo alto, pressionante e dominador contra qualquer adversário do campeonato. Se a equipa tem qualidade, se tem motivos para acreditar nessa sua capacidade, porque não assumir? Não se vence sempre, mas pelo menos é-se coerente com a qualidade que se tem. Foi assim, por exemplo, que Mourinho impôs o seu modelo que tanto impressionou a Europa, mas que também se poderia ter dado mal.
Sobre este Braga que tantas vezes já elogiei quero apenas deixar mais 2 notas. A primeira vai para alguma incoerência que me parece existir em apresentar apenas 1 avançado com as características de Renteria quando se apela a um jogo tão flanqueado e baseado em cruzamentos. A segunda tem a ver com o grande jogo que fez Alan, desequilibrando vezes sem conta sobre o seu flanco.

Porto – Jesualdo foi pragmático, inteligente e tirou partido das diferenças individuais para marcar a sua superioridade, num jogo complicado e que pode contar muito nas contas finais. Defensivamente o Porto soube sofrer e resistir nos períodos difíceis, mas deve dizer-se que nessas alturas foi também incapaz de manter a bola mais longe da sua área, não tirando qualquer partido do pressing e permitindo um assédio constante do Braga.
Falar do sucesso do Porto em Braga é falar do impacto das suas transições e, sobretudo, de um jogador: Hulk. Jogando com o espaço, Jesualdo deu-lhe a zona central como ponto de partida e Hulk foi fantástico. Na primeira parte foi ele quem sacudiu o jogo no momento em que o Braga ameaçava um domínio intenso. Conseguiu desequilibrar individualmente e construir a jogada do tal primeiro golo tão importante. Depois manteve-se sempre muito bem no jogo, revelando uma considerável evolução ao nível da decisão. Está a crescer a olhos vistos...


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Nacional - Sporting - Jogo volátil

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Justo – Foi um jogo marcado por algumas incidências improváveis que tiveram muita relevância no seu decurso e desfecho. Mesmo tendo em conta essa ligeira atipicidade, percebe-se que este seria sempre um jogo difícil para o Sporting e que o Nacional causaria sempre problemas. Somando todas as fases, o empate acaba por ser o resultado mais acertado, num jogo de maior domínio do Sporting, maior inspiração do Nacional e uma parte final de enorme risco e onde um outro desfecho esteve muito próximo de acontecer.

Nacional – Começou melhor mas deve a Nené a benção de chegar à vantagem no primeiro remate. De resto, o Nacional esteve mesmo muito próximo de fazer um 2-0 que teria condicionado muito mais as hipóteses do Sporting. Vendo bem, e não tirando mérito à boa entrada dos insulares, seria prémio excessivo para uma equipa que não havia criado mais oportunidades. A equipa foi perdendo depois algum controlo do adversário, cedeu o empate e até podia ter ido mais além. Nos últimos 20 minutos, no entanto, Manuel Machado protagonizou um golpe interessante no jogo. Assumiu a perda do domínio do jogo, não impediu o Sporting de ser perigoso, mas abriu 3 unidades em permanência na frente e tornou o jogo numa autêntica roleta russa. Podia ter ganho, podia ter pedido. Empatou e forçou um final interessante no jogo. Nota final para o facto desta equipa que se molda tacticamente ao adversário, que tem boa qualidade técnica e uma boa transição (apesar de nem sempre defender bem), ter perdido apenas 1 dos 3 confrontos com os grandes. Foi frente ao Porto e muito devido a um deslize numa fase do jogo em que o empate era o destino mais certo.

Sporting – A entrada foi má, sobretudo ao nível da decisão e inspiração no momento em que ganhava a bola. Ainda assim nada fazia prever aquele golo de Nené. Um alívio, Polga terá sido algo permissivo e Patrício menos prudente, mas havia muito para fazer quando o avançado ganhou aquela bola. O crédito deve-se-lhe. Foi um momento importante para o Sporting, o golo. O seu efeito psicológico inibiu ainda mais a equipa, que demorou, mas foi crescendo no jogo. A defesa do penalti lançou definitivamente o Sporting para o seu melhor período, justificando o empate sobre o intervalo. Tudo fazia prever um assalto à vitória na segunda parte e isso percebeu-se com uns primeiros 15 minutos de domínio claro. Depois, as mexidas de Machado tornaram o jogo mais arriscado e o Sporting perdeu o controlo sobre uma partida que, nesse período, tanto podia ter perdido como ganho. Aqui, e tal como referiu Paulo Bento, importa apontar alguma culpa à postura dos jogadores do Sporting que preferiram sempre o risco ao controlo do adversário.
Se a inspiração de Nené foi importante, tal como a defesa de Patrício, importa referir um outro aspecto que me parece decisivo no jogo. A lesão de Vukcevic. O montenegrino vinha sendo o jogador mais inspirado, impondo desequilíbrios na zona de finalização, e tinha ainda o acréscimo motivacional do golo que marcara. A sua saída tirou capacidade no último terço a uma equipa que teve um Liedson anormalmente desinspirado, um Postiga que trabalha mais do que concretiza e um Derlei sem capacidade para acrescentar nada ao jogo. Fica a sensação de que a segunda parte, com Vukcevic, poderia ter sido diferente.


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Belenenses - Benfica - Tinha tudo para ter golos...

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Nulo falso – Foi um jogo interessante. Não por ter sido de uma qualidade excelente, mas porque foi essencialmente muito disputado, num campo pesado, com a intensidade emocional resultante da importância do jogo e, também, com alguma propensão para o erro. Esta última característica, aliás, deveria ter dado ao jogo outra expressão no marcador, não fora o desacerto de ambas as partes na hora da finalização. O jogo passou por diversas fases, o Benfica esteve melhor mais tempo, mas a verdade é que não se estranharia qualquer desfecho num jogo de resultado sempre incerto, apesar do nulo.

Belenenses – Já tinha falado da característica lutadora deste Belenenses de Pacheco. A equipa tem depois um acréscimo de qualidade e experiência que trazem Zé Pedro (excelente jogo), Silas e Wender e também uma cada vez maior dimensão física. De resto, não é, nem foi, um Belenenses particularmente brilhante. Com as vulnerabilidades de quem dá demasiada importância às referências individuais e pouco inteligente do ponto de vista estratégico, o Belém permitiu que o Benfica conduzisse o jogo para o perfil que mais lhe convinha, tendo escapado por alguma ineficácia contrária. A verdade, porém, é que do outro lado do campo conseguiu também ser sempre ameaçador, aproveitando bem os erros contrários para protagonizar perigosas transições. É este último ponto que justifica, na minha opinião, a divisão de pontos.

Benfica – Fora de casa o Benfica parece mais confortável. A razão é simples. Tendo Suazo como referência ofensiva e Aimar como unidade de ligação, o Benfica tira partido do maior aventureirismo adversário para se resguardar mais no campo, reduzir o espaço entre linhas em que é tão vulnerável defensivamente e, depois, tirar partido da profundidade e de Suazo com transições rápidas e verticais. Uma versão que faça apelo a uma circulação a tirar partido da largura da equipa em campo e da busca por um domínio territorial parece hoje ser apenas opção quando não há outra alternativa. Pode parecer um contra-senso para uma equipa que quer lutar pelo título numa liga tão desequilibrada como a nossa, mas não se pode estranhar que Quique não se sinta confiante em apresentar uma postura que revelou tantos problemas em lidar com os riscos que lhe estão inerentes.
A verdade é que, mesmo nunca estando totalmente seguro atrás, esta estratégia que explora a profundidade foi quase sempre permitida pelo Belenenses e o Benfica tirou partido desse aspecto e de alguns erros alheios para criar oportunidades mais do que suficientes para concretizar pelo menos 1 golo. Aqui Aimar e Suazo estiveram particularmente desinspirados. De resto, os últimos 20 minutos terão sido mesmo os piores do Benfica. O motivo prende-se precisamente com o facto da equipa se ter adiantado no terreno, voltando a expor-se territorialmente e deixando de poder fazer apelo à profundidade. O resultado foi um período sofrível, que forçou a expulsão de Miguel Vitor e que poderia muito facilmente ter custado o empate. Quique queixou-se de Reyes e do papel dos suplentes. Sobre os treinos terá toda a legitimidade para criticas. quanto aos jogos, parece-me exagerado ser tão duro com quem entra a meio de um jogo e com tanta responsabilidade.


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Algumas das coisas boas da jornada...

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- O golo de Cristiano ao Trofense.

- Os trabalhos de Hulk e Rodriguez no primeiro golo em Braga.

- O 'slalom' de Cissokho.

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23.1.09

A bomba de Mauri e outros jogos...

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- Na Taça do Rei, Maiorca venceu o Betis por 1-0 .

- No Paulistão, o Corinthians resgatou um empate na estreia e o Santos venceu.

- Na Venezuela, os sub 20 brasileiros venceram a Bolívia por 2-1, com mais 1 finalização bombástica de Walter.

- No outro jogo, um grande golo de livre do Chile, mas a vitória foi para o Uruguay de Urreta (titular), 3-2.


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22.1.09

Eduardo "Toto" Salvio, a primeira confirmação do Sudamericano sub 20

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O Sudamericano sub20 é uma prova pródiga em revelações surpreendentes. É uma característica de um torneio não muito mediático, mas muito interessante do ponto de vista da prospecção de talentos. Claro que hoje, mais do que nunca, é difícil surpreender. Os principais clubes têm olheiros em todo o lado e, levando ao exagero, pode dizer-se que o talento é descoberto antes mesmo de começar realmente a jogar. Por isso vários jogadores neste torneio têm pertencem já a clubes europeus (casos, por exemplo, de Luiz Paez e Urretaviscaya).

Os primeiros jogos revelaram algumas exibições interessantes, mas há uma que destaco em particular. Não é uma surpresa, é a revelação do Apertura Argentino. Eduardo “Toto” Salvio, do Lánus. O seu impacto a nível doméstico já o tornou famoso na Europa, particularmente em Itália onde foi falado como hipótese para alguns clubes. No embate inaugural na prova, Salvio confirmou estar um degrau acima dos demais e foi o destaque evidente do jogo, apesar da desilusão colectiva que foi a Argentina.

Salvio é mais um jogador “à Messi”, embora concorde com algumas análises que o aproximam mais de Lavezzi. Um jogador fortíssimo no 1 contra 1, explosivo a sair do drible e com um centro de gravidade baixo. Tem, depois, uma excelente capacidade técnica e definição, capaz de aparecer em zonas de finalização, apesar de partir normalmente da direita. Salvio não será seguramente barato mas um valor muito seguro. Vê-lo na Europa é, provavelmente, uma questão de meses. Seria curioso, até porque se fala nisso, vê-lo ao lado de Lavezzi no Nápoles.

Resumo do Venezuela 1-1 Argentina


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A inspiração de um tal Acleisson e os jogos do dia...

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- Começou o Paulistão. São Paulo empatou e Palmeiras ganhou.
- Em Itália, o grande jogo ditou novo sorriso de Mourinho.
2-1 do Inter sobre a Roma e a passagem às meias finais da Taça.
- Na Taça do Rei, 2 grandes jogos de destinos diferentes.
Empate a zero no derbi de Barcelona e 3-2 entre Valência e Sevilha, um jogo de reviravoltas.
- O Tottenham esteve
próximo do escandalo mas, garantiu a presença na final da Taça da Liga.
-
Bouhkour(NAC) improvisou uma bicicleta na Taça da Holanda.
- No Sudamericano só 1 golo. Aconteceu na
vitória da Colombia sobre o Peru (segunda derrota).

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21.1.09

Sobre a Taça da Liga...

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Ponto prévio – Grande parte da opinião que tenho sobre esta matéria diverge de uma visão que considero ser o resultado de uma mentalidade negativista e que encontra conforto numa permanente critica a tudo o que é feito. Um dizer mal que é de tal forma comum que se antecipa à própria reflexão, sendo por isso também contra-producente. Apesar disto, são evidentes alguns aspectos altamente negativos ao nível da organização da prova. Destaco o triste espectáculo da Choupana, onde decorreu um jogo que devia ter sido adiado mas como essa era uma situação de tal forma incómoda para todas as partes, o incumprimento da lei acabou por ser um favor que serviu a todos. Outro aspecto mais recente foi o do “goal average” que, literalmente, deveria ter apurado o Belenenses. Não porque essa fosse a intenção da regra, mas porque é isso que ela acaba por ditar.

Sem revoluções, haverá melhor ideia? – Em 2006 passamos a ter um campeonato de 16 clubes. Isto implica menos jogos e, mais importante, menos receitas. A solução passou por criar esta competição que tem, precisamente, esses 2 objectivos. Preencher o calendário competitivo e gerar receitas. Hoje temos uma prova que envolve, mesmo que a meio gás, os principais clubes nacionais e que desperta as atenções da totalidade dos adeptos, mesmo se estes ainda não valorizam a importância da prova em si. Assumindo que os clubes não querem uma revisão mais profunda no seu modelo competitivo global, que melhores alternativas haveria?

Aumentar de novo o campeonato para 18 equipas e recuperar 4 jornadas? Isto significa, basicamente, trocar os jogos que tivemos e vamos ter na Taça da Liga, por jogos do campeonato de 2 equipas vindas da Liga Vitalis. Pegando na classificação do ano passado, significaria trocar isto pelos jogos de Vizela e Gil Vicente (3º e 4º na Liga Vitalis 2008) no primeiro escalão. Do ponto de vista competitivo e do interesse da generalidade da massa adepta, não há comparação possível. Do lado da receita, muito menos. A outra alternativa era, obviamente, não jogar. Acho curioso como tantas vezes se critica a falta de jogos em Portugal e, paralelamente, se demonstra tanto incómodo perante esta competição.

O Modelo –É verdade que do ponto de vista competitivo não é o mais justo? Sim. Mas, antes de criticar, é preciso enquadrar o ciclo de vida desta competição e os seus propósitos. Para gerar receitas que tornem esta uma competição muito apelativa para a generalidade dos clubes, a prova precisa de captar as atenções dos adeptos. Em Portugal, goste-se ou não, só há 3 clubes verdadeiramente capazes de despertar uma atenção significativa das massas. O que aconteceu o ano passado foi, por isso, um passo ao lado. O modelo era mais justo, mas a competição não foi valorizada por Benfica e Porto. Este ano era importante garantir uma competição, talvez não justa, mas mediática. Isso está a acontecer e ganhará ainda mais força nos 3 jogos finais. Outro ponto altamente demagógico vem das criticas de alguns clubes. A taça da liga é, para eles, uma grande oportunidade de garantir receitas muito relevantes para os seus orçamentos. Isto só acontece porque há uma receita global que é distribuída. Ou seja, os pequenos ganham com a presença dos grandes, muito mais (em termos de % do orçamento) do que os próprios grandes. Não é, aliás, por acaso que os próprios votaram este modelo. No geral, diria que este não é seguramente o modelo ideal, que deve ser revisto, mas será provavelmente um mal necessário num ano em que era preciso aumentar o mediatismo da prova.

Assistências – Este é o ponto que mais me parece surreal. Quantas pessoas, em média, temos na principal competição de clubes disputada ao fim de semana? Então porque razão se haveria de pensar que a terceira prova, disputada a meio da semana seria um sucesso de bilheteira?! Esta é, aliás, uma discussão que se vem eternizando no tempo. Lembro-me como, antes do Euro, se defendia que os estádios não tinham condições para cativar os espectadores. Hoje prova-se que não são as condições que afastam as pessoas. Depois há o problema do preço dos bilhetes. Escandalosamente elevados em certos casos, sem dúvida, mas há várias experiências que provam que preços baixos não trazem, só por si, um aumento drástico dos espectadores. Agora chegou a moda dos jogos à tarde. Traria mais gente? Talvez, mas muito pouco. Para perceber isso basta ver o que acontece nos estádios de futebol por esse país fora ao Domingo à tarde e comparar com o que acontecia há 20 anos. Há muito menos gente e não há futebol na TV à mesma hora, nem sequer grandes a fazer concorrência. O problema que ninguém parece querer ver é essencialmente cultural e resulta do efeito que tem a globalização do futebol num país de apenas 10 milhões de pessoas e que está tripartido clubisticamente. Enquanto não perceberem que este é o problema, que ele “mata” por baixo e que não são os grandes as suas vitimas, nunca conseguirão combatê-lo realmente.
Quanto à Taça da Liga, as assistências nunca foram, nem poderiam ser um objectivo essencial. A TV e as audiências são o gerador fundamental de receitas.

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Nani e os primeros destaques do "Sudamericano" sub20

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- Na Venezuela, Walter marcou o grande candidato a golo do torneio, na estreia do Brasil (1-1 com o Paraguai)
- No outro jogo do segundo dia, destaque para o segundo golo do
Uruguai contra a Bolívia.
- Na prestigiada Copa São Paulo de Futebol Junior, um grande jogo nos quartos de final.
Cruzeiro 4-5 Atl.Paranaense
- É difícil fazer melhor para se
sofrer um golo.

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20.1.09

A cultura de Katsouranis e os "pormaiores" de quem defende

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Katsouranis e o corredor central
Tem-se falado muito da importância de Katsouranis na equipa do Benfica. Muitas vezes esta valorização da presença do grego é fundamentada com o argumento de que, entre todas as soluções possíveis, é ele quem melhor coordena a posse de bola. Sem discordar da sua importância nesse aspecto, eu vejo na sua cultura posicional e leitura dos espaços a virtude que realmente faz a diferença. Do ponto de vista defensivo isso é claro, sendo Katsouranis a grande atenuante para as lacunas tácticas da linha média do modelo de Quique Flores. Mas Katsouranis vai mais longe e extende as potencialidades da sua inteligência a toda profundidade do campo. Contra o Belenenses isso foi claro e decisivo.
Não é novidade a veia goleadora de Katsouranis. Jogando numa posição diferente, num modelo diferente, foi um assíduo goleador na sua época de estreia. Agora, mesmo que mais limitado tacticamente, continua a deixar claro que tal não acontece por acaso. Volto ao mesmo. Não é uma questão de velocidade ou mesmo de uma capacidade de execução de excelência. Tem tudo a ver com cultura táctica, leitura dos espaços e antecipação dos momentos.


Não há organização que resista
É preciso que a estatística o confirme para que a generalidade das pessoas se apercebam da qualidade organizacional do Sporting. É de facto um mérito que parte de Paulo Bento e que vem sendo imune a mudanças nos intérpretes da zona mais recuada do Sporting. Neste caso, como para quase tudo, há limites.
Frente ao Paços de Ferreira o Sporting sofreu finalmente um golo, mas tal não se deveu a qualquer tipo de lacuna organizacional. Foi, antes sim, o resultado de uma série de interpretações individuais absolutamente erradas para as circunstâncias de quem joga tão perto da sua própria baliza. Foi o caso, particularmente dos laterais utilizados. Pedro Silva, apesar da vontade e disponibilidade ofensiva, cometeu imprudências proibitivas para quem joga na sua posição. Já Ronny aliou algum desnorte táctico a uma recorrente apetência para o erro e para a má decisão. Vistos individualmente, cada um destes lapsos podem parecer apenas um pormenor nas respectivas exibições. Para quem tem a responsabilidade de jogar tão próximo da sua baliza, no entanto, estes são "pormaiores" bem relevantes para quem ser eficaz defensivamente.
Uma nota para o lance do golo. Ronny errou, evidentemente. Mas a situação é potenciada por Ricardo Batista que opta por recolocar rapidamente a bola em jogo, mas fê-lo sem verificar a distribuição posicional do Paços. Ao lançar Ronny, Batista permitiu que o Paços nem sequer tivesse de recuar posicionalmente, podendo iniciar, logo ali, a sua pressão.

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Entre todos os destaques, escolho o primeiro toque de Makaay

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- Ontem, o derby de Liverpool terminou num empate a 1. Tudo parecia bem encaminhado para os 'Reds' com mais um golo à Gerrard.
- Na luta pelo título, vitórias tardias e dramáticas do Manchester (0-1) e Chelsea (2-1). Berbatov e Lampard foram os heróis.
- Konchesky marcou o melhor golo contra a sua antiga equipa, o West Ham.
- Em Itália, o Inter viu finalmente traduzido um futebol abaixo do esperado num resultado francamente negativo. 3-1 frente à Atalanta de Del Neri, outrora sucessor do próprio Mourinho no Porto e incapaz de superar o período experimental... Quem diria!
- A Juventus recuperou 1 ponto no jogo da jornada, em Roma, frente à Lazio (1-1).
- Ainda em Itália, a confirmação da inspiração decisiva de Baptista, o pormenor de Jankovic e mais um golo à Messi de Lavezzi.
- Grande jogo em Bilbau com a vitória do Athletic (3-2) no último minuto sobre o Valência.
- Juan Pablo Pino continua a confirmar, 2 anos depois, o enorme potencial revelado. Enorme golo frente ao Caen.
- Mais 3 grandes golos. Um na Grécia (Popovic do OFI) , outro na Holanda (a promessa, Ben Sahar agora no De Graafchaf) e, claro, por cá, a bomba de Izmailov.
- Para o Braga ver, a vitória (3-2) do Standard.

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19.1.09

Sporting - Paços Ferreira: Obrigado a golear

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Demasiado fácil – Um jogo atípico para a realidade portuguesa. Normalmente as equipas fecham-se bem e criam invariavelmente dificuldades às ofensivas de qualquer equipa. Este Paços é diferente, assumindo alguns riscos ofensivos e, principalmente, tendo muitas dificuldades em se recompor defensivamente. A primeira parte não foi muito positiva por parte do Sporting, com dificuldades sentidas pela própria atipicidade do 11 apresentado (Vukcevic a avançado, novos laterais, Romagnoli...). Ainda assim, sem grande qualidade ou ritmo, e mesmo sendo feliz na forma como chegou à vantagem, o Sporting criou demasiadas situações de finalização dentro da área na primeira parte, onde qualquer aceleração resultava numa chegada perigosa às imediações da baliza do Paços. Com 1-0 e já em 4-4-2 clássico, a segunda parte ainda trouxe mais facilidades ofensivas para o Sporting. Mesmo com erros defensivos enormes (individuais), mesmo com muitas experiências, mesmo com alguma desinspiração de Liedson na primeira parte, o Sporting fez 5 golos e isso resume as facilidades que sentiu.

Paços – Será provavelmente a pior equipa da Liga no momento. Disse-o no inicio da época, a equipa corrigiu, mas está a voltar ao mesmo. Este é um modelo errado, que não privilegia a segurança defensiva e que aposta mais num jogo de parada e resposta com muito espaço e risco. Com a qualidade do plantel do Paços (perfeitamente ao nível de algumas equipas da Liga Vitalis), só muito dificilmente este perfil de jogo não resultará na despromoção. Ainda há tempo, mas seguramente que ele não aumentará.

Romagnoli – Um recuar até 2007 leva-nos ao melhor Romagnoli do Sporting e ao melhor Sporting de Paulo Bento. O que se passou entretanto? Romagnoli perdeu influencia porque a equipa deixou de privilegiar as suas movimentações laterais. Nessa altura, Romagnoli refugiava-se muito sobre a esquerda onde combinava sublimemente com Nani e Tello (terá também sido o período mais modesto de Moutinho, que jogava como interior direito). Hoje a bola vai muitas vezes para o lado oposto que ele escolhe. É por isso que Romagnoli não tem a mesma influência, não tanto pela quebra individual, mas sobretudo porque a equipa não o chama para o que ele sabe fazer melhor. A consequência pragmática é que Romagnoli não é hoje tão útil e produtivo, acontecendo o que todos já perceberam: a perda de espaço entre as primeiras opções de Paulo Bento.


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Benfica - Belenenses: Ganhar com reticências

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Mais do mesmo– O Benfica voltou a vencer. Depois da traumática derrota da Trofa, seguiram-se 4 vitórias, esta a terceira caseira. Esta melhoria de resultados, eu diria, não esconde as dificuldades do jogo encarnado, sentidas por todos os que veem os jogos. É o mesmo problema que se sentira antes dos maus resultados e, se há algumas opções individuais que agora estão mais claras para Quique (Katsouranis a mais importante delas), os problemas colectivos, esses, permanecem de forma quase cansativa. Frente ao Belenenses repetiu-se uma exibição com muitas dificuldades para revelar uma superioridade clara na primeira parte, com problemas na construção de jogo ofensivo e também no controle da progressão em posse dos opositores. O golo, tal como contra o Braga, acabou por ter um sabor a alguma felicidade, primeiro porque a produção ofensiva não o justificava propriamente, segundo porque é perfeitamente possível imaginar que, num golpe de semelhante eficácia, ele poderia ter surgido do outro lado do campo. A segunda parte foi mais conseguida, com o Belenenses a forçar um jogo de maior risco e espaços. Aí o Benfica conseguiu maior superioridade, mas não ao ponto de apagar o sentimento de que, com um futebol desta qualidade e consistência, há uma grande probabilidade de novos deslizes.

Belenenses – Será uma das equipas em foco nas próximas semanas, recebendo os 3 grandes nas próximas 4 jornadas. Esta é uma equipa curiosa, que depressa adquiriu o perfil das mais recentes equipas de Pacheco. Não é bem organizada defensivamente, baseia-se em demasia nas referências individuais e sofre bastantes golos. No entanto, personifica em campo o carácter do seu treinador. Uma grande capacidade de luta e reacção mental às situações de inferioridade no marcador e uma grande entrega dos seus jogadores são virtudes herdadas por uma equipa com muito boa qualidade técnica no meio campo. Se Pacheco repetir a hospitalidade do ano passado podemos contar com jogos duros, com muita marcação defensiva (mesmo que nem sempre bem feita) e muito apelo a uma profundidade incisiva no contra ataque.

Baliza – Moretto tem conseguido a proeza de não traduzir os seus lapsos em resultados negativos. Francamente parece-me uma enorme imprudência de Quique. O mundo não começou com a chegada do treinador a Portugal. Moretto não precisa de provar a ninguém que não tem estrutura mental para tamanha responsabilidade e, por outro lado, Quim já teve de subir vários degraus para que se esqueçam agora todas as provas dadas ao longo de uma carreira. Se a baliza requer confiança – e esta é uma critica que fiz após o 2-2 com o Setúbal – é nas horas difíceis que ela se pode dar. Quim acabará muito provavelmente ao número 1, mas Quique parece precisar de novo erro comprometedor para que isso aconteça.

Individualidades – Algumas notas. No Belenenses, para Silas, o artista do jogo, e Pelé, um nome a acompanhar mas com uma invulgar maturidade. No Benfica, destaco David Luiz que confirma, mesmo à esquerda, ter todas as características físicas e técnicas para uma grande carreira. Katsouranis pela utilidade que tem a sua inteligencia. Di Maria, por nova confirmação de que está longe de ser um prodígio do futebol mundial. Finalmente Aimar, a quem os jogos parecem querer fazer crescer, mas deixam também a sensação de que só muito dificilmente poderá ser uma grande mais valia na posição em que vem evoluindo.


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Porto - Académica: Merecia o nulo

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Preocupante – O Porto ganhou, é certo, e garantiu o objectivo pretendido. Se contra o Trofense o problema esteve no resultado e não na exibição, desta vez foi o contrário. E de que maneira! A primeira parte portista foi verdadeiramente má. Incapaz de pressionar, de sair jogar em transição, de construir e, mesmo, de controlar a posse de bola contrária. Nesse período, aliás, terá valido a insuficiência da Briosa para ser mais incisiva no derradeiro terço de campo. No segundo tempo, Jesualdo mexeu (Para um 4-4-1-1 que tentava restabelecer mais equilíbrios numéricos no meio campo) e contou também com uma Académica cada vez mais encolhida (tendência que se iniciara já na primeira parte), começando a defender cada vez mais atrás e tornando cada vez mais fácil o trabalho do pressing portista porque as recuperações aconteciam, obviamente, cada vez com mais metros de campo pela frente. Ainda assim, em termos ofensivos, o Porto permaneceu um deserto. Valeu um inesperado Oasis em forma de auto golo para evitar mais uma seca no Dragão. É certo que faltam várias individualidades (particularmente Meireles e Lisandro), mas este não foi um bom pronuncio para quem tem para frente uma das mais complicadas deslocações da época.

Lisandro-dependente? – A primeira parte mostrou vários problemas, mas eu diria que muitos tiveram a ver com a posição 9. Hulk no meio, perante equipas compactas é um equívoco óbvio. Sem bola, porque não tem cultura para iniciar a pressão numa zona central. Com bola, porque no meio de tantas pernas e tão pouco espaço, o seu futebol não tem possibilidades de explodir, perdendo todo o potencial que se lhe reconhece. Aqui surge a memória de Lisandro. Um jogador muito culto e agressivo a pressionar, capaz de limitar as soluções de primeiro passe e permitir que o resto da equipa se adiante para provocar o roubo de bola. Também culto na forma como se movimenta e cria linhas de passe que ofereçam outras soluções à construção e outra simplicidade ao seguimento das jogadas. Poderá ser exagero, mas deu a ideia clara de que a ausência de Lisandro tem impactos colectivos que vão muito para além do aspecto meramente individual.

Individualidades – As grandes atenções estavam reservadas para Cissokho. Pensava-se que poderia tremer perante as exigências do palco, mas não foi ele quem desiludiu. Dos jogadores que procuram ganhar espaço na equipa, praticamente todos ficaram aquém do exigível. Tarik foi o mais severamente punido, substituído depois de uma primeira parte fraca e sem grande capacidade de entendimento com Hulk. Sapunaru revelou mais uma vez problemas em controlar posicionalmente o seu flanco, ainda que tenha muito que se queixar do apoio que não lhe foi dado (particularmente na primeira meia hora aquele foi um sector muito fustigado). Mas a maior desilusão terá sido Guarin, que acumulou inúmeras perdas e erros. Sem qualquer comparação com Meireles.

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Afinal não é só por cá que se discute...

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17.1.09

Aboutreika, o anti vedeta

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Joga no Al Ahly de Manuel José, tem 30 anos e nunca saiu do seu país. É o jogador africano do ano para a BBC, conseguindo esse improvável feito de, em 2008, superar todas as super estrelas que actuam no futebol europeu. Para quem se lembra da CAN, claro, não espanta...

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16.1.09

Paulo Bento, o melhor dos 3

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Paulo Bento: 42 votos (44%)
Jesualdo Ferreira:
31 votos (32%)
Quique Flores:
21 votos (22%)


Foi o resultado da votação que durante cerca de 7 dias esteve aqui no site e que respondia à questão: “Qual o melhor treinador dos 3 grandes?”. O primeiro comentário que me merece é que seguramente este é resultado muito volátil. Qual seria o resultado há 3 ou 4 meses? Seguramente diferente, sobretudo no que respeita a Quique. Provavelmente dentro de 3 meses esta votação será também diferente, influenciada pelos resultados da temporada. Os treinadores, esses, foram, são e serão os mesmos. Outro aspecto que merece o meu comentário é a votação de Jesualdo Ferreira. Suponha-se que um dos outros 2 era bicampeão nacional e que tinha qualificado 3 vezes consecutivas o seu clube para os oitavos de final da Champions, 2 delas em primeiro lugar do grupo. Se tivesse o dobro dos 31 votos de Jesualdo, seria pouco...
Pessoalmente, creio que são 3 treinadores competentes, mas parece-me que Quique tem revelado algumas lacunas do ponto de vista táctico, estando muito mais dependente da qualidade individual do que os outros 2. Jesualdo tem um trabalho que considero muito positivo no Porto, tendo feito uma época fantástica em 07/08, completamente dominadora a nível interno mas com a tal “espinha” dos penaltis com o Schalke. A sua principal virtude está na forma como trabalha e adapta o modelo de jogo de acordo com as características dos recursos que tem, conseguindo atingir excelentes resultados nas 2 primeiras épocas e, este ano, estando num processo em que também tem revelado muitas evoluções, apesar da clara perda de qualidade individual. Paulo Bento tem um trabalho diferente de Jesualdo, com mais limitações de recursos, mas com grande pragmatismo, objectividade e carácter. Estas características valeram-lhe, apesar de todas as limitações face aos rivais, títulos e uma prestação competitiva muito positiva quer em termos nacionais, quer europeus. O mérito do treinador, como já defendi, é muito grande.


Ficha (quase) técnica
Apenas uma curiosidade. Se pudessemos garantir que esta era uma amostra representativa da generalidade dos adeptos, e tendo em conta que foram registadas 94 opiniões, poderiamos afirmar com 95% de certeza que cada um dos treinadores se situava entre os seguintes intervalos percentuais de preferência:

Paulo Bento: 34% - 54%
Jesualdo Ferreira: 23% - 41%
Quique Flores: 14% - 30%


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Apanha-me, se puderes...

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15.1.09

Scolari mudou!!

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Se aspecto que gerou polémica durante o Euro 2008 foi a questão das bolas paradas. Se bem se lembram, por causa deste golo, sofrido contra a Rep.Checa, começaram a levantar-se vozes de alerta para as debilidades de Portugal nesse capítulo. Na altura tive a oportunidade de escrever isto sobre o assunto, defendendo a tese de que a origem do problema não estava no método (homem-a-homem), antes sim na qualidade da sua interpretação. O destino seria particularmente severo para a Selecção neste aspecto, caindo aos pés da Alemanha com 2 lances de bola parada onde Ballack e Klose aproveitaram uma série de erros incompreensíveis.

Entretanto Scolari rumou a Inglaterra e ao Chelsea. Os londrinos sempre defenderam as bolas paradas com uma marcação homem-a-homem e Scolari não mudou esse aspecto. A recente série de maus resultados dos “blues”, porém, voltou a trazer para Scolari o fantasma das bolas paradas. No último fim de semana, 2 golos do United foram conseguidos dessa forma, com Vidic e Berbatov a finalizar. Na conferência de imprensa seguinte, antecedendo o confronto de ontem para a Taça, Scolari anunciou, finalmente, a mudança que alguns há muito lhe pediam. Numa comunicação muito gestual e com grandes dificuldades de verbalização, Scolari confessou que a necessidade de mudança levara-o a alterar o método, enunciando a máxima dos mais acérrimos defensores do método zona. Agora, tudo seria diferente. Já não seriam os jogadores os responsáveis pelos erros, mas sim ele, como representante máximo do colectivo (como se não fosse cada jogador individualmente responsável por uma zona!).

O jogo começou, veio um canto e sucedeu... isto!


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A noite da "Bestia"... e outros golos

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- Del Piero deu mais uma prova de que a classe não tem idade, na vitória da Juventus (3-0).
- O Sevilha voltou a vencer na Corunha (0-3), perante uma desorientação anedótica dos contrários.
- Colsa marcou de bicicleta ao Valência, mas o prolongamento ditou a eliminação do Racing.
- Mais uma vitória do Barcelona sobre o Atlético (2-1). Destaque para o trabalho de Iniesta no golo decisivo.
- Por cá, foi pena ninguém ter visto o jogo da Choupana (treinadores incluidos!). A jornada sempre deu para perceber que Di Maria até marca golos. Precisa é de um motivo.

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14.1.09

8 potenciais "Bola de Ouro"

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A gala da FIFA confirmou o esperado e agora já se pensa em quem será o próximo da lista. Por estes dias poucos são os que duvidam do carácer impar da genialidade de Messi, fazendo dele o principal candidato à próxima eleição, tanto mais que faz parte da equipa que mais tem convencido a Europa em 08/09, sendo um vencedor anunciado da Liga Espanhola e provavelmente o mais sério candidato à vitória na Champions. Messi e Ronaldo, aliás, são 2 nomes que pela juventude e qualidade ameaçam poder dominar o futebol mundial durante alguns anos. Para os 2 há ameaças distintas. No caso de Messi, claro, o aspecto físico e as lesões. No caso de Ronaldo, o lado psicológico e a forma como se auto motivará para novos desafios com tanto ruído em seu redor. A estes junto ainda Ibrahimovic numa lista restrita de jogadores que nesta altura me parece pouco capaz de lhe ver fugir as maiores distinções a título individual nos próximos 2-3 anos.

Ao mesmo tempo que faço referencia a uma lista elaborada pelo ‘Times’ com as 50 estrelas emergentes, deixo a minha lista de 8 jovens estrelas que poderão num futuro próximo explodir para um nível de “Bola de Ouro”.

Alexandre Pato (Milan, 19 anos) – O seu talento precoce foi de tal forma evidente que o fez chegar bem cedo ao topo do futebol mundial. Pato é hoje um titular do Milan, revelando para além do talento, grande maturidade na forma como tão depressa se afirmou num futebol tão diferente daquele em que jogava. A idade e o talento fazem pensar que mais tarde ou mais cedo se tornará na primeira figura de uma equipa composta por inúmeras estrelas.

Karim Benzema (Lyon, 21 anos) – O que é que Benzema está ainda a fazer em França é um mistério para mim. O ‘Championnat’ é uma das 5 maiores ligas do mundo mas, ainda assim, é demasiado modesta para a qualidade do avançado que impressiona quase todas as jornadas. O preço tem sido um entrave para o salto para um grande europeu. Tenha Benzema o destino certo que o seu impacto poderá muito bem ter um efeito estrondoso no futebol mundial.

Bojan Krkic (Barcelona, 18 anos) – São inevitáveis as comparações com Messi. Pelas características físicas e técnicas e pelo prodígio que muito cedo nele se reconheceu. O Barcelona é outro ponto em comum e quem sabe não poderá em breve fazer uma dupla temível com Messi no Barça. Tal como Messi, Krkic passa por um processo de crescimento que provavelmente terminará com a afirmação do espanhol como um dos melhores do mundo.

Sérgio Aguero (Atlético Madrid, 20 anos) – “El Kun” é já hoje a grande estrela do Atlético de Madrid e uma das maiores da Liga Espanhola. É um prodigio do futebol argentino que, ao contrário de Messi, cresceu no seu país e que, por isso, teve um processo de adaptação mais lento ao futebol europeu. Aguero é já um craque mas sente-se que existe potencial para subir ainda mais degraus rumo à elite do futebol mundial.

Theo Walcott (Arsenal, 19 anos) – É a grande esperança do futebol inglês. A sua velocidade e técnica fazem dele um jogador desconcertante e desequilibrador. Walcott tem nas lesões um grande obstáculo que leva também a pensar numa outra promessa inglesa que não confirmou o potencial que um dia revelou: Michael Owen. Walcott tem de fintar as lesões e encontrar a melhor forma de evoluir num futebol inglês bem diferente daquele que Owen encontrou. O tempo dirá até que ponto chegou.

Yohan Gourcuff (Milan, 22 anos) – É o mais velho da lista mas nem por isso deixa de merecer uma grande atenção. Gourcuff foi desde cedo visto como um prodígio e um herdeiro de Zidane. Por isso foi contratado pelo Milan onde, no entanto, falhou. A sua actual passagem no Bordéus tem revelado todo o potencial do jogador e, de facto, muitas semelhanças com a forma como Zidane tratava a bola. Se tivermos em conta que Zidane só saiu de Bordéus aos 24 anos e que a sua primeira internacionalização aconteceu com 22 anos, então não há motivos para perdermos esperança em Gourcuff.

Mario Balotelli (Inter, 18 anos) – “Super Mário” é um fenómeno facilmente identificável. A sua potencia física aliada às qualidades técnicas tornam-no numa promessa muito rara. Este poderia ser o ano da ascensão à titularidade, mas caso disciplinares e a falta de aplicação nos treinos têm complicado a sua relação com Mourinho. Está identificado, por isso, a barreira que Balotelli terá de superar para a sua afirmação. A gestão do lado psicológico ditará se se afirmará como o melhor Weah ou o pior Adriano.

Douglas Costa (Grémio, 18 anos) – Esta será a maior incógnita da lista. Apenas apareceu na fase final do brasileirão mas o seu impacto foi estrondoso. Apesar da idade, Douglas Costa protagonizou jogadas que encantaram o Brasil e, depressa, atraíram a atenção do todo o mundo. O inicio da próxima época (brasileira) será mais esclarecedor para perceber até que ponto as comparações com Ronaldinho fazem sentido. Para já pode dizer-se que promete...

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O Inter sobreviveu mas não evitou a "bomba"

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13.1.09

Lucho, Vukcevic e Rochemback

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Lucho, o regresso do ilusionismo de espaços
Não tem sido uma época ao melhor nível, refém da sua própria desispiração mas sobretudo da alteração dos espaços que lhe são destinados pela táctica portista. Já várias vezes o abordei aqui e o próprio Jesualdo o reconheceu recentemente. O treinador, aliás, parece agora consciente da importância de reabilitar o melhor Lucho, tem-lhe devolvido a liberdade e ele tem reaparecido progressivamente.

Neste lance surge um lance tipico de Lucho, Lisandro e do Porto 07/08. Como se fosse um ilusionista, Lucho utiliza um foco de distração, a bola. Quando todos estão a olhar para ela, ele faz o seu truque, tão simples como brilhante. Três passos em frente, uma linha de passe, leitura perfeita da situação, um toque e Lisandro (que também lê muito bem a jogada) na cara do guarda redes.

Do ponto de vista do Trofense, há obviamente uma abordagem errada ao lance. A distância entre o lateral esquerdo e o central é muito grande, permitindo uma abertura onde Lucho podia ter entrado. Por se aperceber dessa hipótese é que o lateral não sobe com o resto da defesa, controlando o espaço onde Lucho poderia entrar, mas colocando também Lisandro em jogo. O destaque, esse, vai todo para Tiago Pinto. Médio esquerdo mas nunca perde a concentração defensiva no lance, acreditando sempre na sua utilidade, mesmo com a jogada aparentemente fora do seu raio de acção. Um pequeno milagre!

Vukcevic, como se faz um extremo goleador
Todo o enfoque da jogada foi obviamente para o trabalho de Liedson, que cria um golo fácil, demasiado fácil, para Vukcevic. Eu marcaria aquele golo e, seguramente, qualquer um o faria também. Tecnicamente, isto é, porque algo me diz que poucos seriam os extremos do nosso futebol que o fariam. Não porque não fossem capazes de encostar a bola, mas porque, simplesmente, nunca lá apareceriam.

É a característica do extremo “à antiga”, tão apreciado no futebol português, mas, arrisco eu, cada vez mais isso mesmo, uma “antiguidade” sem grande utilidade num jogo que hoje é bem mais exigente. O seu papel é driblar, cruzar, assistir e o seu habitat são os terrenos laterais, preferencialmente exteriores à própria área. Os seus golos são, por isso, normalmente belos mas sobretudo raros.

Vukcevic, como Rodriguez por exemplo, tem outro instinto que o faz acreditar que poderá ser útil na zona de finalização e, por isso, faz mais golos do que é habitual num jogador que joga por fora. Quando parte, desde a linha lateral, em direcção à área, Vukcevic não sabe o que Liedson vai fazer, nem para onde vai a bola. É um pouco o mesmo principio que levou Tiago Pinto a salvar o golo na jogada anterior. Concentração e a noção de que se pode ter utilidade na jogada, mesmo quando tal parece improvável.

Rochemback, é cultura táctica não velocidade
Um exemplo está nesta transição ofensiva protagonizada em velocidade pelo Marítimo e que chega a ter boas condições de sucesso, sendo no entanto anulada pela cultura posicional de Rochemback. Primeiro, dobra Grimi, tapando o corredor esquerdo. A jogada ganha nova dificuldade quando Polga é ultrapassado por Marcinho no corredor central, criando-se um 3 para 3 momentâneo. Rochemback percebe rapidamente a importância de fechar a zona central, deixada livre por Polga e, com isso, força a jogada a rumar para o flanco contrário onde Djalma poderia arriscar um 1 x 1. Rochemback prossegue a sua acção e cria vantagem numérica sobre o angolano, sendo ele próprio a neutralizar uma jogada que tinha tudo para ser muito mais perigosa.

Já o disse, 6 não é a posição em que mais gosto de ver Rochemback, sobretudo porque lhe retira grande parte do potencial que tem para cruzamentos e remates. No entanto, e ainda que tenha momentos de alguma displicência em certos jogos, é um jogador que vai muito para além da capacidade técnica que inegavelmente possui. Depois de tudo o que já se ouviu, chegamos agora ao absurdo (perdoem-me a rudeza, mas é o que é) de ouvir que o Sporting tem uma lacuna na posição (6) em que, provavelmente, está melhor servido. Tudo isto, alegadamente, por causa da velocidade. Aliás, o que é difícil é encontrar um bom pivot defensivo que seja rápido...


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Houve coisas boas, mas nada como Zid... Gourcuff!

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- Ainda em França, o golo de Sow (Rennes) que ditou a vitória sobre o Grenoble.
- Em Inglaterra, o improvável 3-0 do Manchester ao Chelsea.
- Grande golo de Arteta (Everton) ao Hull.
- Em Itália, a mestria de Del Piero serviu para reduzir distâncias para o Inter.
- Grande jogo entre Milan e Roma.
- Sensacional reviravolta do Barcelona em Osasuna.
- 2-3 na recepção do Atlético (Madrid) ao Athletic (Bilbao).
- Por cá, grande golo de Sougou (Académica), no derby do distrito de Coimbra.
- Chama-se Al-Kuwaikabi e mais vale ver o golo que marcou ao Bayern do que decorar o nome.

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12.1.09

Benfica - Braga: O quase clássico

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Jogo “quase grande" – Tal como frente ao Nacional, e embora tendo sido um jogo completamente diferente, este foi um jogo de tripla. O Benfica ganhou, mas o empate seria seguramente mais justo e, mesmo, não se espantaria se o vencedor tivesse outro nome. Não foi surpresa o Braga, nem mesmo as dificuldades que o Benfica sentiu. Para os grandes, estes é um adversário que cria problemas muito idênticos aos clássicos, faltando-lhe apenas alguma qualidade individual que faça mais regularmente a diferença. Prova disso mesmo, o Braga esteve por cima mais tempo no jogo e criou mais oportunidades do que o Benfica. Permaneço convencido de que o futebol português podia ter muitos mais jogos com qualidade próxima deste. Enquanto tal não acontece posso, pelo menos, contentar-me com ideia de um Braga-Porto na próxima jornada.

Benfica – Os mais exigentes e críticos terão mais uma vez razões para ser severos com as dificuldades que a equipa produziu. Uma visão mais pragmática compreenderá com mais naturalidade o desenrolar do jogo, perante um adversário mais forte tacticamente e sobre quem é muito difícil exercer um domínio continuado. O Benfica repetiu a dupla de meio campo de Guimarães e introduziu ainda Amorim de inicio, mas isso não foi suficiente para dominar um Braga que tinha quase sempre superioridade na intermediária. O Benfica conseguiu, ainda assim, bons momentos no jogo, sobretudo na primeira parte, tirando partido do espaço que o Braga inevitavelmente teria que dar e, ainda, de algumas boas saídas em transição, com a equipa a dar rapidamente largura ao jogo. Para além da exibição fica o resultado que, mesmo sendo em casa, pode vir a ser muito importante.

Braga – É fantástica do ponto de vista táctico, esta equipa. O Braga de Jesus é extremamente ambicioso tacticamente, tentando defender bem em comprimento e em largura e ser forte, quer em transição, quer em organização ofensiva. Para o jogo, Jesus colocou Luis Aguiar como falso avançado, permitindo-lhe ter um elemento mais próximo do meio campo na zona central e manter Peixoto e Alan mais largos, opondo-se assim à maior largura natural do 4-4-2 de Quique. De resto, esta é uma equipa que pode ser identificada com vários sistemas. 4-4-2 clássico quando a equipa junta mais as suas linhas, 4-4-2 losango quando se alonga e, no caso deste jogo, em alguns momentos mesmo com um 4-1-4-1. É esta versatilidade táctica da equipa nos vários momentos que explica boa parte da qualidade táctica da equipa. De resto, apontar 2 problemas. O primeiro tem a ver, precisamente, com a tal ambição táctica. Não é preciso fazer sempre tudo bem e o Braga foi por vezes apanhado em alguns sobressaltos defensivos, com situações de 1x1 indesejáveis a acontecerem em momentos em que o Benfica conseguiu ser mais rápido nas suas ofensivas. O outro tem a ver com as diferenças individuais. Apesar de ter criado várias situações, apesar de ter dominado grande parte do jogo, sentiu-se muitas vezes alguma menor qualidade na definição, seja do último passe, seja da finalização. Para finalizar e mesmo apesar da derrota, não posso deixar de recordar o que referi após a derrota da equipa com o Leixões. Na altura ouviram-se algumas criticas, oportunistas, ao modelo de jogo da equipa. Hoje, como previra, sendo o modelo e a ideia os mesmos, elogia-se a qualidade.

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Porto - Trofense: a arte de falhar

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É futebol – O resultadismo tem destas coisas. O nulo do dragão faz com que, 1 semana depois, se procurem defeitos que expliquem o sucedido. É evidente que não se tratou de uma exibição perfeita e é evidente, também, que o próprio Porto não é uma equipa isenta de defeitos. O que se passou no Dragão, no entanto, foi algo profundamente improvável, com muito pouco a ver com defeitos da equipa. A verdade é que o Porto criou, desde o inicio do jogo, ocasiões mais do que suficientes para vencer o jogo e só por ineficácia e manifesta infelicidade tal não aconteceu.
Sobre o Trofense referir o espírito de combatividade e sobrevivência de uma equipa que começou e acabou com o credo na boca. O 4-4-2 de bloco baixo e linhas juntas que Tulipa apresentou, permitiu um bom preenchimento defensivo dos espaços, particularmente em largura, mas não terá sido esse o seu principal problema. A incapacidade da equipa no momento da transição ofensiva, tentando sempre atacar a profundidade e nunca ficando com a bola, condicionou um jogo a um exercício de sentido único e onde os minutos se tornaram muito longos para uma equipa que, ainda assim, resistiu. Nota para Tiago Pinto que, mesmo fora da posição, voltou a dar boas indicações. Não me parece poder tornar-se num fora de série, mas se a sua evolução for positiva, poderá muito bem vir a ser uma solução para a Selecção.


Tacticamente – A condução táctica do jogo por parte de Jesualdo foi muito semelhante aquilo que se assistira na Madeira. Na primeira parte, Lisandro no centro e Hulk à direita com liberdade para Lucho. Na segunda, Hulk mais próximo de Lisandro, com maior liberdade ofensiva dada aos laterais, assim como a Lucho, prendendo mais Meireles para as compensações. Já vimos mais Lucho, mas depois surgiu aquela que foi, provavelmente, o grande problema colectivo da equipa: pouca mobilidade. Com Rodriguez encostado à linha e Hulk a partir da direita (posição que julgo ser a mais correcta), pedia-se que o tridente ofensivo fosse mais dinâmico, sobretudo frente a uma equipa tão compacta. Hulk e Rodriguez não têm grande inteligência de movimentação sem bola e Lisandro apresentou-se anormalmente apático. O Porto perdeu com isso.

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Sporting - Marítimo: A lei do... mais competente

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À italiana – O jogo fez-me lembrar aquilo que podíamos ver, repetidamente noutros tempos, sempre que uma equipa portuguesa defrontava formações italianas. De um lado uma equipa com bom recursos técnicos, e um grande enfoque defensivo, que, com bola, não consegue traduzir boas fases de posse de bola em ocasiões e, sem ela, fica irremediavelmente refém de uma estratégia à base de referências individuais, uma estratégia que é, em si mesma, uma contradição para alguém que precisa de ter na força colectiva a forma de colmatar diferenças individuais. Do outro, uma equipa racional, forte defensivamente e objectiva na forma como aproveita as ocasiões e gere o jogo após a vantagem. Como na maioria desses clássicos luso-italianos, foi a segunda que ganhou. Sem surpresas, portanto.
No Sporting, nota para a repetição do quarteto de meio campo que, acaso ou não, coincidiu com uma boa entrada do Sporting no jogo, resolvendo-o cedo. É um hábito que, tal como venho escrevendo, me parece importante para que a equipa consolide rotinas e se encontre mais facilmente do ponto de vista colectivo. Tanto mais agora que se avizinham confrontos decisivos e que o meio campo vem apresentando uma dinâmica algo diferente de épocas anteriores.

Na frente – Fruto de tropeções alheios, o Sporting recuperou uma situação em que não tem menos pontos que nenhuma outra equipa na Liga. Isto, apesar de ter perdido os 2 clássicos. A fórmula, centrada numa defesa eficaz e uma gestão inteligente dos jogos, é a mesma que identifiquei há várias jornadas e que, como referi na altura, pode trazer muitas alegrias aos sportinguistas. Seguem-se agora 4 jogos antes dos clássicos, em que 3 são deslocações e a outra é a recepção ao Braga. Fica fácil perceber que muito do campeonato do Sporting se joga nos próximos 6 jogos.

Liedson – Voltou a ser decisivo. Primeiro a assistir, depois a marcar, em mais uma finalização repentina na área. Terá sido o melhor em campo e arrisco mesmo que em termos de rendimento global (ou seja, não avaliando apenas os golos) estará a realizar a sua melhor época no Sporting. Aliás, o “Levezinho” arrisca-se mesmo a ser a figura maior do campeonato. Finalmente, uma nota individual para outro jogador que entrou com muita qualidade: Rochemback.


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Coisas de "melhor do mundo"...

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- num outro jogo, num outro país, um outro "melhor do mundo", assistiu 2 vezes e ainda deixou isto!

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10.1.09

9.1.09

Os efeitos do golpe de teatro de Soares Franco

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“Um novo ciclo só valeria a pena ser enfrentado se fosse um ciclo de modernização e inovação...”

“Não há nenhuma organização que subsista se não inovar, porque até os países morrem... e acabamos de ver o segundo maior banco do mundo morrer”

“É preciso que os sócios acreditem que vale a pena, para construir uma grande equipa, alocar todos os activos do futebol à Sporting SAD”


“tudo me leva a crer que o que o projecto de inovação e modernidade, comigo à frente do Sporting, não iria seguramente passar numa assembleia geral”

“a negociação com os bancos está fechada e vai dar condições de muito melhor competitividade ao Sporting. Agora, está condicionada a que assembleia geral aprove 2 medidas”

“O projecto de inovação e modernidade não tem ver com isto (aprovação das 2 medidas em AG). Tem a ver com a passagem da Academia e do Estádio para a SAD e com por todos os sócios do Universo português a votarem todos as medidas estruturantes e criar uma assembleia delegada para aprovar os assuntos correntes, tal e qual o Barcelona fez com os seus estatutos”

Soares Franco, RTP

Foi a surpresa do dia. Quando se esperava uma entrevista a anunciar a sua recandidatura, Soares Franco protagonizou um verdadeiro golpe de teatro que, em meu entender, terá até feito com que a própria entrevistadora perdesse alguma capacidade de manter os assuntos dentro do que era mais relevante, provavelmente por ter preparado as suas perguntas para um outro cenário.
Deixo alguns pontos de opinião sobre esta decisão:

Restruturação financeira
- O plano de restruturação financeira apresentado é de facto importante e deixará o Sporting em melhores condições para competir em condições mais próximas com os seus competidores. Ainda assim, os problemas de geração de receitas à volta do Universo de sócios e adeptos impedirão sempre que o Sporting consiga os mesmos níveis orçamentais de Porto e Benfica.

- O grande problema da proposta feita por Soares Franco está nos 55 milhões conseguidos pela venda das VMOC’s. Na prática trata-se de uma venda de participação na SAD que gera muito incómodo a alguns sectores de sócios. Esta é, no entanto, uma situação que, à semelhança do que acontece com Benfica e Porto, não compromete o controlo da SAD devido à existência das tais acções de tipo A que protegem o clube, mesmo sendo minoritário.
- A solução das VMOC’s é, pelo que expliquei anteriormente, impopular mas não me parece comprometer em nada os interesses do clube. Será muito difícil encontrar-se outras soluções para abater igual parcela do passivo.
- Apesar das melhorias que redução do passivo possa trazer, e mesmo com a integração do Estádio e Academia na SAD, o Sporting está longe de poder equacionar ter condições financeiras para competir com os melhores da Europa. Trata-se essencialmente de um problema de receitas (fundamentalmente TV) que afecta o futebol português e que impede qualquer clube de sonhar realisticamente com tal cenário. Infelizmente, ninguém parece querer ver...

Consequências políticas
- Este anúncio tem o condão de desarmar completamente a oposição. Ao abdicar da continuidade, Soares Franco afirma claramente ser interessado mas não interesseiro na questão. A sua ideia pode agora apenas ser criticável pela discórdia de orientação e não sob a tese conspirativa de que Soares Franco estaria a preparar algo para interesse próprio e em prejuízo dos interesses futuros do clube.
- Não creio que a aprovação das VMOC’s fosse tão liquida quanto Soares Franco defendeu na entrevista, mas, pelo ponto anterior, agora será mais do que provável.
- Na mesma linha, creio que um nome que se afirme pela continuidade do ideal defendido por Soares Franco tem agora muito mais probabilidade de ser levado em frente, com a aprovação das alterações que o próprio defendeu. Aliás, Soares Franco parece estar ciente dessa possibilidade quando inclui o “comigo à frente do Sporting” como condicionante.
- Não me parece que a decisão do auto-sacrificio de Soares Franco tenha minimamente esse objectivo, mas não excluo a possibilidade de um volte-face, dependendo do efeito que este anúncio tiver.

Plano Desportivo
- Soares Franco pode estar na eminência de conseguir um acordo financeiro importante para o Sporting, mas o seu grande feito é desportivo. Numa fase de aperto financeiro o futebol melhorou substancialmente as suas prestações e conseguiu, finalmente, mostrar que é viável o projecto de compor uma equipa profissional à base da formação.
- O grande mérito de Soares Franco neste plano é ter dado sempre prioridade à estabilidade. De resto, o sucesso tem um rosto que na minha perspectiva é incontornável: Paulo Bento. A saída de Soares Franco pode garantir (pelo que expliquei antes) uma melhoria financeira, mas isso só será sinónimo de melhorias reais no plano desportivo se as restantes variáveis se mantiverem inalteráveis (“ceteris paribus” para os economistas). Estabilidade e Paulo Bento são essas variáveis e a sua manutenção torna-se, com a saída de Soares Franco, uma incógnita.


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O golo do dia foi de Ozer...

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- ...mas Milan Baros foi quem riu por último... Excelente golo a virar para 1-2 (vitória do Galatasaray sobre o Altay) no último minuto.

- O golo da vitória no Dragão. Não é brilhante, mas tem o particular de ser sub19.

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8.1.09

Guimarães - Benfica: Um bom começo para a reabilitação

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Não há 2 sem 3 – Num momento de crise talvez uma viagem a Guimarães não fosse o melhor destino. Pelo menos para a maioria das equipas, porque para este Benfica de Quique Flores parece mesmo não haver melhor paradeiro. Se contabilizarmos a partida da pré temporada, esta foi a terceira partida disputada entre Vitória e Benfica no Afonso Henriques. O Benfica não só venceu as 3 como utilizou uma fórmula muito semelhante para os triunfos. Aproveitar, desde cedo, a exposição ao erro do Vitória para depois gerir o jogo e aproveitar algum aveitureirismo contrário. Sobre a justiça do resultado, pode dizer-se que o Benfica teve a felicidade de marcar cedo, pode dizer-se, até, que foi sempre mais cauteloso do que arrojado, mas nunca se poderá dizer que não mereceu vencer. O Vitória terá criado uma única oportunidade de golo aos 94 minutos e nem sequer se pode falar de um assédio constante à área de Moretto. Muito pelo contrário. Dizer que o Vitória foi a melhor equipa como fez Cajuda parece-me, pois, um total disparate.

Guimarães – Das 3 recepções ao Benfica esta temporada, esta não terá sido aquela em que se viu um pior Vitória (terá sido claramente no campeonato), mas foi seguramente aquela em que conseguiu criar menos problemas ao Benfica. De resto, custa a compreender como é que, jogando tantas vezes contra o mesmo adversário e a mesma estratégia, o Vitória falha continuamente em termos de abordagem estratégica ao jogo. Cajuda não queria ser “azelha”, mas começou, precisamente por sê-lo e, assim, dar mais uma vez vantagem ao adversário. A reacção ao pressing do Benfica começou por ser péssima, a equipa perdeu 2 bolas comprometedoras nos primeiros 5 minutos e na segunda só por milagre não se viu em desvantagem. Talvez por alguma aversão à sorte, no entanto, o Vitória concedeu no canto consequente o golo, posicionando-se mal e permitindo que Katsouranis surpreendesse com um movimento previsível.
O Vitória foi melhorando no jogo, especialmente em relação ao controlo da profundidade nas transições adversárias e nos erros em posse (estes foram os aspectos em que não esteve tão desastroso como no campeonato), mesmo se nunca tivesse sido suficientemente competente em algum destes aspectos, como se comprova pelo lance do segundo golo. No entanto, voltou a orientar a sua posse, de forma pouco astuta, sempre para as alas, onde o Benfica é mais forte a criar zonas de pressão. Um erro que já se vira, até, no tal jogo de pré temporada mas que, apesar da experiência, se repetiu. Por contraponto, e apesar do Benfica se ter mantido sempre relativamente alto, falhou por nunca tirar partido daquela que poderia ser a chave evidente para criar os desequilíbrios que tanto procurava: a exploração do espaço entre linhas do Benfica. Sobre este aspecto, e para finalizar, foi preciso esperar meio ano de comentários para ouvir alguém fazer referência a este problema táctico que tantos dissabores já causou ao Benfica...


Benfica – De facto, entendo que o Guimarães tem muita culpa própria naquilo que sucedeu. No entanto, esta não deixa de ser uma exibição muito positiva do Benfica, provavelmente mesmo aquela em que melhor geriu uma vantagem. Do Benfica viu-se grande concentração nos riscos assumidos em posse, alguns períodos de boa posse de bola e uma grande concentração em todos os momentos do jogo. Esta melhor abordagem ao jogo permitiu que fosse quase sempre o Benfica a actuar em transição, dando ao Vitória o risco de assumir mais a organização ofensiva, onde colocava um pressing que tentava ser o mais agressivo possível no sentido de causar as tais recuperações tão essenciais na decisão da partida. A gestão da vantagem foi sempre feita tentando manter as linhas o mais alto possível, apesar de se ter assistido a um recuo natural com o passar do tempo e, mesmo, a algumas alterações que introduziram mais segurança e menos capacidade para abordar a profundidade (sei bem o que se diria das substituições de Quique caso o Benfica tivesse tido um percalço...). Ainda assim, há que dizer que não se estranhando minimamente o segundo golo, é também verdade que o Benfica falhou durante muito tempo no propósito de conseguir transformar as suas transições em ocasiões. Talvez seja do momento psicológico...
A vitória foi conseguida num jogo em que, realmente, havia mais a perder do que a ganhar. Isto porque este não era um jogo decisivo numa fase de grupos de uma prova que será o menos relevante dos objectivos encarnados. Ainda assim, por motivos óbvios, este resultado e exibição são mais do que bem vindos para o momento encarnado. De resto, salientar do ponto de vista individual a boa prestação de Miguel Vitor, a importância da cultura posicional e inteligência de Katsouranis e da exibição esforçada de Suazo, em contraponto flagrante com Balboa.

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