31.12.07

2007!

ver comentários...
Com um pé em 2008, ficam aqui alguns destaques meus para 2007:
Melhor equipa do ano (Futebol Internacional): Manchester United
Campeão Inglês (derrotando o Chelsea e Mourinho), Finalista da Taça de Inglaterra, Semi Finalista da Champions League e com uma primeira metade de temporada em muito bom plano em todas as competições, foi a mais regular de todas as formações mundiais. Para 2008 Real Madrid, Inter e, quem sabe, Arsenal, partem com o United como equipas mais fortes.
Melhor equipa do ano (Futebol Nacional): FC Porto
Segurou o título na primeira metade e, na segunda, deixou bem preparado o ‘tri’. Parece indiscutível. Para 2008 os portistas partem igualmente em melhor posição, sobretudo pela estabilidade a que nos habituaram.

Melhor jogador do ano (Futebol Internacional): Cristiano Ronaldo
Já aqui debati várias vezes este ponto e acho que Ronaldo merece o estatuto de Melhor do ano pela regularidade com que se apresentou em todos os jogos realizados. Sendo decisivo, quer na zona de criação, quer na de finalização. Foi o melhor de Premier League em 06/07, e é o melhor marcador dessa mesma competição em 07/08 e da Champions League em 07/08, não sendo sequer um jogador que actua na zona central do ataque. Para 2008, vejo Ronaldo, Messi e Robinho como os principais candidatos a Melhor do Ano. Mas, naturalmente, a incerteza é ainda muita...
Melhor jogador do ano (Futebol Nacional): Quaresma
Com a saída de Simão esta escolha tornou-se evidente. Esta é a “era Quaresma” no futebol português. É o jogador mais determinante da Liga e os campeonatos que o Porto tem conquistado ficarão para sempre ligados a ele.

- Kaka contra o Man Utd
- Ronaldo contra o Fulham
- Quagliarella contra o Chievo
- Drogba contra o Everton
- Messi contra o Getafe
- Mancini contra o Lyon
- Quaresma contra a Bélgica
- Tarik contra o Marselha
- Petit contra o PSG
- Tello contra o FC Porto


ler tudo >>

28.12.07

Qual o clube mais "valioso" da Liga?

ver comentários...
É uma análise mais própria dos países britânicos onde a cultura de apostas desportivas está bem mais enraizada do que no resto da Europa. Ainda assim, é sempre um exercício interessante verificar

qual seria o clube com maior rentabilidade durante este primeiro período da época.

Assim, olhando para as 14 jornadas realizadas no nosso campeonato e tendo em conta os valores médios pagos pelas diversas casas de apostas em cada um dos jogos, chegaríamos à conclusão de que apenas recompensaria apostar na vitória em todos os jogos de 3 clubes: FC Porto, V.Guimarães e Marítimo. Com 11 vitórias, não espanta que o FC Porto seja o clube com mais rentabilidade para quem apostasse apenas na opção “vitória”, atingindo-se um lucro de 25% do valor investido (note-se que a análise pressupõe o investimento de uma quantia fixa por cada uma das 14 jornadas da Liga). Sorte inversa teriam aqueles que decidissem apostar sucessivamente em Benfica ou Sporting, podendo o prejuízo atingir quase 30% no caso do Sporting. Nota para a União de Leira que, sem qualquer vitória, se revelaria um total desastre como opção para os apostadores.


Outra hipótese com resultados diferentes, seria juntar o empate à aposta do clube em causa, numa opção próxima da tradicional “dupla”, mas com prémios diferentes para as possibilidades “empate” e “vitória”. Aqui, encontraríamos mais casos de sucesso, com um total de 5 clubes a revelarem-se apostas rentáveis. Entre os grandes, os 5 empates do Sporting justificam a valorização do investimento (7%). Mas é no meio da tabela que se encontram as opções mais valiosas... As 5 vitórias e 8 empates do V.Setúbal justificam a melhor de todas as opções possíveis, atingindo uma valorização de 37% do valor apostado. Destaque também para o Leixões que, com 9 empates, se constituiria como uma boa opção.

Estas são, claro está, análises à posteriori, ficando agora a difícil questão de qual será o clube mais rentável na segunda metade da época...

ler tudo >>

Olho em De Guzman...

ver comentários...

Veio do Canadá, seu país Natal, para a Europa ainda muito jovem. A mudança de rumo deveu-se simplesmente ao seu inegável talento e ao facto do Feyenoord o ter descoberto quando tinha 12 anos. Passou a sua formação no clube de Roterdão até chegar à equipa principal aos 18 anos.

Avançado rápido, móvel e tecnicamente muito dotado, De Guzman não reuniu total consenso no que respeita às suas valias como jogador nos primeiros anos da sua carreira. A inconsistência própria da sua tenra e idade, aliada ao mau momento por que passou o Feyenoord tornaram-no numa incógnita para muitos. 07/08, no entanto, tem mostrado um novo Feyenoord, remodelado e comandante da Liga Holandesa. No seu elenco contam-se outras promessas de relevo e ainda um reforço que garante golos: Roy Makaay. Mas De Guzman é, sem dúvida, um dos principais pontos de destaque da equipa, aparecendo com uma grande influência na formação de Roterdão e sendo decisivo em várias partidas. O jogador não tem passado despercebido aos “tubarões” do futebol Europeu que o vêem como o mais promissor avançado do Feyenoord desde Robin Van Persie. Aos 20 anos temos em Jonathan de Guzman um nome a não perder de vista num futuro próximo...


ler tudo >>

Showboat!

ver comentários...

ler tudo >>

27.12.07

O "Resultadismo"

ver comentários...

A semana passada deixei aqui um desabafo sobre um comentário que apontava a política de contratações portistas como a principal razão por trás da superioridade portista. Na altura antecipei que esta análise “resultadista” sobre as contratações azuis e brancas acabaria por se inverter num outro momento, naturalmente menos positivo para o futebol portista. Nem de propósito, 8 dias depois no mesmo programa, a derrota do FC Porto pedia mais uma análise fatalista, só que agora para justificar o tropeção na Madeira. Como era previsível o dedo acusador voltou-se agora para o ponto elogiado 8 dias antes...

Para que não haja equívocos, isto não tem nada a ver com clubes ou clubismos. Tem, isso sim, que ver com esse lamentável abuso a que somos sujeitos semana após semana. Em vários programas sucedem-se as análises “resultadistas” cuja coerência é volátil ao ponto de poder durar apenas 8 dias. Disse e repito: é um atestado de menoridade intelectual que, semana após semana, é passada aos adeptos de futebol!


ler tudo >>

Mais uma vez... Ronaldo!

ver comentários...


Não quero insistir demasiado neste ponto, mas torna-se impossível não voltar a destacar Ronaldo depois do que tem feito neste período Natalício. De facto, creio que 2 dos 3 golos que Ronaldo apontou nos últimos dias definem bem a diferença que existe entre a dimensão do seu futebol e, por exemplo, a de Kaka (que entretanto não consegue tirar o Milan de um inacreditável período negativo no Calcio). Primeiro, o remate de pé esquerdo com que abriu o marcador frente ao Everton. Depois, o míssil de livre frente ao Sunderland. Ronaldo, todos o sabemos, não vale só pela facilidade com que remata com os 2 pés, mas estes dois momentos são para mim uma boa imagem entre a diferença que existe entre Ronaldo e Kaka. É que por muitos e bons golos que o brasileiro possa marcar na sua carreira, dificilmente o veremos a executar dois momentos como estes protagonizados por Ronaldo. E acrescento, Ronaldo leva já 17 golos em 20 jogos, é líder dos melhores marcadores em Inglaterra e o United comanda a prova muito pela sua contribuição. Nem vale a pena comparar com o que se passa com Kaka e o Milan em Itália. As épocas não se fazem só em meia dúzia de jogos da Liga dos Campeões. Para mim, e aceitando as opiniões de cada um, é demasiado evidente...


ler tudo >>

O entusiasmo da Avozinha!

ver comentários...

ler tudo >>

26.12.07

À jornada 14...

ver comentários...
A liga ainda não chegou ao seu exacto ponto médio mas a paragem de Natal simboliza precisamente a divisão entre a primeira e segunda metade da época. Vendo bem, 07/08 tem sido um ano bastante próximo de 06/07, chegando-se a esta fase com o mesmo tipo de questões que se colocaram há um ano. Neste aspecto, a pergunta mais comum é: Até que ponto a luta pelo título continua em aberto para Benfica e Sporting?
FC Porto
A perda de pontos na Madeira não pode ser considerada uma grande surpresa. Juntando a natureza da deslocação às ausências de Quaresma (sobretudo este) e Tarik, e acrescentando ainda alguma, inevitável, descompressão psicológica pelo facto da vantagem pontual se ter dilatado nos últimos jogos, estava criado um cenário que possivelmente poderia resultar numa invulgar perda de pontos dos portistas. Ainda assim, o acontecido apenas se pode explicar por alguma má fortuna dos Dragões numa partida em que a superioridade nunca foi colocada em causa pelo futebol do Nacional.
O jogo da Madeira é importante para as contas do campeonato mas não retira favoritismo ao FC Porto. A equipa continua dependente apenas de si própria e da manutenção dos mesmos níveis de performance que marcaram a primeira fase da época. O Porto acaba esta fase a perder pontos, mas com a certeza de ser a equipa que mantém o futebol mais estável e bem conseguido da Liga, sendo este um sinal tão valioso como os 7 pontos que o distanciam da concorrência.
Benfica
Depois de 2 derrotas, o jogo frente ao Estrela mostrou uma exibição de contrastes entre a primeira e a segunda parte. De resto, creio que a exibição menos conseguida no primeiro tempo pode bem ter sido um factor decisivo para surpreender os jogadores do Estrela no segundo tempo. Deste jogo ressalta ainda um dado que poderá ser importante num futuro próximo: a saída de Rui Costa ao intervalo. Já aqui falei da posição menos ajustada do “maestro” na estrutura de Camacho e a verdade é que o treinador Espanhol dá agora sinais de que poderá mais depressa abdicar do camisola 10 do que tentar encontrar um enquadramento mais adaptado às suas características. Com o mercado de Inverno as coisas podem tornar-se ainda mais claras quanto a esta tendência.
Em relação à Liga, as hipóteses estão, naturalmente, dependentes de um abaixamento de forma do FC Porto, mas convém dizer que isso por si não bastará e que este Benfica não será suficiente para chegar ao título. Mais do que reforços, Camacho precisa de dar outra qualidade ao futebol encarnado e criar rotinas e princípios que tornem a equipa mais forte, sobretudo com bola. Uma equipa apenas “emocional” estará sempre refém de um mau momento psicológico, como se viu nos últimos jogos.
Sporting
O caminho com as vitórias parece reencontrado, mas a qualidade de jogo, essa, ainda está longe de atingir os níveis exigíveis para que se possa sequer pensar numa recuperação na segunda fase da época. Já aqui falei muitas vezes sobre a famosa crise do Sporting e, tal como já referi, creio que a referência e ponto de comparação deve ser colocado naquilo que era o futebol da equipa na segunda metade de 06/07. Actualmente, parece-me importante recuperar duas características importantes do futebol leonino no passado recente: a solidez defensiva (nomeadamente a transição defensiva) e a influencia ofensiva da ala esquerda. Há muito trabalho pela frente para Paulo Bento, mas creio que estes objectivos estarão, em muito, dependentes daquilo que o clube consiga no mercado de Inverno. Um lateral esquerdo é essencial e é também importante que Purovic não seja uma primeira opção para o onze (basicamente, porque as suas características chocam com os princípios colectivos da equipa). Nota ainda para o disparate que me parece ser abdicar da qualidade ofensiva de Romagnoli na posição 10 – tal como já aqui expliquei...

ler tudo >>

Boxing Day!

ver comentários...

ler tudo >>

24.12.07

Bom Natal!

ver comentários...

ler tudo >>

22.12.07

Jogos do fim de semana

ver comentários...

ler tudo >>

As sortes da Europa

ver comentários...
É o mais evidente dos pontos em comum entre os adversários que calharam em sorte às equipas portuguesas. 3 dos 4 são Alemães o que antecipa também um confronto com um tipo de futebol de valias bem diferentes do nosso. Primeiro há que referir a grande capacidade de investimento dos clubes da Bundesliga e depois dizer que essa vantagem pode bem ser contornada por outros predicados do nosso futebol. Aos aspectos técnicos, que continuam a ser-nos amplamente favoráveis, há que juntar esse facto de tacticamente o futebol Alemão atravessar uma fase, eu diria, utópica. Muitos golos são hoje marcados na Bundesliga, fruto de algum aventureirismo táctico que pode e deve ser aproveitado pelos portugueses.

Schalke 04
Favoritismo do FC Porto segundo as casas de apostas: 55%
É uma das mais fortes equipas do futebol Alemão, tendo ficado às portas do título em 06/07 e mantendo-se nos primeiros lugares desta competitiva Liga em 07/08. O Schalke é hoje uma equipa em formação, com bastantes elementos muito promissores, mas faltando-lhe ainda alguma consistência exibicional. Em termos de jogo, e um pouco à imagem do futebol Alemão, o Schalke é uma formação ofensiva, forte nas zonas próximas da baliza, mas que comete também muitos erros do ponto de vista defensivo. Apesar de ter uma equipa recheada de boas individualidades, parece-me que o jogo mais adulto e tecnicamente evoluído do FC Porto poderá, em condições normais, ser suficiente para garantir a passagem dos Dragões aos quartos de final. Aqui destaco as condições óptimas para que o FC Porto possa aplicar a sua eficaz transição ofensiva.

Destaques individuais
Manuel Neur (Guarda Redes, 21 anos) – Uma das promessas para herdar a baliza da Selecção.
Rafinha (Lateral Direito, 22 anos) – A grande figura do Brasil no Mundial de sub 20 de 2005.
Cristian Pander (Lateral Esquerdo, 24 anos) – Uma figura emergente no futebol Germânico. Marcou um golão na última visita Alemã a Wembley.
Marcelo Bordon (Defesa Central, 31 anos) – Capitão e líder defensivo da equipa.
Fabien Ernst (Médio Centro, 28 anos) – Esteio do meio campo.
Ivan Rakitic (Médio Ofensivo, 19 anos) – Grande revelação da equipa na coordenação de jogo ofensivo.
Mesut Ozil (Médio Ofensivo, 19 anos) – Outra grande promessa que ameaça fazer crescer esta equipa.
Gerald Asamoah (Extremo, 29 anos) – Velocidade e força são os atributos deste experiente avançado.
Kevin Kuranyi (Avançado, 25 anos) – Goleador, forte no jogo aéreo, mas o seu valor não é unânime entre os Alemães.
Peter Lovenkrands (Avançado, 27 anos) – Arma secreta da equipa. Desconcertante pela sua velocidade.

Nuremberga
Favoritismo do Benfica segundo as casas de apostas: 58%
Foi a equipa sensação da Bundesliga em 06/07, valendo-lhe um lugar na Uefa. Como em tantos outros casos, no entanto, a presença na Europa parece ter sido prejudicial à performance interna da equipa que aparece agora a lutar para fugir aos lugares de despromoção. Há francamente, uma grande diferença entre a valia individual do Benfica e deste Nuremberga e, caso a eliminatória seja encarada seriamente, os encarnados deverão seguir em frente.

Destaques individuais
Os nomes mais conhecidos são o veterano médio Galasek (ex-Ajax) e o nosso carrasco do Euro 2004, Charisteas. De resto, no Nuremberga merecem destaque o perigoso avançado Mintal e o organizador de jogo, ex-promessa do Bayern de Munique, Misimovic.

Basileia
Favoritismo do Sporting segundo ascasas de apostas: 65%
O trabalho fantástico do treinador Christian Gross colocou, nos últimos anos, o Basileia no mapa do futebol Europeu. Apesar de ser oriunda de um futebol modesto, este Basileia merece todo o respeito por ter já surpreendido várias equipas num passado recente acumulando uma experiência considerável nesta prova. Ainda assim, as figuras que se têm destacado na equipa têm inevitavelmente saído para campeonatos mais apetecíveis, o que torna o Basileia, naturalmente, num adversário perfeitamente ao alcance do Sporting. O segredo estará na forma de encarar o embate com os Suiços.
Destaques individuais
Os avançados Marco Streller (regressado após uma passagem pelo Estugarda) e Carignano (Argentino com 3 internacionalizações pela alvi-celeste) são o maior perigo desta equipa, sobretudo pelo impressionante porte atlético que possuem. Nota, no entanto, para a probabilidade de Carignano abandonar definitivamente a equipa neste defeso. De resto, de salientar o capitão e internacional Sérvio Ergic e alguns jovens de futuro promissor (nomeadamente o irreverente equatoriano Felipe Caicedo). Para nós, o nome mais conhecido é o extremo Carlitos, também ele uma figura importante na equipa.
Werder Bremen
Favoritismo do Braga segundo as casas de apostas: 35%
Naturalmente, a mais conhecida e mais forte das equipas que calhou em sorte às equipas nacionais. Thomas Schaaf tem um trabalho notável no Bremen, mantendo a equipa nas primeiras posições da Bundesliga durante vários anos e repetindo também performances interessantes na Europa. Os princípios de jogo são hoje os mesmos e definem o Bremen como uma das mais ofensivas equipas da Europa – os Bremen tem uma impressionante média de 4,5 golos nos seus jogos! Depois de um inicio difícil a equipa parece ter ultrapassado a saída de Klose e chegou a uma improvável co-liderança da Bundesliga, a par do Bayern Munique. Apesar de tudo, o Braga não tem, nem de longe nem de perto, uma missão impossível. Uma performance eficaz que tire partido dos erros do Bremen e que mantenha, dentro do possível, uma eficaz postura defensiva, pode muito bem surpreender os Alemães. Ainda assim, o favoritismo não é claramente Bracarense.

Destaques individuais
O Werder Bremen pode também ser descrito como a equipa de Diego, tal a influência do brasileiro na equipa. De resto, são vários os jogadores de elevada reputação da equipa, começando no defesa Naldo, passando pelo médio internacional Frings e terminando num ataque que, embora mais modesto do que em anos anteriores, continua a contar com um leque muito interessante do opções. Klasnic (recém regressado de lesão), Sanogo, Rosenberg e, claro está, Hugo Almeida, são as alternativas.

ler tudo >>

20.12.07

Belluschi: Investimento à vista no Dragão

ver comentários...
Há dias fiquei estupefacto com um comentador que, com um ar seguro e convicto, apontava a política de contratações como o principal factor diferenciador entre o FC Porto e a restante concorrência. Ainda me certifiquei que não estava a ver o canal memória, não fosse aquele um programa recuperado dos anos 80 e 90 onde, aí sim, o Porto transformava nomes incógnitos em improváveis casos de sucesso na sua equipa principal. Podia trazer para aqui uma análise mais pormenorizada às recentes contratações portistas, mas este parece-me um caso, simplesmente, demasiado evidente... Pergunto, por exemplo, o que não diriam de Carlos Freitas ou Luis Filipe Vieira se Farias tivesse rumado aos seus clubes com o mesmo sucesso que teve nestes primeiros 5 meses no Dragão? O mais triste é que, provavelmente, uma boa parte das pessoas que estava a ouvir aquele “sábio” comentário terá intuitivamente concordado com o que era dito. Digo “intuitivamente” porque é assim que normalmente se reage às análises resultadistas que invariavelmente se repetem ao longo das épocas, muitas vezes sem qualquer critério e entrando em contradição com o que foi dito, num outro momento, quando a tendência de resultados era diferente. Para mim, um verdadeiro atestado de menoridade intelectual que repetidamente é passado ao adepto de futebol.
Vem este desabafo a propósito do referido interesse do FC Porto em Fernando Belluschi. 7,5 (ou, noutros casos 6) milhões de euros é que vem escrito na imprensa, dando a entender que a SAD azul e branca se prepara para atacar mais um valor de créditos firmados no mercado Sul Americano, estando para isso disposta a investir vários milhões. É um modelo de investimento que durante alguns anos fez as contas da SAD acumular prejuízos, mas que com as vendas de Pepe e Anderson parece ter ganho novo fôlego. Se do ponto de vista financeiro este é um modelo arriscado, já no que respeita ao plano desportivo, fica clara a dependência do actual plantel portista neste tipo de contratações. No Dragão não mora hoje nenhum “caso Deco” e Lucho, Lisandro e Quaresma (este um caso diferente já que se tratou do regresso a Portugal de uma jovem promessa) são os nomes de maior preponderância na equipa, todos eles chegados pela “porta grande” à casa portista.

Sobre Belluschi – por quem o FC Porto nega ter feito as tais propostas – já aqui há muito me referi como o melhor jogador a actuar actualmente no campeonato argentino. Um médio inteligente e completo que actua sobre a esquerda mas que prefere as zonas interiores para as suas actuações. Integrar Belluschi no actual FC Porto seria tentar dar à meia esquerda uma qualidade desequilibradora próxima da que se encontra na direita com Lucho Gonzalez. O mesmo é dizer, substituir Raul Meireles, embora com um jogador bem mais ofensivo do que o ex-Boavista. O negócio Belluschi pode, no entanto, ser complicado dado o (mais ainda) milionário interesse do Olimpiacos. Fica o sinal dos milhões que há para gastar!

ler tudo >>

André Lima - Ainda uma oportunidade

ver comentários...
Foi uma das revelações do Brasileirão 2007. André Lima apareceu como suplente do experiente Dodo no Botafogo mas a verdade é que a sua eficácia acabou por torná-lo numa figura de proa do “Fogão” e à jornada 20 era já máximo goleador da prova. O avançado despertou o interesse do Hertha de Berlim que o levou para o futebol Alemão. De lá para cá, o Botafogo nunca mais foi o mesmo, caindo na classificação do campeonato brasileiro e, por seu lado, André Lima também não conseguiu o impacto pretendido no futebol Alemão. Com Janeiro à porta o futuro do avançado volta a ser incerto, equacionando-se o abandono, pelo menos momentâneo, da aventura Alemã.

André Lima é de facto um avançado muito interessante e de grande potencial. Jogador de área, alto (1,85m) e possante, André Lima destaca-se pela sua capacidade finalizadora, tanto no jogo aéreo, como pela certeza do seu pé direito. Mas este jogador de apenas 22 anos tem junta ainda uma técnica bastante apreciável, funcionando muito bem nas combinações na zona exterior da área.
Revelado no modesto Madureira, André Lima está ainda longe de ser uma figura de proa do futebol brasileiro, tendo como imagem de marca essas curtas 20 jornadas do Brasileirão 2007. Um valor interessante e, digo eu, ainda uma oportunidade para quem gosta de ser veículo para a revelação de estrelas emergentes...

ler tudo >>

"3rd eye"

ver comentários...

ler tudo >>

19.12.07

Benfica - equipa emocional

ver comentários...

2 derrotas e a liga por um canudo devolvem à Luz um rol de perguntas e questões em torno da qualidade da equipa. Naturalmente que a emoção resultadista, tão própria do futebol e dos seus adeptos, evidencia em cada momento apenas um prisma da realidade, mas a verdade é que o Benfica de hoje não é muito diferente daquele que entusiasmou os adeptos antes do clássico da Luz.

Camacho, já foi por várias vezes dito, moldou uma equipa à sua imagem. Os propósitos são evidentes e não é preciso fazer uma análise meticulosa para perceber o que pretende o treinador espanhol. Defensivamente, cauteloso. Bloco compacto, com poucos espaços entre os jogadores e fazendo do equilíbrio posicional uma prioridade que relega a pressão para uma segunda fase. A ideia é errar pouco para, depois, poder aproveitar os erros do adversário, claro está, nos momentos de transição ofensiva. Tudo isto, é claro, com uma forte atitude colectiva que permite à equipa aguentar e superar os momentos negativos no jogo. As famosas “ganas” são de resto a imagem de marca de Camacho e por isso se diz que o seu Benfica é uma equipa emocional.

Mas afinal qual é o problema do Benfica? A definição de “equipa emocional” estende-se também à forma de jogar da equipa. Se, sem bola, o Benfica tem muito de ordem e estratégia, quando a ganha é o factor emocional que toma conta da equipa. Na ânsia de aproveitar o erro do adversário, o Benfica lança-se em transição de uma forma impulsiva com cavalgadas entusiasmantes mas, ao mesmo tempo, sem grandes referências de jogo. A ordem é para avançar e, só depois, pensar. A ausência de rotinas ofensivas que dêem ordem ao jogo encarnado é uma evidência que se estende também aos momentos de ataque continuado, onde a equipa se torna dependente de rasgos individuais (sobretudo de Rui Costa) ou de alguns movimentos simples como a subida dos laterais.

Rui Costa e Rodriguez
Esta tendência é espelhada pelo contraste entre os comportamentos tácticos de dois jogadores: Rui Costa e Rodriguez. Com a qualidade de um jogador tão cerebral quanto Rui Costa na primeira fase de construção, faria sentido que a equipa o procurasse para o primeiro momento ofensivo. Mas não. Rui Costa foi lançado para o espaço entre linhas, tendo atrás de si 2 médios e à sua frente apenas 1 avançado. Se os adversários jogarem baixo, a equipa é obrigada a parar e então o “maestro” tem tempo e espaço para aparecer, mas se isso não acontecer, lá vemos Rui Costa a receber de costas para a baliza no meio da “teia” de meio campo. Por outro lado, há Rodriguez. Corre, luta, remata, marca. Mas quando o vemos a receber de uma recuperação pode perceber-se o quão fiel é Rodriguez a esta forma “emocional” de jogar. Sem pensar e impulsionado pela bancada, começa a sua corrida em progressão, procurando improvisar uma linha de passe apenas uns metros mais à frente. Por vezes, o “Cebolla” encontra-a, mas facilmente uma equipa organizada lhe encurta as soluções e aí a arma da transição torna-se na vantagem do inimigo.

(Note-se que considero Rodriguez um bom reforço, com muita margem de progressão no futebol português. A alusão surge apenas pelo facto da impulsividade do seu futebol ser uma boa imagem da forma de atacar deste Benfica)


ler tudo >>

As curvas no destino de Nery

ver comentários...
Aquando da sua ida para o Shakhtar comentei aqui aquilo que me parecia ser um passo ao lado para um jogador que desde muito cedo pareceu destinado a pisar os grandes palcos do futebol mundial. Pois bem, 6 meses depois, Nery Castillo foi apresentado como novo reforço do Manchester City.
A verdade é que a inversão de rumo e a troca dos dólares do Shakhtar pelo mediatismo da Premier League têm uma história que explica também a ausência de Castillo do jogo decisivo da Champions frente ao Benfica. Aconteceu num jogo da Liga Ucraniana, quando Castillo fez birra por um penalti que estava destinado a ser cobrado por Lucarelli. Castillo falhou e a brincadeira não foi apreciada pelos responsáveis do clube que afastaram o jogador da equipa. A ironia é que, depois de ter optado pela Ucrânia por motivos financeiros, Castillo também teve de abdicar de algum dinheiro para que esta escapatória de 1 ano no City pudesse ocorrer. Esperemos que, ao menos, aproveite no campo esta dádiva do destino (digo eu!).

ler tudo >>

Bonus da semana

ver comentários...

ler tudo >>

18.12.07

Kaka FIFA World Player - Será assim tão indiscutível?

ver comentários...
Kaka é o melhor do mundo em 2007.
Este estatuto concedido pela FIFA e, já anteriormente, pela France Football parece não ter discussão, pelo menos pela forma como a imprensa o tem apresentado. Pois eu discordo.
Em primeiro lugar, penso que é preciso termos consciência que este prémio só é entregue ao brasileiro pela conquista do Milan na última edição da Champions League. Não retirando importância à mais conceituada prova do futebol Europeu, parece-me redutor colocá-la em primeiro plano nesta avaliação quando a maior parte das equipas dá mais valor às ligas domésticas onde têm lugar a maior parte dos jogos. Mas vamos por partes:




Performance colectiva
Aqui, parece-me, Ronaldo sai claramente a vencer em relação a Messi ou Káká. Vencedor de uma das mais disputadas corridas ao título da Premier League nos últimos anos, finalista vencido da FA Cup e apenas derrotado nas meias finais da Champions League pelo Milan, num confronto onde claramente a disputa doméstica prejudicou a preparação da equipa para esse embate. O Manchester United foi, na minha opinião, a melhor equipa da Europa em 2006/07. Também em 07/08 as coisas têm corrido bem ao United. A 1 ponto do sensacional Arsenal (mas já tendo jogado no Emirates) e com uma prestação quase perfeita na primeira fase da Champions, o United é hoje o principal candidato nas bolsas de apostas para conquistar, quer a Premier League, quer a Champions.
No que respeita ao Barcelona, a sensacional equipa de Rijkaard está a atravessar um momento difícil, perdendo o domínio interno para o Liverpool e tendo, em 2006/07, esse dissabor da eliminação nos oitavos de final da Champions aos pés do Liverpool. Quanto ao Milan, já aqui escrevi que está longe de ser a melhor equipa do mundo neste momento. As suas prestações, quer em 2006/07, quer nesta época, na prova de regularidade têm sido do pior que o clube viu nas últimas décadas e a Champions 06/07 terá mesmo sido a tábua de salvação de Ancelotti que, mesmo assim, permanece ameaçado este ano.



Performance individual
Sendo os 3 candidatos jogadores de zona criativa fará sentido comparar estatísticas de golos. Aqui Ronaldo volta a vencer. O português é, aliás, o mais completo dos 3. 2007 mostrou um Ronaldo muito para além do virtuosismo técnico e rapidez que já lhe eram reconhecidas. Ronaldo executa com os dois pés, é o mais forte fisicamente dos 3 e, muito importante, é também aquele que melhor se apresenta no domínio do jogo aéreo. Claro que a apreciação individual vai para além de estatísticas goleadoras ou mesmo da avaliação do perfil de cada um dos jogadores. Neste aspecto, confesso que é difícil decidir entre as épocas destes 3 jogadores e, se tivesse de escolher aquele que mais me impressionou individualmente, talvez fosse por Messi e as suas imparáveis cavalgadas.


---

Em suma, parece-me injusta e mal avaliada esta atribuição. Não retirando aqui qualquer valor à qualidade fantástica de Kaka, eu não votaria nele.


ler tudo >>

14.12.07

Sporting: Uma análise simplesmente táctica

ver comentários...
É uma tendência tão natural como, na minha opinião, irracional. Quando se detecta um problema tenta-se encontrar uma causa directa, a peça exacta do puzzle que não encaixa e que, por isso, não permite que o cenário final corresponda ao desejado. Como em tantas outras coisas, em futebol o efeito problemático não surge pela acção de uma só causa. A complexidade é bem maior e, normalmente, as consequências surgem da congregação de uma série de factores – uns mais importantes do que outros, bem entendido – e uma análise feita pelo isolamento das potenciais causas é, forçosamente, uma análise limitada por ignorar a complexidade no seu raciocínio.
Ainda assim, é uma tendência natural e, no caso da já popular “crise” Sportinguista temos observado várias análises simplistas que, dependendo do perfil de quem as faz, se voltam para áreas específicas. Uns, mais dados ao ataque corrosivo e às conspirações de bastidores atiram na direcção de alvos pessoais, pedindo cabeças por pretensa incompetência ou, pior do que isso, falta de seriedade. Outros viram-se para o campo da táctica tentando encontrar aí uma explicação que resolva definitavemente o dilema. Não desfazendo o que escrevi no parágrafo anterior e porque me agrada bem mais estudar o jogo do que a pouca objectividade das novelas de bastidores, é sobre este último prisma que me quero centrar partindo de algumas análises que tenho lido e ouvido.
No inicio era a “táctica”, que é como quem diz o sistema. Durante semanas ouvimos e lemos sobre a necessidade do Sporting encontrar alternativa no 4-2-3-1. Porque é preciso extremos e porque o “losango” não ocupa racionalmente bem os espaços exigindo muito dos jogadores. Ora, como referi na altura, a mudança de “esqueleto” por si só não é solução para nada. Pelo contrário. Mudar de sistema a meio da época torna mais difícil a repetição das rotinas e princípios de jogo que, no caso do Sporting, já levam dois anos de prática sobre o 4-4-2 losango. Seria, no mínimo, um risco e agora parece que todos já o perceberam. Riscado o sistema viraram-se agora para as opções individuais. A mais recente das soluções tem sido a colocação de Moutinho na posição 10, pelo perfil mais vertical do seu jogo, quando comparado com a alternativa Romagnoli. Outra das novas criticas tem sido o primeiro passe de Miguel Veloso, diz-se, demasiado longo para inicio de construção...

Recurso à memória
O mais curioso no caso do Sporting é que ninguém parece ter memória do que já foi este mesmo Sporting (com algumas alterações individuais) deste mesmo treinador e com este mesmo modelo de jogo. O que se viu no final da temporada passada foi um futebol de altíssima qualidade e é pela comparação com esse período que, no meu entender, se deve fazer a análise. Neste contexto convém lembrar que grande parte da melhoria do Sporting da primeira para a segunda parte da temporada passada resultou, precisamente, da entrada de Veloso e Romagnoli no onze tipo do Sporting, pelo que julgo desajustada uma critica que se direccione neste sentido. O problema do Sporting, parece-me, é que em todas as alterações que fez no seu onze base, em relação a 06/07, ficou a perder... vamos a elas:

Baliza
A saída de Ricardo é dos pontos menos focados pelos analistas. No entanto se nos recordarmos do que aconteceu no Dragão, em Roma, em Matosinhos, em Manchester e frente ao Leiria é fácil perceber que têm sido demasiados os erros vindos desta posição específica. Ricardo poderia não ser perfeito, mas duvido que acumulasse tantos erros em tão pouco espaço de tempo.
Lateral esquerda
Será certamente o principal problema individual do Sporting 07/08. Se virmos um vídeo do Sporting 06/07, e tal como escrevi aqui diversas vezes, era fácil verificar como a equipa tendia a orientar o seu jogo para a esquerda. Em 07/08 acontece precisamente o contrário, com Abel a ser protagonista de várias acções ofensivas e com Romagnoli a descair preferencialmente para esse flanco. Naturalmente que há também a importante ausência de Nani mas a verdade é que esta dificuldade de atacar pela esquerda se deve também à falta de qualidade (quer na posse de bola, quer nos tempos de subida) de Ronny. Como se não bastasse, a equipa sente muitas dificuldades, também, a defender sobre esse flanco. Inúmeras vezes assistimos às dobras de Polga sobre o flanco, fruto de um mau posicionamento de Ronny que, depois, também não é lesto a fechar no espaço interior. Convém ainda referir que Marian Had também não se tem mostrado solução minimamente à altura.
Ala esquerda
Nani tinha uma importância grande no ano passado que, por consequência, se estende às lacunas deste ano. O agora “Red Devil” tinha a capacidade de abrir como extremo quando em posse de bola e, defensivamente, ser bastante eficaz tanto no posicionamento zonal como na pressão agressiva que exercia. Tanto Izmailov como Vukcevic me parecem reforços bem conseguidos mas estão longe de substituir no imediato a qualidade que dava Nani. Izmailov tem muita qualidade nos seus movimentos interiores (inclusivamente sem bola) mas não tem a mesma capacidade para dar qualidade ao jogo junto à linha. Aqui há também que referir a menor capacidade no 1x1 do russo, o que torna Romagnoli no único jogador capaz de desequilibrar nesse aspecto no habitual onze leonino. Da reabilitação desta ala esquerda (que passará muito mais por encontrar um lateral que dê maior qualidade às trocas de bola) depende muito a segunda metade da época do Sporting.
Avançado
A mobilidade dos avançados era um dos requisitos para que o modelo funcionasse no seu pleno. Aqui o Sporting poderia ainda ganhar com a presença de Derlei que, com Liedson, dava outra capacidade à primeira linha de pressão, permitindo a subida do restante bloco. A lesão do “Ninja” foi um forte revés. Com Purovic o problema da mobilidade acentuou-se e a equipa sentiu muito essa alteração nos primeiros jogos. Com o montenegrino o Sporting torna-se mais previsível mas pode também contar com uma arma diferente. Para já temos visto, e bem, a equipa a adaptar-se a esta nova realidade, trabalhando menos a bola e recorrendo mais a cruzamentos largos para a área. Não é o ideal para o modelo inicialmente pensado, mas pode até vir a trazer ao ataque leonino outros recursos até agora inexistentes.

ler tudo >>

MBP07: Obrigado!

ver comentários...
Numa iniciativa que pretende eleger os melhores blogs nacionais de 2007, o Jogo Directo aparece destacado entre os 10 nomeados para a categoria de Desporto. Esta nomeação resulta da votação do público, enquanto que a decisão final (a conhecer este fim de semana) será feita por um juri seleccionado.
Não tendo feito aqui qualquer promoção ao acontecimento esta é uma nomeação que, por si só, é bastante gratificante.

A todos os que visitam e, em especial, a quem votou, o meu Obrigado!

ler tudo >>

O mergulho...

ver comentários...

ler tudo >>

13.12.07

Boca - Milan: Pelo estatuto!

ver comentários...

Como previsto o campeonato do mundo de clubes que actualmente joga no Japão terá como finalistas os representantes Europeu e Sul Americano. Milan e Boca Juniors, dois emblemas habituados a estas viagens ao oriente, tal a frequência com que conquistam os títulos nos respectivos Continentes, discutem num jogo o estatuto de Campeão do Mundo. Pois bem, seja qual for o desfecho da partida, o estatuto não se ajustará à real valia do conjunto vencedor. Digo isto porque, quer Milan, quer Boca estão nesta altura muito longe de se constituírem na melhor equipa do mundo.

Boca Juniors
Sobre o momento do Boca de Russo o desfecho do último Campeonato Apertura fala por si... O Lánus conquistou um título inédito na sua história, num campeonato em que, francamente, quase qualquer equipa poderia ter vencido, tal a ausência de equipas que realmente se conseguissem impor pela sua qualidade. Ver o Boca é ver um futebol com algum talento (nas figuras, por exemplo, de Banega ou Neri Cardozo), mas profundamente fraco em termos de jogo colectivo. Defensivamente, muito permissivo e tantas vezes pouco equilibrado. Ofensivamente parco de ideias, recorrendo várias vezes a um jogo de bolas bombeadas que procuram em desespero a estatura de Palermo. Quarto classificado no seu campeonato, não sei se este Boca conseguiria essa posição caso competisse em Portugal...

Milan
Do outro lado o Milan, conhecido dos portugueses pelo facto de recentemente ter defrontado o Benfica. Obviamente que não se trata de uma equipa fraca, mas dizer (como se disse aquando da sua visita à Luz) que este é o melhor conjunto da Europa, parece-me um escandaloso exagero! O Milan é décimo na Serie A e a equipa atravessa uma crise ofensiva profunda, não conseguindo repetir a expressão ofensiva de outras épocas sob o comando deste mesmo Ancelotti. Shevchenko, cujo impacto era bem maior em Itália do que aquele que hoje consegue em Inglaterra, nunca foi devidamente substituído, mas é nos flancos esta equipa mais se ressente. A dinâmica do característico 4-3-2-1 requer desequilíbrios feitos pelos laterais. Neste aspecto Cafu e Serginho foram sendo soluções de alta produção, mas hoje os dois brasileiros têm 37 e 36 anos, respectivamente, e a idade, embora no Milan por vezes não pareça, também tem o seu peso...

Sobre o desfecho, a história das finais de Tóquio aconselha a alguma prudência, mas parece-me que, apesar do que já referi, o Milan tem um nível futebolistico bem superior ao do Boca Juniors e que lhe deve garantir o triunfo na manhã de Domingo.


ler tudo >>

FC Porto: 2008 vs. 2004

ver comentários...

Um olhar sobre os possíveis adversários do FC Porto nos oitavos de final da Champions, leva-nos à conclusão que, só com muito azar, os dragões não serão favoritos para chegar aos quartos de final. Este é um facto que, por si só, torna legitimo o sonho, numa fase da prova em que um bom jogo, um bom momento, pode ser suficiente para fazer toda a diferença. Embora ainda distante dessa fase, pergunto que diferenças e que semelhanças existem entre este Porto que sonha e aquele que, há 4 anos, entrava no improvável corredor da glória Europeia...

(+) Transição ofensiva
É a grande vantagem competitiva de Jesualdo Ferreira no plano interno e a mais letal das armas do seu FC Porto. Um mecanismo altamente bem rotinado que tira o melhor partido das qualidades individuais dos dois maiores artistas do colectivo: Quaresma e Lucho. Há poucas equipas na Europa que interpretam tão bem este momento como o Porto e não tenho dúvidas em afirmar que, neste aspecto, o Porto é mais forte do que em 2004.

(=) Transição defensiva
Foi a imagem de marca do primeiro ano de Mourinho. Mal perdia a bola, a equipa fazia uma pressão agressiva e muito organizada o que lhe valia muitas recuperações de bola. No segundo ano, Mourinho apresentou uma filosofia mais cautelosa, com maior preocupação posicional. Nesse segundo ano, a transição portista era mais próxima com aquela que Jesualdo preconiza nos dias de hoje. Grande equilíbrio posicional com os jogadores rapidamente a ocuparem eficazmente as suas posições, limitando as linhas de passe ao adversário. A diferença está na menor agressividade do Porto actual nesse momento do jogo.

(-) Versatilidade
Se há dificuldade que se pode apontar ao Porto de hoje é a dificuldade em fazer frente a estilos de jogo diferentes daquele a que está habituado. Equipas que recorrem a um estilo mais directo criam muitas dificuldades ao este FC Porto que, comparativamente com o de Mourinho não é tão eficaz na adaptação a um jogo em que as segundas bolas e o confronto aéreo são altamente relevantes. Outro aspecto em que o Porto de hoje não é tão forte é quando é forçado a defender mais perto da sua baliza. A falta de agressividade do pressing portista torna-se, aí sim, um problema com a equipa a ressentir-se muito dessa situação, não conseguindo, inclusive, protagonizar com a mesma confiança as suas letais transições ofensivas. Um ponto a rever para as eventuais deslocações aos grandes palcos.

(-) Qualidade individual
A magia de Quaresma e a classe de Lucho são indiscutivelmente as mais valias de hoje. O Porto poderá até ter uma melhor dupla de laterais, mas a “espinha dorsal” de hoje não tem a qualidade individual daquela que ergueu o trofeu em 2004. Refiro-me à dupla de centrais (Ricardo Carvalho + Jorge Costa) e ao famoso trio de meio campo (Costinha + Maniche + Deco). Na frente, McCarthy e Derlei eram também duas soluções para a finalização com uma qualidade difícil de encontrar no Porto de hoje. Isto apesar do brilhante momento de Lisandro.

(?) Momento e Sorteio
É algo que resulta do próprio formato da competição. Ou seja, é em Março/Abril que se discutem os jogos decisivos desta prova que nessa fase é a eliminar, de nada valendo o que se fez ou deixou de fazer no resto da temporada. Em 2004 o Porto geriu a temporada de forma a poder aparecer forte nessa fase. Resta saber como será 2008, mas fica desde já o aviso da quebra verificada na época passada. Outro aspecto em que o Porto também foi feliz em 2004 foi o sorteio. Não pelo Manchester United, obviamente, mas pelo facto de, a partir dos oitavos de final , não se ter confrontado com nenhum “tubarão” Europeu. É outro aspecto que poderá ser decisivo na caminhada Europeia portista em 2008.


ler tudo >>

Darcheville - a dificuldade do falhanço

ver comentários...

ler tudo >>

11.12.07

"No!"

ver comentários...

Devo começar por confessar que auto-exclusão de José Mourinho para o cargo de Seleccionador Inglês é para mim um alivio...
Na realidade este é um processo interessante com a Federação Inglesa a voltar-se claramente para nomes de prestígio, que têm também a particularidade de serem “não ingleses”. Depois de Eriksson, o falhanço de McLaren terá tornado inequívoca e evidente a falta de qualidade dos técnicos ingleses. Este não é um ponto fácil de reconhecer numa nação tão tradicionalista e orgulhosa como a Inglesa mas é, hoje em dia, um facto que já se podia inclusive comprovar pela ausência de técnicos ingleses nas principais equipas do país.

É um tema a que tenciono voltar com maior profundidade, mas fica desde já a referência para uma visão estrategicamente errada que aprisionou o futebol inglês à rigidez do 4-4-2 e a um estilo e filosofia de jogo muito próprias. Foi esta orientação que tornou o futebol Inglês (e britânico) no menos tacticamente flexível (e, consequentemente, mais previsível) da Europa, e que condicionou de forma marcante a formação dos seus jogadores...


ler tudo >>

A hipótese César Delgado, "El Chelito"

ver comentários...

Depois do Romeno Dica, surge agora a notícia da possível contratação de César Delgado por parte do Benfica. Antes de falar sobre o jogador, convém referir que as certezas dadas em Portugal não coincidem com a maior reserva e contenção das notícias mexicanas no que se refere ao futuro do jogador. Lyon e Olympiakos são outros clubes apontados como concorrentes ao concurso do jogador que, ao que tudo indica, deverá sair por uma verba a rondar os 6 milhões de euros (foi esse o valor oferecido pelo Olympiakos no Verão passado).

César Delgado, “Chelito”, nasceu e cresceu na cidade de Rosario na Argentina. No futebol tem o carimbo de uma das melhores escolas do futebol daquele país, o Newell’s, mas foi no rival Central que começou a dar nas vistas. Avançado móvel, rápido e de bom recorte técnico, Delgado formou parelha de sucesso com Luciano Figueroa. A capacidade financeira do futebol mexicano atraiu-o para o Cruz Azul onde tem feito carreira, marcando bastantes golos (finaliza bem com os dois pés, apesar de ser destro) e destacando-se pelas suas assistências. O impacto tem sido tanto que há quem o considere o melhor estrangeiro do futebol Mexicano.

Aos 26 anos, Delgado é um valor inquestionável e um jogador sempre entre os candidatos a integrar a Selecção Argentina (foi medalha de Ouro nos jogos olímpicos de 2004). Não se pense, no entanto, que será um jogador para fazer sombra a Cardozo ou Nuno Gomes. A sua eventual contratação trará, isso sim, uma solução para jogar, ou no apoio ao ponta de lança, ou sobre a ala direita, para onde descai preferencialmente. Com os seus créditos completamente firmados na América do Sul, Delgado prepara-se agora para o grande desafio dos jogadores daquele Continente: o teste no futebol Europeu...


ler tudo >>

Os mais modernos sistemas de rega!

ver comentários...

ler tudo >>

10.12.07

À margem do jogo: Aguentemos!

ver comentários...

Nos últimos dias, talvez pelo menor interesse dos desequilibrados confrontos da Taça de Portugal, assistimos a alguns episódios que animaram o fenómeno futebolístico, mas fora das quatro linhas. Pergunto-me se estas novelas farão para sempre parte do nosso futebol, ou se algum dia as vamos conseguir erradicar? Infelizmente a resposta mais provável que encontro aponta para que estes jogos de bastidores façam parte do fenómeno, constituindo-se eles próprios como um factor de entretenimento para a maioria dos adeptos. Aguentemos!

- O primeiro caso aconteceu com o lançamento do livro de José Veiga. Como se não bastasse a época natalícia, Veiga veio para a televisão tentar divulgar a sua “obra” com criticas oportunistas e perfeitamente fora de tempo. É fácil encontrar vários ditados que se ajustem à situação e, sinceramente, apenas me espantaria se Veiga saísse da Luz de forma pacífica. Os episódios do seu passado falam por si e o Veiga que agora se mostra não é mais nem menos do que aquele que um dia chegou à Luz pela mão de Vieira. De todo modo, dispensavamos mais um aproveitamento da dimensão popular do futebol (e, neste caso, do Benfica em particular) para fazer dinheiro à custa de polémicas desnecessárias.

- Seguiu-se Carlos Martins, numa entrevista que só pelo seu “timing” é lamentável. Aliás, o conceder da entrevista nesta altura é apenas mais um exemplo que comprova a ingenuidade do jogador, bem patente nos episódios pelo mesmo relatados na referida entrevista. Carlos Martins não fica, em nada, beneficiado com o acontecimento, criando alguns anti corpos dentro de um clube que, não só o formou, como ainda detém 40% dos seus direitos desportivos. Igualmente, em ano de Europeu e com as dificuldades conhecidas de Scolari em encontrar alternativa a Deco, Martins nunca deveria reavivar os seus problemas no plano extra desportivo e, sobretudo, envolver os episódios das suas convocatórias na polémica.

- Finalmente, e ainda em Alvalade, a contestação da Juve Leo no jogo como Louletano. Não há nada de errado em grupos de adeptos manifestarem a sua opinião pela ausência parcial ou total dos jogos. O que não é, de forma nenhuma, legítimo é que esses mesmos sócios (mesmo que sejam parte de uma claque que faz, inequivocamente, parte da história do Sporting) queira sobrepor-se aos estatutos e ordem democrática do clube, tentando destituir membros ou direcções inteiras legitimamente eleitas em assembleia geral. Esse é o objectivo deste movimento que parece ser capaz de perturbar até a própria equipa de futebol (e, por consequência, os seus resultados) para conseguir os seus objectivos. É um cenário que já se repetiu em todos os clubes mas que no Sporting teve, no passado, consequências directas em decisões tomadas, abrindo um precedente altamente perigoso. Precisamente sobre um desses incidentes, relembro a época de 2000/2001. Em Alvalade preparava-se a substituição de Inácio por Mourinho. Um desfecho aparentemente ingrato para Inácio, mas que hoje ninguém levantaria sequer ponta de contestação. Face à revolta de alguns sócios (precisamente com a mesma origem destes), a operação sofreu um revés e Mourinho prosseguiu o seu caminho vitorioso mas por outras paragens. A ironia de tudo isto reside no facto de uma das pessoas que estava por trás dessa decisão visionária ser precisamente um dos mais responsabilizados pelos insucessos leoninos: Carlos Freitas.


ler tudo >>

AddThis