31.1.08

Ele ainda nem tinha ido buscar a bola do último golo!

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Ronaldo: um dos melhores livres de sempre!

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Propositadamente acompanhei este vídeo com a expressão “um dos melhores de sempre” tendo a curiosidade de conhecer algumas reacções a esta que não deixa de ser uma opinião minha. Passo a explicar o porquê de tanto entusiasmo em relação a esta execução, e onde creio estar também a explicação da euforia, não só do próprio jogador, mas também dos jogadores e corpo técnico de um clube que há não tanto tempo quanto isso assistia aos livres de... David Beckham.

“Este é sem dúvida o melhor livre que eu vi na Premier League” – Alex Ferguson

Para começar, atente-se à posição em que o livre é marcado, descaído sobre a direita. Daquele local e àquela distância, a única forma de colocar a bola na zona protegida pela barreira seria através de um pontapé cortado, fazendo a bola descrever uma curva que a fizesse subir e descer rapidamente. O objectivo é o mesmo dos jogadores de ténis quando aplicam o “top spin” só que como o pé não é uma raquete e a bola está no solo, o “corte” não pode ser feito totalmente de baixo para cima, tendo de apanhar também algum efeito lateral. Esta é a técnica ensinada e usada por todos os jogadores e ainda no passado Sábado vimos Cardozo aplicá-la com grande brilhantismo. O problema desta técnica é que o pontapé, por ser cortado, perde força e por isso é que raramente vemos jogadores a aplica-lo com sucesso desde longas distâncias. À distância a que estava Ronaldo, um execução cortada mereceria sempre, pelo menos, um esboço de defesa por parte do guarda redes (tal como aconteceu no caso de Cardozo contra o Guimarães). Fazer a bola subir e descer daquela distância sem ser com uma execução “cortada” parecia, até aqui, tarefa impossível.

A técnica que Ronaldo vem trabalhando é completamente diferente. Reside numa pancada seca que tira partido das características das bolas modernas e que as faz flutuar em vez de subir continuamente, como acontece com uma execução normal com o peito do pé e com aquela força. É uma técnica também usada por Juninho, embora nunca tenha visto um livre tão perfeitamente executado pelo brasileiro daquela distância (diga-se que Juninho tem um leque de soluções bem mais vasto de que Ronaldo para bater os mais variados tipos de livre). A genialidade da execução de Ronaldo explica-se, por isso, não só pela sua eficácia mas pela perfeição associada a uma forma inovadora de bater a bola. Este pode ser um livre-modelo para futuras gerações e veremos se não assistiremos ao súbito aparecimento de especialistas a tentar bater faltas desta forma.

A vantagem óbvia desta execução é a violência que permite ao pontapé. Atente-se a um último pormenor: James adivinha o local para onde Ronaldo vai bater, movimentando-se ligeiramente para aquele lado antes da bola sair. O problema é que a velocidade era tanta que, mesmo assim, ele não teve tempo de se lançar...


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Jogos da semana

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30.1.08

Cardozo, Makukula e a gestão dos ponta de lança

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O ponta de lança é para o adepto português uma espécie de jogador à parte. Quase como se fosse um elemento distinto da restante equipa, exigem-se sempre golos ao 9 das equipas e são raras as vezes em que essa posição não é enumerada entre as principais lacunas da equipa nos momentos maus. As características que se exigem a um jogador que jogue nesta posição são rapidez, força, altura, técnica, sentido de oportunidade e capacidade para finalizar, seja com os 2 pés, seja de cabeça. Em suma, o jogador perfeito. Vem tudo isto a propósito da contratação de Makukula pelo Benfica.

Em Junho passado o Benfica fez uma das aquisições mais caras da sua história. Cardozo, jogador paraguaio e uma das maiores revelações da temporada na Argentina, veio para a Luz por vários milhões de euros e com um estatuto que, como é normal nestas alturas, fez as delicias dos adeptos que elevaram as suas expectativas em torno do jogador. Como Cardozo era um jogador ainda inadaptado à nova realidade (jogava num campeonato diferente e numa equipa que lutava para fugir à cauda da tabela), como o futebol português é um habitat complicado para os ponta de lança e, naturalmente, como Cardozo não é o jogador perfeito, as criticas depressa se direccionaram para o jogador, criando-se uma sequência de reacções contrastantes na própria imprensa. Ora era preciso encontrar uma alternativa a Cardozo, ora o “Tacuara” estava a ser seguido por vários clubes de top europeu, preparados para investir fortunas no jogador. Que tudo isto seja normal nos adeptos (e até na própria imprensa), eu compreendo, o que tenho mais dificuldade em compreender é como é que esta emotividade passa tão facilmente para as decisões de quem gere o clube.

Cardozo é um ponta de lança com características específicas, mais forte a jogar como pivot ofensivo do que a explorar os erros que os defesas cometem – nomeadamente para jogar nas costas destes. Dentro do perfil há muita qualidade e tendo em conta o tempo de adaptação que estas contratações requerem, exigia-se que um jogador que custa tantos milhões fosse escolhido para interpretar determinados princípios de jogo, adaptados às suas características. No Benfica isso não aconteceu e apesar do jogador até ter marcado um número considerável de golos, aparece agora uma contratação – 6 meses depois – que tem como objectivo ser alternativa a Cardozo.

Makukula é um portento físico. As suas características, no entanto, dificilmente poderão ser integradas de forma regular em simultâneo com Cardozo – a não ser que Camacho altere muito o “jogar” do seu Benfica. O que isto quer dizer, sucintamente, é que entre Cardozo e Makukula, um deles dificilmente se afirmará em pleno nos próximos tempos do Benfica.

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Parabolica e Adebayor

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Aproveito mais uma “sintonização da Parabólica” para fazer menção a um dos jogadores destacados no vídeo desta semana...

Numa altura em que se joga a CAN é natural surgir, em paralelo com o evoluir da própria competição a discussão de qual o melhor jogador africano do momento. Não vou estender o debate a esse ponto, mas não deixa de me parecer curioso que paralelamente, noutro local do planeta, surja o jogador africano que mais se tem destacado esta temporada. Emmanuel Adebayor. Com 23 anos este Togolês é, permitam-me, o “Saci Perere” mais bem sucedido do futebol actual. Alto e com um jeito desengonçado parece inofensivo. O problema é que, quando a bola lhe chega aos pés, revela uma técnica e agilidade invulgar para a sua estatura, sendo poucos os defesas que conseguem acompanhar a sua passada larga, num estilo que lembra os bons tempos de outro fascinante atacante africano, Nwankwo Kanu.

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Freestyle inacreditável... literalmente!!

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29.1.08

A jornada da eficácia...

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Sporting - Porto
O primeiro comentário que tenho para fazer em relação ao clássico é que foi um jogo estranho e atípico. Não pelo resultado, mas sim pela forma como o jogo decorreu. Tacticamente 2 nuances para a partida. No Sporting a troca de Moutinho com Izmailov, penso que com o objectivo de dar mais apoio a Pereirinha nas acções defensivas. No FC Porto o caso mais estranho. É que o Porto não fez qualquer alteração na estrutura do seu trio de meio campo. Jesualdo limitou-se a substituir um extremo por um médio ala – Marek Cech – mantendo Assunção como pivot defensivo, Meireles sobre a esquerda e Lucho sobre a direita. A diferença estava simplesmente nas características de Cech, mais participativo no suporte ao “miolo”. Na frente, liberdade para Quaresma no apoio a Lisandro, embora o seu local natural fosse a direita. O resultado foi um jogo muito inclinado para a esquerda, algo talvez propositado e com o objectivo de fazer surgir as habituais mudanças de flanco que explorassem a vocação ofensiva de Bosingwa e Quaresma (uma exibição “mole” e desinspirada).

Mas este jogo esteve longe de ser decidido pelos confrontos tácticos. Em 15 minutos verdadeiramente loucos, 4 desequilíbrios e um golo anulado num lance de bola parada pelo meio. Os 2 primeiros resultantes de transições quase perfeitamente interpretadas pelos portistas. Lucho – uma exibição fantástica, penalizada pelo desacerto a concluir – falhou ambas e, na resposta, o Sporting conseguiu 2 momentos de profunda eficácia que marcaram de forma surpreendente o jogo. Destaque, para além do erro de Hélton, para acção meritória de Veloso no primeiro golo, para a falta de agressividade do meio campo portista (não podem ser ultrapassados tantos jogadores sem, pelo menos, uma falta) e para a vocação de Vukcevic para jogar na área (não estará aqui o parceiro ideal de Liedson?). As coordenadas do jogo ficaram a partir daí alteradas, com o Porto a ter mais domínio mas sem se poder falar de uma superioridade clara até ao intervalo. No segundo tempo, Jesualdo corrigiu e alterou, agora sim, o sistema. Farias entrou para a frente e Meireles juntou-se a Assunção formando um duplo-pivot que libertava Lucho definitivamente de responsabilidades defensivas, lançando-o para o espaço entre linhas. Após alguns momentos marcados por paragens sucessivas no jogo, o Porto começou a criar lances de finalização em série, vindo ao de cima, mais uma vez, o mau momento defensivo do Sporting. A facilidade com que os Dragões conseguiram oportunidades explica-se, de resto, pela forma insuficiente como o Sporting protagonizou as suas transições defensivas, pelos lapsos de coordenação nas marcações– especialmente entre Ronny e Polga – e pelo excessivo recuar do bloco leonino, que permitiu que o Porto se instalasse com facilidade no meio campo adversário. O Sporting sobreviveu a 35 minutos nestas condições, sendo verdade que nos últimos 10, o excesso de jogadores portistas na frente e a proximidade do fim do jogo acabaram por tornar as ofensivas azuis bem menos ameaçadoras.

Termino para discordar de duas afirmações dos treinadores no final da partida: Primeiro de Paulo Bento quando falou em mérito defensivo – o Sporting deste Paulo Bento já foi uma equipa forte defensivamente, na sua coordenação, organização e agressividade. No momento e particularmente frente ao FC Porto não foi o caso. Depois as afirmações de Jesualdo, dizendo que a equipa “cresceu” com este jogo – só vejo duas formas das equipas “crescerem”, corrigindo e aprendendo com os erros do seu jogo e ganhando confiança com resultados importantes. Não me parece que o Porto possa beneficiar de nenhum dos dois a partir do que aconteceu em Alvalade. A equipa só tem a perder com esta derrota.

Guimarães - Benfica
Foi um jogo de eficácia e entrega encarnada e de alguma limitação Vimaranense. O Benfica entrou para não errar, não dar margem a transições do adversário. A sua construção passava por solicitar Cardozo como “pivot”. O Paraguaio foi, neste aspecto, altamente dominador, ganhando um número incompreensível de bolas no jogo aéreo (mesmo que delas não tenha resultado grande coisa, porque esta era uma estratégia mais improvisada do que rotinada). Para dar ainda mais razão de ser a esta estratégia do "erro minímo", veio a eficácia e o brilhantismo da execução do Tacuara e a contribuição de alguns erros do Vitória – o lance do segundo golo, não retirando mérito à notável acção de Di María, conta com bastantes facilidades dos laterais do Vitória. No segundo tempo, a emoção das bancadas passou finalmente para os jogadores do Vitória que, depois de chegar ao golo, parecia capaz de virar o jogo perante um Benfica a cometer demasiados erros na sua zona mais recuada (talvez devido às muitas ausências nessa zona). Após o 1-2, no entanto, os Vimaranenses perderam capacidade e esclarecimento ofensivo contribuindo para isso, creio eu, algum excesso de “carne no assador” que debilitou a força da zona intermediária.

Por fim, não posso deixar de lamentar as declarações de Cajuda com o jogo já a decorrer. Num tempo em que se pede grande profissionalismo e concentração aos jogadores, não me parece coerente que um treinador esteja, com o jogo a decorrer, a prestar declarações à televisão, abdicando ele próprio de ter concentração máxima na partida...


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28.1.08

O "replay" de Valbuena

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25.1.08

Sporting - Porto: Antevisão do clássico

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O fim de semana tem a rara particularidade de juntar os 4 primeiros da tabela. Para que o interesse não seja nesta altura maior, contribui naturalmente a distância pontual com que o FC Porto conseguiu materializar o seu domínio na prova, sendo a questão do título a única que não estará em causa neste fim de semana. Apesar do interesse inegável (e por vários motivos, quer de ordem táctica, quer no que respeita ao enquadramento com o momento distinto que vivem os 2 clubes) do embate do Afonso Henriques, vou respeitar a maior importância de um clássico entre 2 grandes do futebol Português, e fazer um enfoque na antevisão da partida de Alvalade.

É um embate que nos últimos tempos se tem pautado pelo equilíbrio e pela luta quase sempre determinante pelo domínio do jogo, particularmente no que respeita às operações de meio campo. Este é um aspecto cuja importância se explica mais pela necessidade do Sporting se sobrepor na luta do “miolo” para poder ter ascendente nas suas partidas. Os leões – e não estou a abordar ainda o momento mas sim a consequência dos seus princípios de jogo – revelam uma dificuldade clara em fazer da transição ofensiva uma arma letal e, por outro lado, o FC Porto sente muitas dificuldades quando o jogo posicional do seu meio campo não é suficiente para impedir que o jogo se situe demasiado perto da sua área. Isto porque as famosas transições portistas perdem eficácia quando se iniciam desde uma posição mais recuada. Esta luta pelo domínio deverá ser, novamente, relevante para a definição de quem tem mais possibilidades de vencer o jogo.
Sporting
Se no passado, como disse, o equilíbrio foi factor preponderante, desta vez a dúvida da repetição dos mesmos contornos surge evidentemente da resposta leonina à crise do seu futebol. O Sporting tem, como já aqui tenho defendido, o problema alicerçado no seu flanco esquerdo. A falta de qualidade de Ronny e Vukcevic nas transições defensivas e no apoio ao jogo em posse retiram força ao meio campo, aliando-se a isto mobilidade que a presença de Purovic retira ao ataque. A equipa fica assim incapaz de reproduzir com eficácia os mesmos princípios que a conduziram a exibições de grande qualidade e em 06/07. Se Paulo Bento repetir a fórmula de Coimbra, lançando Vukcevic para o lado de Liedson (ainda que descaindo sempre mais para a esquerda) e dando força interior ao losango com a introdução de Izmailov, então o Sporting terá mais possibilidades de se superiorizar no jogo. Nota importante para a dúvida em torno da presença de Abel. Se o lateral não estiver disponível então Paulo Bento tem um problema difícil de resolver. Ou lança Pereirinha, arriscando seriamente nos duelos individuais que o FC Porto costuma proporcionar a Quaresma, ou opta por uma solução mais defensiva, perdendo profundidade e qualidade quando em posse de bola.
FC Porto
Do lado do FC Porto, tranquilidade. A questão psicológica é de resto, e podendo parecer um contra-senso, a principal ameaça portista para este jogo. É que a ausência de pressão não pode servir para qualquer perda de intensidade competitiva. É algo humanamente natural, mas deve ser evitado sob pena de ter custos graves no jogo. Tacticamente a dúvida prende-se com a substituição de Tarik. A utilização de Lisandro a extremo ou a introdução de outra solução para essa posição é a questão a desvendar por Jesualdo. Se o jogo fosse mais decisivo, a minha previsão iria para a introdução de Mariano para poder dar, simultaneamente, mais força na ligação ao “miolo”. Dadas as circunstancias, é perfeitamente normal que Jesualdo tente dar a Farias a experiência de um jogo grande, aumentando os níveis de confiança do jogador e não cortando a fase ascendente do seu lançamento. De resto, se o Porto impedir que o adversário tome as rédeas da partida então, mais tarde ou mais cedo o seu ataque acabará por testar o mau momento psicológico que se vive em Alvalade.

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A força de Mansaré

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A CAN tem mostrado um nível bastante elevado no futebol Africano. O nível é indiscutivelmente superior ao de anos anteriores e o leque de possíveis vencedores finais é bastante mais alargado do que no passado. Há, no entanto, um aspecto que lamento nesta competição: a aposta limitada em jovens promessas que não estejam já em clubes de nível superior. Jogadores que certamente serão primeiras figuras do cartaz da próxima CAN – em Angola – encontram-se escondidas desta competição, ora no banco de suplente, ora mesmo fora dos convocados dos respectivos países. Este ponto denota algum desconhecimento do real potencial das futuras gerações de jogadores por parte dos respectivos seleccionadores.

Ainda assim, a competição não deixa de ser uma oportunidade para confirmar o potencial de jogadores que, estando já num nível bastante elevado, poderão estar “no ponto” para aceitar novos desafios. Um desses casos é o médio da Guiné: Fodé Mansaré.

Actua sobre o flanco esquerdo, destacando-se pela sua capacidade em aliar uma notável técnica individual a uma velocidade e força impressionantes que fazem dos seus arranques por entre os defensores adversários uma imagem de marca. Mansaré pode funcionar como extremo ou como médio mais interior, mas é com bola que as suas qualidades ganham maior potencial. Aos 26 anos, o Guineense tem algo a provar em matéria de enquadramento defensivo e regularidade exibicional. O facto de ter feito toda a sua formação como profissional em França permite, no entanto, afastar maiores receios no qu e respeita a eventuais desajustes entre realidades futebolísticas distintas.
Mansaré actua no interessantíssimo Toulouse onde é acompanhado por outro entusiasmante médio – o Camaronês Emana. O seu passe não será acessível, tendo em conta a realidade do futebol Francês, mas talvez as dificuldades por que passa o “Europeu” Toulouse (agravadas pela importância dos jogadores actualmente ausentes na CAN) possam facilitar a vida a potenciais interessados.

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Showboat!

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24.1.08

Robert Pires: elegância ignorada

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Encontrei este interessante vídeo sobre Robert Pires e não resisti em aproveitá-lo para fazer referência a este veterano craque, um dos mais elegantes jogadores do futebol dos últimos anos, agora no Villareal.

Robert Pires nunca chegou a ser devidamente aproveitado pela Selecção Portuguesa, já que demorou algum tempo a vestir a camisola dos “bleus” e a sua ascendência lusa permitir-lhe-ia ter sido seleccionado para representar Portugal. Tem, no entanto, este episódio a particularidade de ter despertado os responsáveis da Federação que, a partir daí, passaram a estar mais atentos às potencialidades das raízes deixadas pelos nossos emigrantes por esse mundo fora. Pena, digo eu, que mais nenhum tenha conseguido o nível de Pires.

Sobre Robert Pires tenho uma memória particular... Lembro-me de uma noticia de rodapé de um jornal desportivo no inicio dos anos 90. Nessa altura – na era “antes de Bosman” – o problema dos estrangeiros era decisivo para a constituição dos planteis, pelo que a dupla nacionalidade era uma vantagem enorme. Mas dizia a noticia que um tal luso-francês do Metz, Robert Pires, já também observado pelo Sporting, havia sido descartado pelos responsáveis do Benfica após algumas observações. A dupla nacionalidade dava jeito, sim senhor, mas a qualidade não justificava a maçada... A carreira de Pires foi em crescendo e anos (4 ou 5) mais tarde veio a Portugal ajudar o Metz a eliminar o Sporting da Taça Uefa. Nessa altura o Metz era Pires e mais 10, só que a qualidade do craque era agora demasiado apreciada para os bolsos dos clubes Portugueses. Seguiu-se o Marselha e uma carreira fantástica, quer em Inglaterra, quer na Selecção Francesa.

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A biqueira de Savidan

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Jogos da semana

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23.1.08

ASEC Abidjan - O "Case Study" do sonho Africano

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Na sequência do que escrevi ontem sobre o investimento que pode ser feito em África, trago aqui o “case study” da Academia do ASEC Mimosas de Adidjan, na Costa do Marfim.

A ideia foi posta em prática por um Francês, Marc Guillou. Em 1993 este antigo internacional Francês desenvolveu uma academia de luxo no clube, tendo como objectivo fazer de jovens pobres e sem condições, jogadores ao mais alto nível. O primeiro indicador do sucesso da aposta foi dado em 1999 quando o clube decidiu lançar os seus jovens para o jogo da Super Taça Africana frente ao Esperance da Tunisia. Nessa equipa de jovens adolescentes estava Kolo Touré e, contrariando todas as previsões, o ASEC venceu por 3-1. A história do sucesso da Academia não imune a episódios menos felizes e contratempos. A relação com agentes, os efeitos da instabilidade política na região são exemplos previsivelmente típicos dos problemas vividos. O episódio mais curioso, no entanto, vai para a traição do fundador, Guillou, que a dado momento abandonou a Academia, levando vários jogadores consigo com promessas de transferências para a Europa e, particularmente, para o outro clube com particular importância nesta história – o Beveren da Bélgica. O diferendo passou e Guillou trabalha noutros projectos de formação espalhados pelo mundo, mas a ligação com o Beveren manteve-se. Todos os anos são “exportados” vários jogadores para este clube (recém despromovido à segunda divisão belga) que tem como objectivo dar continuidade europeia à formação feita em África. Claro que aqui a sede dos milhões e a relação entre os dois clubes nem sempre é pacífica, não se sabendo até que ponto este clube – também muito ligado ao Arsenal – poderá manter a mesma relação com o Academia do ASEC.

Hoje o caso do ASEC é aproveitado para cópias forjadas no seu próprio país. Centenas de Academias compram, literalmente, o sonho de muitos pais que pagam tudo o que podem para alimentar a esperança de ver os seus filhos reproduzir o sucesso de alguns felizardos. O problema é que, ao contrário da ideia original, estas Academias não têm condições nem filosofia para poder repetir o sucesso do ASEC. A filosofia da Academia original passa por criar e proporcionar verdadeiras condições de formação, centradas na aprendizagem escolar e sustentadas por todas as condições necessárias (alimentação, professores, médicos, etc.) para que daquelas crianças saiam homens com possibilidades de alcançar o sucesso na sua vida. Uma oportunidade paradisíaca num meio tão pobre.

O vídeo mostra o exemplo seguido pelo Feyenoord no Gana, onde montou uma Academia que pretende dar formação conveniente aos mais talentosos jovens locais. Cá estaremos para medir o sucesso desta aposta dentro de alguns anos...

Os mais famosos produtos da Academia do ASEC:
Kolo Toure
Aruna Dindane
Salomon Kalou
Didier Zokora
Emmanuel Eboue
Yaya Toure
Gervinho
Bonaventure Kalou

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"I'm Fantastic!"

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22.1.08

Cada vez menos "lanças em África"!

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A CAN está já em pleno andamento no Gana. A verdade é que aquilo que há uns anos era uma verdadeira montra de talentos por revelar é hoje uma competição bem diferente e que é cada vez mais o espelho dos desequilíbrios sócio económicos do Continente. Imaginemos o confronto entre a Costa do Marfim e o Benin. De um lado estrelas da elite do futebol Mundial – os emigrantes de luxo, Drogba, Traore, Kalou ou Eboue –, do outro um conjunto de jogadores vulgares espalhados pelas divisões inferiores do futebol europeu, tentando a todo custo conseguir o brilho que possa servir de trampolim para a sua carreira. Tudo isto jogado num relvado demasiado alto e que promove ressaltos aleatórios, próprios de um futebol amador. Nas bancadas, clareiras entre os espectadores, explicadas pela incapacidade de um povo aproveitar esta oportunidade única de ver brilhar tantas estrelas. Tudo pelo preço proibitivo de... 10€!

Mas é sobre a relação entre o futebol africano e o futebol português que quero reflectir. Para tal, pensemos no que foi a representação “portuguesa” na elite africana dos últimos 20 anos. No final dos anos 80, em Portugal jogava o melhor jogador africano, Madjer. Depois, no inicio dos 90 a euforia Nigeriana teve forte representação do futebol português. Yekini e Amunike faziam parte dessa Selecção que encantou o mundo em 94 e ambos mereceram a distinção de melhor jogador africano do ano (em 93 e 94, respectivamente). A partir daqui deu-se a explosão do futebol africano. Muitos foram os jogadores africanos recrutados pelos clubes portugueses, mas progressivamente a elite daquele Continente começou a ser desviada para outros destinos, como a Bélgica, Holanda, França e Inglaterra. Hoje é impensável que um clube Português possa recrutar 1 dos 20 melhores jogadores africanos da actualidade e é também pouco provável que muitas das suas promessas possam parar pelos nosso relvados nos próximos tempos. Se é verdade que para esta evolução contribuiu sobretudo o desenvolvimento do futebol africano, não deixa de ser mais uma evidência da assombrosa perda de estatuto do futebol português dentro do panorama Mundial.

A Portugal e aos clubes portugueses (sem excepção) falta visão e estratégia a vários níveis. Um deles é precisamente um aproveitamento eficaz dos “mercados potenciais”. A visão e o investimento feito pelos Belgas e Franceses (particularmente o famoso caso do ASEC da Costa do Marfim) deveria ter sido há muito repetido em países com quem temos proximidade cultural e deve, ainda hoje, servir de exemplo para quem por cá se deveria preocupar com o futuro dos clubes e a verdade é que nem o tempo é ilimitado, nem as oportunidades não estarão sempre tão claramente presentes diante dos nosso olhos. O problema é o de sempre... os efeitos não são de curto prazo e, no futebol português, essa é a única distância temporal que conta.


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Parabolica!

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21.1.08

Quaresma: "A época está a acabar"

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Tinha tudo para ser um fim de semana pacífico, ainda para mais com a acessibilidade teórica dos confrontos a ser confirmada (é certo que nuns casos mais, noutros menos...) dentro das quatro linhas. A surpresa veio, desta vez, não dos resultados mas da, muitas vezes denominada, “terceira parte” do jogo do Dragão. Quaresma, mais uma vez confrontado com os assobios com que foi brindado, reagiu de uma forma um pouco mais agressiva do que aquilo que é costume.

A reacção de Quaresma – que vem na sequência da vontade recentemente confessada em voltar a emigrar – revela uma focalização temporal centrada no final de temporada e não, tal como seria desejável, nos desafios imediatos da equipa. Esta é uma das consequências possíveis do “passeio” portista na Liga e um factor de preocupação para os adeptos, caso seja extensível à restante equipa. É que a falta de pressão competitiva cria, em geral, um relaxamento mental- quebra da concentração competitiva – que pode ter consequências na atitude das equipas e dos seus jogadores. É algo que se pode verificar num só jogo – onde as facilidades dão lugar a um facilitismo instintivo dos jogadores – ou em competições de regularidade – com uma quebra na performance em relação ao real potencial das equipas.

Intuitivamente poderemos pensar que esta reacção não é problemática, uma vez que a motivação (re)surge em jogos de maior importância, neste caso na Liga dos Campeões. Engano. O efeito está ligado ao carácter humano do jogo e, como tal, não é possível ligar e desligar os níveis de concentração dos jogadores voltando sem problemas ao patamar exibicional anterior. Se quisermos perceber isto, basta pensar no que acontece a uma equipa que começa por dominar uma partida chegando a uma vantagem folgada de 2 golos e que relaxa após esse momento. Se o adversário conseguir, a dado momento do jogo, reduzir, a tarefa que parecia inicialmente garantida torna-se invariavelmente complicada, com os jogadores a não conseguirem regressar à superioridade inicial, precisamente porque houve uma descontinuidade na concentração. Recordo-me dos exemplos de Lyon e Inter em 06/07, que garantiram a Liga na primeira parte da época, tendo a Champions como grande objectivo na segunda metade da temporada. Seguiu-se um relaxamento natural e quando as equipas foram chamadas a responder na Champions, a sua capacidade de resposta foi evidentemente mais frágil do que aquilo que havia sido na primeira metade da época.

Está portanto aqui o grande desafio de Jesualdo para o que resta da época. Manter os níveis de motivação e concentração a cada treino e a cada jogo. A Liga não está em causa, mas seria uma grande desilusão se a humanização da máquina portista tivesse como consequência o despertar precoce do sonho europeu.


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O descontrolo de Zlatan!

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Jogos do fim de semana

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18.1.08

4-2-3-1: As melhorias de uma alteração... que nunca existiu!

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As crónicas no rescaldo do Académica – Sporting, debruçaram-se, invariavelmente, sobre uma alteração táctica de Paulo Bento. Por força da lesão de Purovic, fora introduzido o 4-2-3-1. Alguns especialistas foram ainda mais longe e, iluminados pelo brilhantismo da sabedoria, não perderam tempo em fazer a relação causa-efeito entre a alteração “da táctica” e a melhoria notória na performance da equipa. Afinal era o losango desgastado e previsível que estava a emperrar o futebol da equipa. A questão estendeu-se depois à antevisão do próximo jogo onde a pergunta parecia ser se o Sporting iria ou não manter-se no 4-2-3-1 com o regresso de Purovic.

O ridículo de tudo isto começa a perceber-se entre as declarações de Paulo Bento na conferência de imprensa desta Sexta Feira:

“Ou jogaremos no nosso sistema habitual ou com pequenas diferenças. Falei em pequenas diferenças em relação à forma habitual de jogar, mas não tão diferentes que nos levem a dizer que em Coimbra jogámos em 4x2x3x1”

É que o Sporting não jogou, nunca, em 4-2-3-1 em Coimbra. Vukcevic foi introduzido como parceiro de Liedson e nas características do camisola 10 está a origem das “pequenas diferenças” de que fala Paulo Bento. Diferenças que têm a ver com a maior mobilidade de Vukcevic em contraste com o perfil mais fixo de Purovic, havendo uma menor apetência para o jogo na área e uma maior ligação ao meio campo e, particularmente, ao jogo pelas alas. No desajuste das características de Purovic ao modelo de jogo de Paulo Bento reside, na minha opinião e como tenho vindo há muito a defender, uma das principais dificuldades do jogo verde e branco, mas não há nenhum problema com o sistema do “losango”... antes pelo contrário.

Este episódio é, para mim, mais uma falha gritante nas análises ao jogos, com que repetidamente somos confrontados. Juntam-se depois os clichés habituais da “necessidade de ter extremos para se jogar pelas alas” ou de que “as equipas tornam-se previsíveis por jogarem no mesmo sistema”, que parecem chamar de “burro” a todo e qualquer treinador, tal a simplicidade com que descrevem a sua fórmula vencedora. Vem-me à memória uma frase recente de Scolari...

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Danilinho - Quanto vale um "Galo"?

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Foi um nome lançado para a ordem do dia do futebol português. A verdade é que Danilinho merece ser destacado e acompanhado independentemente da sua ligação ou não ao Benfica. Trata-se, hoje, do mais entusiasmante jogador do Atlético Mineiro e uma das promessas canarinhas que ainda não foram levadas para fora do Brasil.

Danilinho é um jogador rápido e tecnicamente muito evoluído que tira muito partido igualmente do seu baixo centro de gravidade para se tornar num quebra cabeças para os defensores, sobretudo em situações de maior liberdade espacial. O senão de Danilinho é precisamente o mesmo de muitos outros craques brasileiros – o choque entre as suas características e a realidade do futebol europeu. Extremo direito, encontra no “Galo” uma liberdade táctica para atacar, aparecendo muitas vezes em zonas centrais para finalizar, algo que nunca lhe será concedido da mesma maneira no Velho Continente e se, aos 20 anos, parece certo que mais tarde ou mais cedo merecerá a oportunidade de uma experiência Europeia, é ainda incerta a forma como se adaptará às exigências.
Quanto ao hipotético ingresso no Benfica, sem dúvida que o seu enquadramento seria fácil de entender. Extremo direito, jovem e talentoso, preencheria praticamente todos os requisitos ideais para a realidade encarnada. O problema, no entanto, estará no ponto do costume, ou seja, os valores envolvidos. Danilinho é uma promessa reconhecida e embora o Atlético Mineiro não passe por tempos de grande disponibilidade financeira, certamente que os seus dirigentes não serão modestos na hora de fixar o preço para quem quiser levar sua coqueluche.

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O primeiro do 'Imperador'

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17.1.08

Disciplina mediática

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O incidente entre Luisão e Katsouranis parece ter agora chegado ao seu término. Afinal, os dois jogadores acabaram reintegrados, afirmando-se que o sucedido não passou de algo pontual, próprio do “calor do jogo” e sem importância suficiente para colocar em causa o normal relacionamento profissional do grupo e, em especial, dos dois jogadores. A verdade é que este me parece ter sido um caso mal conduzido desde o seu inicio, com prejuízo evidente para a performance desportiva do Benfica. O erro encarnado esteve, na minha opinião, na necessidade exagerada de fazer com que a “mão disciplinadora” transparecesse cá para fora. Esta preocupação sobrepôs-se ao bom senso e aos interesses da equipa e isso acabou por ser prejudicial.

Começo pelo inicio. Na altura do incidente, e tal como aqui defendi na altura, a dupla substituição operada por Camacho não serviu aquilo que devia ser a principal preocupação de todos: o objectivo desportivo. O Benfica “queimou” duas substituições e, se uma delas servia o interesse da equipa naquela altura do jogo (a substituição de Katsouranis por Mantorras), a outra apenas serviu para limitar as possibilidades de vitória naquela partida (Luisão por Edcarlos). O Vitória acabou por tirar partido do excesso de elementos ofensivos no 11 encarnado que terminou a partida, roubando 2 pontos numa jogada que certamente não teria sido possível se Camacho tivesse tido a oportunidade de re-equilibrar a equipa.

Após o jogo, as manchetes dos jornais deliciaram-se com a novela que animou a semana. Katsouranis foi impedido de fazer aquilo para que é pago, afinal sem que este tivesse sido um caso assim tão grave (Senão não faria sentido esta reconciliação ao fim de 2 semanas). Por seu lado, Luisão continuou entre as contas de Camacho, mas visivelmente afectado pelas consequências do acontecimento. A sua prestação frente ao Leixões foi das mais intranquilas de que me lembro, parecendo afectado e inibido de participar como sempre fez na equipa do Benfica. A fotografia (que apanha um Luisão aparentemente afastado do resto do grupo antes do inicio do jogo frente ao Leixões) acima parece-me elucidativa do momento por que passa um jogador que é normalmente uma voz de liderança dentro do campo.
Como referi aqui, o “calor do jogo” – como sempre referem os jogadores – afecta qualquer pessoa. O acontecido deveria ser analisado e tratado com seriedade, mas também com bom senso e, sobretudo, nunca pondo em causa os objectivos desportivos da equipa. Não foi isso que me pareceu ter acontecido...

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O regresso do "Geordie Messiah"

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Um dos melhores jogadores de sempre do clube e o treinador que comandou a última grande equipa do Newcastle foi o escolhido para suceder à má experiência de Sam Allardyce. Kevin Keegan foi a solução encontrada pela direcção dos Magpies para tentar colocar fim a uma década de experiências frustradas após a saída do mesmo em 1997. Keegan regressa a Newcastle com o mesmo estatuto com que entrou em 1993, na altura para orientar uma formação que militava no segundo escalão do futebol Inglês. Ou seja, Keegan volta a ser o “Geordie Messiah”, uma espécie de Sebastianismo à moda do clube do Norte de Inglaterra.

Não resisto a recordar o fantástico trajecto de Keegan na sua primeira experiência como treinador do Newcastle. Entrou em 1993, colocou o clube na Premier League e, de imediato, formou um conjunto fantástico, cheio de estrelas e que ameaçou vencer o campeonato em 95/96, protagonizando uma luta memorável com o Man Utd, talvez na mais mitica das temporadas da Premier League. Keegan perdeu a corrida e saiu muito desgastado, particularmente por umas declarações a quente que foram ridicularizadas pela opinião pública britânica. Depois disso, Keegan recrutou Shearer (que viria a tornar-se um símbolo do clube), mas saiu pouco tempo depois, em Janeiro de 97.

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Afinal foi... à terceira!!

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16.1.08

Rodrigo Tiuí - A escolha sintomática

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É a notícia do dia num mercado de Inverno que tem ficado muito aquém das expectativas. Rodrigo Tiuí é o avançado que o Sporting escolheu para reforçar o seu plantel, particularmente fustigado de lesões na frente de ataque. “Escolheu” é uma palavra que se calhar peca por ser demasiado optimista... É que esta contratação é também reveladora das dificuldades por que passa o Sporting em matéria de capacidade de investimento. Num mercado brasileiro pleno de movimentações nesta altura do ano – note-se que a época terminou há cerca de 1 mês no Brasil – Rodrigo Tiuí não era alvo de qualquer clube grande do Brasil. Em final de contrato com o Fluminense, o jogador tinha no Sport do Recife o destino mais provável antes da entrada do Sporting em acção.

Aos 22 anos, Rodrigo Tiuí tarda em confirmar os atributos que lhe foram reconhecidos aquando da sua promoção à primeira equipa do Fluminense. Foi emprestado ao Noroeste, brilhando no campeonato Paulista de 2006 e sendo por isso alvo da cobiça do Santos e do Palmeiras. Tiuí rumou então à Vila Belmiro por empréstimo onde foi orientado no Santos por Wandelei Luxemburgo. Depois de um inicio prometedor no Brasileirão 2006, o jogador acabou por não justificar o investimento do ‘Peixe’ retornando ao Flu. Em 2007, o Fluminense fez uma boa campanha no Brasileirão, qualificando-se para a Copa Libertadores. Tiuí oscilou entre a titularidade e o banco de suplentes, mas foi por várias vezes opção principal na equipa. O seu rendimento, no entanto, voltou a não ser suficiente e desta vez foi o Fluminense quem julgou não valer a pena a renovação de contrato com o jogador.

A afirmação de Rodrigo Tiuí no Sporting estará naturalmente dependente da rapidez de adaptação do jogador ao futebol português. Tiuí tem a juventude do seu lado, servindo como principal atenuante para a não afirmação do jogador em todos os clubes grandes onde actuou. No Sporting terá, porém, a certeza de ter pouco tempo para mostrar valor. Com o regresso de Derlei e Djaló ao leque dos disponíveis, só um Tiuí muito convincente poderá merecer primeira escolha. É que não sendo muito o investimento, também não há grande expectativa em que haja alto rendimento. Tiuí vem, por isso, mais do que tudo servir para... “tapar o buraco”. Tudo o resto será lucro...

Alguns vídeos com golos de Rodrigo Tiuí:
Fluminense 3-0 Internacional - 2ºGolo
Sport 0-2 Fluminense - 2ºGolo
Santos 2-0 Fortaleza - 2ºGolo
Fluminense 4-1 Atl.Paranaense - 2ºGolo
Santos 3-1 Ponte Preta - 4ºGolo


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São Paulo junta Carlos Aberto ao seu sonho

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É um jogador de inegável talento, mas o seu futebol parece teimar em não se afirmar definitivamente, especialmente no continente Europeu. Depois de ter brilhado na brilhante conquista portista na Champions de 2004, o jogador foi um dos muitos que saíram já com 2004/05 a decorrer. O seu talento foi reconhecido no Brasil e, embora nunca se afirmasse como um jogador com o peso que pode decidir um campeonato, mereceu o investimento do Werder Bremen, fascinado com o impacto conseguido com o perfume do futebol de Diego. A verdade é que Carlos Alberto, mesmo numa equipa tão ofensiva como o Bremen, voltou a mostrar-se um jogador demasiado inadaptado às exigências desta sua nova experiência europeia.

Agora Carlos Alberto regressa ao futebol brasileiro para integrar uma equipa que aposta, mais do que nunca, em afirmar-se como a melhor do Continente Sul Americano. O São Paulo, campeão dominador do Brasileirão 2007, junta Carlos Alberto a Adriano, tentando acrescentar ao seu futebol calculista e objectivo a genialidade do futebol anárquico destes dois craques. Como em tantos outros episódios do futebol mundial, resta saber se a combinação destas características antagónicas terá o resultado pretendido...

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Apanharam-nos na conversa!

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15.1.08

A Jornada 16

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- No Dragão o FC Porto mostrou como os tropeções alheios apenas dão à equipa maior confiança. Talvez motivados pelo valor teórico do adversário, os Dragões fizeram um jogo a roçar a perfeição. Equilíbrio colectivo, concentração competitiva e grande eficácia de processos valeram ao Porto uma goleada num jogo em que a equipa personificou em grande medida a racionalidade que caracteriza o perfil ideológico do seu treinador. No futebol não é necessário ser-se exuberante e o essencial é errar pouco e aproveitar melhor os erros adversários. O Porto, neste aspecto, foi de uma eficácia tremenda e resolveu cedo o jogo à custa dos deslizes alheios. Nota para a boa forma argentina de Lucho e Lisandro (Farias também apareceu mas, para já, é demasiado cedo para se falar em brilhantismos) e para a desilusão bracarense. Manuel Machado cometeu a imprudência de estrear Miguelito - sem competição - no mais difícil dos palcos e a equipa deu, em campo, sequência aos lapsos do seu líder.

- Na Luz uma exibição que espelhou o momento da equipa. Se se dizia que o Benfica é uma equipa emocional, o que se poderia esperar de um momento em que o colectivo passa por uma fase moralmente baixa? No que respeita ao jogo, destaque para o emparelhamento de Nuno Gomes e Cardozo na frente. Com Nuno Gomes o 4-2-3-1 torna-se – como já havia sido no início da “era Camacho” – mais próximo de um 4-4-2. Não porque a equipa ganhe novos princípios colectivos, mas porque individualmente Nuno Gomes é obviamente diferente de Rui Costa. Com bola a equipa ressentiu-se da ausência de Rodriguez e da falta de um jogador que soubesse explorar o espaço nas costas da defesa contrária, já que o Leixões é das poucas equipas que em Portugal não receia subir (ainda que ligeiramente) a sua linha mais recuada para encurtar o espaço entre linhas. Como o Benfica procurou, precisamente no espaço entre linhas, as soluções para o seu jogo, sentiu muitos problemas. Defensivamente cometeram-se muito mais erros do que é habitual, aqui com destaque para o jogo anormalmente intranquilo de Luisão, notoriamente afectado pelo incidente com Katsouranis. A solução para a “equipa emocional” está, evidentemente, na própria reabilitação emocional da equipa. Até porque noutros planos Camacho nunca conseguiu introduzir grandes mais valias a esta equipa.

- Sobre o Sporting começo por dizer que, ao contrário do que se tem dito, não me parece que tivesse havido qualquer 4-2-3-1 em Coimbra. O sistema manteve-se, apenas com a novidade de Vukcevic jogar ao lado de Liedson. Moutinho foi quem preencheu o vértice esquerdo do meio campo e, se numa primeira fase Vukcevic descaiu preferencialmente para aquele flanco, a partir dos 30’ passou a ocupar mais zonas do terreno. O Sporting trouxe de Coimbra um empate mas, se souber retirar as melhores ilações do que fez, poderá ter conquistado algo bem mais importante do que os 3 pontos. Para além da melhoria indesmentível de atitude, houve também vários aspectos em que a equipa esteve melhor. O seu meio campo voltou a ser dominador, empurrando constantemente a Académica para a sua área (há muito que não se via esta capacidade no Sporting). Creio que aqui terá que se destacar a importância da passagem de Vukcevic para uma outra posição. Com Moutinho e Izmailov nos vértices do losango, o Sporting ganhou mais capacidade para o jogo em posse, melhorando também muito na transição defensiva. Sem Purovic e com Vukcevic, a equipa conseguiu ter mais mobilidade ofensiva, oferecendo mais soluções e mais qualidade ao jogo no terceiro terço do campo. Sinais importantes e que devem influenciar as próximas decisões de Paulo Bento. Nota para a fase final da partida. Naturalmente que uma equipa tem de ser capaz de segurar o que custou tanto a conquistar, mas parece-me normal que a ansiedade tome come conta dos jogadores, dado o momento da época e do jogo. O que me parece também é que o Sporting voltou a não estar devidamente concentrado num lance de bola parada, um problema recorrente esta temporada.

- O destaque da jornada é, sem dúvida, o Vitória de Guimarães que ascendeu ao terceiro lugar após uma vitória fantástica em Setúbal. Devo confessar a minha surpresa pela época do Vitória (ao contrário do outro, o de Setúbal que, com Carvalhal, era para mim mais previsível). Não sou um fã de Manuel Cajuda mas tenho de reconhecer o mérito a uma equipa a quem projectava um campeonato regular mas ainda (e digo “ainda” pelo potencial que tem o clube) longe destes feitos. A época não terminou e estou curioso para ver até quando este Vitória se vai manter com esta “pedalada”...


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Parabólica!

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É uma das rubricas que prefiro entre os programas que conheço e por isso a trago sempre que posso. Esta semana, para além da habitual qualidade dos lances apresentados, há um destaque um pouco mais alargado do que é costume à liga portuguesa. Primeiro Lisandro, uma das figuras do campeonato e que começa a tornar-se num dos “pontos de mira” das grandes ligas europeias (Será o próximo grande negócio de Pinto da Costa?). Depois a obra prima de Wesley. O golo do jogador do Paços foi já na Sexta Feira, mas é curioso como por cá poucas vezes o vimos e, sobretudo, creio que nenhuma vez teve o merecido destaque em qualquer programa desportivo do fim de semana. Imaginemos o que já não se teria feito se a camisola fosse uma das 3 que sabemos!


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14.1.08

O "volley" de Nolan!

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