31.10.07

A diferença que faz o líder...

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8 jogos, 8 vitórias, 8 pontos de distância para o segundo. Se dúvidas houvesse, os números desfazem-nas: o Porto é a melhor equipa neste arranque de temporada e a sua superioridade faz com que a questão do título esteja, pelo menos, bem encaminhada para os lados do Dragão.

À pergunta sobre quais os motivos que marcam a diferença entre os azuis e brancos e a restante concorrência – os outros 2 grandes, entenda-se – poderíamos encontrar várias respostas, tão diferentes quanto a forma de cada um ver o jogo. Eu tenho uma. Para mim, o aspecto que distingue o Porto é a sua transição ofensiva.

Tal como o Porto, quer Benfica (sobretudo desde a chegada de Camacho), quer Sporting preparam bem o momento da perda de bola, mantendo a sua equipa equilibrada e organizada. O momento oposto, ou seja a preparação para o momento em que se ganha a bola, é que não é tão uniforme, com os portistas a marcarem uma grande diferença. Aqui, é preciso ser claro e ligar um nome ao mérito: Jesualdo Ferreira. Este era já um capítulo forte do seu Braga, com Wender a tirar muito partido dessa característica colectiva que o elegia como homem a privilegiar no momento em que se ganha a bola. O princípio básico tem a ver com uma ideia pouco divulgada entre o público em geral: as limitações defensivas dos homens mais criativos. Ou seja, ao contrário do que se diz por aí, a Quaresma não se pede que corra atrás do lateral contrário nas tarefas defensivas. Um jogador com o seu talento deve gastar as energias com bola e não sem ela. O trabalho de fechar o flanco, por isso, é feito pelo triângulo de meio campo e as suas basculações laterais. A preocupação, depois, é mal a bola seja ganha lançar o extremo – preferencialmente Quaresma – para que este possa usufruir do espaço para pôr em prática o seu talento individual. Outro elemento que merece destaque neste capítulo é Lucho Gonzalez. As características do “El Comandante” são fantásticas para este momento, quer pela extraordinária leitura dos espaços que faz, quer pela rapidez e precisão com que decide na hora do passe.

Como exemplo deixo uma análise ao segundo golo dos Dragões frente ao Leixões. É uma jogada em sobressai a qualidade da execução de Tarik, mas que realmente resulta de algo mais sistematizado do que a inspirada improvisação do Marroquino. Na realidade, o que o trabalho colectivo faz é criar condições para que as qualidades técnicas possam fazer a diferença...

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30.10.07

O regresso da "Parabolica"!

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Ataque aéreo!

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29.10.07

Benfica e Sporting à 8ªjornada

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Sporting - Tempo de preparação
O empate da Madeira veio intensificar o momento difícil em Alvalade chegando mesmo a ser classificado de “crise”, sobretudo após a recepção à equipa após a partida. De facto o Sporting revela algumas dificuldades em reproduzir o nível de outras exibições e esse não me parece ser um fenómeno complicado de explicar. De facto, basta olhar para 06/07 para encontrar um momento semelhante, precisamente antes do Natal, tendo a equipa atingido a sua melhor fase na recta final da temporada. Ora, a sazonalidade das dificuldades não é mais do que o reflexo das diferenças entre o tempo que se tem para preparar as partidas nas diferentes fases da época. O Sporting parece precisar de tempo para preparar as suas partidas e os jogos a meio da semana que reduzem o número de sessões de treino que se tem antes de cada jogo, tornam-se uma condicionante complicada para a equipa de Paulo Bento. Um dos aspectos que se tem repetido e que é revelador deste problema (e contrastante com o que aconteceu no final da temporada passada) é o tempo que a equipa demora a “entrar” na partida, requerendo normalmente muito tempo para o fazer. Aspectos individuais como o baixo rendimento de alguns elementos de “segunda linha” e a lesão de Polga ajudam a agudizar o problema, mas o seu fundamento, parece-me, está no tempo de preparação para as partidas.

Benfica - Valeu a "chama"
Se Camacho se vinha lamentando da falta de sorte na concretização, frente ao Marítimo bem pode sorrir... Jogando em 4-2-3-1, o Benfica teve dificuldades no inicio da partida e sentindo muitas dificuldades para parar o meio campo altamente tecnicista da oposição. Ao intervalo, os encarnados regressaram às cabinas com um empate algo feliz, mas com a condicionante de ter de jogar com 10 homens para o que restava da partida. Foi curiosa a postura da equipa no segundo tempo... A busca da vitória fez-se com respeito pelo adversário, baixando as linhas para junto da área, onde montava uma teia de homens que esperava que os Madeirenses lá ousassem entrar. Os primeiros minutos resultaram em pleno com várias transições a dar a oportunidade a que os encarnados finalizassem as suas jogadas, mas com o decorrer do tempo, o Marítimo voltou a ser mais inteligente na sua posse de bola, tornando a controlar o jogo e chegando mesmo a ter boas ocasiões para se adiantar. As alterações, no entanto, encolheram os Madeirenses e a “chama” encarnada voltou a aparecer, desta vez na inspiração de Léo e no oportunismo de Adu. O Benfica continua ainda longe de entusiasmar ou de parecer confortável nas suas exibições, mas Camacho tem pelo menos a certeza de ter uma equipa unida e com forte mentalidade – os minutos finais são prova disso mesmo. Quanto ao Marítimo, fica o aviso para as deslocações dos grandes aos Barreiros, com Mossoro, Marcinho, Kanu e Makukula a representarem uma séria ameaça. De resto, a equipa voltou – tal como no Dragão – a mostrar que não tem um colectivo capaz de dar outra expressão à sua qualidade individual (Lazaroni pode lamentar-se da falta de estratégia e ambição a jogar contra 10, tendo sido punido depois de tirar Makukula para colocar Briguel, um defesa, que se esqueceu de Adu no lance decisivo ).

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Será ainda o efeito do "CalcioCaos"?

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(A Juventus foi derrotada em Nápoles (1-3) com 2 grandes penalidades assinaladas contra si)

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Jogos do fim de semana

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26.10.07

Confrontos do fim de semana

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Liverpool – Arsenal (Premier League, Domingo 16h)
Um confronto que marca o contraste do momento destes dois gigantes do futebol Inglês. Curiosamente, apesar de parecer aquele que mais “desinvestiu” – em contraste com os milhões despendidos em Anfield – o Arsenal é o clube que melhor arranque protagonizou em Inglaterra... e não só! 1 empate apenas levam os “Gunners” entre Premier League e Champions e este confronto será o primeiro grande teste interno à capacidade da equipa de Wenger.
No campo estarão dois 4-4-2, mas também duas equipas muito diferentes, sobretudo na hora de atacar. Benitez prefere o futebol mais vertical e rígido, enquanto que Wenger, já se sabe, promove o futebol de movimentação constante e toque curto protagonizado por jogadores que gostam da bola junto ao relvado. Nota ainda para a crescente pressão existente sobre Benitez e para o confronto entre, provavelmente, os dois melhores médios da Liga: Fabregas e Gerrard.
Palpite: Liverpool

Milan – Roma (Seria A, Domingo 14h)
Milan e Roma protagonizam um embate que, à nona jornada pode tornar o Scudetto numa miragem para ambas as equipas. Apontados como candidatos ao título, Milan e Roma têm, cada um a seu jeito, desiludido, estando a 10 e 5 pontos, respectivamente, do Inter. Este é, curiosamente, um embate entre dois adversários de portugueses na Champions e, por isso, estas são equipas já nossas conhecidas.
O Milan, no 4-3-2-1 de Ancellotti parece levar vantagem para esta partida, já que a Roma se encontra muito afectada por lesões – Aquilani, Totti, Perrota e Taddei estiveram indisponíveis nos últimos dias.
Palpite: Milan

Sevilha – Valencia (La Liga, Domingo 20h)
Dois “outsiders” ao título juntam-se num embate especialmente importante para o Sevilha que teve uma entrada áquem das expectativas na Liga. A equipa atravessou uma fase negra de 4 impensáveis derrotas consecutivas na Liga e afastou-se dos primeiros lugares, tendo agora um importante caminho a percorrer. Do outro lado, um Valência que, apesar de ter já perdido 2 jogos em casa, soma por vitórias os confrontos fora de portas – algo invulgar numa competição deste calibre.
Palpite: Sevilha

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Falcao, para amostra!

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Não é a primeira vez que é destacado aqui. Radamel Falcao Garcia, ou simplesmente Falcao, é um Colombiano que cresceu na formação do River Plate e que se encontra no ponto mais alto da sua ainda curta carreira – tem apenas 21 anos.

Falcao foi desde cedo encarado como uma grande promessa – e por isso recrutado pelos “Millionarios” aos 15 anos – mas teve alguns problemas com lesões que retardaram a sua explosão. Nos últimos tempos, Falcao tem surgido como figura de proa no River de Passarella, ajudando a equipa a escapar de uma sorte ainda pior do que aquela por que está a passar. Trata-se de um jogador que tem tudo para ser um 9 moderno – ou seja, móvel e pouco dado à marcação – bem dotado tecnicamente e feroz no momento de finalizar, seja com o pé, seja com a cabeça. Para amostra fica o ”golão” que conseguiu esta madrugada na Copa Sudamericana.


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Não bastava perder, ainda o tiveram que o aturar!

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(O jogo que está a passar é o Portugal-Holanda)

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Jogos da semana

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25.10.07

Breves da Quarta-Feira Europeia

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Marselha – Porto
- A sensação de superioridade portista foi confirmada na partida. Mais confiante, mais rotinado e com melhores valores, o Porto superiorizou-se durante grande parte do jogo a um Marselha desfalcado e muito dependente do músculo de Niang sobre a direita. Na verdade, a ironia do jogo acabou por nos contemplar com um impensável período em que os portistas pareciam ter deixado escapar a partida, sendo penalizados pela menor mobilidade do seu ataque no segundo tempo, pela eficácia Marselhesa e também por um excessivo recuo territorial a partir dos 55 minutos.
- De Marselha e Istambul resultou caminho aberto para os ambicionados quartos de final. O Porto já não terá de pontuar em Anfield para ficar à frente do Liverpool e, francamente, custa a crer que Marselha ou Besiktas possam ultrapassar os Dragões. Se o Porto for primeiro, pode muito bem ter a vida facilitada nos oitavos e, depois... quem sabe!

Benfica-Celtic
- Confirmaram-se as projecções de uma partida mais difícil do que em 06/07, com um Benfica menos dominador em casa. Ainda assim a vontade e qualidade das águias valeu um vitória merecida e arrancada por uma segunda parte bem mais de acordo com o que o Benfica pode fazer. Há ainda muito caminho até a um futebol consistente, mas é com vitórias que tal objectivo se começa atingir e este jogo foi importante também por isso...
- As contas, essas, continuam complicadas. No inicio projectava-se que o Benfica deveria impor-se na primeira volta por receber os dois “menos fortes” do grupo. Agora, com 3 pontos apenas, é preciso ir ao frio Ucraniano, ao inferno do Celtic Park e ainda receber um Milan que pode até precisar dos pontos na Luz. Não é fácil, mas também é verdade que um brilharete na Escócia pode inverter o panorama e, como se diz do outro lado da segunda circular, convém não esquecer que existe um “segundo objectivo”...

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Cristian Benitez: O expresso do Equador

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Quem viu a Copa América com atenção certamente recordará este nome: Cristian Benitez. No passado Verão Benitez era ainda um desconhecido para todos fora do seu país mas o seu talento não passou despercebido no torneio Sul Americano, isto apesar do Equador ter sido uma das desilusões da prova.

Benitez é um avançado de 21 anos que tem na técnica e velocidade os seus maiores atributos. As suas características aconselhariam a uma utilização num esquema de dois ou três avançados, já que utilizá-lo como único avançado (como foi o caso no recente embate do Equador frente ao Brasil) retira a possibilidade de exploração dos seus principais atributos. Benitez tem excelentes qualidades individuais, sendo igualmente um bom finalizador, o seu potencial no futebol mundial estará dependente, no entanto, da evolução que conseguir ter do ponto de vista táctico. É que, mesmo para o futebol Sul Americano, a realidade do jogo no Equador é muito diferente do ponto de vista táctico...
O talento foi detectado pelos Mexicanos do Santos Laguna que, graças à sua maior disponibilidade financeira, não tiveram problemas em contratar o jogador ao Nacional. No México Benitez teve um impacto imediato e, apenas alguns meses volvidos, forma com os argentinos Vuoso e Ludueña, o trio mais mortífero da Liga, num Santos Laguna que dominou o inicio da prova.

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Showboat!

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24.10.07

Notas do Roma-Sporting

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- O Sporting sai de Roma com uma derrota que é também uma oportunidade perdida para fazer um brilharete. O jogo foi repartido no seu domínio e o problema do Sporting foi mesmo o jogo perto das áreas, onde se sentiu realmente a diferença entre as equipas. Paulo Bento deve ter-se lembrado de Caneira e Ricardo e da segurança que estes davam. Nestas coisas de Champions e perante adversários bem mais poderosos, o facilitismo é o pior dos erros e foi por aí que o Sporting perdeu.

- A ausência de Polga revelou 3 aspectos importantes. (1) Gladstone não foi utilizado, restando saber se foi pelas deficiências posicionais reveladas em actuações anteriores ou para não valorizar o jogador que é, sem dúvida, um valor interessante. (2) A presença de Veloso na defesa confirma que aí ele não é uma mais valia. (3) Moutinho ganha outra preponderância quando actua como pivot defensivo. Creio que a sua posição de maior rendimento seria num sistema com duplo-pivot defensivo, tal como actuou quando explodiu no ano de Peseiro.

- Às vezes pergunto-me porque é que se fazem tantas substituições. Invariavelmente as alterações são esgotadas pelos treinadores, mas creio que em muitos casos essa opção terá mais a ver com aspectos culturais e pressões externas do que com reais mais valias para a equipa. Por exemplo, o Sporting terminou com Celsinho sobre a esqueda quando Vukcevic – entretanto substituído – seria uma opção de utilidade bem mais provável.

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Noite Champions

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Marselha-Porto
Reviver Marselha para o Porto é lembrar 03/04. Esse será um tónico positivo para uma partida decisiva para o apuramento dos Dragões. É que este Marselha para ser tudo menos previsível e a sua capacidade de surpreender faz-se sentir, quer pela positiva, quer pela negativa. Quanto vale o OM? Os 6 pontos em 2 jogos da Champions ou os 10 em 11 da Ligue1? A forma como os portistas vão interiormente responder a esta pergunta deve ser decisiva para a forma como a partida será encarada e, aqui, é importante não embandeirar em arco antes do tempo. Os Franceses são uma formação débil colectivamente e o perigo vem muito das acções individuais, especialmente do veloz Cisse, do poderoso Niang e do traquejado Zenden (que parece estar a passar um bom momento). Sob o aspecto individual os franceses lamentar-se-ão das baixas na zona de construção, com Nasri e Ziani – os dois mais influentes nessa zona – a ficarem de fora por lesão. Ao Porto pede-se que aguente o ambiente do Velodrome, que deixe a partida “adormecer” e que, tal como fazem as grandes equipas, a saiba “matar” quando o jogo estiver a seu favor.

Benfica-Celtic
É a reedição do “embate dos 3-0” em 06/07. Quem pensar, no entanto, que a coisa se deve repetir engana-se... Até pode acontecer, claro, mas é muito menos provável que tal aconteça este ano e os motivos estão mais do lado encarnado. É que o Benfica de Camacho não é tão explosivo como o de Fernando Santos e dificilmente se conseguirá impor de forma tão clara na Luz. Por outro lado, é mais constante, e também não creio que vá sentir tantas dificuldades quando voltar a Celtic Park. Do Celtic não se esperam surpresas. Actuará no seu “sagrado” 4-4-2 (será que eles conhecem outro sistema?) e praticará um futebol vertical que tem dificuldades em dar-se com a técnica dos latinos. O instinto e o espiríto dos escoceses não deve, no entanto, ser ignorado e quando chega a hora de jogar na área o perigo vem pela certa. Do lado encarnado a procura de um exibição de gala num jogo importante – algo que ainda não se viu com Camacho. A equipa precisa disso para a sua auto estima, já que tarda em mostrar o futebol que se lhe pede. A ver vamos se Camacho mantém a linha de 4 a meio campo – um “pecado” na minha opinião...


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A calorosa gala do PAOK

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(Vídeo enviado por Albano Carvalhal)

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23.10.07

Roma-Sporting: Confronto Filosófico

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A visita do Sporting ao Olímpico de Roma traz alguns motivos de interesse para além da própria importância da partida. A Roma de Spalletti é uma das formações mais atractivas do futebol europeu. Com bola a equipa parece nem querer saber da hipótese de a perder, preferindo concentrar-se em dar expressão criativa e numérica às suas jogadas ofensivas. As consequências possíveis, naturalmente, são duas: espectáculo ofensivo ou colapso defensivo (veja-se o 4-4 do último fim de semana).

Do outro lado está o pragmatismo e filosofia oposta de Paulo Bento. Raramente se vê o Sporting ser apanhado em contra pé, e isso não é obra do acaso. Bento é um defensor da visão que a defesa vem antes do ataque e o equilíbrio táctico da equipa é uma imagem de marca do seu Sporting. Reflexo fiel desta filosofia pode ser encontrado no que aconteceu frente a Inter e Bayern no ano transacto: 4 jogos, só 2 golos sofridos, mas... apenas 1 marcado...

Se a questão fosse meramente filosófica, não teria dificuldades em defender a tese de que Bento levaria vantagem. No futebol, no entanto, temos a felicidade de contar com o factor humano e, assim, há que contar com as individualidades. Indiscutivelmente, neste plano, a vantagem é Romana e grandes jogadores esperam o Sporting no Olímpico. Spalletti monta um 4-2-3-1 muito móvel que conta com as subidas quase permanentes dos dois laterais. O lateral esquerdo Tonetto, de resto, ilustra pelas suas movimentações aquela que é a mentalidade da equipa, desequilibrando constantemente com as subidas pelo flanco mas sendo frequentemente apanhado fora de posição na hora de defender, parecendo muitas vezes mais um médio do que um defesa lateral. No meio campo estarão as maiores dores de cabeça dos Romanos com as ausências do patrão Aquilani e do inteligente Perrota – actua normalmente nas costas de Totti. A Roma tem ainda Giuly (ainda não totalmente adaptado), De Rossi (responsável por manter o equilíbrio possível com tanta gente a atacar), Taddei (médio direito) ou o fantástico Mancini (actua como médio esquerdo). Mas falar da Roma é falar de Totti. A fidelidade e qualidade do “Capitano” torna-o na figura mais popular da capital italiana, mas compreender Totti nem sempre é fácil. A inegável genialidade contrasta com a anarquia do seu futebol – em campo Totti faz o que quer, sendo capaz de passar um jogo sem produzir absolutamente nada, para depois desequilibrar a partida num só lance. Muitos discutem ainda se a permanência do jogador em Roma se deve à sua fidelidade ou a um espírito mais comodista de quem não está no futebol para ganhar coisas. Quando lhe perguntaram como é Totti, aquando da sua passagem pela Roma, a resposta de Capello foi tão simples quanto ilustrativa do carácter especial deste jogador no mundo do futebol: “Totti é.. Totti!”.

Sobre a partida, uma nota mais... Se é verdade que o futebol transalpino já não tem a mesma mentalidade defensiva de outros tempos, mantém algumas características de “obsessão táctica” que sempre o definiram. Se Spalletti é italino, a Roma vai saber bem como actua o Sporting e poderá perfeitamente surpreender com um ajuste táctico de última hora...


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As 100 vezes de Figo

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Figo poderá juntar-se ao estrito clube de jogadores com 100 presenças em jogos da Champions (os outros são Raúl, Roberto Carlos, Beckham, Maldini e Kahn). É mais um marco numa carreira impressionante e invulgarmente regular para um médio criativo. Hoje, com 34 anos, a classe de Figo continua a mantê-lo entre os melhores dos melhores e basta ver um jogo do Inter para que se perceba porquê de continuar entre os preferidos de Mancini num Inter de estrelas...


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A nova fase de Filipe Teixeira

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(Vídeo de enviado por Zé Sobral)

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19.10.07

Destaques do fim de semana

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Rangers – Celtic (SPL, Sábado, 12h30)
O embate de ‘Old Firm’ tem, como é sabido, uma importância que vai bem além do plano desportivo, para a comunidade local. O duelo de Glasgow é, de resto, um dos mais reveladores exemplos do relevo que tem o futebol como fenómeno social, num embate que divide protestantes e católicos e que é também o momento mais importante de uma rivalidade centenária e que nem sempre foi tão saudável quanto a beleza do jogo mereceria.
O Celtic, dominador do futebol Escocês no passado recente, lidera a prova ao cabo de 9 jornadas, com 3 pontos de avanço sobre o seu rival. Entre os dois está, note-se, um dos casos interessantes do futebol europeu neste arranque de temporada, o Hibernian, única formação imbatível na SPL deste ano, tendo já derrotado ambos os colossos do país. Os católicos contam com um leque de bons valores estrangeiros como o guarda redes polaco Boruc, os médios Donati, Jarosik e Nakamura (tem perdido alguma da influência neste inicio de temporada), e o avançado Hesselink. A estes juntam-se o capitão defesa central McManus (25 anos) e a jovem promessa do momento em Celtic Park, o irlandês Aiden McGeady (extremo rápido de 21 anos).
Do outro lado, a formação de Ibrox é composta um pouco mais à base de jogadores escoceses onde se destacam o experimentadissimo defesa David Weir (37 anos) e sobretudo o capitão e motor da equipa, Barry Ferguson. De resto, a velocidade e explosão de DaMarcus Beasley (extremo norte americano ex-PSV), Darcheville (experiente e possante avançado francês) e Thomas Buffel (veloz extremo belga de 26 anos) são as armas mais relevantes.
Palpite: Rangers

Everton – Liverpool (Premier League, Sábado, 12h45)
Um Derby e uma deslocação muito complicada para os ‘Reds’. Benitez teve o dinheiro que tanto reclamou durante muito tempo, aumentando as expectativas e a responsabilidade voltar a trazer o estatuto de melhor emblema inglês para Anfield, tantos anos depois. A verdade, no entanto, é que as dificuldades ofensivas do Liverpool têm-se mantido com a rotatividade do treinador espanhol a recolher muitas críticas entre os adeptos. 4 empates em 8 jogos voltam a trazer o sabor da frustração para este adversário do FC Porto na CL. Precisamente na mais prestigiada prova europeia, surge o outro problema de Benitez. Com um jogo importante a meio da semana, onde, depois da surpreendente derrota em casa frente ao Marselha, não pode falhar frente ao Besiktas, o Liverpool pode ter aqui uma semana decisiva para a temporada.
O Everton perfila-se, mais uma vez, para uma classificação prestigiada na Premier League. Comandados pelo brilhante Mikel Arteta (como seria interessante vê-lo num clube de maior dimensão!), os orientados de David Moyes têm apenas sentido algumas dificuldades na produtividade ofensiva dos seus avançados neste inicio de temporada... Curiosamente este surge como um problema improvável depois dos ‘Blues’ terem investido fortemente na contratação do possante goleador Yakubu (24 anos, ex-Middlesbrough), juntando-o a Andy Johnson (em baixo de forma) e ao escocês McFadden (que não se mostra tão mortífero como ao serviço da Selecção). Nota ainda em matéria de avançados para os jovens James Vaughan (inglês, 19 anos) e Victor Anichebe (Nigeriano, 19 anos), duas promessas para o futuro. Para esta temporada Moyes conta ainda com os reforços Leighton Baines (jovem lateral esquerdo com um excelente pontapé), o regressado Gravesen e a antiga promessa do Ajax Pienaar.
Palpite: Empate

Espanhol – Real Madrid (La Liga, Sábado, 21h00)
Curioso e atípico são dois adjectivos com que classificaria o inicio de temporada do Real Madrid. Primeiro, uma pré temporada desastrosa com várias derrotas e muitos golos “encaixados”. Pois bem, à sétima jornada o Real comanda a Liga com apenas um empate (em Valladolid) e sendo o melhor ataque e a melhor defesa da prova. Numa formação com muito investimento e várias caras novas – Sneijder tem-se mostrado como a grande aquisição da temporada – encontro ainda espaço, apesar do sucesso inicial, para algumas reticências em torno da equipa de Bernd Schuster. É certo que os campeões também passam por muito sofrimento mas este Madrid conta já com algumas ajudas da tal “estrelinha” nestes jogos iniciais, onde nem sempre se mostrou à altura das exigências (sobretudo uma exibição bastante pobre e incrivelmente feliz frente ao Getafe).
Do outro lado, o Espanhol recebe “Los Blancos” num quinto lugar que diz bastante da qualidade da equipa de Valverde. O que mais espanta na performance da equipa são os resultados recentes, nomeadamente as vitórias fora frente ao Seville e frente ao Valência. O momento parece assim ser o indicado para receber o campeão, naquela que será mais uma prova à capacidade da equipa, agora no seu Montjuic. Da equipa que derrotou o Benfica na brilhante caminhada europeia em 06/07 não há grandes alterações, com uma equipa sobretudo à base de Espanhois de qualidade, onde se destacam De la Pena, Alber Riera, Luis Garcia, Rufete e Tamudo. Para este ano Valverde conta, ainda, com as contratações Valdo (26 anos, ex-Osasuna) e Smiljanic (promessa Sérvia de 20 anos).
Palpite: Empate

São Paulo – Cruzeiro (Brasileirão, Domingo, 19h00)
O embate entre os dois primeiros do campeonato chega talvez um pouco tarde para o Cruzeiro. Com 11 pontos de atraso, a não ser que se assista a um verdadeiro milagre, será apenas uma questão de tempo até que o “tricolor” renove o seu título. Ainda assim este embate tem o interesse de opor aqueles que são, de longe, o melhor ataque (Cruzeiro) e a melhor defesa (São Paulo).
Do lado do São Paulo, o 3-5-2 de sempre, com objectividade e cautelas posicionais que tornam esta um equipa muito difícil de bater. Sem individualidades que se destaquem, esta é uma formação que vale pelo seu todo, mas onde, ainda assim, destaco os papeis dos defesas Alex Silva (o talentoso irmão de Luisão), Breno (atenção a este poderoso e versátil defesa de 18 anos!) e Hernanes (médio posicional de 22 anos, bom tecnicamente).
Na “raposa” uma equipa recheada de talento e gente para acompanhar no futuro. Guilherme (avançado rápido e tecnicista de 19 anos) será o principal destaque, mas há outros como Marcelo Moreno (avançado boliviano alto e concretizador de 20 anos), Kerlon (o famoso “foquinha”), Wagner (o 10 da equipa de 22 anos) ou Thiago Heleno (defesa de 19 anos). No Cruzeiro a opção reside sobre um ataque numeroso e apoiado (muitas vezes em 4-2-4), onde pontifica ainda o ex-Sporting Alecsandro.
Palpite: S.Paulo

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16.10.07

Nii Lamptey: O fantasma de Adu

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A história de Adu todos conhecem. Ganês, rumou aos 8 anos com a sua família para o “sonho americano” e, anos mais tarde, o seu talento foi descoberto pelo mundo e pelos “media” que depressa se encarregaram de o comparar ao “Rei” Pelé, que se tornou assim na projecção dourada do jovem prodígio. O que muitos parecem esquecer nestes momentos são os exemplos falhados do passado e, neste contexto, há um nome que se destaca dos demais como exemplo da ameaça que existe para quem tem sobre si tamanhas expectativas: Nii Lamptey.

Decorria o ano de 1989 quando na Escócia se jogava o mundial de sub 16 (estava presente a “geração de ouro” do futebol luso, eliminada na meia final pela equipa da casa). Na selecção do Gana destacava-se Nii Lamptey, um prodígio de 14 anos. As tentativas do governo Ganês em impedir a saída do jovem atrasaram a sua chegada à Europa, mas Lamptey estava determinado e, aos 14 anos, protagonizou uma aventura digna de uma película de Hollywood. À revelia de todos (inclusive os próprios pais), Lamptey conseguiu fugir até à fronteira da Nigéria, chegando depois a acordo para rumar ao Anderlecht. As tentativas do Gana para impedir a saída do jogador terminaram, como sempre, com um acordo financeiro entre as partes e Lamptey pode finalmente dar seguimento à sua promissora carreira. Seguiu-se o Mundial de sub 17 em 1991 onde Lamptey se sagrou melhor jogador da prova (batendo Del Piero e Veron, entre outros), e os jogos Olímpicos de 1992 em Barcelona, onde ajudou o Gana a alcançar a medalha de Bronze. Lamptey era, sem dúvida, uma das maiores promessas do futebol mundial sendo conhecido como o futuro Pelé.

O aparecimento de Lamptey na primeira equipa do Anderlecht não tardou, tornando-se no mais jovem a actuar no campeonato Belga e encantando com os golos e o seu talento. Lamptey rumou alguns quilómetros rumo a Eindhoven, onde continuou a dar nas vistas com a camisola do PSV e apenas 19 anos. Lamptey integrou depois a sensacional equipa do Gana que chegou à final do Mundial de Sub 20 na Australia em 1993. Um ano mais tarde, porém, Lamptey deu aquele que seria o primeiro passo atrás na sua carreira, rumando à Premier League e ao Aston Villa. O seu impacto em Inglaterra foi péssimo e em 1996 Lamptey estava espantosamente entre a segunda equipa do Coventry City. Seguiram-se o Veneza, o Santa Fé (Argentina), o Ankaragucu (Turquia) e até uma passagem frustrante pelo Leiria (98-99). Lamptey tornou-se um saltimbanco do futebol europeu, não se conseguindo impor em nenhum lado, até que rumou ao Shandong Luneng da China (2001) onde conseguiu, finalmente, recuperar alguma felicidade como futebolista. Uma passagem pela Arábia Saudita antecedeu o retorno ao futebol Africano, com uma paragem pelo seu país Natal antes de rumar ao popular Jomo Cosmos da África do Sul onde milita actualmente aos 32 anos.

A dramática história de Nii Lamptey não pode ser concluída sem uma referência à perda dos seus dois filhos que faleceram, em momentos diferentes e em idades muito jovens, numa saga catastrófica que envolve também as inevitáveis relações com agentes interesseiros que se aproveitaram deste que foi um dia o “novo Pelé”.

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Rooney: Precisão Sádica

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15.10.07

O "problema do ponta de lança" - uma questão cultural?

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É um mal que afecta o futebol português há muitos anos e, se não constitui novidade, pode pelo menos dizer-se que já era tempo de haver um plano para que a nossa futebol ajudasse a dissipar o famoso “ problema do ponta de lança ”.
A lacuna percebe-se, numa primeira fase, pelo contraste entre as exigências do futebol de base e o de mais alto nível. Nos escalões mais jovens uma frente de ataque móvel e dinâmica é suficiente para garantir um numero considerável de golos e, por isso, características como a técnica e a velocidade são a primeira das prioridades. Jogadores habituados a muitos golos enquanto jovens encontram depois dificuldades para se adaptar à denominada “ posição 9 ”, acabando por encontrar mais enquadramento em zonas mais distantes da baliza contrária.
A formação é, sem dúvida, o primeiro dos factores para a razia de qualidade nos ponta de lança mas não é, no entanto, o único. Peguemos no exemplo do que aconteceu no fim de semana passado na Holanda, onde o brasileiro Afonso Alves marcou 7 golos num jogo em que o Heerenveen venceu por 9-0... Não é sequer preciso ser-se um observador atento do futebol português para se antecipar que este seria um cenário quase impossível em solo luso. Com efeito ser goleador em Portugal não é fácil, as equipas têm uma grande preocupação defensiva, concedem poucos espaços e, sobretudo, poucas oportunidades. Sendo a confiança uma característica fundamental da “ arte do ponta de lança ”, torna-se pois difícil que esta se desenvolva existindo tão poucas ocasiões. Um olhar mais atento ao passado recente do futebol português facilmente detectará que, não só Portugal tem dificuldade em formar pontas de lança, como as próprias equipas não encontram facilidades em contratar jogadores que vinguem nesse posição, apesar do muito investimento feito em potenciais goleadores. Não me parece, de resto, coincidência que Pauleta, o melhor ponta de lança luso dos últimos anos tenha feito a sua carreira além fronteiras. Teria Pauleta atingido o mesmo sucesso se, em vez de Salamanca, tivesse rumado a uma equipa de meio da tabela da nossa Liga?
A liga holandesa, pela sua dimensão comparável ao campeonato português, é um exemplo contrastante. Muitos foram os 9 que despontaram naquele campeonato, onde se marcam muitos golos e onde, também, aparecem jogadores com uma conta pessoal bem mais dilatada. Os holandeses fazem, de resto, do ponta de lança o seu principal “ produto ” de exportação, e se a qualidade é em muitos casos inegável, há que ter em conta que a filosofia futebolística da liga ajuda certamente, tanto no seu desenvolvimento, como na sua promoção. Outro exemplo, ainda que mais bem apetrechado financeiramente, é o da Bundesliga, e é aqui que chegamos ao caso do 9 mais recente da Selecção: Hugo Almeida. O avançado tem aparecido a marcar golos no Werder Bremen e dificilmente se pode dizer que tenha evoluído especialmente neste tempo. Simplesmente, a titularidade no Bremen, para um avançado, quase que obriga a marcar golos e é isso que tem acontecido com Hugo Almeida. Os efeitos que virão dos remates bem sucedidos para o instinto goleador do jogador são ainda desconhecidos, mas arrisco que a Bundesliga pode bem ter sido a melhor das decisões na carreira de Hugo Almeida e, possivelmente, um exemplo a ter em conta por aqueles que querem vingar como goleadores...

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Calibre Roman

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Preso e ignorado no Villareal, Riquelme não actuava desde a Copa America. A albiceleste, porém, não abdica dele e, no primeiro jogo do apuramento, a famosa 10 foi de novo entregue a Roman. Riquelme comandou e decidiu o jogo com 2 livres invulgarmente precisos. Tanto tempo de treino parece ter ajudado a calibrar o pé direito!


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11.10.07

O verdadeiro desafio de Camacho

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Um dos argumentos mais frequentes dos defensores do regresso de Camacho na altura da sua contratação foi o facto do treinador Espanhol ter como atenuante para a não conquista do título na sua primeira passagem pela Luz o momento fulgurante por que passava o FC Porto com a passagem de José Mourinho pelo clube. Não querendo entrar em comparações entre o Porto de então e o de hoje, a verdade é que dificilmente se pode dizer que conquistar o título Português seja hoje um objectivo claramente mais fácil de atingir. Analisando a média de pontos das equipas desde o tempo de Mourinho, rapidamente se confirma que, à excepção da atípica temporada de 04/05, a Liga Portuguesa continua a exigir uma performance bastante elevada ao seu campeão. Na realidade, o que se verifica é que a média de pontos conseguida pelos encarnados nos “anos Camacho”, não chegaria para atingir em 06/07... o segundo lugar.
Se considerarmos ainda a perda de Simão e a sua importância no modelo do treinador Espanhol (o Benfica de hoje não tem, nem de perto, um elemento que consiga desequilibrar a partir das alas), então fica claro que o desafio de Camacho no Benfica não passa por repetir o trabalho anterior, mas sim superá-lo consideravelmente!

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Showboat - memória de 2006

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10.10.07

Boavista: O preço de não questionar...

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Impensável! É o mínimo que se pode dizer da situação em que se encontra o Boavista no final da “era Loureiro” e apenas 6 anos depois de se ter sagrado campeão. O problema do penúltimo lugar na Liga não está na sua circunstancialidade mas sim na previsibilidade da situação face às dificuldades acumuladas, e o que mais custa perceber é como se chegou a esta situação após mais de uma década no topo.
O legado dos Loureiro deixa um estádio novo e um museu bem mais recheado no Bessa, mas a pergunta que deve ser feita é o que é que os Loureiro deixam para o futuro, na hora da saída? Na resposta à questão encontram-se os dois grandes falhanços de todo este tempo liderança... E que grandes falhanços! O primeiro – e na minha perspectiva, o mais importante, porque atinge o clube a médio/longo prazo – reside no facto de, apesar de todos os sucessivos sucessos desportivos, o Boavista chegar ao final de 2007 sem que a sua massa adepta tenha crescido significativamente. Este era um desafio difícil, tendo em conta a presença portista do outro lado da cidade, mas só uma gritante falta de visão pode explicar um não crescimento da massa adepta Boavisteira durante tanto tempo no topo. Este é um aspecto essencial, porque o que faz realmente a dimensão dos clubes (pelo menos no modelo Português) é o volume do seu apoio (afinal é por isso que os 3 “grandes” serão sempre “grandes” desportivamente). O segundo “pecado” é mais evidente e é aquele que afecta o actual momento desportivo: a situação financeira. O sucesso desportivo e as suas camadas jovens garantiram ao Boavista uma série impressionante de negócios aparentemente rentáveis, com vários jogadores a sairem quer para os 3 “grandes”, quer para o estrangeiro, não se percebendo bem qual a vantagem do clube com tantos estes negócio... Para além disso, o clube conseguiu algumas prestações bem relevantes na Liga dos Campeões (qualificando-se no seu grupo em 01-02). Se a presença na milionária prova pode fazer o boa parte do orçamento dos grandes numa temporada, o que dizer de uma equipa como o Boavista?

O grande problema do clube foi que durante todo este tempo os sucessos desportivos conseguidos tornaram intocável a gestão do Clube aos olhos dos sócios. O Boavista foi-se arrastando durante vários anos até ao ponto da “auto-chicotada” de João Loureiro que deixa nos sócios um problema difícil de resolver. O Boavista está agora a pagar o preço de não questionar!

Saídas significativas para os “grandes” ou para o estrangeiro desde 1990.

Guarda Redes
Ricardo (Sporting)
Costinha (Sporting)
Lemajic (Sporting)
Defesas
Perdro Barny (Sporting)
Rui Bento (Benfica e Sporting)
Litos (Malaga)
Mario Silva (Nantes)
Pedro Emanuel (FC Porto)
Quevedo (Sochaux)
Bosingwa (FC Porto)
Cadu (Cluj)

Médios
Nelo (Benfica)
Tavares (Benfica)
Sanchez (Benfica)
Delfim (Sporting)
Helder (PSG)
Petit (Benfica)
Raul Meireles (FC Porto)
Frechaut (Dinamo Moscovo)
Manuel Jose (Cluj)
Avançados
Isaias (Benfica)
João Pinto (Atl.Madrid e Benfica)
Nuno Gomes (Benfica)
Jimmy (Leeds)
Ayew (Sporting)
Silva (Sporting)
Moreira (Standard Liege)
Diogo Valente (FC Porto)
Paulo Jorge (Benfica)

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O rumor do regresso de Tiago

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Foi apontado como um dos nomes fortes para o relançamento da “Vecchia Signora”, mas a verdade é que esta terceira aventura estrangeira de Tiago não teve um bom começo. Claudio Ranieri vem afirmando que reserva para o Português um papel importante nesta temporada, mas a verdade é que o 4-4-2 do ex-treinador do Chelsea apenas abre lugar a 2 presenças no “miolo” e o Português tem sido preterido em detrimento de Cristiano Zanetti, Nocerino (jovem médio apelidado de “novo-Gattuso”) ou Sergio Almiron (médio Argentino “estilo Veron”, de 26 anos contratado ao Empoli).
Nestas coisas do futebol de alto nível a paciência é sempre curta e depressa surgiram os primeiros rumores sobre em torno do futuro próximo do internacional Português. Talvez fazendo uma conta mais complicada do que parece, alguns associaram os milhões encaixados por Sporting e FC Porto no Verão a um possível investimento no jogador. Naturalmente, para quem conhece a realidade do futebol português esta associação não parece tão evidente, ainda assim fica a minha opinião de que apesar de ser uma hipótese muito positiva para a Liga em si, este seria também um regresso precoce de um jogador que há bem pouco tempo parecia capaz de alcançar grandes voos entre os gigantes europeus.


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9.10.07

A Obra de Kim

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(golo do médio ofensivo brasileiro do Nancy na vitória frente ao Monaco)

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8.10.07

O fim da "teoria da rotatividade"?

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É um debate típico nesta fase da temporada e que encontra eco sobretudo entre as equipas de topo, indiscutivelmente mais sobrecarregadas de jogos. Em Inglaterra, por exemplo, tem havido alguma polémica em torno das opções de Rafa Benitez, grande adepto da rotatividade, no Liverpool. As alterações constantes no onze inicial têm os seus efeitos inevitáveis na performance da equipa e, como em tantas outras coisas, na altura das derrotas os adeptos parecem não estar muito sensibilizados para questões de médio prazo. Embora esta seja, sem dúvida, uma reacção mais emotiva do que racional, talvez se encontre nela algum fundamento. Afinal de contas, de que adianta estar-se bem fisicamente à custa de uma diferença pontual significativa ou de uma eliminação precoce nas competições europeias? Ou, se quisermos entrar noutro debate um pouco mais complexo, qual a diferença real entre os efeitos do desgaste físico e da potencial quebra psicológica causada pelos maus resultados trazidos pela rotatividade no rendimento dos jogadores? Tudo isto vem a propósito dos jogos dos grandes no passado fim de semana...

No Porto, a “fórmula Jesualdo” parece ser clara e vem desde a época transacta: rotatividade nula (ou quase), tirando máximo partido da fase inicial da temporada. Os resultados de 06/07 não podiam ser mais fieis à opção do “professor”: liderança folgada no virar do ano, qualificação para os oitavos na Champions e quebra na performance a partir de Janeiro. Título conseguido com um sofrimento que parecia impensável a dado momento, mas… objectivo cumprido!
Em Paulo Bento uma opção contrastante. Exceptuando a “espinha dorsal” (Polga, Moutinho e Liedson), em 06/07 a rotatividade ditou leis até ao Natal. O resultado imediato foi a perda de pontos na Liga e a saída da Europa, mas no final da temporada a equipa apareceu claramente como a mais forte da prova, ficando a um escasso ponto do título e passeando-se na Taça até à vitória final. Uma época positiva mas com falhas nas competições principais.
Na Luz, a história foi outra... Fernando Santos teve o seu plantel formado em cima da hora, com as indefinições a retardarem a escolha de um modelo de jogo. O resultado foi que apenas um um número reduzido de jogadores entrou nas contas do “engenheiro”, não havendo espaço para grande rotatividade, excepto, claro, aquela forçada pelas lesões que marcaram a época. A questão agravou-se pela presença na desgastante Taça Uefa e a equipa terminou a época num défice exibicional evidente (apesar de ter perdido poucos pontos nessa fase) e com a frustração de quem esteve perto de tudo mas não conseguiu nada.

Esta temporada, o Porto repetiu a dose e lá vai na frente, com 7 e 8 pontos de diferença em relação aos rivais. No Benfica, o inicio de temporada atribulado e a recente discussão do seu futuro nas primeiras páginas dos jornais devem inibir Camacho de qualquer estratégia fora do curto prazo. Mas é no Sporting que aparece a reacção mais curiosa. Penalizado pelo difícil calendário na abertura da época, Paulo Bento vê o Porto a 7 pontos e o cenário de 06/07 a repetir-se. Depois da mal sucedida experiência frente ao Setúbal em que descansou alguns titulares como Tonel e Romagnoli, o treinador não foi de modas na recepção ao Guimarães e não poupou ninguém após a desgastante viagem a Kiev. Será este o fim da “teoria da rotatividade” no futebol Português?

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Afonso Alves: 7 de uma vez!

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5.10.07

Vem aí o "Superclásico"!

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River Plate – Boca Juniors Domingo 18 horas
O “SuperClásico” é um daqueles jogos com dimensão planetária, não interessa quando, onde, ou porque se joga. River Plate e Boca Juniors batem-se no campo por um triunfo que cujo significado vai bem para além do seu valor pontual na tabela classificativa. Milhões de uma nação apaixonada pela “pelota” discutiram e discutirão cada instante dos 90 minutos, carregando o jogo de uma intensidade emocional difícil de encontrar noutro fenómeno.

O River é desta vez o anfitrião com o “Monumental” a receber duas equipas que ao contrário de tantos outros anos, não se conseguem impor no campeonato “Apertura”. O Boca Juniors é segundo, a dois pontos do líder Independiente, enquanto que o River segue num impensável décimo posto, a 9 pontos do topo. Ambas as equipas são o espelho do que se pode esperar actualmente das equipas argentinas. Talento misturado com alguma desorganização colectiva e as inevitáveis “ganas” que tornam os jogos tantas vezes demasiado irracionais e imprevisíveis.

No Boca, Miguel Russo montará uma equipa em 4-1-2-1-2 (ou seja com o losango no meio campo) que tem na permissividade defensiva e na fraca criatividade ofensiva os seus grandes defeitos. O Boca recorre muito à acção dos laterais, mas quando o seu jogo é bloqueado o recurso a Martin Palermo torna-se a única com bolas a serem bombeadas para a área desde posições muito atrasadas. O River Plate de Passarella (que poderá perder o lugar em caso de derrota) tem características semelhantes ao seu rival, com os laterais a participarem muito ofensivamente, mas actuando com uma frente mais móvel e dinâmica, não tendo uma referência tão fixa quanto Palermo no Boca. O problema deste River é a inconsistência do seu jogo – quer ofensiva, quer defensivamente – tendo períodos em que parece imparável, e outros em que se perde por completo.

8 figuras do “Superclásico”:
Fernando Belluschi (River Plate, Médio Ofensivo 24 anos) – A estrela da companhia terá sobre si a responsabilidade de desequilibrar. Belluschi actua sobre a esquerda e faz da precisão do seu pé direito e dos seus movimentos sem bola duas armas que o definem como jogador.

Ariel Ortega (River Plate, Médio Ofensivo 33 anos) – “El Burrito” vive hoje muito do estatuto não parecendo ter estaleca física para dar complemento à sua inegável valia técnica. A experiência faz dele, ainda assim, um nome a ter em conta num jogo com estas características.

Falcao Garcia (River Plate, Avançado 21 anos) – O homem do momento. Um hat-trick fantástico frente ao Botafogo e outros golos no passado recente revelam o seu momento. Falcao não é um ponta de lança fixo, mas tem muita qualidade de movimentos e é muito forte na finalização. Um nome a seguir...

Marco Ruben (River Plate, Avançado 20 anos) – Contratação cara, este jovem vindo do Rosario Central é mais uma esperança entre os “Millionários”. Boa presença física e um óptimo pé esquerdo são os atributos da referência de área do River que, no entanto, ainda não explodiu no futebol argentino.

Gabriel Paletta (Boca Juniors, Defesa Central 21 anos) – Emprestado pelo Liverpool, este imponente defesa dá outra envergadura a uma defesa bastante débil no jogo aéreo. Um talento interessante e uma ameaça sempre que sobe à área contrária.

Ever Banega (Boca Juniors, Médio interior 19 anos) – Sempre que a bola sai do seu pé direito, é quase certo que chegará “redonda” ao seu destino. Uma qualidade de organização inegável que torna Banega uma figura que, mais tarde ou mais cedo, terá a tão ambicionada oportunidade europeia.

Pablo Ledesma (Boca Juniors, Médio interior 23 anos) – Sobre a meia direita lembra Lucho Gonzalez pela inteligência com que se posiciona no campo. Ledesma é discreto mas extremamente eficaz, faltando-lhe talvez um pouco mais de virtuosismo técnico para integrar a elite Argentina.

Martin Palermo (Boca Juniors, Avançado 33 anos) – Ao ver Palermo jogar percebe-se rapidamente porque teve destinos tão contrastantes entre o Boca Juniors e o futebol espanhol. Alto e forte é referência na área para uma equipa que o procura quase a cada posse de bola. Palermo faz o que se lhe pede, mas dele não esperem muito jogo fora do rectângulo próximo da baliza contrária!

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