28.9.07

O Derbi em antecipação

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É um derbi que vem cedo na época, mas já de uma importancia bem significativa para os dois rivais. Tudo por causa de mais um começo dominador do FC Porto que ameaça escapar-se de forma bastante preocupante sobre aquele (senão os dois) que levar a pior.
Para além da questão classificativa há ainda outros aspectos que aproximam os dois conjuntos no momento do confronto. Primeiro, a dificuldade que os dois treinadores (cada um à sua maneira) têm sentido em tirar o melhor rendimento do modelo por cada um idealizado, e depois a fidelidade extrema a dois sistemas que ambos não abdicam, nem deverão abdicar.
Do lado encarnado, o 4-4-2 que se caracteriza pelas suas 2 linhas de 4 e pela diferença entre os dois avançados – um mais móvel, outro mais fixo. Neste embate é até possível que o Espanhol aproxime mais vincadamente um dos da frente ao quarteto de meio campo para dar maior força a um sector que terá de defrontar o famoso e normalmente poderoso losango de Paulo Bento. O Benfica procurará não perder nunca o seu equilíbrio em campo, unindo as suas linhas sempre que o adversário tiver a bola e fazendo um pressing zonal a partir de um bloco que não creio que vá ser muito alto.
No Sporting, sempre a busca da posse de bola, com o modelo tantas vezes repetido por Paulo Bento, assente numa forte transição defensiva e numa posse de bola que procura ser rápida, apoiada e com grande entrosamento de movimentações. O esqueleto será o 4-4-2 mas com o tal losango no meio e provavelmente com Djaló na frente para tentar dar aquilo que a equipa raramente tem: explosão na transição ofensiva.

Pelas características das equipas, tudo aponta para que o Sporting só possa vencer se a sua posse for dominante durante os 90 minutos. Aqui o papel e a inspiração de Romagnoli pode ser determinante, já que é o Argentino o único a parecer conseguir desequilibrar com os seus movimentos em apoio, ora à direita, ora à esquerda. Nota ainda neste aspecto para as dificuldades que os leões parecem sentir para manter a consistência do seu jogo em momentos de maior frequência de jogos. O Benfica, por seu lado, terá que começar precisamente por anular o futebol mais rotinado do meio campo leonino. Aqui outro aspecto se levanta: superioridade numérica verde e branca sobre o “miolo”. É assim no papel mas não tem de ser no campo e a ligação das linhas pode ser fundamental para isso. Outro problema para o Benfica é o seu futebol ofensivo que parece não ter explosão nem ligação para fazer grandes estragos. Já o referi, a qualidade até agora mostrada pelos alas não é suficiente e este é um aspecto relevante para um sistema que reserva espaço a dois extremos. No Benfica tem sobrado apenas a inspiração e qualidade de Rui Costa e Di Maria e mais uma vez será sobre eles que recairão as atenções. Francamente, parece-me que Camacho estava ser generoso com os seus quando afirmou que a qualidade do futebol das duas equipas se equipara neste momento, mas este facto não dá ao Sporting qualquer favoritismo em 90 minutos de intensidade, inspiração e emoção.

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Para a memória fica um dos triunfos mais azedos dos encarnados frente ao rival. Ganhou por 3-0 mas perdeu Mourinho!

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Futebol no mundo... para além do derbi!

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Roma – Inter Milão (Serie A, Sábado 17h00)
Confronto de líderes na Serie A. Uma das questões mais debatidas em Itália é se a Roma constitui um candidato ao título. É uma formação que tem encantado meio mundo com o seu futebol ofensivo, muito vistoso pelo virtuosismo e mobilidade dos intérpretes. A Roma alinha em 4-4-1-1, com dois laterais ofensivos (Casseti ou Cicinho à direita e Tonetto à esquerda). O motor da equipa está na dupla De Rossi-Aquilani que têm muito trabalho num meio campo de alas ofensivas (Taddei à direita e Mancini à esquerda). Totti é o senhor da equipa, sozinho na frente, para ele não há regras, está à parte e enquanto as suas aparições forem tão breves quanto brilhantes, ninguém se importa. Atrás dele, Perrota aparece desde o espaço entre linhas, com um sentido de oportunidade que o torna temível. Há mais gente de fora, como Giuly ou Vucinic e falaremos mais tarde sobre este adversário do Sporting que, na minha opinião, tem um futebol demasiado utópico para ser visto como um candidato sério a grandes feitos.
Do outro lado estará o poderoso Inter no 4-4-2 clássico de Mancini. Sem grandes alterações em relação a 06/07 e mantendo-se na mesma busca pelos méritos da combinação entre o equilíbrio colectivo e a qualidade individual. Nota para o dominador Ibrahimovic e para um Figo que parece imortal, ano após ano ao mais alto nível. Finalmente uma pergunta: Qual será a margem de manobra de Mancini com Mourinho livre?
Palpite: Empate

Bayer Leverkusen - Bayern Munique (Bundesliga, Sábado 14h30)
É um confronto que opõe os dois primeiros da classificação, separados por 3 pontos ao fim de 7 jornadas. Na realidade esta é uma diferença que se espera poder ser bem maior no final da temporada, tendo em conta o poderio da versão 07/08 do Bayern. Em Leverkusen a formação bávara vai ter um teste à sua projectada supremacia na liga deste ano, encontrando um Leverkusen renovado e que tem sido uma agradável surpresa na prova deste ano. Longe parecem já os tempos em que o Bayer dava cartas entre os melhores da Europa e daquela equipa que chegou à final da Champions sobra apenas a familiaridade dos nomes dos veteranos Schneider e Ramelow. A remodelação tem sido um processo difícil em Leverkusen mas 07/08 parece ter dado novas esperanças com uma recente série impressionante de resultados, vindo de 3 vitórias consecutivas e 2 fora de casa. Na equipa do Bayer destaque para os jovens Gonzalo Castro (lateral que é internacional alemão aos 20 anos), Arturo Vidal (a polivalente promessa chilena de 20 anos), para o experiente Friedrich (defesa internacional de 28 anos) e para os avançados Kiessling (internacional alemão de 23 anos) e Gekas (o grego contratado ao Bochum depois de ter surpreendido ao consagrar-se goleador máximo em 06/07. Tem 27 anos).
Quanto ao Bayern já foi aqui diversas vezes abordado, mas nunca é de mais realçar o poderio ofensivo de uma equipa em que se destaca a criatividade de Ribery e a eficácia da poderosa dupla Klose-Luca Toni (13 golos entre os dois!)
Palpite: Bayern

Galatasaray – Besiktas (Liga Turca, Sábado 18h30)
Confronto explosivo em Istambul, como sempre. De fora fica o campeão e não menos popular Fenerbahce à espera de poder recuperar do seu desastroso inicio de temporada. No Galatasaray a aquisição do ano foi o criativo brasileiro Lincoln, contratado ao Schalke 04, numa equipa que conta com a mistura entre a experiência de nomes como Hakan Sukur ou Hasan Sas com promessas como o jovem Ozcan (com Nuri Sahin a grande promessa turca da actualidade, sendo internacional aos 19 anos). No Besiktas a qualidade vem do misto de jogadores sul-americanos onde se destacam os avançados Higuain (irmão do craque do Real) e Bobo (poderoso goleador brasileiro de 22 anos), bem como os médios Ricardinho, Matias Delgado e, claro está, Rodrigo Tello.
Palpite: Empate

CFR Cluj – Dinamo Bucareste (Liga Romena, Domingo 18h30)
Na Roménia começam a acreditar que é possível! Ao fim de 8 jornadas o Cluj lidera e se a vantagem sobre o segundo não pode ser considerada muito significativa (3 pontos), o facto dos grandes da capital estarem a passar um mau período pode contar muito nesta tentativa do clã português fazer história no futebol Romeno. O Dinamo, dominador na temporada passada leva já 7 pontos de atraso (ainda que com menos 1 jogo) e uma derrota pode significar um forte handicap no que diz respeito à revalidação do título. O sucesso do Dinamo em 06/07 foi conseguido através de um conjunto de jogadores experientes (Danciulescu, Niculescu, Munteanu) que este ano não estão a conseguir reproduzir o mesmo nível competitivo. Nota para os jovens defesas Moti e Pulhac bem como para o grande reforço da época o avançado Zicu (23 anos e ex-aposta do Inter de Milão). No Cluj, já se sabe, Portugueses é o que não falta (Tony, Nuno Claro, Semedo, Amoreirinha, Manuel José, Fredy, Dani, Pedro Oliveira, André Leão e Cadu) e há ainda os conhecidos Canales e Didi.
Palpite: Cluj



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Showboat de conhecidos

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27.9.07

Taça da Liga...

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Ainda fora de Portugal não tive oportunidade de ver os jogos de ontem (ao contrário do que acontece com a maioria dos jogos da Liga, felizmente!). Estando nesta condição devo confessar o gozo que me dá ouvir as transmissões radiofónicas pela Internet, recordando outros tempos e, sobretudo neste caso, matando saudades das emoções que se vivem quando se está mais perto. Ontem referi aqui o quanto positivo creio ser esta Quarta Feira para os adeptos portugueses e, apesar da tal satisfação por ouvir o relato, dei por mim a suspirar perante alguns comentários a desfazer a ideia da competição, pelos 0-0, pelos penaltis mas, sobretudo parece-me pelos embaraços sofridos pelos grandes. Se às vezes parece difícil, há outras em que se torna bastante claro porque é que o nosso futebol continua a perder terreno para as principais ligas...
Então não chegamos todos à conclusão de que havia poucos jogos em Portugal? A realidade de fazer gestão dos planteis existe em todos os países com os riscos desportivos que são evidentes e que podem ser comprovados todos os anos com grandes clubes a serem eliminados por outros bem mais modestos. Cada treinador tem de fazer opções, podendo dar oportunidades a jovens e outros jogadores que raramente jogam durante a temporada ou, em alternativa, arriscando menos por não querer perder a oportunidade de vencer mais uma competição... é assim em todo o lado e o que me parece negativo é querermos poucos jogos para que os nossos clubes possam ganhar sempre sem ter de fazer grande esforço (o que é próprio de ligas menores e menos competitivas). Por mim, continuo a defender que o futebol é para se jogar muitas vezes e que depois cabe aos profissionais fazer o seu trabalho, gerindo entre as expectativas e o desgaste...
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Sobre os resultados, nota evidente para a proeza em Fátima que significa também o embaraço portista em anos consecutivos – algo raro, tanto mais que se trata de uma equipa que aparece dominadora na prova principal. Os outros grandes deram-se bem com os penaltis e, para além das eliminações de Belenenses e Nacional, nova referêcia para o Setúbal que voltou a atropelar o mais poderoso Braga – será que Carvalhal vai ser a maldição dos Arsenalistas um ano depois da sua polémica saída?
Referir ainda, que a partir de agora as coisas serão mais difíceis para os mais pequenos com uma eliminatória a 2 jogos e a fase grupos. Adivinha-se por isso uma disputa interessante entre Sporting e Benfica na derradeira fase da prova.

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O "Bombardeiro" mostra como se afunda o Milan

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Jogos da Semana

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26.9.07

Quarta Feira de bola!

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Aí está a Taça da Liga no explendor – que é como quem diz com os 3 grandes! Esta sempre me pareceu uma excelente ideia para o futebol Português (embora creia que o modelo escolhido poderia ter beneficiado um pouco mais a competição) que é também uma boa imagem das melhorias na Liga desde a entrada de H.Loureiro – sei que é sempre mais fácil criticar até porque há sempre coisas que podiam ser melhores mas neste caso parece-me importante elogiar a vontade de fazer algo construtivo.
Hoje – na verdade já aconteceu ontem – há futebol por toda a Europa e, ao contrário do que sucedia todos anos, desta vez nós, adeptos Portugueses, também poderemos disfrutar do jogo que nos apaixona sem ter obrigatoriamente de recorrer às competições dos outros. Este parece-me sem dúvida um sinal positivo!


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O melhor de German Denis

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É o melhor marcador do torneio de Apertura e, por isso, um dos destaques inevitáveis dessa prova. Aos 26 anos German Denis pode ter relançado a sua carreira e, quem sabe, conseguir uma boa oportunidade na Europa. Ponta de lança que se destingue, simplesmente, por marcar golos e pela sua aptidão para jogar na área – não se pode dizer que seja poderoso, invulgarmente rápido ou que seja um executante invulgar. Denis actua no Independiente, líder e um dos principais candidatos à conquista da prova perante a inconsistência dos gigantes Boca e River. O avançado que teve uma carreira até aqui modesta com uma passagem pela segunda divisão Italiana marcou este fim de semana o melhor dos seus 11 golos já apontados e, por isso, fica aqui o destaque...


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25.9.07

Notas da jornada

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Sp.Braga 0-0 Benfica
No jogo da jornada, a deslocação do Benfica a Braga não trouxe boas notícias para as águias. Não tanto pelo resultado – apesar do momento duvidoso, o Braga continua a ser um adversário de muito respeito – mas mais pela pouca produção que se viu. Ao 4-3-3 do Braga o Benfica respondeu com o seu 4-4-2 (ou 4-4-1-1, como quiserem!) mas nunca conseguiu aproveitar o espaço entre linhas que custou aos Bracarenses as últimas recepções a Sporting e FC Porto. Basicamente, com bola o Benfica nunca revelou capacidade de ligação de sectores e qualidade na primeira fase de construção para poder passar de forma consistente a primeira zona de pressão adversária e isso acabou por garantir ao Braga maiores períodos de superioridade na partida. Nota para a fraca produção dos alas encarnados que, na minha opinião, começam a representar uma séria ameaça ao sucesso deste sistema táctico. Neste aspecto, parece-me que Di Maria poderia ser uma boa ajuda se actuasse numa das alas, dando mais explosão na transição defesa-ataque (momento onde creio que pode tornar-se uma mais valia). Finalmente, num jogo em que é preciso fazer um esforço para encontrar uma ocasião clara de golo encarnado, pergunto o que não se diria se fosse Fernando Santos a substituir Di Maria e Rui Costa, as duas mais valias ofensivas da equipa...

Sporting 2–2 V.Setúbal
Tal como em 06/07, na ressaca da estreia na Champions o Sporting perdeu os primeiros pontos em casa. No ano passado lamentou-se dessa desfeita até ao final e este ano vamos ver qual o real preço do inicio da rotatividade. Neste aspecto, a rotatividade, nota para as dificuldades ofensivas que a equipa sente quando entra neste esquema. O Sporting, já aqui o referi, tem muitos problemas na operacionalização do seu futebol ofensivo, que, por ser baseado em princípios tão exigentes colectivamente, pode ser bastante eficaz se for bem sistematizado (tal como aconteceu no final do ano transacto quando os da frente podiam jogar repetidamente) ou simplesmente inofensivo perante equipas bem fechadas (como foi o caso na primeira parte frente ao Setúbal). Ainda sobre este tema, referir que Romagnoli me parece insubstituível pela mobilidade que oferece ao jogo ofensivo leonino – sobretudo numa altura em que Derlei não está e a equipa parece não saber o que fazer com o perfil mais fixo de Purovic. O problema esteve, sem dúvida, na forma como o Sporting atacou na primeira parte mas foi um invulgar erro defensivo que começou a antecipar o desfecho negativo para os leões, num lance em que Veloso esteve incompreensivelmente passivo perante Pitbull e Abel não se entendeu com Gladstone na marcação a Matheus, ficando ambos presos ao ex-Braga e libertando aquele espaço central por onde apareceu Elias. Finalmente nota – mais uma! – para o trabalho de Carvalhal em Setúbal: o Sporting pode ter cometido muitos erros mas só um Vitória invulgarmente bem organizado podia fazer o Sporting sentir tantas dificuldades.

P.Ferreira 0-2 FC Porto
Pouco para dizer num jogo em que o Porto se superiorizou tão facilmente. Um golo madrugador ajuda muito ainda que o Paços ainda tenha tentado recuperar no inicio da segunda parte, este Porto tem uma arma que nenhum dos outros rivais possui, uma transição ofensiva mortífera, e foi mais uma vez com ela que matou o jogo. As saídas em ataque rápido são muito bem trabalhadas por Jesualdo fazendo normalmente uso das qualidades individuais de Quaresma que ganha muito com esta rotina do “professor”. Esta é a característica que torna o Porto uma equipa actualmente mais completa do que a oposição e, por isso, mais capaz de causar estragos nos seus adversários. Os azuis, carentes de um ponta de lança, já levam uma vantagem considerável sobre a concorrência e vamos ver se mais alguma vez a perderão durante a prova.


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Ronaldinho no Chelsea!

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Diz-se que pode valer 100 Milhões!

A concretizar-se:

- Um grande negócio para o Barcelona que se torna no grande vencedor do “affair Mourinho”.

- Uma tentativa de redenção de Abramovich junto dos adeptos após a chuva de críticas na sequência da saída de Mourinho.

- Um grande ganho para a dominante liga inglesa em termos de notoriedade.

- Uma oportunidade para o Barça virar a página criando novas rotinas para o seu futebol que, após os sucessos com Ronaldinho como centro dos princípios de jogo, começava a parecer algo perdido com tantas figuras como potenciais referências (sobretudo Messi e Henry).

- Um sinal de revolução no Chelsea que poderá passar pelas saídas de muitas figuras principais sob a era-Mourinho.


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Di Natale: Em foco!

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22.9.07

Jogos do fim de semana

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A proposta de Platini

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(email enviado por Tiago Videira)

Uma bomba de ar fresco a nova pré-proposta de Platini para reformulação das vagas nas competições Europeias!

(
http://www.xs4all.nl/~kassiesa/bert/uefa/access2009.html)

A ir para a frente, acaba de vez com o grande fosso entre o 8º e o 9º posto. De uma forma inteligente, escalonada, todos os países têm oportunidades de pôr muitas equipas - 5 vagas até ao 16º lugar! - utilizando as rondas de qualificação como triagem. Desta forma, um país em 7º lugar, com um mau sorteio ou má forma das suas equipas arrisca-se a ter apenas 1 equipa na Liga dos campeões e 2 na Taça Uefa, enquanto que um país do 16º lugar mantém sempre intactas as aspirações de ter 2 equipas na liga dos campeões e 3 na Taça Uefa.

A grande consequência: acabam-se os lugares 100% garantidos (até o 1º do ranking tem duas equipas em rondas de qualificação), o peso e influência do ranking diminui consideravelmente e a pressão é toda posta em cima do sorteio e da forma actual das equipas de um determinado país nesse ano.

Boas notícias para Portugal, acabando justamente em 2009 o tempo das vacas gordas (iremos cair no ranking), a queda já não terá consequências graves. Teremos sempre a oportunidade de mandar 5 equipas para a Europa (2 delas na Liga dos Campeões, assim passem a ronda de qualificação), o que, penso ser adequado a uma liga da nossa dimensão.

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20.9.07

O rumor: Mourinho Seleccionador Português!

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(fonte SkySports)

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Sporting - Man Utd: A lei do mais forte

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Era uma partida que trazia à memória de Alvalade o melhor da Liga dos Campeões do ano passado – o abrir, o jogo em casa contra o “colosso” do grupo. À partida sabia-se que o Manchester seria um adversário temível em praticamente todos os aspectos do jogo, mas particularmente em dois: nas transições ofensivas e nas bolas paradas. Quem conhece este Sporting, porém, dificilmente poderia prever uma derrocada de golos do United. O Sporting é uma equipa invulgarmente bem organizada defensivamente e o facto de ter sofrido apenas 2 golos nos 4 jogos que realizou com Inter e Bayern em 06/07 não é obra do acaso. O ponto que traça a diferença é que, enquanto o United junta aos seus méritos ofensivos uma boa organização defensiva, sofrendo igualmente poucos golos, o Sporting tem grandes dificuldades em importunar ofensivamente equipas de grande nível e o facto de ter marcado apenas 3 golos em 6 jogos no ano transacto, também diz muito sobre a equipa de Paulo Bento. Pedia-se concentração máxima e, tal como nessa partida frente ao Inter, inspiração.

Tacticamente, sem surpresas. Do lado leonino o losango de sempre, com a opção por Izmailov – que como já referi é um jogador melhor na leitura dos espaços e com maior tendência para fechar no miolo, quando comparado com o mais ofensivo Vukcevic – e Djaló – aqui a opção tinha que ver com o facto de Bento considerar que a velocidade tinha maior utilidade do que o jogo aéreo, face a um United tão poderoso no ar. Alex Ferguson, por seu lado, voltou a contar com Rooney – ainda distante do seu melhor – e colocou-o, de forma fiel ao seu modelo, solto na frente, com uma linha de 5 homens nas suas costas, pedindo à mobilidade e imprevisibilidade de Giggs, Ronaldo e Nani que combinassem com Rooney para criar os desequilíbrios.

O jogo começou de acordo com as pretensões leoninas, controlando a bola e, mais importante, o adversário, e ainda que não fosse fulgurante ofensivamente era a si que chamava a maioria das chegadas à área oposta. Até aos 35 minutos os leões dominaram e tiveram uma ocasião que ditou também o inicio da definição encontro, quando Van der Sar desviou o que parecia impossível, quando a tão necessária inspiração apareceu. O Sporting começou a perder gradualmente esclarecimento em alguns aspectos do jogo, errando mais e cedendo, aqui e ali, o proibitivo espaço para as transições. A toada acentuou-se no segundo tempo, com a equipa a ficar gradualmente mais incapaz de manter o controlo do jogo. Paulo Bento tentou espevitar, colocando Vukcevic no lugar de um adormecido Izmailov mas foi o United que marcou numa jogada bem reveladora da qualidade ofensiva dos ‘Red Devils’. Ataque rápido sobre a esquerda e, assim que o Sporting se posicionou sobre esse sector, a bola virou para o lado oposto onde havia o espaço para cruzar e apanhar a defesa leonina a procurar recompor as suas posições. O toque final na jogada foi dado por Ronaldo, com uma movimentação de quem sabe jogar no centro da área, atacando a bola e não se limitando a esperar pela precisão do cruzamento. Havia muito para jogar mas o jogo estava virado totalmente para o lado do Manchester, que agora podia contar com o espaço que o Sporting era obrigado a dar se queria chegar pelo menos à igualdade. Bento arriscou tudo, jogando apenas com 3 defesas, mas a equipa nunca foi perigosa de forma consistente e se é verdade que o United tem de agradecer a Van der Sar o facto de ter trazido um resultado positivo de Lisboa, também não deixa de ser verdade que foram os ingleses aqueles que criaram melhores condições para marcar depois do 0-1.

Ao Sporting fica a sensação de impotência num jogo em que conseguiu ser superior ao adversário durante bons períodos mas que nunca os conseguiu materializar, muito por falta de sorte e muito por mérito da maior valia individual dos adversários.

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Jogos da semana

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19.9.07

Porto - Liverpool : 15 minutos

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A história de um jogo nunca se conta pelo que acontece apenas nos seus primeiros 15 minutos mas em muitos casos a diferença entre ganhar e perder fica em grande medida determinada por esse curto período. O Porto entrou forte, determinado a surpreender o Liverpool e essa revelou-se uma opção estrategicamente acertada já que, vistas bem as coisas, foi apenas na abertura que os ‘Reds’ aparentaram perder o controlo sobre as ofensivas portistas. Nestes casos, e ainda mais em jogos deste calibre, é fundamental materializar o ascendente, algo que o Porto conseguiu sendo, no entanto, traído pela sua eficácia mas na baliza oposta, onde concedeu o empate à primeira chegada do Livepool.
Em termos de disposição táctica não houve surpresas, com Jesualdo a reproduzir o 4-3-3 que tem a particularidade de não ter um verdadeiro ponta de lança a fazer de 9. Do lado do Liverpool, Benitez não introduziu o 4-4-1-1 que tantas vezes reservou para os jogos mais complicados e foi ainda mais longe colocando Pennant, Babel e Gerrard no seu 4 de meio campo, deixando o mais posicional Xabi Alonso no banco. Ainda no que respeita às opções iniciais nota para a inclusão de Babel na esquerda o que foi um factor inibidor para Bosingwa, menos dominador do que é costume no seu flanco. Babel, já o referi, é na minha opinião um jogador com todo o potencial para actuar na frente e não sobre o flanco – tem características semelhantes a Henry – mas a sua capacidade física é tão impressionante como a sua técnica e foi por aqui que Bosingwa teve dificuldades em conseguir superioridade.
Após o golo a pressão portista dissipou-se naturalmente e o Liverpool, apesar de nunca ter dominado o jogo, passou a controlar sempre os Dragões, jogando no seu bloco zonal defensivo muito pressionante, que poucas equipas no mundo são capazes de ultrapassar e não permitindo que pudessem aparecer os 1x1 (já o tinha antecipado e contei uma só vez que Quaresma desfrutou para ir para cima do adversário sem que este estivesse auxiliado por um colega), ou que os portistas pudessem aproveitar o espaço entre linhas (por aqui se explica muito da discreta actuação de Lucho um jogador que faz a diferença no bom aproveitamento que faz dos espaços). Quando Pennant foi expulso, os ingleses concentraram-se ainda mais em apenas defender e o Porto passou o resto do jogo a bater contra aquela brilhante muralha defensiva. Não há nada de errado em ter dificuldades para ultrapassar aquela que, para mim, é a equipa que melhor defende no mundo mas o Porto tem alguns pontos a rever na incapacidade ofensiva revelada. Primeiro, o facto de Quaresma ter aparecido particularmente desinspirado nos lances de bola parada, batendo muitas vezes mal livres, directos e indirectos, em que costuma ser perigosissimo. Segundo, a entrada de Farias para jogar com 2 homens na frente. Jesualdo fez o que qualquer um na bancada teria feito em superioridade numérica – meter mais um avançado – mas será que a equipa se mostra adaptada e rotinada para jogar dessa maneira? Parece-me que não. Terceiro, a saída de Tarik. Mariano não trouxe nada de novo, antes pelo contrário, e o que pergunto é se face ao seu rendimento Tarik não foi sacrificado por falta de estatuto. Outro aspecto neste ponto é a necessidade de fazer substituições mesmo que elas não antecipem nenhuma melhoria, muitas vezes os treinadores sentem-se simplesmente pressionados a mexer.
Finalmente, sobre o golo sofrido pelos portistas fica a sensação de que Hyypia deveria ter sido, pelo menos, mais perturbado na hora de fazer o primeiro cabeceamento. Ainda assim, o finlandês é exímio no ar e depois do seu primeiro toque é muito complicado manter a vantagem nas marcações.

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Afinal, de quem é a culpa?

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(primeiro golo no Fiorentina 2-2 Atalanta do passado fim de semana)

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18.9.07

Hora Champions!

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Porto – Liverpool
Para o Porto este pode ser, desde logo, um jogo desbloqueador para a qualificação. Uma vitória na abertura vale, claro está, apenas 3 pontos mas criará um embaraço aos Reds, dando-lhes menos margem de manobra para falhar frente à restante oposição que, por sua vez, parece estar totalmente ao alcance do Dragão. O Liverpool virá ao Porto com a consciência de que um empate é um resultado positivo nas suas aspirações no grupo e Benitez fez descansar Torres e Gerrard no passado Sábado, pelo que os deverá utilizar na partida de hoje. O Liverpool vai apresentar-se com um bloco zonal baixo, muito forte a defender em largura – será dificil ser perigoso através das variações de flanco muito fomentadas por Jesualdo. A defesa à zona deverá estar especialmente atenta aos 1x1 de Quaresma e, por isso, o ‘Harry Potter’ tem de ser inteligente nas suas artes mágicas, libertando a bola para as zonas libertadas pelo seu foco de atracção. Muito perigosas serão as transições dos ‘Reds’. Torres e Kuyt serão sempre lançados a cada recuperação de bola e o apoio de Gerrard poderá ser uma ameaça para os desequilíbrios. Dois aspectos serão fundamentais neste ponto, primeiro a posse de bola tem ser muito eficiente com poucas perdas de bola quando a equipa estiver aberta a atacar e há que prevenir a exposição espacial nas costas da defesa, jogando um pouco mais baixo do que é costume (este será de resto o primeiro teste europeu à defesa sem Pepe). Este será um jogo de concentração, paciência e eficácia – é quase de La Palisse mas é mesmo assim a este nível, um erro pode definir tudo.

Onzes Prováveis:
Porto (4-3-3) –
Nuno; Bosingwa, Bruno Alves, João Paulo, Fucile; Assunção, Meireles, Lucho; Tarik, Quaresma, Lisandro.

Liverpool (4-4-2) – Reina; Finnan, Carragher, Agger, Arbeloa; Pennant, Mascherano, Alonso, Gerrard; Kuyt, Torres.

Estimativas das casas de apostas:
Porto – 28%
Empate – 30%
Liverpool – 42%
Milan – Benfica
O que se deve dizer em primeiro lugar é que este é um começo ingrato para o Benfica. Uma equipa ainda em processo de formação e com baixas de vulto encontra logo na abertura o Milan, perfeitamente identificado com a ideologia de Ancelotti e repleto de estrelas no seu elenco. A boa notícia, naturalmente é que a partir daqui é sobre o Milan que está a pressão da partida – aliás como Camacho fez questão de clarificar. Será precisamente a partir deste ponto que os encarnados deverão encarar o jogo, tentando torna-lo sempre incómodo para o adversário que terá no relógio um factor de enervamento. Escusado será dizer que este tarefa não se prevê fácil, o Milan será provavelmente a formação com mais ‘nervo’ do mundo e é capaz de permanecer num jogo impávido durante vários minutos sem nunca perder o seu sentido no jogo, mantendo-se confiante na sua eficácia. Nos ‘rossoneri’, atenção para as movimentações interiores de Kaka e Seedorf, normalmente aparecendo no espaço criado por Inzaghi. Outro dos movimentos clássicos é o desequilíbrio feito pelas ofensivas dos laterais que aproveitam o facto d os laterais contrários terem a tendência para fechar por dentro já que o Milan actua sem extremos. A terceira ameça (descontando as bolas paradas) vem do ‘rato’ Inzaghi. A melhor lei que do futebol para Inzaghi é a lei do fora de jogo, normalmente uma armadilha para os atacantes, com Inzaghi funciona ao contrário. Do lado encarnado surge a dúvida sobre quem poderá substituir Petit no miolo, com os jornais a lançarem Pereira como hipótese de recurso eleita por Camacho, embora eu espere mais surpresas no onze. De resto, e independentemente de quem jogue, será preciso que o Benfica tenha algo mais do que a habitualmente exigida concentração. Para San Siro vai ser preciso inspiração.

Onzes Prováveis:
Milan (4-3-2-1)
– Dida; Oddo, Nesta, Kaladze, Jankulovski; Ambrosini, Pirlo, Gattuso; Seedorf, Kaka; Inzaghi.
Benfica (4-4-2) – Quim; Luis Filipe, Edcarlos, Katsouranis, Leo; Rodriguez, Pereira, Rui Costa, Di Maria; Nuno Gomes, Cardozo.

Estimativas das casas de apostas:
Milan – 70%
Empate – 19%
Benfica – 11%

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Apareceu Targino!

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17.9.07

Breves da jornada (com um jogo ainda por disputar)

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O momento da jornada

O segundo golo do Benfica com o pormenor delicioso de Rui Costa. Não tão vistoso mas mais importante é o trabalho do 10 na construcção da jogada

V.Setúbal 3–1 Braga
Foi a sensação da jornada. Não tanto pela vitória em si, mas pela forma como foi conseguida. Desde o primeiro minuto os Vitorianos estiveram melhor do que a bem mais poderosa formação bracarense. O jogo foi, como é tão comum neste Braga de linhas pouco ligadas, veloz e com muito espaço. Assim se explicam os golos e as ocasiões num jogo em que Carvalhal deu uma valente demonstração de como o seu regresso a Setúbal pode ter sido salvação de mais uma época sadina. Do outro lado, mantenho reservas quanto a Jorge Costa.

Porto 1-0 Marítimo
Foi uma exibição que, alguns jogos depois, voltou a passar a ideia de um Porto escasso de criatividade colectiva, parecendo estar à espera da inspiração de Quaresma e bloqueando quando esta não surge na dose habitual. Jesualdo optou por voltar a colocar Lisandro na frente e desta vez muitos terão sido os que se lembraram do tantas vezes desprezado Adriano. A verdade é que as movimentações brasileiro não têm paralelo no plantel e prevejo que a integração de Farias necessite de paciência até porque a realidade de um ponta de lança no futebol Argentino é drasticamente diferente. Do outro lado, havia curiosidade em torno da resposta do co-líder Marítimo. Os madeirenses confirmaram-se uma formação acima da média do ponto de vista individual, no entanto a equipa não teve o arrojo para discutir a partida de forma mais séria. Primeiro, porque lhe faltou sempre capacidade no último terço e segundo porque defender foi mais uma questão de agrupamento numérico do que excelência organizacional. Porque na verdade mandou no jogo, o Porto mereceu o golo de Lisandro.

Benfica 3-0 Naval
Finalmente a Luz teve um jogo descansado. Camacho prossegue as suas experiências, com a questão a centrar-se mais numa questão de ajuste de individualidades do que na busca de novos princípios. A vitória é tão inquestionável quanto os números traduzem, mas há que referir as debilidades adversárias. A Naval é, e foi, uma equipa frágil e intranquila (aliás isso ficou mais claro com a saída de Chaló), aparecendo na Luz com uma estratégia que passava por aguentar o mais possível e, se ainda fez sofrer o Benfica durante os minutos iniciais, quando o golo surgiu a equipa ficou perdida sem saber mais o que fazer, sendo, por isso, devidamente penalizada. No Benfica, os destaques vão para a qualidade de Di Maria a jogar solto e para o perfume do impressionante Rui Costa. No outro prato da balança mantêm-se os extremos, onde, à margem de Di Maria, ainda não apareceram soluções verdadeiramente credíveis para Camacho.

E.Amadora 0-2 Sporting
Paulo Bento trouxe duas introduções importantes para a partida, os montenegrinos Purovic e Vukcevic. O ponta de lança passa a ser a opção primordial para o ataque e do seu rendimento vão depender uma boa parte das aspirações leoninas na temporada. Para já ainda não se viu o recurso à mais valida que pode representar a sua estatura mas é provável que Paulo Bento incorpore também essa solução mais tarde ou mais cedo. Quanto a Vukcevic, parece ser a opção que oferece garantias mais próximas das que dava Nani. Vukcevic é um jogador diferente de Izmailov, dá-se melhor junto à linha onde se sente confortável a entrar no 1x1 ou a combinar com os jogadores que por lá aparecem. Esta será, portanto, a solução mais natural para os jogos em que o Sporting se depare com equipas eminentemente defensivas. De resto, a partida não tem muita história para contar. O Sporting superiorizou-se desde cedo, forçando e aproveitando os erros de um Estrela que parece ainda longe do nível pretendido – sobretudo defensivamente. O 0-2 foi sinal de arrefecimento e controlo, até porque vem aí o Manchester.

Belenenses 2-1 U.Leiria
Jorge Jesus deve ter engolido em seco quando o Leiria se adiantou. O Belenenses teve um inicio de temporada complicado mas nem por isso brilhante ou próximo do que as expectativas sugeriam. Uma derrota frente ao Leiria transformaria um inicio de temporada tremido num problema bem mais complexo. O Belém deu a volta com brilhantismo, denotando carácter num momento complicado e, diga-se, dotando alguma justiça a uma partida em que foi superior. O Leiria – esta temporada bem mais modesto –bateu-se bem, desafiando o fora de jogo azul e conseguindo assim não só o seu golo como as suas ameaças na partida. O Belenenses voltou a ganhar e deverá encarrilar num campeonato positivo, faltando no entanto colmatar a saída do influente Dady na frente.

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16.9.07

A dor do crescimento

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(Texto enviado por Bruno Cabral)

A propósito das dificuldades que Portugal tem sentido na qualificação para o próximo Europeu – depois de ter feito um Mundial 2006 sensacional -, decidi escrever pela primeira vez sobre uma constatação (minha) que, no mínimo, dá muito que pensar.
E essa constatação é a seguinte: deste 1992, uma selecção que se revele a surpresa/sensação de um Europeu ou Mundial não se consegue apurar para o evento que vem a seguir. Nestes 15 anos há apenas uma excepção, mas já lá vamos.
Comecemos pelo Euro 92, na Suécia. A Dinamarca fez história, ao sagrar-se campeã europeia, depois de ter sido repescada para substituir a então Jugoslávia. Dois anos depois, a Dinamarca era uma das ausências principais do Mundial dos EUA.
Nesse Campeonato do Mundo (1994), uma outra selecção nórdica dava nas vistas, a Suécia. Os “canarinhos” da Europa só foram parados nas meias-finais pelo Brasil e terminaram a prova num espectacular terceiro lugar. Porém, seguiu-se a qualificação para o Euro 96 em Inglaterra e a Suécia não conseguiu apurar-se.
Em 1996, a Republica Checa participava pela primeira vez num grande certame (com o seu novo nome) e, para surpresa de todos, chegou à final, onde perdeu somente no prolongamento com a poderosa Alemanha. Só que, tal como a Dinamarca e a Suécia nos anos anteriores, a República Checa também não obteve o apuramento para o evento que veio a seguir, neste caso o Mundial de França.
Em 1998, a principal surpresa foi a Croácia. É verdade que tinha uma super-equipa, reconhecida por todos na altura, mas não possuía grande estatuto, até porque o país havia nascido há pouco tempo. Os croatas eliminaram a Alemanha, com um inesquecível 3-0, estiveram com um pé na final, perdendo 2-1 com a França, e acabaram em terceiros, à frente da Holanda. Foi fantástico para os croatas, mas a alegria sentida em 1998 não foi possível repetir-se em 2000, no Europeu da Bélgica e da Holanda, porque a sua selecção falhou redondamente na qualificação.
Foi então no Euro 2000 que surgiu a excepção de que falo no início do texto. Portugal foi a selecção-sensação desse evento e deu continuidade aos bons resultados com o apuramento para o Mundial 2002. Ainda assim, o outro terceiro desse Campeonato da Europa, a Holanda, não conseguiu estar presente no Mundial do Oriente. Mas pela tradição e grande nome que tem e já tinha, a Holanda não poderá ser considerada surpresa em 2000, por isso afirmo que nesses anos registou-se a única excepção.
Porém, os casos não se ficaram por ali. Tivemos mais dois. Primeiro a Turquia e depois a Grécia. A Turquia ficou num fantástico terceiro lugar no Coreia/Japão, mas não esteve em Portugal para o Euro 2004. Os gregos sagraram-se campeões europeus, numa das maiores surpresas da história do futebol, e depois não tiraram o passaporte para viajarem até à Alemanha para o Mundial 2006.
Enfim, são muitos os casos e, coincidência ou não, Portugal, quarto no Mundial da Alemanha, está a sentir muitos problemas – bem mais que o esperado – para qualificar-se para o Euro 2008. Espero, no entanto, que Portugal volte a ser a excepção.
Sinceramente é difícil de encontrar uma explicação para estes casos algo estranhos, mas, sendo tantos, parece-me que isto não é uma simples curiosidade. É a crise do sucesso, mais fácil de perceber nos clubes, ou então a “dor do crescimento” como lhe chamou Jorge Jesus, referindo-se ao Belenenses.


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14.9.07

Antevisão: Fim de semana de Derbies

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Tottenham – Arsenal (Premier League, Sábado 13h30)
O derby de “North London” opõe os dois maiores rivais de uma cidade repleta de clubes. Em Londres, pela sua dimensão e vida própria, seria abusivo dizer que a cidade vai parar para ver o jogo. Ainda assim, para os acompanhantes desta liga espalhados por todo o mundo este é um marco importante no calendário da competição. Este embate histórico tem um passado recente, e esse diz que o jogo tem golos, muitos, e repartidos para ambos os lados. Diz também que os Spurs, para desgraça dos seus adeptos raramente conseguem impor-se frente ao mais feroz rival. Este ano os golos devem repetir-se, com o Tottenham de Jol desesperado por fugir às criticas de inicio de época que vieram após as 3 derrotas iniciais. A equipa reagiu e está agora a meio da tabela, apresentando um futebol atractivo mas também muito inocente – são raros os jogos em que não sofre golos. A equipa que tem em Berbatov a grande estrela conta com uma linha da frente poderosa - há quem diga que seja a mais forte da liga – onde podem alinhar ainda Darren Bent (a contratação milionária do defeso), Robbie Keane ou Defoe. Aaron Lennon poderá ser o regresso mais motivador para os Spurs.
Do outro lado, equipa que vem Highbury tem mudado as faces, agora sem Bergkamp, Pires, Henry e Ljungberg, mas mantém o seu filósofo, Wenger. O francês tem muito claro qual o caminho que quer dar ao futebol dos Gunners, recrutando e moldando uma equipa de futebol atractivo e muito móvel. O Arsenal também sabe defender, e bem, mas é na frente que o seu jogo se diferencia. Hoje os protagonistas principais são Fabregas, Rosicky e Van Persie, não são iguais mas dificilmente se contestará a sua competência, tal como provam os resultados de inicio de temporada com 3 vitórias e um empate, este muito à custa dos lapsos de Lehmann.
Palpite: Empate

Bayern Munique – Schalke 04 (Bundesliga, Sábado 14h30)
É o embate entre duas das mais poderosas formações Alemãs e também as duas únicas que ainda não conheceram o sabor da derrota na prova deste ano. O Bayern fez jus aos investimentos avultados, com um inicio de época impressionante a prometer um passeio na Bundesliga deste ano. A vitória por 4-0 em Bremen é o cartão de visita de uma equipa forte em todos os capítulos do seu jogo e com um poderio difícil de igualar junto das balizas. Klose e Toni são os bombardeiros, Ribery a estrela com um impacto impressionante desde a sua chegada e Altintop a figura escondida que tantas vezes aparece a fazer a diferença. No Schalke uma equipa mais modesta mas igualmente interessante que estará destinada a lutar pela Champions. Jovens como o defesa Pander (lembram-se do seu golo em Wembley?), o 10 Rakitic (Promessa croata de 19 anos que actua atrás dos pontas de lança) e Ozil (talento de 18 anos) são nomes que têm sido revelados numa equipa que conta com Kuranyi, Asamoah e Altintop (o irmão do que joga no Bayern) como estrelas.
Palpite: Bayern

São Paulo – Santos (Campeonato Brasileiro Sábado 22h10)
A semana passada lancei o confronto entre Vasco e São Paulo. O tricolor venceu num jogo sofrido mas onde a sua eficácia voltou a dar cartas na etapa complementar. Dois golos sem resposta mostraram um equipa fria e com grande qualidade colectiva que se prepara para ser novamente campeã, mostrando, não só a um país, mas a um continente como o futebol não se faz apenas do talento individual mas tem muito de trabalho e disciplina colectiva. O São Paulo – apesar do seu 3-5-2 – é a formação mais Europeia da América do Sul. Do outro lado vai estar um Santos prestigiado pelo seu terceiro posto. Luxemburgo tem feito um trabalho muito bom numa equipa sem grandes nomes (o médio, de look asiático, Rodrigo Tabata tem sido o destaque). Para o ‘Peixe’, o jogo fica marcado pela notícia da recente saída do guarda redes Roger para o Botafogo.

Palpite: São Paulo

Flamengo – Vasco da Gama (Campeonato Brasileiro, Domingo 22h10)
É um clássico entre dois gigantes do Rio de Janeiro. Sobre o Vasco, escrevi a semana passada, uma equipa virada para a frente que fez sofrer o líder mas que acabou por perder, vendo goradas as suas chances de conquistar o campeonato. Agora desloca-se ao Maracana para rever o rival ‘Fla’, uma equipa com nomes interessantes como Renato Augusto, Obina e outros conhecidos como Ibson, Leo Lima e Souza. O Flamengo parece, no entanto, ser uma vitima da sua própria dimensão acumulando insucessos fruto de uma instabilidade constante.
Palpite: Vasco

Outros jogos:
Este será um fim de semana invulgarmente fértil de clássicos no Brasil. Para além dos acima mencionados haverá ainda o Atlético Mineiro – Cruzeiro (nota para o Cruzeiro, segundo na tabela com um ataque altamente concretizador onde alinham o conhecido Alecsandro e as novas caras Moreno e Guilherme) e o Grémio – Internacional. Infelizmente o tempo não permite todas as análises mas fica a nota para todos estes derbies. Nota ainda para outro derby, bem mais longe, em Bucareste onde o Steaua – em dificuldades neste inicio de temporada – recebe o Rapid.

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Inspirado pela confusão!

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13.9.07

Portugal - Sérvia : Lembrar outros tempos...

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Por falta de tempo não fiz aqui uma antevisão do jogo e apesar do resultado ser agora um facto não posso deixar de dizer que não esperava. Portugal mostrou nos últimos anos ser uma equipa com força mental e confiança raras no futebol mundial. Foi assim que se venceu a Rússia por 7-1 depois de um empate no Lichtenstein e foi assim que se suplantou a pressão dos grandes eventos, chegando às históricas prestações de 2004 e 2006. Foi também com um pouco dessas virtudes que Portugal reagiu às dificuldades frente à Polónia, virando um resultado quando as coisas pareciam muito complicadas e apenas vendo fugir a vitória por mero golpe de infelicidade. A Sérvia é uma equipa com melhores individualidades mas certamente menos organizada do que a Polónia, dando mais espaços e arriscando mais. Esperava que não os poupássemos...

Na primeira parte Portugal entrou bem, não deslumbrante, mas bem, contando com o essencial golo que Simão conseguiu num lance em que o mérito do remate se reparte com o trabalho feito pelos jogadores que incomodavam a barreira. A Sérvia apresentou-se com uma postura semelhante à Polónia, com um bloco instalado no seu meio campo esperando por Portugal, mas com uma pressão menos organizada e uma cobertura dos espaços menos eficaz que permitia que algumas acelerações individuais pudessem pôr em cheque toda uma organização defensiva – foi assim que surgiu aquele lance desperdiçado por Nuno Gomes. Portugal esteve mais preocupado com a exposição espacial e a menor rapidez dos seus centrais e a ameaça Sérvia vinha apenas dos cruzamentos para a área onde apareciam sempre muitos jogadores em zona de finalização. Em vez de se manter vivo no jogo, controlando-o sim, mas tentando aproveitar também a necessidade adversária de avançar no campo, Portugal limitou-se a baixar progressivamente o seu próprio ritmo de jogo, com uma posse de bola demasiado passiva e perdendo cada vez mais vivacidade nas movimentações ofensivas. Podia-se pensar que Portugal estava a adormecer os Sérvios mas o que sucedeu foi o contrário. Portugal acabou por provar o próprio veneno jogando os últimos minutos na angústia de suster os cruzamentos Sérvios e sem capacidade para criar qualquer situação que fosse. Se houve desinspiração, houve também uma surpreendente falta de mentalidade, revelando pouca confiança e ansiedade que fizeram lembrar outros tempos.

Face ao que referi, entende-se que não penso que o problema tenha estado nas substituições ou mesmo nas opções individuais. Ainda assim, nesse plano foi uma exibição globalmente abaixo do par, onde destaco Deco. O 20 terá feito uma das piores exibições de que me lembro, entrando pouco e quase sempre mal no jogo, errando muitos passes. Finalmente há questão do ponta de lança. Há duas coisas que me parecem claras – e que já me pareciam depois do jogo da Polónia –, uma é que uma equipa como Portugal não se pode dar ao luxo de jogar sem um ponta de lança (muito menos desperdiçar a explosividade de Ronaldo colocando-o na área), a outra tem a ver com Nuno Gomes. Seria bom, quer para o jogador, quer para as camisolas que representa, que o seu problema fosse encarado tal como ele é e não continuar a fazer de conta que nada se passa. Para o jogo com a Sérvia trouxe o trauma com que terminou a sua actuação na Luz e rubricou uma exibição contra producente, perdendo quase todos os lances em que interveio e desperdiçando uma ocasião imperdoável num cabeceamento demasiado simples para um jogador a este nível.

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Que tal McFadden?!

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Jogos da semana

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