A última meia hora retira algum brilho e a possibilidade de uma vitória que, a acontecer, teria sido uma das mais improváveis (aqui, probabilidade não é minha) da História do clube. Mas não retira o essencial, uma qualificação que será também ela histórica e certamente relembrada (há muito que o Sporting não eliminava um adversário deste calibre). Muito mérito durante 150 minutos e um súbito desnorte, que quase deitou tudo a perder, durante 30 minutos. Interessante o contraste, e a forma como durante tanto tempo o Sporting manteve o City relativamente longe do golo e, de repente, pareceu ser incapaz de passar 5 minutos sem um sobressalto. A importância que um golo teve na atitude dos jogadores! Sobre os minutos finais, em destaque a "oferta" de dois golos, o primeiro numa má abordagem no desarme, e o segundo num pontapé de canto onde o Sporting repetiu o erro algo básico de não sair para a linha da bola na sequência do canto. Já em Alvalade sofrera dois sobressaltos por lapsos semelhantes. E são lapsos, porque o posicionamento sugere exactamente esse comportamento. Recupero a dúvida hipotética, na sequência do que já deixara para o Benfica: o que precisa exactamente de fazer o Sporting nas restantes competições para "salvar" um eventual 4º ou 5º lugar na liga?
A hipótese que avançara no inicio desta fase a eliminar confirmou-se, e não foi preciso esperar muito. De novo, os favoritos mais mediáticos caem na Liga Europa. Por muito que Mancini o contrarie, e mesmo que o pense (deverá ter pensado mesmo, pela gestão que fez dos recursos), é muito difícil manter níveis de motivação quando os jogadores quereriam era estar na Champions, e por isso mesmo é que este "fenómeno" se continua a repetir. O único dos oito qualificados que mantém aspirações a um título interno é o AZ, e isso talvez seja mais contributo para que possa ser o mais desejado dos adversários.