1º golo primeira mão, Jorge Henrique – Jogando num 4-2-3-1, o Corinthians apresenta um movimento típico que baralhou muito as contas à defesa do Inter. O extremo esquerdo Jorge Henrique repetidamente vem ao meio para abrir espaço à entrada do lateral (normalmente André Santos) e aparecendo igualmente como elemento extra na zona central, ora para oferecer linhas de passe, ora para finalizar. Neste lance isso é perfeitamente claro, primeiro vindo ao meio e servindo de pivô para o ataque do Timão e depois libertando o lateral no espaço aberto pelo seu movimento, antes de, ele próprio, finalizar.
2º golo primeira mão, Ronaldo – O pormenor e qualidade de definição de Ronaldo são tudo menos novidade. A nota vai antes para o outro jogador que fez, na minha opinião, mais diferença em termos tácticos neste Corinthians, o médio Elias. Trata-se de um médio muito útil, mas útil no verdadeiro significado do termo. Ou seja, não é apenas um médio que corre muito, é, antes sim, um médio que corre muito e bem. Elias está sempre em jogo, lendo muito bem os espaços, o que lhe permite, não só estar muito bem colocado defensivamente, como também aparecer bem ofensivamente. Esta concentração permanente é bem notória neste golo com Elias a ler de imediato o lance e a lançar Ronaldo nas costas de uma defesa que ficou surpreendida com a rapidez (talvez até excessiva!) do lance.
1º golo segunda mão, Jorge Henrique – Não há muito a dizer depois do que escrevi no primeiro lance. De novo o movimento interior de Jorge Henrique a ter um duplo efeito. Primeiro libertar o lateral e depois criar um efeito surpresa na área.
2º golo segunda mão, André Santos – De novo o movimento do lateral esquerdo a fazer a diferença. Num momento de algum desnorte da defesa do Inter, o Corinthians tira partido para construir uma bela jogada, agora com um movimento um pouco diferente, ainda que com o mesmo efeito. Desta vez é Ronaldo quem serve de pivô e o movimento interior de Jorge Henrique surge para uma zona mais avançada, dado o recuo de Ronaldo. Nota para a excelência da acção de Ronaldo, jogando sempre simples e de primeira, e de André Santos, um lateral de grande qualidade ofensiva e que é outro motivo para que este movimento interior de Jorge Henrique seja eficaz...
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