11.4.12

Obrigado e até sempre!

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Há algumas semanas anunciei a minha intenção de encerrar o blogue no final da época, dando inicio a um outro, que teria uma análise mais centrada nos principais campeonatos europeus. Entretanto, porém, houve uma alteração nesse plano e no eixo de análise em que me centrarei no futuro, que será pouco compatível com o tipo de divulgação que caracteriza este meio, e não me deixará muito tempo para garantir o mesmo nível de fundamentação para as opiniões que venho formulando sobre a actualidade do futebol. Por essa incapacidade de manutenção do nível de fundamentação, e porque não pretendo vender algo que eu próprio não compro, encerro hoje o Jogo Directo, sem que esteja prevista qualquer substituição por um espaço de conteúdos...

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29.3.12

Golos fora ou factor casa?

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O 0-0 numa primeira mão, é melhor para quem joga em casa ou para quem joga fora? A pergunta, no fundo, compara a vantagem entre o factor casa e a regra dos golos fora. Enfim, é uma dúvida que tem resolução simples, bastando ver o que aconteceu nas eliminatórias que terminaram com 0-0 ao fim dos primeiros 90 minutos. Não tenho a resposta, mas imagino que, como nenhum outro resultado, deixe tudo igual para a segunda mão. Qualquer eliminatória que envolva o Barça, nos dias que correm, tem como principal ponto de interesse perceber que tipo de dificuldades poderá o seu adversário causar e, no limite, se haverá hipótese de surpresa. A questão da comparação qualitativa não se põe, pura e simplesmente. O Milan não é excepção,...

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28.3.12

Fatalidades...

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Não será propriamente uma surpresa para quem vem lendo a minha visão sobre a incerteza do jogo, mas de facto não há nada que me pareça ter determinado que o desfecho negativo fosse uma fatalidade para o Benfica. Nem as opções iniciais, nem, muito menos, as substituições. É claro que sei, também, que os efeitos da tradicional emotividade pós jogo não fazem da minha posição algo muito consensual. Nem esta, nem outras. Ainda assim, reforço a opinião: fatalidade, mesmo, só vejo uma: a de que entre duas equipas a maior probabilidade de vitória esteja tendencialmente do lado daquela que tiver capacidade para a adquirir, a qualquer momento, qualquer jogador do seu adversário. Quanto jogo propriamente dito, parece-me que ambos...

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26.3.12

Acidentes...

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E, mais uma vez, o futebol nos reserva uma boa dose de ironia. Uma jornada depois de, com alguma felicidade, se ter salvo de perder pontos na Madeira, o Porto escorrega em Paços sem que nada no jogo o fizesse prever. Trocados, exibições e resultados. Nunca ninguém o admite conscientemente, mas a verdade é que, seja lá qual for a exibição, um resultado nunca deixa nada igual. Nem estados de ânimo de protagonistas, nem balanços de adeptos e comunicação social. Sim, porque por muito acidental que seja o resultado, no fim é ele que determina sempre se o tema são os erros e opções do treinador, ou a qualidade e bom momento da equipa. Que repercussões tem esta irracionalidade generalizada no jogo seguinte? Pois isso, ninguém sabe... De...

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24.3.12

Empatas...

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Um golo, como se sabe, não precisa de apresentações, mas se há nulos que se anunciam, este terá sido um deles. Isto, pela escassa proximidade que ambas as equipas mantiveram com o golo ao longo de toda a partida. O Benfica pode e deve lamentar-se de si próprio, claro, porque não fez o suficiente para se aproximar do seu objectivo. Pode, também, relativizar a frustração pelo contexto (ainda que isso lhe sirva de pouco). Pelo campo, aparentemente com poucas condições para promover uma boa circulação. Pelo adversário, que aparenta ter como nenhuma outra equipa, um culto do empate. Pelo desgaste da sequência de jogos que, apesar de tudo, ainda está no inicio. E abordo estes últimos dois pontos, o culto do empate do Olhanense,...

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23.3.12

A sina e o guarda redes

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Seria de esperar que o percurso ascensional do Braga nos últimos 10 anos lhe tivesse creditado mais finais no currículo. Já não digo títulos, embora também isso fosse provável, mas finais. Tem uma, por sinal a mais improvável, o que é muito pouco. Será sina? Há várias coisas cuja explicação nos escapa no futebol (e aí está, pelo menos para mim, o grande interesse deste jogo), mas este não é uma delas. Não há sina, nem explicação alguma, é apenas uma das hipóteses do destino. Ou seja, uma constatação factual sem causalidade que possa fazer antever repetições futuras. Porque, e muito embora sempre pareça, os factos não implicam forçosamente causalidade. Não acreditando eu no determinismo do fado bracarense, há algo neste...

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21.3.12

Rivalidade

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Estranheza. É sobretudo esse o meu sentimento ao ver este jogo. Não posso estar seguro de que não tenha a ver com o meu próprio condicionamento prévio, da ideia que já tinha de que a partida não seria abordado com a habitual intensidade emocional pelas duas equipas. Ainda assim, é a minha sensação ao ver 3 golos em tão pouco tempo e uma primeira parte tão oscilante e pouco consistente de ambas as partes. Venceu o Benfica, e talvez lhe fique melhor porque foi, de facto, quem mais oportunidades criou, sobretudo na recta final da primeira parte. Interessante é a discussão sobre a importância que ambos deram, ou não, a este jogo e a esta competição. Há uma desvalorização deliberada e que não é de agora ou deste jogo, e que...

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20.3.12

A rever, porque não há muito mais a fazer....

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À primeira vista, as dificuldades do Sporting podem não fazer sentido algum, e em qualquer caso não eram seguramente provável, mas talvez não fosse também difícil antecipar as diferenças entre este jogo e aqueles que, recentemente, catapultaram o a equipa para novo estado de optimismo. De resto, já não é a primeira vez que me refiro a este aspecto. O tipo de oposição que colocou o Gil, estrategicamente mais baixo e expectante, não foi surpresa e recuperou um cenário em que o Sporting do passado recente teve sempre muitas dificuldades em ultrapassar. O resultado não será o mais importante para a análise, até porque o resultado, num só jogo, está sempre refém de uma série variáveis pouco ou nada controláveis. Ainda assim,...

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17.3.12

Expectativas

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Não houve surpresas, mas não se pode dizer que tenha sido uma mera formalidade. Pelo menos, para o Porto, que teve um jogo de grande incerteza e muito pouco controlo. Mais um sinal de que o momento não faz antever um grande conforto na recta final, ao contrário do que aconteceu em boa parte da prova. Cumpre-se este fim de semana a 10ª jornada em 2012 e, mesmo descontando o jogo entre ambos, foram mais as jornadas em que pelo menos 1 dos dois perdeu pontos do que aquelas em que, como nesta semana, ambos conseguiram vencer. Veremos o que acontece à medida que a pressão aumenta... Nem 20 dias passados, jogar-se-á outro Benfica-Porto. O lado mais interessante deste segundo jogo, pelo menos para mim, tem a ver com a diferença...

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16.3.12

História

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A última meia hora retira algum brilho e a possibilidade de uma vitória que, a acontecer, teria sido uma das mais improváveis (aqui, probabilidade não é minha) da História do clube. Mas não retira o essencial, uma qualificação que será também ela histórica e certamente relembrada (há muito que o Sporting não eliminava um adversário deste calibre). Muito mérito durante 150 minutos e um súbito desnorte, que quase deitou tudo a perder, durante 30 minutos. Interessante o contraste, e a forma como durante tanto tempo o Sporting manteve o City relativamente longe do golo e, de repente, pareceu ser incapaz de passar 5 minutos sem um sobressalto. A importância que um golo teve na atitude dos jogadores! Sobre os minutos finais, em...

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15.3.12

Goleadas tangenciais

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Stamford Bridge pode não ser o palco que mais memórias guarda no que respeita à história das competições europeias. Nos últimos anos, porém, tem assumido um protagonismo especial a esse nível, e esta terá sido mais uma noite a contribuir para isso. Talvez a primeira desta edição da Champions, mas certamente que não a última. O jogo foi bom, pela emoção e pela divisão permanente do ascendente. O Chelsea terá sido mais forte, mais experiente, ou apenas mais feliz, dependendo do ponto de vista. Eu, diria que foi sempre mais incisivo quando conseguiu entrar na área contrária e que isso foi, como não raras vezes acontece, decisivo. Mas, claramente, terá contado com o cinismo da eficácia, ou pelo menos eu não sou capaz de concordar...

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14.3.12

Contrastes...

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- Quando o sorteio ditou o confronto entre Bayern e Basel (curiosamente, partilham a abreviatura FCB), imediatamente imaginei um passeio para os alemães. É que, para além da diferença evidente de valores, não havia qualquer contraste de estilos ou choque de culturas. Houve, no entanto, da minha parte uma subvalorização do Basileia actual. O seu momento é tremendo, pulverizando a liga interna e atingindo patamares de confiança que permitem a exacerbação do potencial colectivo, reflectido em feitos como foram, por exemplo, as vitórias caseiras frente a United e a este mesmo Bayern. O mais curioso é verificar o que pode acontecer quando o escudo da confiança é repentinamente retirado por um gigante insaciável como é, culturalmente,...

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12.3.12

Ao sétimo dia...

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O nível de detalhe da minha informação não vai tão longe, mas duvido que o Benfica tenha tido na Liga um período tão difícil como os primeiros 10 minutos da segunda parte. O jogo teve tudo para ficar, se não resolvido, pelo menos a bom caminho desse destino. Terá havido um efeito de deslumbramento do Paços, perdendo o foco naquela que seria a sua prioridade para a segunda parte? Certezas nunca as teremos, mas a brevidade com que todo o cenário se inverteu, dá pelo menos para especular sobre essa hipótese. De todo o modo, excelente período de jogo, especialmente pela velocidade e oscilação que atingiu. Mérito para o Paços (algumas exibições individuais muito boas), demérito para o Benfica (transição defensiva e concentração...

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11.3.12

A Liga que ninguém quer ganhar...

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"Demos 45 minutos de avanço!" O diagnóstico foi feito por Vitor Pereira, mas teria sempre eco em grande parte dos adeptos portistas. Na realidade este é, aliás, um dos comentários mais comuns entre os adeptos, seja de que clube for e, em geral, resulta de uma ilusão. É que o futebol tem, por norma, mais golos nas segundas partes do que nas primeiras, e as equipas tendem a convergir para os resultados que lhes interessa. Assim, é apenas normal que uma equipa favorita ataque mais numa segunda parte em que precisa de um resultado. Nem tem de ser necessariamente mau, lembro-me por exemplo do Chelsea de Mourinho, que durante algum tempo manteve essa característica de resolver os jogos nas segundas partes. Seja como for, no caso...

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9.3.12

A vantagem de não ter que dominar

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- A nível interno, não há muito para escolher em termos de opções estratégicas. Para os "grandes", o empate é uma derrota e por isso nada mais resta do que dominar, ou seja, tomar de assalto a bola e o espaço. Na Europa e nesta fase da competição, não é assim. Sabendo-se que realisticamente não poderia ter os dois, Sá Pinto podia escolher entre a bola e o espaço. É claro, todos estaremos conscientes do que se diria de Sá Pinto se as coisas tivessem corrido mal na sequência de uma estratégia especulativa, como aquela que escolheu (ou das substituições que fez, de resto). Não seria um argumento original. Mas o treinador está onde está para ganhar jogos, e não para preparar desculpas para as derrotas, e por isso a sua opção...

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8.3.12

Dois mundos e uma sentença

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A propósito do Bayer-Barcelona da primeira mão, tive a oportunidade de ler uma antevisão de alguém que havia, alguns dias antes, antecipado dificuldades para os catalães na visita a Pamplona (contextualizando, o Barça perdera o jogo frente ao Osasuna no fim de semana anterior à primeira mão). Escrevia que apesar do mau momento do Barça ser evidente, tal não deveria ser suficiente para que uma vitória confortável estivesse em causa na Alemanha, que o potencial das duas equipas era demasiado dispar, que eram duas equipas de dois mundos completamente diferentes. Ora, não é pela goleada numa segunda mão de uma eliminatória já resolvida, mas a diferença de valor entre Barça e Leverkusen será mais ou menos a mesma que a diferença...

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7.3.12

Enfim, um suspiro...

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O valor das equipas não faz desta uma vitória obrigatória ou banal, mas também nada mais do que normal. Por mérito do Benfica, para que não me interpretem mal. No entanto, o contexto torna-a especialmente relevante. Por interromper um terrível momento negativo e pela relevância da competição. Pode ser importante para uma equipa que, mais do que a maioria, tem na confiança um combustível essencial, dado o arrojo da sua proposta de jogo. Pode ser também um factor de distracção para o que resta do campeonato. Será que vai ser? A história do Benfica de Jesus sugere-nos que sim, mas logo se verá. Não o referi na altura, mas a opção de Jesus que mais me surpreendeu no clássico de Sexta Feira foi a ausência de Bruno César. O...

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5.3.12

Sacked in the morning

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- Há já alguns meses que o "you're getting sacked in the morning" se ouvia nos jogos do Chelsea e, de tanta insistência, a profecia acabou mesmo por se concretizar. O ponto talvez mais curioso deste cântico popular nos estádios ingleses é que ele é utilizado para os treinadores adversários e muito raramente para os próprios. É interessante como um jogo é vivido com intensidade emocional idêntica, mas com uma abordagem em tantas coisas diferente. Enfim, o mais importante é que se vira uma página inesperadamente mal sucedida na carreira do treinador e do próprio Chelsea. As teorias que apontam para uma conspiração do grupo contra o treinador português terão nos próximos jogos um teste de fogo, pelo que mais útil do que especular,...

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4.3.12

Negro!

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Mais pistas faltassem, a conferência de imprensa de Mota oferecê-las-ia. Recordando o jogo em que o agora treinador do Setúbal defrontou o Sporting, não seria difícil antever que estratégia teríamos para este jogo. E assim foi. Tivesse o Sporting segurança na sua construção e a estratégia faria o Setúbal aspirar, no máximo, ao zero zero. Sem segurança, tornou-se numa estratégia com outras potencialidades. A expectativa que tinha de um bom inicio de Sá Pinto já se havia esfumado, como escrevi após o jogo com o Paços de Ferreira. O calendário sugeria-o, de facto, mas o meu optimismo ignorou o obstáculo que representaria mudar alguns comportamentos em pleno climax competitivo. Comportamentos que exigem outro contexto para...

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3.3.12

Montanha russa

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- O jogo foi assim como o próprio momento do campeonato, uma montanha russa. Não posso dizer que não estivesse avisado - afinal, já escrevi sobre isso há muito - mas ainda assim, fui apanhado de surpresa por esta descida a pique do Benfica de Jesus. No jogo, como no campeonato. Está tudo em aberto? Pois está, mas para uns está menos do que para outros, e é bom não dar os primeiros 2 lugares como entregues. Enfim, o jogo ainda está demasiado fresco para se avançar a esse ponto, mas para o Benfica este pode ser um momento de viragem importante, mesmo para além desta época. Aguardemos os próximos capítulos. Agora, já se sabe, no futebol a emoção é dominante sobre a razão... Precisamente, é o predomínio da emoção que faz deste...

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28.2.12

A especificidade do Braga

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Não é a primeira vez que me refiro a ela mas, ainda assim, merece nova referência. A especificidade do jogo do Braga. Em organização, largura à direita, profundidade à esquerda. A ideia é começar sobre a esquerda, para onde cai Viana, como que esticando o campo, entre a bola e o destino preferencial da jogada, o corredor direito. Assim, é potenciada a construção longa de Viana e o extremo mais forte, Alan (ausente neste jogo, mas sem que o quadro geral se alterasse por isso). Lima aproxima à esquerda no inicio da jogada e assim beneficia também ele dos espaços laterais criados, para atacar a zona de finalização. Tudo isto em organização, onde a equipa actualmente se sente muito bem, pela confiança que foi acumulando, mas...

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27.2.12

James...

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- Há um bom tempo que não o imaginava possível, mas o clássico chega mesmo com tudo empatado. E, com um sorriso do destino, o Porto materializa a recuperação do atraso precisamente frente ao mesmo adversário contra quem começara a defini-lo. Do jogo emerge, mais uma vez, James. Realmente, não percebo muito bem que fique fora dos principais eleitos (por critério meramente técnico, isto é), se tivermos em conta o rendimento do colombiano. James é o jogador com maior influência directa nos golos marcados na liga, se considerarmos golos e assistências, descontando penaltis. A sua utilização foi um ponto de interesse das variações tácticas da equipa durante o ano, e não me parecendo que essa seja uma discussão fechada, também...

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26.2.12

Eficácia e não só

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- Não há muita volta a dar... quem falha tantas ocasiões, tem sempre de olhar para a eficácia quando perde pontos e, ainda por cima, num empate a zero. Agora, será apenas da eficácia? Talvez não. Primeiro, o lado emocional. Já escrevi algumas vezes sobre a invulgar volatilidade das equipas de Jesus, algo que se constata em praticamente todas as épocas do treinador, e que vinha tendo esta temporada como principal excepção. Até agora. Depois das 2 derrotas, o terceiro jogo sem ganhar trouxe também a segunda vez em que Jesus regista dois jogos sem marcar. Tudo de repente, e de seguida. Essa inconstância pareceu ser o principal foco de Jesus para a nova época, quer pela forma como procurou encontrar uma solução mais equilibradora...

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24.2.12

Controlo

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- "Prefiro jogar para ganhar 5-4, do que para ganhar 1-0!". A frase é comum e certamente sedutora numa primeira análise, mas como tantas coisas na opinião que se generaliza, não se vislumbra qualquer enquadramento prático no que à realidade do jogo diz respeito. Não há equipas que ganhem 5-4, 4-3 ou 3-2 por sistema. Mas há equipas - várias - que sustentam séries longas vitoriosas em resultados como 1-0 ou 2-1. Tudo isto para falar do controlo, a grande novidade no jogo do Sporting, frente ao Legia. Dificilmente alguém pode ter achado que a equipa alguma vez esteve próximo do golo, o que não constitui novidade face à trajectória recente, mas também não creio que alguma vez se tenha justificado o sentimento de ameaça perante...

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22.2.12

Do City of Manchester para a Luz

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- Há equipas contra quem lançar a toalha não acaba com o sofrimento, apenas o agrava. Não há muitas, mas nos tempos que correm, o City é uma delas. Há duas formas de ver as coisas: uma é pensar que os erros individuais determinaram uma eliminatória que até poderia ter sido equilibrada. A outra, é pensar que se o incidente do segundo golo tivesse surgido mais cedo, a coisa poderia ter acabado de forma ainda mais embaraçosa. A fase da temporada, porém, não justifica que se perca muito tempo a olhar para trás. Em breve jogar-se-á tudo e não há outro remédio que não seja concentrar todas as atenções nos embates decisivos que se aproximam, particularmente o da Luz. O clássico ainda não começou, mas já se joga. Começou a jogar-se...

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A identidade napolitana

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- Não sei se será da má fase, mas Villas Boas quase que antecipou a derrota antes da mesma, ao dizer na antevisão da primeira mão que a eliminatória poderia ser invertida na segunda. E pode, pelo que convém não dar as coisas como terminadas. Ainda assim, é sobre o Nápoles que quero escrever, coisa que já estive para fazer, mas que por falta de oportunidade acabou por não acontecer. Não pode ser nunca um candidato, claro, porque não tem potencial para isso, mas parece-me ter todas as características para ser um perigoso "outsider". Porque tem uma filosofia de jogo muito ajustada ao tipo de jogos da competição, porque é fortíssimo dentro da sua proposta e porque beneficia, depois, de um ambiente muito favorável quando joga...

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20.2.12

Jesus e o Vitória

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Tentarei trazer algo especifico sobre o jogo, assim que o analisar com mais pormenor, mas para já partilho apenas duas reflexões... - Jesus. Perder 2 vezes seguidas no Benfica só lhe tinha acontecido no pesadelo do inicio de época da época passada. Podem ser duas derrotas irrelevantes no balanço final da época, e até é provável que o sejam. O Benfica pode, obviamente, ultrapassar o Zenit, e embora tenha perdido agora uma margem importante, continua a ter uma situação muito favorável para recuperar o título. Mas perdeu margem, isso é claro. A minha reflexão sobre Jesus tem a ver com o "timing" da sua entrada no Benfica, que me parece ter sido perfeito, quer para ele, quer para o próprio clube. Isto porque Jesus chegou depois...

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Dúvidas sobre cabeceadores...

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- Sem competitividade, é mais difícil ter interesse. E quando uma equipa tão superior dobra a vantagem aos 25 minutos, dissolve-se toda a competitividade que um jogo poderia ter. O Porto e Vitor Pereira é que não devem ter sentido falta do interesse ou da competitividade. Aliás, até os devem ter temido quando Meyong reduziu. Enfim, a minha principal nota do jogo vai para mais um golo de Janko. Para aqueles que, como eu, viveram os anos do seu domínio no futebol português, qualquer golo de cabeça marcado com uma facilidade inverosímil nas costas dos centrais, traz imediatamente à memória a figura de Mario Jardel. Acho que da mesma maneira que gerações anteriores ficaram marcadas pelos "golos à Eusébio", a minha tem os "golos...

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19.2.12

Fragilidade...

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- A situação do Chelsea de Villas Boas pode ser um bom exemplo da não linearidade das consequências no futebol. Ok, vamos assumir que as circunstâncias não foram favoráveis e que algo (para o efeito, não interessa precisar) correu mal. Que consequências teríamos? Numa hipótese de linearidade, não creio que qualquer circunstância fosse suficiente para vermos um Chelsea tão vulnerável como aquele que temos visto. Não faltam exemplos, semelhantes, ocorrendo-me de forma clara o caso do Feyenoord no ano anterior. Para quem está familiarizado com as reflexões de Nassim Taleb (a figura tem essa proveniência), diria que o futebol é seguramente Frágil. - Ainda no Chelsea, é curioso como Villas Boas e Domingos, partilharam o climax...

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17.2.12

É outro campeonato...

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- Muito semelhante o jogo do Sporting, em relação ao do Benfica, 24 horas antes. A diferença maior será mesmo o golo que o Benfica ofereceu quando parecia ter já extraído empate tão generoso como o que o Sporting agarrou. É claro que o Zenit não é o Legia, e as dificuldades do Sporting parecem ter como explicação uma abordagem menos ajustada da equipa, em relação à do próprio Benfica. Afinal, que tempo teve a nova equipa técnica para preparar este jogo? Ver um Sporting a parecer fazer uma aprendizagem "on the job", com todos os riscos que isso tem, voltou a fazer-me coçar a cabeça sobre o timing desta mudança técnica: Na situação do Sporting, foi quase como mudar de equipa técnica a 3 dias de uma final: foi mesmo só por...

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16.2.12

Factor casa

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- O factor casa... Por vezes é ingenuamente desprezado nos discursos, mas raramente o é no campo de jogo. Desta vez, havia mais do que factores psicológicos a condicionar as aspirações do Benfica. Foi um jogo terrível, de sucessivos duelos, acelerações repentinas e uma fluidez quase nula. Tudo isto, claro, perante um adversário muito mais adaptado. 3-2 não é um bom resultado, mas dadas as incidências foi tudo menos mau. Na Luz, claro, tudo será diferente, não querendo isto dizer que forçosamente venha a correr bem. Impressionante o caso de Cardozo: não tem a agressividade exigível, não dá sequência a praticamente nenhum lance que passa por si, mas, depois, é ele que está nos lances decisivos. Não foi a primeira, nem será...

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14.2.12

O regresso da Europa

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- Não é uma fase final de Champions que levante grandes expectativas. Antes dos oitavos de final, 66% do favoritismo era reservado para os dois grandes de Espanha, e dificilmente alguém imaginará um cenário distinto desse. O aliciante especial neste ano está em perceber se o Barça será capaz de fazer aquilo que nenhuma equipa conseguiu desde que a Champions é "Champions", ou seja, ganhar por dois anos consecutivos. Seria, no fundo, a materialização em termos de títulos de um feito condizente com aquilo que a equipa representa para os anos que passaram. Tudo parece óbvio, mas é só quem tiver muita falta de memória poderá menosprezar os caprichos em que o futebol é fértil em provas destas características. - Entretanto, na...

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Domingos por Sá Pinto

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A decisão... O divórcio não era um cenário que colocasse de parte, mas com a iniciativa a partir sempre do lado de Domingos, que era, a meu ver, quem mais perdia com o actual estado da ligação. Estranho que parta da direcção do Sporting a decisão, por um lado porque na divisão de responsabilidades é uma decisão que expõe mais quem dirige do que o próprio treinador, e, por outro, porque não faz qualquer sentido alguém escolher um treinador para meia época depois colocar em causa a sua competência. Percebe-se que a emotividade dos adeptos leve à volatilidade de opiniões, em que o mesmo treinador passa de competente a incompetente em função da onda de resultados ou empatias, já não se pode dizer o mesmo de quem tem a responsabilidade...

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13.2.12

A circulação baixa do Marítimo

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Terá sido, aos meus olhos, o aspecto mais marcante do ponto de vista táctico, no jogo. O que define o resultado é uma discussão menos trivial, sendo impossível de rivalizar, por exemplo, com o peso fatídico de lapsos pontuais, como o erro de Patrício, ou a escorregadela de Xandão, mas no que respeita à definição do balanceamento do jogo, ao que marcou o ascendente do Marítimo e as dificuldades de imposição do Sporting, nenhuma fase do jogo terá contribuído tanto como a circulação baixa dos insulares. Foi uma situação que se repetiu sucessivamente no inicio do jogo e que estaria, inclusivamente, na origem do lance do segundo golo, mesmo numa altura em que a resposta das equipas era já bastante diferente daquilo que acontecera...

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1.2.12

Gil Vicente - Porto: opinião e estatística

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- A introdução não varia muito daquilo que tantas vezes refiro: depois de vista, a derrota pode parecer uma fatalidade óbvia, mas essa conclusão terá mais a ver com a perspectiva do observador do que com o objecto de observação em si mesmo. O aspecto que me parece mais importante realçar, do ponto de vista do jogo portista, é o mesmo de jogos anteriores, e tem a ver com a dificuldade da equipa em criar situações de maior proximidade com o golo, independentemente do domínio territorial que consegue (ou lhe é concedido, como foi o caso). Isso já acontecera em jogos anteriores, mas desta vez houve dois factores que me parecem ter contribuído especialmente para que tudo se complicasse do ponto de vista do resultado. O primeiro...

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30.1.12

Feirense - Benfica: opinião e estatística

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- Antes de ir ao jogo propriamente dito, acho interessante comentar a situação da tabela classificativa. O Benfica tinha duas vantagens, que garantiu na primeira metade do campeonato: 2 pontos de avanço e a perspectiva de disputar em casa o jogo que se adivinha com maior potencial decisivo. Quanto à segunda vantagem, não há muito a acrescentar para além do óbvio, mas parece haver mais importância na liderança do que a mera diferença pontual. Ano após ano e de país para país parece verificar-se uma tendência para que as equipas que vão atrás tenham mais dificuldade em reagir às adversidades. Um problema de confiança, seguramente, mas todos sabemos como a confiança pode ser tudo no futebol (e o Benfica de Jesus que o diga!)....

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