- Muito semelhante o jogo do Sporting, em relação ao do Benfica, 24 horas antes. A diferença maior será mesmo o golo que o Benfica ofereceu quando parecia ter já extraído empate tão generoso como o que o Sporting agarrou. É claro que o Zenit não é o Legia, e as dificuldades do Sporting parecem ter como explicação uma abordagem menos ajustada da equipa, em relação à do próprio Benfica. Afinal, que tempo teve a nova equipa técnica para preparar este jogo? Ver um Sporting a parecer fazer uma aprendizagem "on the job", com todos os riscos que isso tem, voltou a fazer-me coçar a cabeça sobre o timing desta mudança técnica: Na situação do Sporting, foi quase como mudar de equipa técnica a 3 dias de uma final: foi mesmo só por questões técnicas?! A irracionalidade pode chegar a este ponto?! Sobre o futuro imediato do Sporting, o resultado acaba por importar bem mais do que a exibição. Sobre Sá Pinto e o seu futuro imediato, mantenho o mesmo prognóstico, que não é muito diferente daquele que faria caso Domingos tivesse permanecido. Ou seja, adivinha-se um contexto favorável à evolução da equipa, com o regresso de alguns jogadores e uma série de jogos caseiros onde a probabilidade de vitória é grande. Eu penso que as melhorias virão rapidamente, já quanto aos pormenores, ainda vamos ter de esperar mais um pouco para saber, porque ainda não houve tempo para nada...
- No Dragão, o Porto perdeu quando parecia ter feito o mais difícil para ganhar. O que salta à vista para quem está habituado a ver o Porto jogar semana após semana para o campeonato, é a diferença de resposta a cada duelo individual. Uma diferença que marcou, em grande parte, o destino do jogo. No primeiro caso, Álvaro Pereira faz tudo bem, antecipa a diagonal de Balotelli nas costas dos centrais, ganha-lhe a frente e impede-o de chegar à bola. O problema é que quando se encostou ao italiano para o afastar definitivamente... foi ele quem voltou para trás. Quantos avançados da nossa liga teriam a mesma capacidade física? Se calhar, nenhum. Depois, uma, duas, três, ..., inúmeras vezes vemos o Porto forçar a saída em posse a partir de zonas baixas. Com Moutinho, então, parece sempre infalível. Desta vez, não foi. O problema é que quando se tem Aguero, Nasri e Touré nas costas, uma vez pode ser tudo o que é preciso. São outros campeonatos...
- Quando me pedem projecções sobre a Liga Europa, quase sempre a conversa encerra na volatilidade dos favoritos. Para a maioria das equipas das 5 principais ligas, esta prova é assim como que uma espécie de Taça da Liga Europeia, e por isso é que raramente os favoritos a ganham, ao contrário do que acontece, por exemplo, na Champions. Este ano a Europa tem os olhos colocados nos gigantes de Manchester, mas não daria como definitivo que seja assim tão simples. Para já, não houve grandes surpresas (os 2 ingleses não jogam no fim de semana), mas vamos ter de esperar pelas eliminatórias em que os jogos sejam intercalados com a fase decisiva das principais ligas, onde todos os pontos contam para definir campeões ou apuramentos para a Champions League. É capaz de ser um frete para muitas destas equipas... Redknapp e os franceses que o digam!