30.8.08

Argentina: Ouro Albiceleste

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Pela segunda vez na história do torneio olímpico de futebol, um país conseguiu repetir o ouro em edições consecutivas. Para encontrar o outro exemplo temos de recuar até aos anos 60, década em que a Húngria repetiu o ouro em 64 e 68.
A justiça da vitória argentina em Pequim é inquestionável e não resisto a liga-la ao triunfo espanhol no Euro deste mesmo ano. É que as duas grandes competições ao nível de selecções foram dominadas por equipas com um perfil futebolístico muito próximo e que contrasta com uma tendência mais física que vem dominando as competições de clubes. Espanha e Argentina foram campeãs com uma média de estaturas baixa, quase obsessivamente concentradas num futebol de grande valorização da posse de bola e apoios muito curtos. A pergunta que fica é se esta pode ser uma tendência igualmente triunfante ao nível de clubes ou, por outro lado, se a opção apenas pode sair vencedora no futebol de selecções?

Sistema táctico e opções
Em termos de sistema táctico, o 4-2-3-1 foi a opção clara de Sergio Batista. A justificação deste sistema está na intenção de dar liberdade ofensiva aos jogadores mais criativos da Argentina, protegendo-os tacticamente com a presença do duplo pivot de meio campo defensivo.
Na baliza, Oscar Ustari (Getafe) era o titular à partida, mas a sua lesão nos quartos de final, frente à Holanda, acabou por dar a Sergio Romero (AZ Alkmaar) a oportunidade de estar presente na baliza durante a fase terminal e decisiva da prova.
Na defesa, o quarteto base era formado por Zabaleta (Espanyol) à direita, Luciano Monzon (Boca Juniors) à esquerda e Ezequiel Garay (Real Madrid) e Nicolas Pareja (Anderlecht) como centrais.
No meio campo, Fernando Gago (Real Madrid) e Javier Mascherano (Liverpool) eram os responsáveis pelo tal duplo pivot de cobertura. À sua frente, o capitão e mais experiente Riquelme (Boca Júniors). Nos flancos, à direita, o intocável Messi (Barcelona) e à esquerda a grande dúvida de Batista. Lavezzi (Napoles) foi quem começou como titular, aparecendo mais próximo da zona central e de Aguero. O andamento da competição acabou por dar a Di Maria (Benfica) a presença nos onzes dos jogos terminais. Com um perfil diferente, Di Maria esteve sempre mais próximo ao corredor esquerdo, dando mais largura ao ataque.
Na frente, Sergio Aguero (Atlético Madrid) foi a escolha permanente.

Como defende?
Em organização defensiva a equipa apresentou-se sempre com um bloco médio mas tentava criar uma pressão que colocasse problemas à primeira fase de construção adversária. Mesmo não sendo particularmente agressiva em todo o campo, esta pressão foi responsável, por exemplo, pelas dificuldades impostas ao criativo meio campo brasileiro, destacando-se a qualidade do papel desempenhado pelos dois jogadores mais defensivos do meio campo, Gago e Mascherano.
Em transição defensiva a pressão era sempre possível ser feita sem grandes riscos. Isto porque não existia uma participação particularmente ofensiva dos laterais nem um grande aventureirismo dos médios defensivos. Isto fazia com que a equipa se mantivesse sempre equilibrada, podendo pressionar mesmo no momento da perda de bola, sem que isso significasse um grande risco para a sua rectaguarda.
Outros aspectos a salientar são a eficácia da dupla defensiva, particularmente na final onde Odemwingie foi muito eficazmente anulado por Pareja e Garay, e alguma dificuldade em lidar com alguns momentos de maior velocidade por parte dos adversários.

Como ataca?
A organização de jogo fez-se sempre pelos dois médios defensivos que, calmamente, iam pautando o jogo e buscando linhas de passe que pudessem dar inicio à progressão da equipa. Depois apareciam os movimentos interiores de Messi e Lavezzi (numa primeira fase) que, com Aguero e Riquelme conseguiam progredir em sucessivos apoios curtos que iam furando o meio campo contrário. Esta foi imagem de marca da Argentina. Uma progressão em apoios curtos pela zona central que colocava em alvoroço as defesas contrárias. Aqui, destaque para a qualidade invulgar de Messi e para o efeito Di Maria. O extremo, ao aparecer mais aberto, surgiu muitas vezes como factor surpresa no momento em que as defesas fechavam para tentar impedir a tal progressão em apoio.
Em transição, a Argentina também conseguiu naturais desequilíbrios. A velocidade de Messi, Aguero e Di Maria e a qualidade de passe de quase todos os jogadores – Riquelme em particular – davam à equipa essa possibilidade de solicitar mortalmente a profundidade, ainda que o instinto colectivo, esse, fosse sempre conduzir o jogo para uma nova fase mais pensada e apoiada. Nota para o golo que definiu a final. Uma recuperação de bola com Messi a solicitar rápida e eficazmente a profundidade de Di Maria, que tirou partido do mau posicionamento da jovem defensiva Nigeriana.

Treinador
Sergio Batista – Para nos lembrarmos dele é melhor recorrer a uma imagem diferente da que actualmente ostenta. Ele era aquele jogador barbudo e agressivo que parecia o guarda costas de Maradona nos mundiais de 86 e 90. Depois de terminada a carreira de jogador, às portas do novo milênio, Batista iniciou-se como técnico principal. O seu trajecto, diga-se, não foi deslumbrante, passando por clubes de segundo nível do futebol argentino antes de ter esta oportunidade de treinar os sub-20 “albicelestes”. Este é, por isso, o grande feito da sua carreira enquanto treinador.

5 estrelas
Ezequiel Garay (Defesa central, 21 anos)
– A sua última época não foi muito cintilante devido às lesões que o impediram de dar continuidade ao impressionante trabalho que realizara no Racing Santander. O Real, no entanto, não se conteve e assegurou o central fazendo desta uma contratação para ter efeitos no médio prazo. Garay teve, ao lado de Pareja, um papel fundamental na carreira argentina. Apesar de não o ter mostrado em Pequim, Garay é dos centrais com mais capacidade goleadora do futebol actual (mesmo tendo em conta que foi marcador de pênaltis no Santander).

Fernando Gago (Médio Central, 22 anos) – Formou com Mascherano a dupla que alicerçou a vitória argentina na competição. Gago, em relação ao seu companheiro de posição, foi sempre mais participativo e arrojado na condução do jogo mantendo-se, defensivamente, sempre bem posicionado e agressivo na pressão. Nestas ocasiões fica bem destacar um herói “invisível” (mesmo que quase sempre este seja visível para toda a gente!) para as conquistas colectivas. Gago seria, neste caso, o homem para ficar com esse popular estatuto.

Juan Riquelme (Médio ofensivo, 30 anos) – Riquelme mostrou, na mesma competição, porque é que é tão adorado por uns (adeptos) e ignorado por outros (treinadores). Com espaço recebe, vira-se e passa, ou bem ou... ainda melhor. Quando o jogo se fecha no meio campo, a sua pouca amplitude de acção acaba por torná-lo numa vitima da zona pressionante que caracteriza o futebol moderno, impedindo-o de se virar para o jogo cada vez que recebe a bola. O seu futebol não se torna inútil mas de uma utilidade seguramente pouco frequente. Ainda assim é sempre um prazer ver a bola nos seus pés!

Lionel Messi (Extremo, 21 anos) – Nesta equipa argentina não faltavam grandes jogadores. Nenhum, no entanto, se compara a Messi. Por muito talentosa que seja a argentina é, para mim, impossível não traçar uma enorme diferença entre o pequeno gênio do Barcelona e os seus companheiros (ou adversários, diga-se!). As suas diagonais para o meio foram a referência do jogo ofensivo da equipa e ele sempre correspondeu a essa responsabilidade com uma qualidade excepcional em todos os jogos.

Sergio Aguero (Avançado, 20 anos) – Foi, na minha opinião, a grande vitima do sistema adoptado por Batista. Jogar como única referência na frente não me parece ser a melhor das soluções para um jogador que ganha tanto quando lhe é dada mobilidade. A sua qualidade é, no entanto, demasiada para que fique refém destas questões tácticas e acabou por ser uma das estrelas da conquista. O seu futuro se encarregará de esclarecer o nível e perfil com que se afirmará...

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Dois aperitivos...

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29.8.08

Sortes Champions

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Grupo Porto – Favoritismo mesmo com sorteio pouco favorável
Arsenal
– não me parece tão positivo quanto, por exemplo, Lyon ou mesmo o Liverpool (mais propenso a tropeções na fase de grupos), entre os “tubarões” do pote 1 será um adversário que não fecha completamente a hipótese de discutir o primeiro lugar. Um dado importante e positivo neste sorteio é a repetição do Porto – Arsenal a fechar o grupo, tal como há 2 épocas. Se os Gunners fizerem o seu papel, deverão chegar a esse momento qualificados e essa pode ser uma vantagem decisiva no caso do Porto precisar do resultado.

Fenerbahce – Os turcos não têm sido clientes muito regulares de um Porto que já experimentou quase tudo nos últimos anos da Champions. Teme-se o seu factor casa, pelas viagens e pelo ambiente mas a experiência do Besiktas retira algum do pessimismo em relação a esses condicionalismos. Este Fenerbahce é, no entanto, diferente do seu rival. Em termos de individualidades é uma equipa com outra experiência e potencial. Muitos internacionais turcos como o guarda redes Volkan Demirel, Kazim Kazim, Boral, Emre (contratado ao Newcastle) e Senturk, a que se junta uma lista de notáveis injecções de qualidade vindas do estrangeiro: Lugano, Roberto Carlos, Edu Dracena, Alex, Deivid, Guiza (ex-Maiorca), Maldonado (ex-Santos) e Josico (ex-Villareal). No que respeita a individualidades nota ainda para a perda de Kezman e, mais importante, Mehmet Aurelio.
Há outro nome que naturalmente importa referir no Fenerbahce e que impossibilita fazer uma grande previsão sobre o real valor desta equipa em 08/09:Luis Aragonês. A chegada do treinador campeão europeu em título significa um corte com o que Zico vinha fazendo e, forçosamente, alguma incerteza em torno desta equipa. Para já a derrota por 1-0 na primeira jornada do campeonato pode ser um bom indicio para os portistas que, jogando com os turcos logo a abrir, podem tirar partido deste aparente arranque menos fulgurante de Aragonês.

Dinamo Kiev – A prestação do ano passado pode ser muito enganadora. Este Dinamo entrou muito forte nesta temporada prometendo um cenário diferente daquele vivido em 07/08. Uma equipa que tem nos avançados Milevsky e Bangoura as principais figuras tem em Yuri Semin um treinador que parece ter reencontrado o caminho do sucesso após a sua chegada no final de 2007. A equipa não lidera a prova doméstica, tendo já perdido um e empatado outro jogo, mas leva já 7 pontos de avanço sobre o campeão e habitual rival Shaktar. Outro indicio da capacidade deste Dinamo é a forma dominadora como afastou o Spartak de Moscovo, com vitórias em ambos os jogos.
Por tudo isto, a duplo embate com os ucranianos na viragem de Outubro para Novembro será, seguramente, decisivo para ambos os emblemas num grupo cujo equilíbrio exigirá ao Porto algum cuidado.

Grupo Sporting – Oportunidade histórica para a qualificação
Barcelona – Será mais um gigante que o Sporting terá a honra de defrontar nesta sua terceira presença consecutiva na Liga Milionária. Um Barça novo, sem Ronaldinho nem Deco mas com Messi e um enorme talento. Futebol ofensivo, com muita qualidade e posse de bola e... um apuramento quase certo. Jogar no Camp Nau a abrir não será o mais favorável dos sorteios já que a derrota é o mais provável dos desfechos e um atraso pontual pode aumentar a pressão sobre os “leões” que, desta vez, não pensarão em “segundos objectivos”.

Basiléia – Era, entre os possíveis adversários do pote 3, um dos mais acessíveis e, claro, também mais conhecidos. Cabe agora ao Sporting cumprir o seu papel. Para começar é imperial vencer em Alvalade à segunda jornada e, depois, a necessidade de vencer, ou não, em Basiléia será bem clara já que esse será o derradeiro embate nesta fase de grupos. 6 pontos são, evidentemente, possíveis.

Shakhtar – Ao contrário do Dinamo, o Shaktar aparece em fase descendente nesta temporada. A qualidade está lá, com nomes como Jádson, Djuliaj, Fernandinho, Brandão, Luiz Adriano, Marcelo Moreno, Willian e Darjo Srna a serem um complemento de luxo de um plantel que tem uma grande representatividade entre os eleitos da selecção ucraniana. O treinador também é o mesmo, o “velho” Mircea Lucescu, no cargo desde 2002. A época, no entanto, não poderia ter começado pior. À sexta jornada a equipa apenas venceu 1 jogo o que, pode dizer-se, condiciona desde já muito as aspirações do título.
De qualquer forma este será o adversário que mais previsivelmente rivalizará com o Sporting para a qualificação. O duplo confronto na viragem de Outubro para Novembro (que coincide com o do FC Porto contra o Dinamo) será, seguramente, decisivo num grupo que representa uma oportunidade histórica para o Sporting chegar pela primeira vez aos oitavos de final da Champions.

Outros Grupos
Já sabia que que os grupos de Fiorentina e Atlético de Madrid iriam ser, potencialmente, os mais interessantes. Liverpool, PSV, Marselha e Atlético Madrid no grupo D promete não facilitar a tarefa a um Liverpool que quase ficou de fora frente ao Standard. De resto nota para os duelos entre Juventus e Real Madrid, Chelsea e Roma e, por motivos não só futebolísticos, Panathinaikos e Anorthosis Famagusta.

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Zoom Suazo

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28.8.08

Basileia - Guimarães: sem estaleca nem fortuna

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A fase final do jogo acaba por atrair para si todas as atenções do rescaldo do jogo. Não desvalorizando a importância desses acontecimentos, diria que para os responsáveis Vimaranenses será bem mais importante reflectir sobre o que aconteceu nos 87 minutos anteriores porque, realmente, essa é a única coisa que adiantará para o futuro de uma época que ainda agora está a começar.
Já tinha referido o meu desencanto com este inicio de época vitoriano e, por isso, não esperava uma exibição por aí além em Basiléia. O que aconteceu, no entanto, conseguiu ir para além das minhas piores expectativas... Mas vamos por partes...

1ªParte
Até nem começou muito mal o jogo. Depois de uns indícios de nervosismo, o Guimarães colocou a nu as deficiências defensivas do Basiléia, chegando com perigo à baliza contrária por 2 vezes nos primeiros 10 minutos. Tudo se complicou, curiosamente, depois dos 2 golos que, num ápice, colocaram o jogo num empate a 1 favorável ao Guimarães. A partir daí, o nervosismo das primeiras jogadas deixou de ser apenas um indicio para dominar inexplicavelmente o comportamento dos jogadores vitorianos, fazendo passar uma imagem de uma equipa sem estaleca para aquilo que estava a jogar. Mau controlo das primeiras bolas aéreas, precipitação na abordagem aos lances e, sobretudo, uma péssima gestão da posse de bola fizeram da última meia hora do primeiro tempo um jogo de sentido único e em que, honestamente, o Vitória se deve considerar muito feliz por ter escapado sem sofrer golos.

2ªParte
As coisas melhorar e o Vitória serenou defensivamente. Ainda assim, a sua gestão da posse de bola manteve-se pouco lúcida, precipitando-se quase sempre na tentativa de dar profundidade às transições o que fez perder muitas bolas que poderiam e deveriam ter servido para fazer correr o tempo, os suiços e, claro, a sua paciência. Foi numa perda do controlo da zona central (Meireles ficou a pressionar alto e não houve compensação na sua zona o que expôs os centrais) que o Vitória foi, finalmente, penalizado. A partir daí assistiu-se àquilo que Quinito chamava de “colocar a carne toda no assador”. Foi o que Cajuda fez. Em desvantagem, lançou avançados mesmo que isso não fizesse sentido por perder pontos de apoio no meio campo que possibilitassem à equipa fazer a bola chegar à área contrária. Assim, em 20 minutos, o Vitória levou muito pouco perigo à baliza de um Basiléia que, como se percebeu no tal lance polémico, era bem vulnerável defensivamente...

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Notas do Real Madrid - Sporting

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- A primeira parte terá sido assim uma espécie de continuação da supertaça espanhola: inexplicável! 5-1 com períodos de domínio repartido e um jogo jogado perto das áreas. A diferença esteve, claro, na qualidade algo que já se sabia existir em abundância em Madrid e que deveria ter merecido outra atitude dos defensores verde e brancos.

- Embora isso não tenha sido muito salientado – sobretudo durante a transmissão do jogo – a primeira parte não teve só experiências individuais. Paulo Bente testou o 4-4-2 clássico e se é verdade que a hecatombe não pode ser explicada apenas por essa opção táctica, também não se pode negar o falhanço dessa opção na primeira parte. Parece-me, particularmente, que esta solução táctica deve coincidir com uma maior preocupação em manter o bloco compacto e isso não aconteceu naquele primeiro tempo.

- O segundo tempo foi, em tudo, diferente e o Sporting evitou uma presença embaraçosa no livro de registos do torneio. 5-3 é um resultado invulgar pelos números mas não tem o peso negativo que aqueles 5-1 ao intervalo chegaram a prometer. Ainda assim esse primeiro tempo deixou uma imagem francamente negativa e, acredito, pouco verdadeira daquilo que vale este Sporting.


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27.8.08

Shevchenko confirma o "Campeão do defeso"

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Ao inicio já se suspeitava que este “título” fosse para San Siro, mas a ideia era que as cores fossem azuis e negras. Drogba, Deco, Lampard, Quaresma e outros foram falados como hipótese para o Inter desde o momento em que se começou a perceber quem seria o novo comandante do emblema de Milão. Mourinho disse e cumpriu. Reforços foram poucos e, até ver, nenhum dos nomes inicialmente falados (sobra Quaresma cujo destino se conhecerá, finalmente, esta semana). Na mesma cidade e no mesmo estádio foi apresentado, como uma verdadeira super-estrela, Ronaldinho. Os “rossoneri” juntaram Flamini do Arsenal, Zambrotta do Barcelona, para além dos regressos de Marco Borriello, Antonini e Christian Abbiati ou dos menos mediáticos casos dos jovens uruguaios Mathias Cardacio e Tabaré Viudez. Como se não bastasse, na recta final do defeso juntaram-se Philippe Senderos do Arsenal e o ambicionado regresso de Andiy Shevchenko. O Milan é, com a dupla Shevchenko-Ronaldinho à cabeça, claramente, o vencedor do virtual título de campeão do defeso!

O “bom problema” de Ancelotti
“Bom problema” é a designação que vulgarmente vemos repetida para classificar a redundância de qualidade nos planteis, ainda que não faltem exemplos de problemas do mesmo género que não resultaram em nada de “bom” (lembram-se de Henry há um ano?). No caso concreto, a abundância é grande para quase todas as posições. Vejamos alguns nomes (mais sonantes) à disposição de Ancelotti tendo em conta as posições no habitual 4-3-2-1 de Ancelotti:

Guarda Redes(1 lugar): Dida, Abbiati e Kalac
Laterais(2 lugares): Zambrotta, Jankulovski, Oddo, Kaladze
Centrais(2 lugares): Nesta, Maldini, Kaladze, Bonera, Senderos
Médios defesivos(3 lugares): Pirlo, Emerson, Ambrosini, Flamini, Brochi, Gattuso
Médios ofensivos (2 lugares): Kaka, Ronaldinho, Seedorf
Avançado (1 lugar): Pato, Inzaghi, Shevchenko, Borrielo

Se as soluções de qualidade estão presentes em todas as posições do sistema, a chegada de Shevchenko abre a possibilidade de haver alguma revisão no sistema base de Ancelotti. Para já, com a presença de Ronaldinho na China e o ingresso tardio de Shevchenko as pistas sobre como será este “novo” Milan são ainda poucas, mas não há dúvida que em Milão reside grande parte do interesse deste inicio de época...


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A estratégia da "caça ao frango"!

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A última deslocação do Grémio foi particularmente sofrida. Um empate resgatado praticamente no último lance do jogo acabou por ter, até, um sabor positivo para o líder do campeonato. Na busca por um resultado positivo houve um pormenor invulgar que não escapou a quem assistia ao jogo. A certa altura do segundo tempo Celso Roth, o treinador do Grémio, pediu aos seus jogadores para rematar a todo o custo com o objectivo de tirar partido da intranquilidade do jovem David, entrado com o decorrer do jogo.


Quando se vê as imagens do jogo, fica fácil perceber o porquê desta "caça ao frango"!


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26.8.08

Destaques do fim de semana

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-- Portugal --
- Em matéria de golos, por cá, para além do que se viu e reviu nos jogos dos grandes, a primeira jornada fica marcada pelos dois pontapés de Bruno Amaro (primeiro, segundo).

-- Inglaterra --
- Deco está a tornar-se na contratação do ano. Grande livre a decidir (0-1) logo na abertura do jogo de Wigan.
- O Liverpool, desta vez, escapou com um golpe heróico de Gerrard para completar uma já improvável reviravolta frente ao Middlesbrough.
- Entre os candidatos, caiu o Arsenal, 1-0 no derby de Fulham.
- Duas notas importantes. Vitória do estreante Stokes (3-2 com o Aston Villa) e a continuação do fiasco inicial do Tottenham de Juande Ramos, após tanto investimento (1-2 com o Sunderland). Há um ano era Martin Jol...

-- Espanha --
- Estranho e histórico. O Real ganhou 4-2 ao Valência e levou a Supertaça. 3 golos foram... com 9! Para a galeria fica o golo de De la Red.

-- Itália --
- Mourinho ganhou após penaltis (2-2), mas o golo que ficou na retina foi o de De Rossi.
- Na Taça o Palermo foi escandalosamente batido em casa pelo Ravenna do terceiro escalão.

-- França --
- O Marselha confirma o prometedor inicio com mais um golo de Zenden (0-1 em Le Havre).
- Destaque para os golos de Sessegnon (a garantir o empate a 1 em Sochaux) e Helstad (1-0 do Le Mans sobre o St.Etienne).

-- Alemanha --
- O Bayern somou novo empate (1-1 em Dortmund) e vale a pena ver o golo de Kuba para o Borussia.
-- Brasil --
- O líder Grémio resgatou o empate frente ao Naútico na última jogada.
- O São Paulo foi empatar a 2 ao sensacional Coritiba. Atenção ao jovem Keirrison do “Coxa”. Não para de marcar golos!
- Dois golos a merecer destaque. Nilmar para o Inter na falha de Bruno (1-1 com o Flamengo) e, na segunda divisão, um guarda redes aproveitou a sonolência do seu colega do outro lado do campo para inscrever o nome (Eduardo Martini do Avai) na lista de goleadores.
-- Argentina --
- O Boca perdeu Palermo por lesão mas virou o jogo contra o Lanus (2-1) e tirou partido da derrota do River frente ao Banfield (2-1).
- O jogo da semana aconteceu no derby escaldante entre Independiente e Racing (1-1). Reparem quem está na origem do primeiro golo...
- Grande golo de Gimenez para o Tigre.
-- Outros --
- Di Maria, claro.
- Kravchenko (Vorskla Poltava) derrotou brilhantemente um irreconhecível Shakhtar na Ucrânia.
- O Basiléia voltou a aplicar “chapa 4” e Carlitos a ser decisivo.
- Na Rússia, Kerzakhov até marcou mas o seu falhanço foi o que ficou na retina no empate a 1 entre Spartak e Dinamo de Moscovo.
- Na Turquia, vale a pena ver os golos de Inan (Trabzonspor) e de Tabata (Gazientespor) que derrotou o Fenerbahce.

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25.8.08

Rio Ave - Benfica: Preocupante!

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- Dos jogos dos 3 grandes era o que mais curiosidade me gerava. A razão prende-se, não só com o facto de ser a única deslocação de um grande na estreia, mas sobretudo pelo facto do Benfica não ter tido ainda nenhum jogo oficial, sobrando esse importante teste para o trabalho de pré temporada. O resultado, esse, é mais negativo do que o 0-0 de Vila do Conde.

- Como ponto prévio importa abordar o Rio Ave. João Eusébio apresentou uma proposta de jogo simples e modesta. Sem bola, bloco baixo, com 2 jogadores nos espaços entre linhas e um outro na frente, isolado entre os centrais do Benfica. Com bola, uma abordagem muito directa, à espera de, numa segunda bola, poder começar a construir já perto da baliza do Benfica. Não foi brilhante mas, em boa verdade, não se podia pedir muito mais. É que este elenco do Rio Ave não é mais forte do que muitos que compõem a Liga Vitalis.

- Perante esta proposta de jogo do Rio Ave, o Benfica foi obrigado a ter bola, tornando a organização ofensiva como o único momento em que era possível desequilíbrar (exceptuando, claro, as bolas paradas). O que se viu foi a continuidade das dificuldades que já havia apontado na pré época à construção encarnada. Sem ideias colectivas que possam embaraçar realmente o adversário, o Benfica foi trocando bola, de flanco para flanco, mas nunca mostrando capacidade para entrar na área e criando perigo, de bola corrida, apenas de meia distância. Nesses primeiros 45 minutos as ocasiões que se viram resultaram do mau controlo que a zona (mais uma!) do Rio Ave conseguia garantir na defesa dos seus pontapés de canto. Carlos Martins, Luisão e Yebda criaram perigo na sequência desse tipo de lances em que o Benfica se mostrou realmente perigoso.

- No segundo tempo uma substituição que deixou claro que a alternativa para Aimar é jogar... à esquerda. 10 minutos sem grandes novidades até ao golo do Rio Ave. Este terá sido, por paradoxal que pareça, até um bom momento para o Benfica. A equipa de Vila do Conde pareceu ficar desconcentrada com a, talvez inesperada, vantagem. Uma desconcentração deu, de imediato, oportunidade a Nuno Gomes para empatar e, a partir daí, o jogo tornou-se mais aberto com o Benfica a ter ascendente. Viu-se um jogo mais flanqueado com muitos cruzamentos e uma equipa mais capaz de chegar com maior facilidade à área contrária, mas faltaram-lhe sempre ideias que, realmente, pudessem provocar um assalto mais sério à vitória. A excepção foi a ocasião de Aimar ao cair do pano.

- A conclusão é, de facto, preocupante. Os campeonatos não se ganham nem perdem na primeira jornada mas o que se viu não é suficiente para se poder sonhar sequer com o título. Colectivamente o Benfica tem muito por onde melhorar e não será, simplesmente, a introdução de 2 ou 3 individualidades que irá solucionar o problema. Nesta equipa do Benfica ficam-me há 2 coisas que me causam alguma impressão. A primeira tem a ver com o meio campo. Com tanto investimento, como é que não se procura uma solução de mais qualidade para o exigente e importante lugar de Yebda? Depois de ter insistido num investimento tão importante em Aimar, o Benfica não tem no seu modelo de jogo a menor preocupação de potenciar as características do jogador (apesar de tudo à esquerda é muito melhor do que avançado). Aliás, esta parece ser (para já) uma característica deste modelo, sem movimentos que tirem o melhor dos seus jogadores.

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Porto - Belenenses: O valor de saber pressionar

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-À primeira jornada já dá para sentir saudades do Belenenses dos últimos anos. Ao contrário desse, este Belenenses nunca chegou verdadeiramente para um Porto, também ele não no seu melhor. Com um meio campo em losango e uma equipa muito curta e preocupada em ser agressiva, Casimiro Mior apresentou uma equipa com muitas novidades e que não percebeu que, para fazer verdadeiramente face ao Porto, não basta montar uma estratégia defensiva rigorosa...

- O Porto sentiu dificuldades nos primeiros minutos e pode dizer-se, até, que foi feliz pela desconcentração do primeiro minuto e por ter chegado à vantagem no primeiro lance de verdadeiro perigo. Mas, a verdade é que de sorte esta vitória não tem nada. A forma como o Porto pressiona é fantástica e chega, normalmente, para resolver a maioria dos jogos em casa. O Belenenses encontrou nas suas próprias saídas com bola o obstáculo para fazer algo de positivo no Dragão. Em transição e através de roubos de bola surgiram, o golo e mais três (primeira, segunda e terceira) óptimas ocasiões de Lisandro. O Porto não marcou e manteve o Belenenses no jogo. Apesar da justiça inequívoca da vitória chegou a sentir-se no Dragão alguma insegurança no segundo tempo. Algo muito pouco visto nos últimos tempos.

- Importante é também falar dos problemas que Jesualdo trazia da Supertaça. Na direita continua a perceber-se a diferença enorme entre Sapunaru e Bosingwa e, no meio, o “professor” procurou nova solução. Meireles a 6 e Tomás Costa no meio campo é agora a vertente sobre análise. Já o disse e mantenho a ideia, tirar Meireles do lado de Lucho é, também, uma perda. De qualquer forma estranhei o facto de Tomas Costa não ter sido mais vezes testado entre os titulares e nesta posição (que me parece a mais adequada dentro do modelo principal) durante a pré temporada. Para já é cedo para grandes conclusões.

- O final do jogo ficou marcado pela bomba de Hulk. Não é difícil ver o potencial que tem o jogador pelas características que apresenta. Para ser um caso verdadeiramente sério, é preciso trabalhar alguma ansiedade e menor clarividência que demonstrou na forma como gere as suas posses de bola. É um trabalho para Jesualdo e do qual pode tirar muitos frutos se o conseguir realizar.

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Sporting - Trofense: Aversão à tranquilidade

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- O Trofense traz um elenco de respeito que merece alguma atenção e, há que dizê-lo, exigência. Na estreia em Alvalade previa-se um jogo muito complicado mas era escusado errar tanto em tão pouco tempo... 3-0 à meio hora não é, em nenhuma circunstância, um resultado aceitável.

-Nota para o lance do primeiro golo. A discussão das bolas paradas da Selecção parece ter trazido efeitos para o campeonato. Mais equipas aparecem a defender zona (como se isso fosse adiantar o que seja) e o resultado desta viragem “forçada” de moda são golos como o de Tonel. Uma zona mal definida e perda de referências individuais muito relevantes naquela situação dá no que deu...

- No Sporting o “problema” de integração de Rochemback parece, definitivamente, estar a ser bem resolvido. O meio campo aparece muito dinâmico com Rochemback e Moutinho a permutarem numa presença mais posicional em cada jogada e com Izmailov a voltar a revelar-se como um óptimo complemento deste duo para as acções defensivas. É uma dinâmica diferente em que, diria, o 6 não faz sempre de 6, e que, embora a oposição não fosse a mais exigente, oferece maior mobilidade e imprevisibilidade à fase ofensiva.

- Ao ponto anterior falta, no entanto, juntar um elemento para que a conclusão seja verdadeiramente positiva: Miguel Veloso. Se for Romagnoli a sair, falta saber se o Sporting vai conseguir substituir o efeito das movimentações do argentino na sua segunda fase ofensiva. O lance do terceiro golo é um exemplo da espontaneidade e qualidade com que Romagnoli aparece a desequilibrar sobre as alas.

- O jogo só não foi um passeio para o Sporting por causa do polémico lance do penalti. A jogada aparece na sequência de uma outra muito bem conseguida pelo Sporting na área contrária. O resultado foi uma transição que deveria ter sido resolvida pelo Sporting já que tinha superioridade numérica. O mérito vai para o excelente passe de Ricardo Nascimento (é bom ver jogadores assim no campeonato) e o demérito, claro, para Polga. O central brasileiro não conseguiu controlar o espaço nem o fora de jogo, expondo assim a sua dificuldade em recuperar defensivamente. Esses são, no entanto, erros menores quando comparados com a displicência de quem arrisca um corte sem grandes hipóteses de sucesso num jogo com 3-0 no placar...

- Finalmente, depois do 3-1, viu-se um pouco do que pode ser o Trofense. Mais pressionante, com boa capacidade de posse de bola e com atitude. Não se pode dizer que tenham feito o Sporting perder o controlo do jogo, mas o golo até poderia ter surgido e, se assim acontece, o final teria sido bem mais nervoso em Alvalade.

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22.8.08

Nigéria - Ataque Olímpico

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Uma viagem temporal até ao já longínquo ano de 1996 leva-nos a Atlanta e a uma equipa que dava ao mundo um segundo e ainda mais forte sinal de se poder converter na nova potência do futebol Mundial. Depois de, 2 anos antes no mesmo país, a Nigéria ter feito sensação no Mundial de 94, em 96 confirmava-se como uma nação potencialmente vencedora, triunfando no torneio olímpico e com essa nota que não pode ser menosprezada... bateu o Brasil e a Argentina. 12 anos mais tarde a Nigéria repete a final Olímpica, de novo com a Argentina (batida por 3-2 nessa em 96) e, tal como nessa altura, o sucesso da equipa emerge pela força de um sector: o ataque.

Sistema táctico e opções
Definir numericamente o sistema desta Nigéria é algo que me parece susceptível de uma interpretação dupla. Se, por um lado, a disposição base se aproxima do 4-2-3-1, na prática, o 3 de meio campo é muito mais um trio de atacantes do que qualquer outra coisa. Por isso, falar-se num 4-2-4 pode ser bastante mais de acordo com aquilo que acontece com esta Nigéria, ainda que não exista uma linha de 4 homens no ataque.

No que respeita a opções, não parecem haver muitas dúvidas na cabeça do treinador Siasia. Na baliza o lugar é de Vanzekin, um guarda redes tipicamente africano, capaz de parar o coração dos adeptos com intervenções desastrosas ou com defesas estonteantes (uma das melhores do torneio perante a Bélgica). Vanzekin tem 22 anos e alinha no campeonato Nigeriano. Na defesa, o quarteto formado por Adefemi (22 anos do Hapoel de Israel), Apam (21 anos do Nice de França), Adeleye (19 anos do Sparta de Roterdão da Holanda) e Okonkwo (19 anos do Bayelsa da Nigéria) é aquele que merece as preferências do treinador. No meio campo, Ajilore (23 anos do Groningen da Holanda) e Kaita (22 anos do Sparta de Roterdão da Holanda) fazem uma dupla também praticamente intocável. Mas é na frente que surgem as dúvidas de Siasia. A qualidade dos avançados fez com que o treinador optasse por algumas adaptações no seu quarteto na frente e embora Isaac (20 anos do Trabzonspor da Turquia) tivesse começado por actuar nas costas de Odemwingie (27 anos do Lokomotiv de Moscovo), esse lugar foi conquistado por Obasi (22 anos do Hoffenheim da Alemanha). Nas alas actuam Obinna (21 anos do Chievo) e Okoronkwo (21 anos do Hertha Berlim). Uma solução recorrente durante as partidas é Anichebe (20 anos do Everton) que quando é utilizado faz com que Odemwingie se posicione numa das alas.

Como defende?
Em organização defensiva a Nigéria adopta normalmente uma postura não muito recuada no campo, com a sua linha de pressão a incomodar a primeira fase de construção adversária. Este comportamento não é, no entanto, constante. Em situações de vantagem no marcador a equipa baixa mais o seu bloco e junta Obasi aos 2 do meio campo em atitude defensiva.

A transição defensiva não cria muitos problemas em termos de equilíbrios defensivos. O facto dos laterais subirem pouco e Kaita ter uma postura muito posicional faz com que raramente seja necessário grandes recuperações posicionais. Assim, no momento da perda de bola, assiste-se a uma pressão normalmente imediata do quarteto ofensivo mas sem um acompanhamento da restante equipa que recupera posicionalmente não para pressionar mas para abordar entrar em organização defensiva.
Como ataca?
Não é em organização ofensiva que a Nigéria se apresenta mais forte. O futebol não é muito trabalhado e a ordem é sempre fazer a bola chegar ao quarteto ofensivo. Aqui, 2 soluções aparecem. Ou a bola circula pelas alas para entrar em Obinna ou Okoronkwo ou é solicitada directamente para Odenwingie. O papel deste jogador é, de resto, muito importante, com a equipa a recorrer a ele em quase todos os ataques. Nota aqui para a sua tendência em aparecer preferencialmente sobre a esquerda onde as combinações com Obinna são temíveis. Outra referência importante vai para a dinâmica do duo de meio campo. Enquanto que Kaita permanece invariavelmente posicional, Ajilore avança para dar apoio ao quarteto da frente.

Mas para perceber o sucesso das “Águias” é preciso falar do seu momento de transição. É impressionante a velocidade que consegue imprimir no jogo sempre que a bola chega rapidamente ao quarteto ofensivo. Em alguns jogos, pode dizer-se, os cantos que os adversários desfrutaram eram mais vezes sinal de perigo para a própria baliza do que o contrário, tal a capacidade da Nigéria em levar rapidamente a bola até ao outro lado do campo. Aqui referência especial para Obinna que tem uma capacidade de explosão excepcional.

Treinador
Samson Siasia – Com 41 anos este ex-avançado do Tirsense e campeão de França em 1995 tem um currículo notável nos escalões jovens da Nigéria. Este trabalho terá tido inicio na equipa de sub 20 que, em 2005, se sagrou vice campeã Mundial e campeã Africana do seu escalão. É provável que, tal como os jogadores, a carreira de Siasia beneficie desta brilhante prova Olímpica.

5 estrelas
Dele Adeleye (19 anos, defesa central) – Ao contrário de Apam, que não é muito alto, Adeleye mede quase 1,90m o que faz dele uma presença particularmente importante no centro da defesa. É dos mais novos da equipa mas, apesar dessa juventude, já conseguiu, ao contrário de muitos companheiros, um lugar regular no seu clube. A premier league já foi apontada como destino provável do jogador.

Oluwafemi Ajilore (23 anos, médio centro) – Comparativamente com Kaita tem uma função de maior exigência, cabendo-lhe surgir junto dos da frente nas acções ofensivas devendo depois fechar a zona central. Esta dinâmica tem uma importância muito grande na mecânica da equipa e Aljilore tem cumprido bem. Depois de se ter afirmado no Midtyland da Dinamarca vai ter agora um importante desafio no Groningen.

Edu Obasi (22 anos, avançado) – É outro que tem um papel importante. Em acção ofensiva confunde-se com Odenwingie como referências centrais do jogo nigeriano. Defensivamente, deve baixar para junto do meio campo, particularmente quando a equipa está numa postura mais resguardada. Tem apetência para marcar golos importantes e terá marcado o mais belo do torneio com um míssil frente à Bélgica. Foi parceiro de Obi Mikel na aventura Norueguesa, no Lyn de Oslo mas Obasi acabou por rumar a paragens mais modestas, no Hoffenheim da segunda divisão alemã. Em 07/08 acabou por essencial para a promoção da equipa à Bundesliga (marcou 12 golos) e agora não deverão faltar interessados no seu concurso.

Victor Obinna (21 anos, avançado) – É, sem dúvida, uma das figuras da prova. Explosivo e letal tem feito furor na prova apesar da sua colocação à esquerda. É um avançado de enorme potencial que já havia despontado no Chievo ao ponto de ter estado próximo de rumar ao Inter. Vale a pena acompanhar a sua evolução.

Peter Odemwingie (27 anos, avançado) – É, a par de Obinna, o grande destaque da equipa. Pode jogar em qualquer parte do ataque, sendo forte no jogo aéreo e explosivo em velocidade. A sua qualidade é de facto grande e muito abrangente. Ao vê-lo não posso deixar de lamentar ter rumado a leste quando a sua afirmação no Lille aconselhava um salto mas para uma paragem mais visível. Os milhões da Rússia falaram mais alto e Odemwingie terá perdido a oportunidade de se afirmar num campeonato mais mediático e competitivo.

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21.8.08

Destaques da semana...

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-- Internacionais –
- Dos 2 jogos de Portugal destaco a invulgar cabeçada de Simão nos 5-0, e a finalização de Hélder Barbosa à beira do intervalo, no preocupante ensaio dos sub21 frente à Rep.Checa (2-3).
- Ainda nos sub21, nota para o difícil autogolo de peito que determinou o feito da Moldavia (1-0) contra a Alemanha.
- Para quem gosta de saídas em falso, vale a pena ver Kiely em acção no Irlanda Noruega (1-1).
- Mais uma jornada pouco auspiciosa para a Inglaterra (2-2 com a Rep.Checa)
- A estreia embaraçosa de Lippi pela Itália (2-2 com a Áustria).
- A reedição do empolgante Russia-Holanda do Euro2008, com um empate a 1 e um belo golo de Van Persie.
- A Espanha não perdeu o ritmo. 0-3 à Dinamarca, com o mesmo futebol bem trabalhado e os mesmos protagonistas. Grande golo de Xavi após série de passes e, no primeiro, fantástico trabalho do jogador Europeu do momento (digo eu...), Fernando Torres.
- Mas o jogo que fez as delícias do dia aconteceu entre Suécia e França (2-3). Larsson e Henry, escolha-se o melhor...


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20.8.08

As revoluções de Queiroz

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Desde que foi anunciada a convocatória para o jogo inaugural da nova era Queiroz que se tem falado e comentado sobre uma revolução pós-Scolari. Francamente, desvalorizo muito esta convocatória e, realmente, duvido muito de grandes mudanças nas primeiras opções do novo seleccionador para além, claro, daquelas a que o tempo obriga – não estou nada a ver Queiroz protagonizar novas versões dos casos Baía ou João Pinto, fazendo o mesmo tipo de finca-pé de Scolari.

Se não creio ter sido pela convocatória penso que a evidência das mudanças, que inevitavelmente atingirão a Selecção neste novo ciclo, terão chegado, de forma bem mais relevante, com as primeiras declarações de Queiroz. Sublinho 2 frases:

“A Selecção não é uma casa com lugares marcados” – Se não se estava a referir à forma como Scolari geria o seu grupo, Queiroz foi imprudente nesta declaração. Todos terão os seus métodos e a sua forma de liderar e escolher com quem contam, mas a última critica que se pode fazer à era Scolari é a forma como constituiu o seu grupo. Portugal não revolucionou a sua forma de jogar nem passou a ter melhores jogadores do que no passado, mas conseguiu, factualmente, os melhores resultados da sua história. A gestão do grupo era, goste-se ou não, o ponto forte de Scolari e, respeitando visões ou opções, duvido que seja por aí que Queiroz vá melhorar seja o que for...

“Ronaldo tem de ser avançado” – Se a primeira frase me leva a um torcer de nariz em relação à viragem de ciclo, esta tem um efeito contrário. Antes do Euro 2008 comentei que Portugal precisava de rever o seu modelo de jogo, cujas traves mestras haviam sido há muito formadas tendo como orientação as características de referências como Figo ou Rui Costa. Ronaldo é um jogador, hoje, diferente e particularmente forte na forma como aborda a zona de finalização. Sendo ele a referência de hoje e amanhã na Selecção, importa repensar alguns princípios do modelo. Só com um modelo que tire o melhor dos melhores poderemos ter uma equipa verdadeiramente forte.
Se com Scolari não tinha grandes esperanças de ver uma mudança neste aspecto – até porque o treino não era um ponto forte do “Sargentão” – com Queiroz creio ser possível Portugal, finalmente, acompanhar as evoluções geracionais com revisões no seu modelo de jogo. O treino e a rentabilidade do pouco tempo existente é a grande melhoria que penso que a “equipa Queiroz” pode trazer à Selecção.
Este é, na minha perspectiva, a revolução que importa fazer na principal Selecção e Queiroz saberá melhor do que ninguém onde Ronaldo pode ser mais útil. Falta agora saber o que entende Queiroz por “avançado”...


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Não cilindraram o Brasil, mas marcaram este!

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19.8.08

Destaques do fim de semana...

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-- Portugal --
- Na Supertaça destaque, talvez, para a oferta de Sapunaru a tornar Djalo o herói da noite.
- O Braga goleou(4-0) o Leixões com Berger a colaborar no primeiro e no segundo
- O jogo mais interessante terá acontecido entreNaval e Estoril (3-2) com 2 grandes golos marcados de seguida.

-- Inglaterra --
- Na abertura o Manchester perdeu pontos (1-1) em casa com o Newcastle. Given explica porquê...
- A prometer uma época ainda melhor, Torres decidiu quando o tempo começava a apertar.
- Steinsson marcou o melhor da jornada na vitória (3-1) do Bolton frente ao Stoke.
- Em Stamford Bridge, estreia com goleada de Scolari, com Deco a contribuir.
- O melhor jogo terá acontecido entreAston Villa e Man City (4-2) com um surpreendente hat trick de Agbonlahor em 7 minutos!

-- Espanha --
- A época começou em grande com o thriller entre Valencia e Real Madrid (3-2).

-- França --
- Uma vitória por 1-0 do Grenoble sobre o Rennes pode não dizer muito, mas... Veja-se o que fez Akrour!
- O Marselha voltou a marcar 4. Destaque para o de Zenden e para o de Grandin

-- Alemanha --
- Começou a Bundesliga com um empate (2-2) entre Bayern e Hamburgo.
- Outro grande jogo aconteceu entre Leverkusen e Dortmund (2-3).

-- Argentina --
- O campeão River estreou-se a ganhar.
- Deu ainda para ver dois conhecidos. Um golo de Bergessio e... um frango de Bossio!

-- Brasil --
- Vitória muito importante do Grémio sobre o São Paulo (1-0).
- O Internacional foi goleado (4-0) contra o Vasco, e parece que foram os jogadores do Inter a incentivar os seus adversários.

-- Outros --
- Dar a volta nos descontos para o troféu ficar em casa (Barcelona 2-1 Boca Juniors)
- Na Rússia mantem-se um Zenit irreconhecivel (derrota 1-3). Salva-se a qualidade dos golos que sofre!
- Ucrânia, um tal Coelho deu um belo inicio à surpresa que empatou o Shakthar (2-2).
- Nos Jogos Olimpicos brilhou Di Maria.
- Na Suiça o Basileia voltou a marcar 4, desta vez com 2 de Carlitos
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18.8.08

Sporting - Porto: A importância de não errar

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O frente a frente entre Porto e Sporting acabou por confirmar dois aspectos salientados pelos treinadores no final do jogo. Este não será ainda o nível ideal de ambos os conjuntos mas, por outro lado, o que se viu foi já bastante bom para o pouco tempo que leva a época. No que respeita ao desfecho, se também concordo com a visão de Jesualdo de um jogo equilibrado com um Sporting mais feliz nos momentos decisivos, também me parece que o Sporting terá justificado a vitória por ter sido a equipa que menos errou, o que, em jogos de equilíbrio, costuma ser decisivo.

Primeira Parte
A primeira parte teve sempre muito equilíbrio, mas com a repartição de momentos de algum ascendente. O Sporting foi quem entrou melhor, beneficiando do facto do Porto ter demorado algum tempo a impor a sua postura pressionante, fundamental para os propósitos do seu jogo. Quando o fez, o Porto passou à sua melhor fase, sempre com Lucho como referência principal do seu jogo ofensivo e com os momentos de transição como arma preferencial. Nestas oscilações no jogo, um denominador comum. As jogadas de ambos lados finalizaram quase invariavelmente com remates exteriores e foi assim que aconteceram as duas ocasiões de golo anteriores ao golo, primeiro no livre de Rochemback, depois no míssil surpresa de Lucho. Antes do golo, o Sporting conseguiu aquele que me pareceu ser o seu melhor período por, ao contrário do que até aí acontecera, ter feito chegar a bola com maior regularidade à área de Hélton. O golo de Djalo surgiu, no entanto, no culminar de uma primeira parte claramente dividida.

Segunda Parte
Se para o jogo não houve grandes surpresas na estrutura apresentada pelos treinadores, no segundo tempo o Porto apareceu com uma versão diferente do seu 4-3-3, libertando Lucho de tarefas defensivas para jogar mais declaradamente no espaço entre linhas. Os primeiros minutos acabaram, no entanto, por ser dominados por alguns erros individuais que comprometeram as tentativas de reacção portista. Primeiro Bruno Alves e depois Sapunaru ofereceram a Djalo todas as condições para se tornar definitivamente no herói da partida. À segunda, o jovem avançado aproveitou mesmo e colocou o Sporting com mão e meia na Taça. Nesta altura o Porto tinha já Hulk em vez de Farias, fazendo Lisandro retomar o centro do ataque, e com 2-0 Jesualdo introduziu nova alteração passando a jogar numa espécie de 4-2-4 ao retirar Guarin do meio campo. Do lado do Sporting, Paulo Bento não alterou a estrutura mas tentara-lhe dar maior consistência ao trocar Romagnoli por Veloso. Não se pode dizer que o Porto tenha alguma vez posto em causa o controlo leonino no jogo mas acabou por ter uma grande penalidade que, ao ser desperdiçada, não só determinou a perda de uma soberana oportunidade para se relançar no jogo, como terá colocado mesmo um ponto final no mesmo, com o Porto a sentir demasiado esse duro golpe.


Porto
Pelo que referi do jogo, percebe-se que esta não terá sido uma derrota preocupante. Há, no entanto, alguns aspectos que vêm desde a pré temporada e que parecem confirmar-se no arranque oficial da época. Aqui, claramente, o relevo vai para a dificuldade que Jesualdo sente em substituir Paulo Assunção e Bosingwa. Guarin mantém-se em fase de adaptação ao lugar, sentindo ainda muitas dificuldades em alguns aspectos da função. Um ponto muito visível foi a dificuldade que o Porto sentiu em resolver as primeiras bolas aéreas que fugiram a Bruno Alves, saindo o Sporting a jogar de muitas destas situações. Quanto a Sapunaru, apesar dos elogios que lhe foram feitos na pré temporada são para mim claras as diferenças qualitativas para Bosingwa. Se ofensivamente isso é evidente, em termos de consistência defensiva eu diria que os testes de fiabilidade começam com a competição e aqui, claramente, Sapunaru terá falhado no primeiro de muitos testes.
Em termos de opções, dois reparos às escolhas de Jesualdo. O primeiro, e menos relevante, para questionar o porquê da ausência de Fucile do onze. O segundo para referir que, numa equipa com um rendimento tão elevado na ligação entre Lucho e Lisandro, não me parece aconselhável mexer no posicionamento de qualquer destes dois elementos. Ao introduzir Farias, foi isso que Jesualdo fez com Lisandro. De resto, nota para a importância de Lucho. Fez uma época fantástica e, pelo que se vem vendo, ameaça repeti-la jogando a um nível pouco visto onde quer que seja.


Sporting
Não jogaram Liedson e Veloso, dois pilares da equipa no ano passado. Se estas ausências acontecessem há 1 ano dir-se-ia que o Sporting jogara sem grande parte do seu potencial. Este é o maior elogio que se pode fazer ao reforço que foi feito ao plantel. De resto, Paulo Bento saberá melhor do que ninguém, até pelo que aconteceu no ano passado, que este triunfo não representa muito para as exigências que lhe são colocadas. Rochemback foi uma mais valia, destacando-se na tal função de permutas com Moutinho, ajudando a ter o controlo do meio campo. Este, no entanto, não será o figurino tipo do meio campo do Sporting e pela primeira vez, no segundo tempo, viu-se Veloso com Rochemback em simultâneo. A questão será saber se coexistência de Veloso-Rochemback-Moutinho não condicionará o jogo ofensivo da equipa perante adversários com uma postura defensiva mais declarada.
Quanto a destaques, uma nota tem de ser feita para o ataque do Sporting. A dupla Djalo-Derlei tem dado sinais muito positivos com destaque para a facilidade que Djalo parece ter ganho para fazer golos depois da lesão que o afastou na época passada.


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Benfica - Inter: Bom para tirar conclusões

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Ao contrário do jogo com o Feyenoord, creio que este embate com o Inter terá servido bem mais os interesses do Benfica. A razão é simples. Numa fase preparatória, mais importante do que vencer é perceber onde se deve melhorar. Nesse aspecto, a qualidade quer individual, quer colectiva do Inter expôs alguns pontos que importa rever no jogo encarnado e que, contra o Feyenoord não tinham ficado claros pela exibição menos positiva dos holandeses.

Em relação aos últimos jogos, Quique Flores não apresentou grandes novidades quer ao nível colectivo, quer individual, mantendo mesmo Reyes de fora do último onze antes da estreia no campeonato. O Benfica demorou apenas escassos segundos a fazer o primeiro remate mas esse inicio não teria muita relação com o que se assistiu no resto da partida. Embora a um ritmo ainda longe do ideal a qualidade organizacional e individual do Inter acabou por determinar o ascendente italiano, tirando partido de algumas debilidades que já havia identificado no jogo encarnado em jogos passados:

-O pressing do Benfica é feito com as linhas subidas, independentemente da forma mais ou menos tranquila com que o adversário saia a jogar. Esta opção faz com que a equipa se alongue no terreno abrindo alguns espaços entre os jogadores. Devido à sua estrutura, o espaço em frente da defesa fica particularmente livre podendo ser explorado caso, naturalmente, haja qualidade suficiente na construção adversária. Este é, claro está, o caso do Inter que conseguiu diversas vezes chegar com a bola controlada perante apenas os 4 defesas encarnados. Foi curioso ver que as dificuldades do Benfica nesta aspecto acabaram por limitar progressivamente esta tentativa de pressionar tão alto, beneficiando claramente o Benfica com essa maior contenção. Esta é uma estratégia que parece fazer parte dos grandes princípios de jogo que Quique quer impor mas a sua aplicabilidade está, claramente, dependente da qualidade do adversário.

- A primeira fase de construção do Benfica apresenta ainda muitos problemas. A equipa tem dificuldade em criar linhas de passe na saída de bola e este problema aumenta sempre que os médios ficam tapados para serem eles a organizar. Este aspecto acabou por determinar vários desequilíbrios conseguidos pelo Inter que partiu em transição a partir de posições muito favoráveis. Outro aspecto que importa destacar neste capítulo é a pouca certeza de passe por parte dos médios, com Yebda a destacar-se no número de passes falhados. Num sistema com 2 médios centrais é fundamental que haja muita certeza no passe e isso não acontece ainda com Yebda e Carlos Martins. Mais do que o primeiro aspecto destacado (a pressão), creio que este pode ser o problema que mais se pode manifestar no campeonato caso não seja resolvido.

De todo o modo nem tudo são más notícias para o Benfica. Pode dizer-se que, dada a sua qualidade, o Inter terá exacerbado os defeitos do jogo benquista, não sendo previsível, obviamente, que este grau de dificuldade se venha a repetir na abertura do campeonato. Nos aspectos positivos destacaria a forma determinada e agressiva com que os jogadores se entregam ao jogo, prevendo-se uma boa intensidade do jogo encarnado desde o inicio da campeonato. Outro aspecto que se torna evidente é o bom momento de Cardozo. Com Aimar ainda sem um enquadramento que se perceba poder fazer dele um jogador verdadeiramente determinante, é o paraguaio o jogador quem mais pode desequilibrar, sobretudo quando lhe é permitido aplicar o seu pé esquerdo. Não posso deixar de comentar o facto de o Benfica estar, aparentemente, a preparar-se para gastar uns milhões em mais um avançado. Creio que Cardozo merece uma aposta séria naquele que é apenas o seu segundo ano em Portugal e na Europa. Resta saber se a intenção é reposicionar Aimar ou... relegar Cardozo para o banco.

Sobre o Inter, apresentou-se já com um nível organizacional muito bom, ainda que a intensidade que impôs ao jogo seja seguramente diferente da que apresentará em competição – note-se que há alguma atraso do Inter em relação ao tempo de preparação. De resto, Mourinho parece ter feito passar a mensagem aos jogadores sobre quais os seus propósitos de jogo. O Inter controlou e dominou o jogo sem grandes dificuldades e, diria, apenas lhe terá faltado alguma maior clarividência de Ibrahimovic na hora de decidir. Aliás, foi de uma má opção do sueco – que poderia ter isolado facilmente dois companheiros - que resultou a jogada que terminou com a “bomba” de Cardozo. Certamente que, em competição, Ibra terá um critério bem diferente para as suas opções.

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15.8.08

Gremio: O inesperado campeão da primeira volta do Brasileirão

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Enquanto que, na Europa, os principais campeonatos se preparam ainda para o arranque de mais uma longa temporada, no Brasil a prova atravessa agora o seu ponto médio. Na viragem de um Brasileirão altamente competitivo há já uma ideia mais clara sobre quem poderão ser os principais candidatos à vitória final. Entre esses nomes terá agora de figurar o do Grémio de Porto Alegre, inicialmente fora da lista de principais favoritos mas que chega a esta fase da prova na liderança da prova e com 5 pontos de avanço para o segundo, o Cruzeiro de Belo Horizonte.
Sem estrelas e com muitos ‘meninos’ da formação, o Grémio tem pautado as suas exibições pelo pragmatismo defensivo e pela regularidade com que pontua nos jogos fora de casa. No Brasil, aliás, muitos debatem como é possível o seu campeonato ser liderado por uma equipa de futebol pouco atractivo e que alinha num sistema de “3 zagueiros e 2 volantes”, que é como quem diz, 3 centrais e 2 trincos.

Sistema táctico e opções
O técnico Celso Roth montou uma equipa com muito enfoque defensivo. O seu sistema de 3 defesas adopta um posicionamento diferenciado, consoante o momento do jogo e, muitas vezes, o local da partida. No Olímpico, estádio onde actua o Grémio, o trio defensivo joga mais aberto, permitindo aos alas actuarem mais como extremos ou médios interiores. Fora de casa a equipa adopta um posicionamento mais fechado com os alas a terem mais preocupações em fechar defensivamente o seu flanco.
Estes sistemas de 3 defesas são hoje muito raros nas principais ligas europeias, mas no Brasil recorre-se muito a essa opção como forma de, mais naturalmente, compensar as características ofensivas dos laterais e alguma liberdade criativa dos médios, o que provoca algum desequilíbrio no momento da perda da bola.

Em termos de escolhas individuais, as preferências de Roth têm oscilado de alguma maneira devido, não só à mudança de opção do treinador, mas também a algumas saídas de jogadores. Na baliza, Victor (25 anos) é um titular indiscutível, estatuto ganho pela qualidade das suas exibições. Na defesa, o trio formado por Leo (20 anos), Pereira (25 anos) e Rever (23 anos) tem sido aquele que mais tem actuado com Willian Thiego (22 anos) a ser a solução preferencial em caso de uma ausência de um destes jogadores. Nas alas, Paulo Sérgio (29 anos) é o dono do lugar no flanco direito, enquanto que à esquerda se desenrola um interessante duelo entre dois jovens de 19 anos, Hélder e Anderson Pico. Na zona central, após a saída de Eduardo Costa (regressou ao Espanyol), a jovem dupla formada por Willian Magrão (22 anos) e Rafael Carioca (19 anos) tem merecido a confiança de Celso Roth. Uma posição importante foi desempenha por Roger (ex-Benfica) antes da sua saída rumo ao Qatar. O capitão Tcheco (32 anos) é quem parece ter conquistado o lugar mas a chegada de Souza (ex-PSG) pode vir a acender a luta pela posição. Na frente, o colombiano Perea (24 anos) tem lugar assegurado, sendo que ao seu lado o ex-Benfica Marcel (26 anos) tem merecido a preferência de Roth para um lugar em que Reinaldo (28 anos) é o principal concorrente.

Como defende?
Um dos princípios fundamentais deste Grémio é a ocupação eficaz dos espaços mais recuados em postura defensiva. Esta ideia orienta o seu comportamento quer em organização defensiva, quer em transição. Ou seja, perante a posse de bola do adversário, o Grémio baixa o seu bloco defensivo, assumindo uma pressão pouco colectiva sobre a primeira fase ofensiva da equipa oposta, ao isolar o seu duo atacante nessa tarefa. No momento da perda da bola, ou seja em transição defensiva, a equipa procura, o mais rapidamente possível, resguardar-se defensivamente, não havendo grande relevância dada a uma pressão imediata.
Realce para o papel dos 2 médios centrais, fundamentais no restabelecimento de equilíbrios posicionais, quer no centro, quer junto às laterais.

Como ataca?
Ofensivamente, como reconhece a imprensa brasileira, o Grémio não é uma equipa exuberante. Quando convidada a assumir o jogo tenta quase sempre construir pelas laterais onde existem alguns movimentos de permutas posicionais que tiram partido da mobilidade dos atacantes. Outro movimento importante e que com Roger resultava muito era o “baixar” do jogador da posição 10 para organizar jogo. A intenção é tirar partido da maior capacidade técnica do jogador que aí actua mas, por vezes, isso torna-se difícil quando há poucos espaços para que este pense o jogo. A derradeira solução, claro, é o recurso a um jogo mais directo, normalmente com o central Pereira a procurar Marcel no espaço aéreo.
Mas é em transição que esta equipa tem conseguido os seus resultados mais expressivos. Aí, o Grémio torna-se particularmente perigoso quando consegue fazer que a bola passe por Tcheco que, com mais espaço, consegue tirar o melhor partido dos seus recursos técnicos para servir com mais qualidade os avançados. Nota ainda para Perea que é o elemento de maior qualidade na definição ofensiva das jogadas. Quer em transição, quer em ataque organizado é um jogador temível pela mobilidade e velocidade com que actua.

Treinador
Celso Roth
– Gaúcho e ex-jogador do Juventude, Celso Roth é um treinador licenciado em Educação Física. No seu currículo conta com passagens por vários e importantes clubes brasileiros. Para além dos grandes da região, Internacional e Grémio, já passou por Palmeiras, Santos, Flamengo, Atlético Mineiro, Botafogo e Vasco da Gama. No que respeita a títulos, os campeonatos gaúchos de 97 (Internacional) e 99 (Grémio) são as conquistas mais relevantes.

5 estrelas
Victor (Guarda Redes, 25 anos) – É uma das revelações da prova e seguramente um dos esteios da boa campanha do Grémio. É alto mas não muito imponente, sendo essencialmente discreto no seu estilo de actuação. A frequência das suas intervenções decisivas valem-lhe já um estatuto que o coloca entre os melhores a actuar no Brasil no seu posto.

Léo (Defesa Central, 20 anos) – É uma das grandes revelações do Grémio no último ano. A qualidade com que vem actuando como central do lado direito valeu já uma convocatória por parte de Dunga, pensando-se que pudesse ir aos Jogos Olímpicos. A sua saída para o futebol europeu pode estar eminente.

Rafael Carioca (Médio Centro, 19 anos) – Há quem veja nele o sucessor de Lucas (Liverpool). O seu perfil é, no entanto, diferente. Mais franzino tem ainda algumas dificuldades em ser dominador naquela zona do campo, destacando-se no entanto pela forma como fecha as linhas de passe e sai a jogar.

Willian Magrão (Médio Centro, 22 anos) – Outra das revelações do ano. Começou como suplente de Eduardo Costa e Rafael Carioca mas ganhou o lugar mesmo antes da saída do primeiro. É um jogador esguio e alto que tem uma amplitude de acção maior do que Rafael Carioca. Tem uma excelente percepção dos espaços, estendendo essa capacidade às zonas de área. Com bola é um jogador seguro que gosta de arriscar alguns passes verticais.

Edixon Perea (Avançado, 24 anos) – Se há uma estrela da equipa, só pode ser Perea. Depois de se ter revelado no campeonato do Mundo de juniores em 2003 e se afirmado como goleador do Atlético Nacional, rumou ao Bordéus em 2005. A sua adaptação não foi a melhor, regressando ao Continente Sul Americano para representar o Grémio no final de 2007. Perea é um jogador móvel e veloz que tem também uma óptima definição das jogadas, finalizando com os 2 pés. É hoje o jogador mais perigoso do Grémio.

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Mas o que é que se passa?!

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Para os gregos isto deve ser como que um sinal do apocalipse...

- Quarta: Anorthosis Famagusta 3-0 Olimpiacos
- Quinta: AEK Atenas 0-1 Omonia Nicosia

Resta referir que este impensável atrevimento cipriota teve a colaboração de Paulo Costa no primeiro caso (o árbitro era o Olegário) e de Clayton e Cafu (marcou o golo!) no segundo.

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14.8.08

Guimarães - Basileia: Jogo nulo!

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Já aqui tinha deixado a minha visão sobre a débil preparação do plantel vitoriano para uma época que pode ser decisiva para o crescimento desportivo do clube. Visto o jogo da primeira mão da decisiva eliminatória fico com essa ideia reforçada. Os efeitos de um defeso mal preparado ainda não colocaram de parte a hipótese de atingir a qualificação milionária mas ficou a ideia de que este Vitória pode muito pouco mesmo contra um dos mais acessíveis adversários que lhe poderiam sair em sorte. Nesta questão de valias individuais recordo-me de há uns meses Christian Gross, o treinador do Basileia, ter dito que qualquer jogador do Sporting teria lugar no seu plantel. Este não será caso para tanto, mas estou certo que boa parte da equipa do Basileia teria excelentes hipóteses de entrar nas primeiras escolhas caso estivesse do lado oposto.

Vitória: Sem argumentos para tanto respeito
Ainda assim o respeito pelo Vitória marcou muito a estratégia de um Basileia seguramente desconfiado desta equipa que se intrometeu entre os grandes de Portugal. As suas linhas recolheram-se sempre muito, tentando encurtar os espaços no seu meio campo e a sua primeira linha de pressão apenas subia quando identificava oportunidade para tal. Este comportamento foi, durante o primeiro tempo, suficiente para criar muitos problemas a uma posse de bola vimaranense que se evidenciou muito errática e sem grande qualidade para contornar a situação. A variação de flancos foi quase sempre lenta e as combinações sobre as alas (principal recurso em organização) raramente contaram o aparecimento do 10, algo que sucedia com muita frequência no ano passado e que, ao não acontecer, facilitou muito a tarefa do Basileia.

Basileia: Mau aproveitamento do momento de transição
Esta toada de iniciativa, concedida, ao Vitória durou quase toda a partida e resultou numa ausência gritante de situações de golo. Se do lado do Vitória não havia capacidade para contornar o “problema Basileia”, os suíços também não se revelaram muito hábeis no momento de transição. Quando ganhavam a bola – e conseguiram-no fazer com frequência – os suíços não tiveram uma saída astuta em transição, ora solicitando Derdyok em profundidade e demasiado cedo, ora não criando linhas de passe que permitisse tirar rapidamente a bola da zona de pressão. Este aspecto explica a ausência de capacidade ofensiva do Basileia até aos minutos finais da partida e acabou por ser também determinante para o melhor momento do Vitória em que a pressão imediata da equipa permitiu manter sempre a bola muito perto da área contrária.

Por tudo isto, o 0-0 se torna óbvio, deixando tudo em aberto para uma segunda mão que penso poder ser totalmente diferente. É que o Basileia é uma equipa de ataque que gosta de ter bola e subir a sua linha mais recuada. Em sua casa o jogo tenderá a ter golos, restando saber que Vitória vamos ter...

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5 de livre!

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- Thiago Neves no segundo do Brasil frente à China
- Dario Srna a abrir caminho à vitória (2-0) do Shakhtar frente ao Dinamo Zagreb
- Buonanotte a concluir o triunfo (2-0) argentino sobre a Sérvia
- Adrian Mutu no inicio do jogo (2-0) entre a Fiorentina e o Slavia Praga.
- Christian Pander a garantir a vitória do Schalke frente ao Atlético (1-0)


Qual o melhor?

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13.8.08

Bobby Robson: Um exemplo perto do fim

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O mundo já sabia do seu estado mas só agora terá percebido a iminência e gravidade da situação. Bobby Robson, aos 75 anos, reconheceu publicamente que a sua doença cancerígena não tem tido reacção aos tratamentos e que, por isso, os seus dias deverão estar a chegar ao fim.

De todos os treinadores estrangeiros que me recordo ver em Portugal, Robson terá sido aquele que mais valor terá acrescentado ao futebol português. Depois de ter treinado com o sucesso o Ipswich (ganhou uma Taça Uefa), a selecção inglesa (meias finais do Itália 90) e o PSV (2 campeonatos em 2 anos) foi a grande aposta de Sousa Cintra para fazer do Sporting campeão. Aquela que terá sido provavelmente a sua melhor decisão enquanto Presidente do Sporting (que o diga Mourinho) foi depressa transformada num tiro no pé após a famosa derrocada de Salsburgo. Robson sairia pela porta pequena de Alvalade mas rumaria a Norte onde a sua carreira reentraria nos trilhos de um sucesso que naturalmente atingia dadas as suas competências pessoais e profissionais.

Mais do que futebol
Mas não são os sucessos enquanto treinador que mais me impressionam quando me recordo de Robson. Treinadores competentes e bem sucedidos, na história do futebol, conheço muitos, mas com a atitude e postura de “Sir Bobby”, não me lembro de nenhum. A forma como tratou o futebol e o viveu sempre com a naturalidade e alegria de quem está a fazer aquilo que mais gosta é uma inspiração que deve servir a todos, independentemente das profissões ou ocupações que tenham. É por isso que tenho a certeza que a ele custará especialmente esta ideia da iminência de um fim, de um momento que termine com essa experiência para ele tão positiva e boa como terá sido a sua vida.

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Em cheio!

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12.8.08

As primeiras "surpresas italianas" de Mourinho

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Com a excepção óbvia dos 3 grandes não tenho por hábito prestar muita atenção aos jogos particulares. A razão é simples, não há a pressão competitiva dos jogos a doer e, por isso, os níveis qualitativos apresentados são muitas vezes enganadores. Por tudo isto tenho adiado uma maior atenção aos jogos das grandes equipas internacionais, particularmente àquela que mais curiosidade me desperta para 08/09, o Inter de Mourinho. Ainda assim, resolvi dar uma vista de olhos pelo Inter-Ajax do último fim de semana e, embora tenha visto apenas alguns minutos do primeiro tempo, não pude deixar de me surpreender com alguns aspectos revelados nos “nerazzurri”.

4-4-2 clássico?!
O Inter desse primeiro tempo tinha já muito do que se espera com Mourinho, particularmente na forma inteligente e eficaz com que identificou os momentos de pressão que lhe permitiam recuperar a bola. A surpresa veio, no entanto, da disposição táctica da equipa. De inicio a realização anunciou com o grafismo um Inter com uma linha de 4 homens no meio campo atrás de Adriano e Ibrahimovic. Estão enganados, pensei eu, 4-4-2, mas, com Mourinho seguramente não haverá linha de 4 homens no meio. A verdade é que eu é que estava enganado. Jimenez e Figo nas alas, Muntari e Stankovic no meio, Inter em 4-4-2 clássico, eu admirado. Com Adriano a aparentar poder ser reabilitado, Ibrahimovic um jogador “speciale” para Mourinho, fica difícil jogar em 4-3-3. É claro que o 4-4-2 losango seria, à partida, a solução ideal para jogar com 2 na frente mas, em boa verdade, falhada a contratação de Lampard não há um jogador “educado” para fazer de 10. Será que, depois de ter surpreendido com um jogo mais musculado e muitas vezes usando o recurso directo em Inglaterra, o 4-4-2 clássico é a novidade táctica da versão transalpina de José Mourinho?

Zona nas bolas paradas
Outra novidade – muito menos importante e surpreendente – em relação ao passado é uso do método zonal para defender as bolas paradas, por contraponto com o homem-a-homem que adoptara em Londres. Talvez seja um aproveitamento lógico de uma metodologia já rotinada com Mancini e que, em boa verdade, dava boas garantias de eficácia. Uma nota não posso, no entanto, deixar de fazer.Sendo o Inter uma equipa reconhecidamente com média de alturas elevada (tal como era o Chelsea), fica claro que aquela ideia, lançada durante o Euro, do homem a homem dar vantagem a equipas altas terá sido mais um comentário para a polémica de ocasião do que propriamente uma grande convicção...


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Vídeos do fim de semana

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-- Amigáveis --
- Por cá ficaram uma bomba de Bruno Alves, outra de Cardozo e o frango imposto por Derlei
- O "escandalo" dos particulares veio da goleada dos Spurs à Roma.
- Noutro confronto anglo-italiano, Bojinov teve pontaria para ajudar o Man City derrotar o Milan
- No torneio de Amesterdão, nota para o grande jogo entre Ajax e Arsenal (2-3).
- No mesmo torneio, Adriano deu importantes sinais de vida, na vitória do Inter (1-0) sobre o Ajax.

-- Jogos Olimpicos --
- O Brasil aplicou 5 à Nova Zelândia
- A Argentina foi mais modesta, mas o bom golo de Lavezzi (centro de Di Maria) acabou por ser suficiente
- A Sérvia não evitou a derrota (2-4) frente à Costa do Marfim, mas Mrdakovic conseguiu pelo menos o seu golo.

--Inglaterra --
- Da vitória sem chama do United nos penaltis fica o duplo chapéu de Nani, que por pouco não foi bem sucedido

-- França - primeira jornada --
- O campeão Lyon estreou-se em bom estilo ao vencer o Toulouse (3-0) com Benzema e Juninho em destaque.
- O "thriller" da primeira jornada veio de Rennes, onde o Marselha empatou a 4.

-- Alemanha - Taça --
- Numa jornada de muitas goleadas, destaque para o 3-9(!!!) do Werder Bremen, com hat-trick de Hugo Almeida
- Quem sobreviveu ao susto foi o Bayern que garantiu a vitória (4-3) frente ao modesto Erfurt apenas a 10 minutos do fim.

-- Argentina - primeira jornada --
- O campeão River Plate estreou-se com um empate frente ao Colon.
- O Boca foi o mais impressionante com uma vitória por 4-0 frente ao Gimnasia Jujuy.
- O jogo mais impolgante aconteceu entre Rosario e Estudiantes (3-2)

-- Brasil --
- Na estreia de Daniel Carvalho, um empate a desiludir a torcida do Inter (1-1) frente ao Figueirense.
- O Grémio consagrou-se campeão da primeira volta do Brasileirão com uma goleada (0-4) frente ao Atlético Mineiro.
- A goleada da jornada foi imposta pelo Vitória (5-0) ao Vasco, com destaque para o golo de Jackson.
- O Grémio consagrou-se campeão da primeira volta do Brasileirão com uma goleada (0-4) frente ao Atlético Mineiro.
- A goleada da jornada foi imposta pelo Vitória (5-0) ao Vasco, com destaque para o golo de Jackson.

-- Outros Campeonatos --
- Na Suiça, seguramente com vimaranenses na bancada, o Basileia aplicou 4 apesar de ter poupado alguns jogadores.
- Na Áustria, chuva de golos na goleada (2-7) do Rapid de Viena (com 4 de "Jimmy Hoffer") e no 3-2 entre candidatos Austria Viena e Salsburgo
- No Japão, França marcou um golão no último minuto.
- Na Rússia, o Rubin Kazan começa a ameaçar o título, depois de golear o Zenit (4-1).
- No México, destaque para o tiro de Leandro Augusto a dar a vitória ao Pumas.

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11.8.08

Porto - Sporting: As últimas indicações antes da Super Taça

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A SuperTaça, inicio oficial da época, está a uma semana com Sporting e FC Porto a preparem-se para mais um duelo entre Jesualdo e Paulo Bento. A poucos dias desse confronto, revela-se uma coincidência de situações que, não sendo total, junta pelo menos muitos pontos entre os dois “super finalistas”. Em ambos os casos, mantém-se o modelo que, no entanto, não se pode considerar totalmente assimilado, pelas questões ainda em aberto sobre a melhor forma de integração de alguns dos novos.

FC Porto
Frente à Lazio confirmou-se que o Porto está já num óptimo momento para uma fase tão precoce na época (parece ser mesmo aquele que está em melhor momento entre os 3 grandes). Para isto, claro, contribui a estabilidade de jogadores e ideias por trás do jogo azul e branco. Lucho e Lisandro continuam a ser os principais contributos para a qualidade e imprevisibilidade ofensiva que conta com um Rodriguez que se confirma como a aquisição de maior rendimento nesta fase.
Mas a grande questão da pré época tem sido a substituição de Bosingwa e Paulo Assunção. No caso do primeiro, Sapunaru leva vantagem na direita apesar das diferenças de perfis em relação ao internacional português. A surpresa poderá acontecer na esquerda com Fucile a confirmar a perda de peso entre as primeiras opções de Jesualdo e Benitez a parecer o principal candidato para a titularidade, mesmo não se reconhecendo na sua inclusão um grande acréscimo de qualidade.
Quanto à posição 6, depois de várias experiências sem uma conclusão que se percebesse poder ser clara, Jesualdo deverá optar por mexer o menos possível na estrutura de meio campo, mantendo Lucho e Meireles à frente de Guarin que, finalmente, deverá merecer o beneficio da dúvida e iniciar a época como titular da posição para a qual, de facto, foi contratado.

Sporting
A Sampdoria foi um teste interessante e mais interessante seria, não fossem as lamentáveis picardias entre os jogadores que resultaram na expulsão de um jogador italiano. Com uma boa ocupação dos espaços na sua zona recuada, a formação genovesa não facilitou a tarefa à ligação entre o primeiro e segundo momentos ofensivos do Sporting, denunciando assim aquela que parece ser a principal aresta a limar por Paulo Bento para uma total consolidação do modelo de jogo.
Aqui, de novo, há um jogador essencial: Rochemback. Podendo fazer qualquer posição do losango, o brasileiro parece, afinal, destinado a fazer apenas 1, jogando sobre uma das laterais. O solução de Paulo Bento para a tendência do jogador para assumir a construção parece passar pela criação de uma dinâmica de permutas funcionais entre Rochemback e o jogador que actua como 6. Daí, parece-me, o teste de Moutinho a 6 tirando partido da sua mobilidade para contra balançar com os deslocamentos centrais de Rochemback. Nesta problemática que, parece-me, está ainda longe de ser resolvida, ainda está por ver Veloso e Rochemback actuar em paralelo (o que terá inevitavelmente de acontecer), ficando igualmente a ideia de que, apesar do acréscimo de soluções para o meio campo, a posição 10 parece apenas ter os mesmos 2 jogadores rotinados para lá actuar, Romagnoli e Moutinho, sabendo-se das dificuldades do argentino em manter o rendimento em fases de maior densidade de jogos.
De resto, nos restantes sectores, surgem algumas dúvidas que têm mais a ver com opções individuais e menos com dinâmicas colectivas. Aqui parece-me que Caneira à direita e Yannick ao lado de Derlei poderão ser as escolhas de Paulo Bento. Sobre o brasileiro, acrescento que se não voltar a ser penalizado por lesões, Derlei pode vir a ser mesmo um dos principais reforços em relação a 07/08.

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