Não é a primeira vez que me refiro a ela mas, ainda assim, merece nova referência. A especificidade do jogo do Braga. Em organização, largura à direita, profundidade à esquerda. A ideia é começar sobre a esquerda, para onde cai Viana, como que esticando o campo, entre a bola e o destino preferencial da jogada, o corredor direito. Assim, é potenciada a construção longa de Viana e o extremo mais forte, Alan (ausente neste jogo, mas sem que o quadro geral se alterasse por isso). Lima aproxima à esquerda no inicio da jogada e assim beneficia também ele dos espaços laterais criados, para atacar a zona de finalização. Tudo isto em organização, onde a equipa actualmente se sente muito bem, pela confiança que foi acumulando, mas é em transição que Jardim reconhece maior potencial de desequilíbrio. Pelo espaço, pois claro. A equipa não teme baixar, e não teme também deixar alguns elementos mais adiantados, porque sabe que pode tirar partido disso se ganhar a bola. Lima na profundidade, naturalmente, mas também uma referência para o primeiro passe vertical - muitas vezes Mossoró - após a reconquista da bola. Um cenário que, quando sucede, recorda a Serie A.
No que ao jogo diz respeito, no entanto, só há momento relevante para explicar a definição do resultado: bolas paradas.