24.7.09

Porto - D.Bucareste: Superior e prematuro

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A facilidade com que o Porto se superiorizou ao Dinamo resulta de um diferencial óbvio entre a qualidade individual e colectiva dos 2 conjuntos. Tendo em conta que este é ainda um Porto muito embrionário, esta constatação surge como um relevante elogio à qualidade do plantel azul e branco e, sobretudo, ao trabalho colectivo realizado. Ainda assim, este foi um teste pouco interessante, por continuar a não apresentar pistas significativas sobre o caminho que o modelo portista poderá levar em 09/10. Tal só acontecerá quando houver mais tempo para dar aos reforços recém chegados e creio que tais ideias poderão começar a ser clarificadas a partir dos próximos jogos. Ainda assim, aqui ficam algumas notas sobre o que foi apresentado...


Defesas centrais – Não foi um jogo muito exigente mas também não foi brilhante por parte de nenhum dos 3 jogadores que actuaram nesta posição. Bruno Alves foi, como era previsível, o melhor mas não se coibiu de alguns erros, assim como Maicon, algo inseguro na saída de bola. Rolando terá sido aquele que menos impressionou, mas mantém-se na frente na corrida para a titularidade, pelo que fez no passado. Creio que apesar de alguma displicência generalizada há grande qualidade nas soluções e mantenho as enormes expectativas sobre Nuno André Coelho, esperando que seja largamente testado na zona central em pelo menos 1 jogo da Peace Cup.

Médios interiores – O jogo do Porto, apesar da superioridade, não impressionou minimamente. Em destaque negativo esteve a fase de organização ofensiva, onde a equipa sentiu enormes dificuldades em encontrar soluções (valeu a incapacidade do Dinamo para dar sequência às várias intersecções que conseguiu). Aqui chegamos aos médios interiores do losango que tiveram enormes dificuldades em entrar em jogo, sendo que Meireles foi a única excepção. Guarin não é, para esta questão, um problema maior porque não deverá entrar nas contas da titularidade, mas o mesmo não se pode dizer de Belluschi. O argentino continua a revelar o que dele se esperava em termos de qualidade no último passe e vocação para finalizar, mas também, em termos tácticos, a revelar grandes dificuldades para aparecer no jogo. Falta ver muito deste Porto, mas parece claro que este é o primeiro problema que Jesualdo tem para resolver.

Ataque – Hulk a 9 é uma solução que poderá acontecer apenas em certos jogos e que nunca será parte da “fórmula” base do modelo. Esta constatação leva desde logo à conclusão de que este modelo nunca poderá ser o definitivo, sendo que ainda falta Rodriguez e ver Falcao (mais tempo). Este trio deverá ser parte da solução principal e isso condiciona muito a margem de manobra para Mariano e Varela. Mariano fez um bom jogo e será uma boa solução para qualquer versão que o modelo tenha, porque tem inteligência para tal. Já Varela, o grande destaque do jogo, é um pouco mais específico e apesar de todo o fulgor da pré época, não lhe prevejo grandes possibilidades de competir pela titularidade. Creio que isto ficará mais claro com o tempo. A indefinição de como enquadrar melhor estas soluções é, em grande parte, a indefinição que ainda existe sobre o próprio modelo 09/10.

4-3-3 vs. 4-4-2 – O período potencialmente mais interessante do jogo foram os 20 minutos finais. Com Valeri e Falcao em campo, o Porto testou o 4-4-2. Viu-se pouco, mas parece-me que o ex-Lanus é claramente encarado como uma boa solução para este sistema o que, aliás, já tinha antecipado. Resta esperar por mais evoluções, até porque acredito que o modelo final, nem será o 4-3-3 da primeira parte, nem o 4-4-2 dos últimos 20 minutos...


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