Vitória ainda “verde” – Vingada optou por se agarrar à atitude da equipa que, na ponta final, lhe valeu o empate. A força mental das equipas é absolutamente decisiva, mas é particularmente perigoso avaliar esse aspecto pelos jogos de pré época. A verdade é que muito dificilmente o Sporting teria permitido o empate num jogo “a sério”, ao passo que as dificuldades do Vitória em se impor durante o jogo provavelmente seriam as mesmas nesse contexto. Há, de facto, vários equívocos no jogo vimaranense, destacando o posicionamento de Rui Miguel ou a desorganização defensiva do segundo tempo. Para Vingada, o tempo é a atenuante...
Atitude competitiva – Já aqui referenciei a importância deste aspecto nos jogos de pré época. O Sporting é a prova acabada dessa evidência, parecendo ter, por diversas vezes, “desligado” dos jogos. É uma constatação que em nada agrada Paulo Bento e cuja gravidade apenas se poderá comprovar, ou não, em competição.
Primeiro tempo experimental – Paulo Bento surpreendeu no onze inicial, com uma equipa a tentar dar mais consistência ao meio campo e com 2 laterais mais ofensivos para tentar colmatar uma eventual perda de largura. O Sporting dominou o jogo, mas faltou-lhe capacidade criativa no último terço. Nota para os 2 laterais. Pedro Silva dá, de facto, outra profundidade ao flanco, apesar do risco que assume em vários momentos. Miguel Veloso tem qualidade técnica, mas parece-me que deve ser o mais rapidamente possível descartado como lateral. É estranho dada a sua posição de origem, mas revela enormes dificuldades em defender por dentro e compromete quase sempre nessa tarefa...
Segunda parte inconclusiva – O Sporting entrou a ganhar na segunda parte e isso fez com que o jogo do Vitória se torna-se caótico. Deixou de ser uma equipa organizada e isso retirou também interesse à análise táctica do jogo leonino que encontrou grandes facilidades em entrar na defesa contrária. Conseguiu o 2-0 e poderia ter ido mais longe, antes de “desligar” antes do tempo. Individualmente percebe-se a qualidade invulgar de Matias Fernandez, a evolução notória de Adrien e um momento frouxo de Vukcevic. Colectivamente, e em termos ofensivos, este período foi pouco conclusivo...
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