29.5.09

Barcelona: Não tentem fazer isto em casa!

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Mais do que a qualidade, e porque esta não é necessariamente confundível com a estética do jogo, o Barcelona trouxe ao futebol de clubes uma abordagem notoriamente diferente das equipas que vêm discutindo o título europeu nos últimos anos. Em vez de blocos baixos e uma aversão ao risco, assistimos a uma pressão sempre alta e a uma prioridade total à saída em apoio. Esta é, sem dúvida, uma lufada de ar fresco no tipo de jogos que vínhamos assistindo, ainda que não seja em absoluto uma novidade porque o Barça, mesmo com Rijkaard, sempre respeitou estes princípios. A diferença está, por isso, muito mais na qualidade e resultados que esta equipa conseguiu com Guardiola, precipitando uma chuva de lições, provenientes dos mais variados remetentes, aconselhando a generalidade dos treinadores do mundo a colocar os olhos no modelo de jogo deste Barça e indo mesmo ao extremo de utilizar o verbo “copiar” neste, supostamente sábios, conselhos. Devo dizer que para mim esta ideia de “copiar”, “imitar” ou “reproduzir” modelos de jogo, assim, como uma fórmula de sucesso instantâneo choca em absoluto com a forma como vejo o futebol.

O modelo é único
O primeiro ponto que quero sublinhar é que não há modelos de jogo iguais. Um modelo é único e resulta da forma como treinadores e jogadores interagem no trabalho diário. Pode haver uma ideia igual, mas os jogadores, esses, têm sempre reacções únicas e interacções inigualáveis. Pensar que por se copiar as ideias, se vai conseguir o mesmo modelo, quer quantitativamente, quer qualitativamente, não pode passar de um triste equívoco.


Qual é o modelo ideal?
Para esta pergunta não há, obviamente, uma resposta objectiva. Há, isso sim, uma série de variáveis que devem ser respeitadas, pensadas e trabalhadas para que se possa chegar ao utópico objectivo do “modelo ideal”. O objectivo último é ganhar e, por isso, o melhor modelo será sempre aquele que conduzirá a uma maior probabilidade de vencer. Depois, há que ter em conta factores intrínsecos, como as características dos jogadores e a forma como elas interagem, mas também extrínsecos como as características da generalidade dos adversários, como o tipo de condições em que se vai jogar ou ainda a cultura futebolística do clube ou do país onde se está. Tudo isto em teoria, porque a componente prática, o sentir de quem trabalha no campo é depois essencial para que se chegue à melhor forma de jogar. Querer jogar alto, baixo, em apoio ou directo só porque se viu na televisão e se gostou não deverá, com a maior das probabilidades, conduzir a nada de bom.

Barcelona depois da Espanha
Se recuarmos um pouco no tempo, cerca de 10 meses, encontramos os rescaldos de um campeonato da Europa onde a Espanha encantou. O discurso final foi o mesmo. Ou seja, que afinal era possível vencer usando a bola como arma prioritária. Sem medo de a perder, sem estar tanto tempo preocupado em fechar espaços e tapar os caminhos ao adversário. Os casos não são obviamente dissociáveis. As características dos jogadores são muito semelhantes e ambas as equipas têm em Xavi e Iniesta o seu “pulmão”. Claro que o Barcelona de Guardiola é uma equipa muito mais perfeita do que a Espanha de Aragonês, mas ambas foram fieis, na sua ideologia de jogo, à génese de quem o interpretava. Por isso, os jogadores se mostraram tão confortáveis com a ideia de jogo e, por isso também, a ideia de jogo pareceu tão boa.

O paradigma da formação
Posso discordar desta ideia de “copiar” modelos, mas não deixo de achar que este Barcelona merece, de facto, servir de exemplo. Hoje, a posse de Xavi e Iniesta parece imune ao pressing de qualquer equipa mundial. A verdade, no entanto, é que estes não são jogadores com características muito vistas no futebol de top e, por isso também, será tão difícil alguma equipa ser tão forte em posse como o Barça onde ambos jogam. Talvez o sucesso deste Barcelona e deste modelo seja um exemplo, sim, mas para a formação. Se em vez dos aspectos físicos se valorizar mais a técnica e inteligência, seja ela em que posição for, talvez surjam mais Xavi e Iniesta por esse mundo fora e, aí sim, talvez mais equipas possam ter como modelo ideal algo parecido com aquilo que o Barcelona apresentou em Roma.



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A "Operation Tango"!

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Última jornada na Escócia. O Celtic precisa de ganhar e esperar que o Rangers não ganhe. O Rangers vence e, de repente, em Celtic Park, começa a festejar-se o golo do empate no jogo do Rangers que, entretanto, já vencia. Acontece que o golo não acontecera e, mais fantástico ainda, a situação fora preparada por adeptos do Rangers. Aparentemente uma série de sms em simultâneo conseguiram enganar um estádio cheio de gente ansiosa. Esta foi a "Operation Tango" e o seu resultado foi um sucesso. Esperamos pela desforra!

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28.5.09

O bom futebol na lista dos vencedores

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A História diz-nos que o futebol nem sempre é justo com quem o trata da melhor forma. O Brasil de 1950, a Hungria de 1954, ou a Holanda de 1974 são exemplos de grandes equipas que ficaram cruelmente separadas da glória por um jogo, por uma final. Esse era o risco que corria este Barça, cujo brilho fora incomparavelmente superior aos demais durante toda a época. Em Roma, no entanto, os deuses do futebol facilitaram a tarefa a quem tão bem o tratou durante todo o ano. Talvez tenha sido mesmo uma benesse divina ter chegado à vantagem após aqueles 10 minutos tão atípicos, mas a partir daí o Barça impôs-se por completo no jogo e confirmou no palco em que mais importava tudo aquilo que de bom se havia dito sobre esta equipa. Não terá sido uma final perfeita, sobretudo porque tanto domínio mereceria outra expressão no marcador, mas foi seguramente a final suficiente para consagrar este Barça como um dos mais brilhantes campeões europeus.


A importância dos 10 minutos iniciais
Na projecção da final todos previram um United cauteloso e alertado para os perigos de tentar discutir o domínio do jogo com este Barça. Os primeiros 10 minutos foram, dentro desta perspectiva, uma surpresa total. Guardiola referiu que a equipa foi surpreendida pela entrada forte do United, mas creio que houve sobretudo um período menos feliz da equipa catalã. As suas linhas permaneceram baixas, não dando profundidade ao pressing e permitindo que o United tivesse mais bola e maior domínio territorial. Talvez mais estranho ainda foi ver a posse de bola blaugrana perder passes e ser incapaz de empurrar o adversário para trás.
O futebol é de facto um jogo particularmente interessante e o resultado deste momento negativo do Barça acabou por ser o mais positivo possível para a equipa catalã. Como que iludido pelo que estava a acontecer, o United pareceu esquecer tudo aquilo que à partida se sabia ser prioritário para se poder superiorizar a uma equipa como o Barça. À primeira vez que foi pressionado, cedeu a posse de bola, permitiu que Iniesta furasse a linha média e depois libertasse Eto’o no 1x1 com Vidic. Pior do que o golo, para o United, só mesmo o seu efeito. O Barça rapidamente se reencontrou e, ao contrário, o United tornou-se numa equipa instável individualmente e sem soluções colectivas para fazer face à qualidade que lhe apareceu pela frente.

80 minutos quase perfeitos
No que se seguiu ao golo, o Barça foi absolutamente irrepreensível. Com bola, fez valer a característica que mais a distingue das demais equipas do futebol actual. A qualidade da posse, com Xavi e Iniesta sempre em destaque, neutralizou por completo o pressing do United, obrigando os ingleses a baixar a sua equipa no campo. Aqui, alerto para uma decisão que me parece relevante de Guardiola, ao manter Iniesta na linha média ao invés de o distanciar do epicentro do jogo, lançando-o como extremo.
Se com bola não faltam elogios a esta equipa, há muito que falta dizer sobre a qualidade com que defende. A reacção à perda de bola é fantástica, rápida e organizada, e impede o primeiro passe de ser pensado, condicionando desde logo a transição adversária. Depois, a linha defensiva, sendo alta, conseguiu quase sempre ser eficaz, controlando as tentativas (algo repetitivas, diga-se) de colocar as bolas nas costas dos laterais. Nota, neste aspecto defensivo, para a intensidade de Pujol e, sobretudo, para a soberba leitura de Piqué na abordagem aos lances.
O “quase” que associo ao “perfeito” surge apenas por um motivo. O Barça teve sobretudo no segundo tempo vários momentos em que conseguiu desorganizar completamente o adversário, fazendo-o perder a lucidez táctica e afastando-o como equipa. A prioridade, estando em vantagem, foi claramente dar segurança e tempo à posse de bola, mas com um pouco mais de arrojo estou em crer que o Barça podia ter conseguido mais golos, mais cedo.


O duelo Messi – Ronaldo
A importância desta nota individual tem a ver com o peso deste jogo para a bola de ouro do próximo ano. A vantagem para quem venceu será enorme, ainda mais, tendo sido Messi um dos assinantes da ficha de goleadores. Não concordo com esta orientação colectiva para a escolha de um prémio individual mas a história recente diz-nos que o herói da equipa que ganha a Champions tem fortes hipóteses de ganhar a eleição de melhor do mundo e este caso não deverá ser excepção. Messi merecerá muito mais o prémio pela fantástica época que vem realizando do que por este duelo em particular, onde Ronaldo, apesar de ter perdido, foi claramente quem mais fez para poder dar ao troféu um outro destino.




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Será que vê mal ao perto?

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27.5.09

Os dilemas da final que não deixará nada como dantes...

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É o pouco mais do que o jogo do ano. É o desafio do Barça ao domínio inglês, mas é também o desafio do United a um Barça aparentemente imparável. Depois, e porque é também incontornável, há o confronto entre as 2 individualidades mais importantes do futebol actual. A “máquina” Ronaldo ou o imparável Messi? Diga-se o que se disser, é impossível estabelecer favoritismos claros e tudo se jogará num só jogo, com toda a sua imprevisibilidade e aleatoriedade. Pode não ser o desfecho mais justo mas será, seguramente, o mais empolgante. O jogo, esse, até poderá nem ser o mais interessante, mas o futebol é o que é pela ansiedade que é capaz de criar e, nesse sentido, esta é já uma grande final, mesmo antes de ter começado.


Dilemas para as 19:45
O ponto que se deve lamentar, em primeiro lugar, são as ausências. Mais carente o Barça e, por isso também, mais enigmático. Da resposta a alguns dilemas que se levantam à partida para esta final, poderá resultar muito do que definirá realmente o destino de um jogo que tem, creio eu, coordenadas gerais mais do que previsíveis:

A defesa do Barça: Voltará Guardiola a recuar Touré para central, depois do jogo menos conseguido em Londres? Ou apostará na inexperiência de Cáceres?

Sem Daniel Alves: Uma das diferenças tácticas introduzidas por Guardiola foi a introdução de uma assimetria entre os laterais, transformando o 4-3-3 muitas vezes num autêntico 3-4-3. A importância de Daniel Alves foi enorme nesse papel de falso lateral. Sem ele, jogará Sylvinho, mas sobre a esquerda? Que impactos poderá ter essa alteração, não só relativamente à resposta do experiente brasileiro, mas também em relação à inversão do flanco e ao efeito que isso terá na ligação com os atacantes?

Keita ou Henry? De novo a pergunta sobre se Guardiola optará por repetir a estratégia de um jogo menos conseguido como o de Londres? Poderá Iniesta ser de novo extremo e Keita jogar no meio campo? Não será esse mais um factor que contribuirá para o afastamento do conjunto das suas rotinas habituais?

Com ou sem Tevez? Do lado do United, Tevez tem sido uma peça fundamental em vários momentos. Guardará Ferguson o argentino para períodos mais tardios no jogo? Não seria melhor iniciar com o argentino?
Por onde quebrará? Projecta-se sempre um herói para estas finais, mas muitas vezes elas acabam por ser decididas por um vilão. O’Shea será o principal candidato a falhar do lado do United, tanto mais que defronta Messi. Mas também há que contar com o mau momento de Vidic e com a pouca competição de Ferdinand. Do lado do Barça há Valdés e também a maior fragilidade nas bolas paradas. Tudo isto pode parecer evidente antes do jogo mas no final até é bem provável que o quebrar acabe por não surgir pelo elo mais fraco. Basta recordar a assistência de Xavi para Scholes, há 1 ano...


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E que tal um 3-3... de novo?

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Parece incrível, mas já lá vão mais de 11 anos. Recordar a época de 98/99 não nos leva apenas à mitica final de Camp Nau, ganha pelo United. Leva-nos também, se recuarmos um pouco na competição, a um dos mais fantásticos grupos da história da competição, incluindo os Barcelona, Man Utd e Bayern Munique. Foi de tal forma competitivo que os dois apurados viriam a ser também os finalistas de uma final que, por ironia, se jogava no estádio do emblema eliminado, o Barcelona. Tudo isto a propósito do embate de hoje. É que nessa fase de grupos tivemos 2 jogos absolutamente sensacionais entre Barcelona e United. Ambos com grandes golos, grande emoção e... um 3-3 final.
Vale a pena recordar esse Barça de Van Gaal, com Figo e Rivaldo no seu melhor ou, do outro lado, a ascensão de Beckham, a imponência de Schmeichel ou a extraordinária empatia de uma dupla que hoje ainda surpreende mais, tendo em conta quem foram individualmente Cole e Yorke. Fica a sugestão, porque não um 3-3? (e já que peço, pode ser uma bicicleta “à Rivaldo”!)

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26.5.09

O efeito madrugador de Derlei e outros lances em análise

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Era um jogo mais importante para o Nacional, mas em poucos minutos os madeirenses viram as suas possibilidades de sucesso condicionadas com 2 golos madrugadores de Derlei. Esta dupla vantagem leonina ficou definida por situações semelhantes, com cruzamentos largos e superiorização ofensiva na zona de finalização. Se tivermos em conta que Manuel Machado revê o seu sistema táctico de forma a ter superioridade na zona central da sua defesa, frente a uma equipa que utiliza 2 avançados, então fica mais fácil perceber que esse não é o ajuste essencial. Jogando com 2 ou 3 defesas, o que é fundamental é a inteligência e qualidade com que a equipa reage às diversas situações de jogo.

No que respeita ao primeiro golo, note-se que quando a jogada está a ser construída do lado esquerdo, o Nacional tem clara superioridade na área, com o Sporting a ter mais unidades fora dela. Rapidamente, no entanto, a situação inverte-se com o Sporting a colocar vários jogadores a atacar a zona à frente da baliza. A diferença está precisamente no facto de Derlei atacar o espaço enquanto que do outro lado, os jogadores permanecem estáticos e, como se não bastasse, sem ajustar devidamente o seu posicionamento.

Sporting – Nacional (Nené, 11min): A nota para o livre de Nené vai para o pormenor do balanço que o avançado toma para bater aquela bola. Dar apenas 2 passos antes de pontapear é próprio de quem pretende cruzar a bola para a área, mas não de quem vai disparar um foguete a 30 metros da baliza. Impressionante!

Sporting – Nacional (Derlei, 29min): Um dos melhores lances no jogo. Primeiro o tal papel de Liedson, a fugir da sua zona e atrair a marcação. Depois, o movimento de Romagnoli que atrai o outro central. Quando a bola entra no argentino é possível ver o espaço enorme criado na zona central pelo “arrastamento” dos centrais. Djaló é quem tira partido da situação, libertando depois em Derlei.


Benfica – Belenenses (Silas, 3 min): O golo que fez sonhar o Belenenses revela a lacuna táctica que tem vindo a acompanhar o Benfica desde a chegada de Quique. O espaço entre linhas. A linha defensiva não tem qualquer apoio do meio campo e, se é verdade que a jogada se passa em velocidade e em transição, também é um facto que os médios encarnados demoram uma eternidade a recuperar. Ao ponto de Silas poder passar, parar, receber e rematar, sem que ninguém tivesse conseguido recuperar.

Benfica – Belenenses (Cardozo, 13 min): É um lance que termina com um ressalto e que por pouco não dá golo, mas que merece destaque, na linha de continuidade com outras análises já feitas ao Benfica nos tempos mais recentes. Mais uma vez, aqui, nota-se a grande vocação ofensiva do Benfica, colocando vários elementos em acção atacante e terminando com 4 jogadores na área, o que dificulta muito a tarefa de marcação à defesa azul, em igualdade numérica.

Porto – Braga (Hulk, 67 min): Não tem grandes comentários. Podia falar do princípio portista de procurar rapidamente o seu extremo mais explosivo em transição, mas o motivo de destaque é mesmo Hulk. Fantástico momento do jogador a partir para cima de uma defesa que está equilibrada mas que não consegue evitar uma finalização poderosa do talento portista.


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O golo do improvável Gibson no topo dos destaques

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- Confirmou-se. Os outros ajudaram, mas o Newcastle foi novamente refém de si próprio e acabou por descer.
- Com um notável golo, Anelka sagrou-se melhor marcador na vitória do Chelsea frente ao Sunderland (2-3).
- O Barcelona perdeu a pensar na final de Quarta.
- O Real perdeu em Maiorca (ver golo de Cleber Santana) e o Atlético goleou em Bilbau.
- Grande jogo na despedida de Maldini, com a Roma a vencer 3-2 em San Siro.
- Nota para os golos de Ibrahimovic (Inter) e Bogliacino (Nápoles).
- Em França, o Bordéus ficou mais próximo do título depois de uma vitória sofrida frente ao Mónaco (1-0). O Marselha também venceu fora e mantém-se na corrida.
- Para que não houvesse dúvidas, foram 5 do Wolfsburgo ao Bremen no jogo da consagração. O Bayern venceu o terceiro, Estugarda (2-1).
- Na Escócia, o Rangers é campeão em mais um duelo até ao fim.
- Na Bélgica, depois do empate na Liga, o Standard venceu o playoff e é campeão.
- Na Turquia, o clássico entre Besiktas e Galatasaray aproximou os primeiros do título. O Sivasspor conseguiu uma importante reviravolta e manteve o segundo lugar.
- Para ver o golo de Alex (Spartak) na Rússia.
- No Brasil, o destaque vai para a goleada do Santos no Maracaná, sobre o Fluminense. Para ver ainda o golo de Eder Luis (Atlético Mineiro).
- Na Argentina, Barrado marcou um grande golo na vitória do River sobre o Independiente. O Velez manteve-se na luta pelo Clausura ao bater o Boca.
- Finalmente, nota para um fim de semana muito proveitoso em bons golos em Portugal. Nené, Saleiro e Felipe Bastos.

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25.5.09

Ramires e Patric. As primeiras análises do mercado.

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Apesar da época ter sido até mais competitiva do que é hábito, a verdade é que as jornadas finais trouxeram pouca indefinição relativamente aos primeiros lugares, lançando por isso, e de forma algo precoce, a generalidade das atenções para o que se segue. Ou seja, a próxima época. Neste ponto - e aqui também não há novidade – é o Benfica quem mais notícias tem trazido aos adeptos. Destacam-se, desde logo, as 2 contratações confirmadas no mercado brasileiro, justificando também um primeiro comentário...

Patric: muito para trabalhar – Quando vi o primeiro onze do Brasil no recente 'Sudamericano' sub 20, chamou-me à atenção este jogador, por jogar num clube secundário. Honestamente, dos jogos que vi nesse torneio – e essa é a única base que tenho para esta apreciação – fiquei com a ideia de que era precisamente na sua função que residia o ponto fraco canarinho. Já ouvi quem dissesse que é um lateral que defende mal, mas essa parece-me uma critica que não pode resultar deste torneio, já que o Brasil passou a maioria do tempo a atacar, não tendo sido sido devidamente testado nessas tais funções mais defensivas. Patric revelou-se muito impulsivo e rápido, mas também pouco lúcido e assertivo. Será indiscutivelmente um jogador para trabalhar e creio que é ao nível da decisão que tal tarefa deve começar.
Uma nota para referir que a contratação deste jogador só acontece após a valorização do mesmo com a chegada à selecção brasileira. O preço terá subido aterradoramente e, na minha opinião, não se trata de um valor inquestionável, havendo laterais que se destacaram mais no ‘Sudamericano’. Mais uma vez, fica a ideia de que não há um trabalho de prospecção que antecipe as situações e isso paga-se (se não for em mais nada) em euros.

Ramires: afinal que jogador queriam contratar? – Não sei o que o Benfica pretende exactamente com esta aquisição. A dúvida surge, obviamente, pela incerteza do modelo táctico do Benfica em 09/10, mas também pela “mutação” táctica a que este jogador foi sujeito desde o inicio de 2008 (após a chegada do técnico Adilson Batista, com quem Ramires "explodiu"). Na imprensa portuguesa "vende-se" Ramires como um médio defensivo e até já ouvi quem dissesse que jogava sobre a esquerda. A verdade é que depois de ter actuado como médio central e mais defensivo num 4-4-2 clássico em 2007, Ramires passou a ter um papel mais ofensivo, tornando-o num médio bastante atípico para o que é comum no futebol brasileiro. Joga sobre o corredor central, atrás dos avançados (juntando-se muitas vezes a estes) e não faz questão de “ter bola” em cada jogada. O seu papel ganha notoriedade sobretudo nos momentos de transição, onde aparece entre linhas a conduzir em velocidade e a desequilibrar ofensivamente, pelo efeito surpresa que as suas "chegadas" provocam. Se o jogo for mais “fechado”, no entanto, é capaz de passar largos momentos sem participar no jogo.
O Ramires de hoje é um jogador que se distingue pela velocidade com que conduz a bola, que procura jogar sempre simples e que define bem dentro da área. Fica a dúvida sobre o que o Benfica pretenderá dele mas tenho a convicção de que deverá passar por algo diferente do que vem fazendo no último ano. A confirmar-se esta ideia, Ramires passará por um período de adaptação táctica, que vai para além das diferenças no tipo de futebol que por cá se pratica e que estará também ligado à sua própria função. Este período será obviamente essencial para o seu sucesso no Benfica. Dois pontos favoráveis no jogador são ainda a condição física e o alegado profissionalismo que o caracterizam.

Elevado investimento
Uma nota que resulta destas primeiras operações do Benfica no mercado é, sem dúvida, o valor envolvido. Numa altura em que se anunciava alguma contenção, face aos resultados do investimento feito na época anterior, todos estes milhões são evidentemente uma surpresa. Na minha leitura, parece-me haver uma preocupação de definir rapidamente o plantes e, por outro lado, fica agora mais claro que haverá vendas importantes neste defeso.



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O insólito que pode valer um "Championat"

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22.5.09

Newcastle, no topo dos 'gigantes' sob ameaça

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O fim de semana futebolístico definirá muitas questões que certamente marcarão o final e o começo de trajectos relevantes em equipas dos mais variados países. Entre possíveis campeões e eventuais despromovidos, há um caso que merece particular destaque. Pela importância do clube e pelo carácter estranho de um trajecto que não se resume a esta temporada desportiva. Refiro-me ao Newcastle United. Os ‘Magpies’ têm a esperança depositada na veia goleadora de Cristiano Ronaldo e Anelka para que Manchester e Chelsea possam dar uma ajuda, batendo Hull e Sunderland. Na verdade, bastará um, já que o Newcastle é a primeira equipa abaixo da linha de água. O problema, arrisco eu, é que a deslocação a Villa Park poderá não ser o mais fácil dos desafios para pontuar. Caso o pior cenário se confirme, o futebol inglês verá tombar um 'gigante' que há muito anda a cambalear...


O estranho trajecto dos ‘Magpies’ na Premier League
Quando chegou à Premier League, em 1993 o Newcastle pareceu tornar-se num caso de ascensão meteórica, tornando-se rapidamente numa das equipas de topo da Premier League. Assim foi nos primeiros anos, sob o comando do mítico Kevin Keegan. Contrataram-se estrelas como Ginola, Les Ferdinand, Asprilla, Shearer ou o defesa Phillipe Albert e os ‘Gagpies’ chegaram mesmo a parecer campeões anunciados em 1995 quando lideraram a Premier League até perto da fase final. Essa temporada acabaria em grande frustração mas a verdade é que, olhando para trás esses só podem ser vistos como tempos dourados. No final da década de 90 o Newcastle começou a transformar-se num e estranho caso de aversão ao sucesso. O investimento nunca faltou. Contrataram-se múltiplos jogadores e treinadores mas a tendência foi sempre de queda, podendo, 16 anos depois, regressar ao segundo escalão do futebol inglês.


Outros casos sob ameaça
Noutros campeonatos também há históricos ameaçados. Em Portugal, claro, o Belenenses pode regressar a um segundo escalão que não se adequa, nem ao seu historial, nem à qualidade do seu plantel. Em Itália, o outrora gigante Torino pode regressar a um escalão por onde andou durante muito tempo. Para já, a equipa está fora da zona de despromoção, mas restam 2 jornadas e apenas 1 ponto de vantagem. Em Espanha, o cenário já esteve pior para o Bétis que será, provavelmente, o caso mais parecido com o do Newcastle, dada a capacidade de investimento e a incapacidade de obter resultados em consonância com a qualidade dos seus jogadores. Finalmente, em França outro caso estranho. O Saint-Etienne, histórico campeão francês, parecia ter reencontrado o caminho correcto, chegando longe na Uefa e compondo uma equipa com inegáveis talentos, onde se destaca o ponta de lança Gomis. A verdade é que a 2 jornadas do fim, a ex-equipa de Platini está apenas 1 ponto acima da linha de água.


Os bons tempos do Newcastle de Keegan. 5-0 ao Man Utd



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Amargo de Boca na Libertadores 2009

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Tudo indicava que fosse o Boca a juntar-se aos quartos de final da Libertadores 2009. Uma exibição pobre depois de algumas ocasiões perdidas, no entanto, abriram caminho à surpresa e os uruguaios do Defensor Sporting conseguiram levar o 0-1 até ao final.
É, no fundo, mais uma confirmação do mau período argentino no futebol sul americano. Dos 8 semi finalistas, apenas resta o Estudiantes como representante argentino, enquanto que o Brasil tem metade das equipas nesta fase. Pessoalmente, parece-me que São Paulo e Palmeiras são os mais fortes candidatos à final, embora o Grémio possa ter uma palavra a dizer. Reservo para o Nacional de Montevideo o papel de possível equipa surpresa neste ano.

Quartos de final:
Grémio - Caracas
Cruzeiro - São Paulo
Defensor Sp. - Estudiantes LP
Nacional - Palmeiras

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21.5.09

A qualidade individual do Shakhtar, no último capítulo da Taça Uefa...

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Confirmando as suspeitas de um feito ucraniano na despedida da Taça Uefa, o Shakhar levou a melhor na final de Istambul. Acabou por ser um triunfo normal, da melhor equipa na partida, perante um Bremen notoriamente carente da influencia de Diego no processo ofensivo.

Para mim, para além da maior qualidade individual do Shakhtar, o ponto decisivo nesta final esteve na forma como os ucranianos não caíram no erro de pressionar cegamente, como acontecia no inicio de temporada. Em vez disso, a equipa procurou sempre reorganizar-se posicionalmente antes de pressionar e isso acabou por retirar mais espaço ao Bremen que não teve grandes hipóteses de se lançar em ataques rápidos. Sem Diego, a capacidade criativa dos alemães fica francamente limitada e por isso, sentiram tantas dificuldades. A hipótese seria tentar solicitar Pizarro e Rosenberg mais directamente na zona central, onde claramente ganhavam vantagem sobre uma defesa ucraniana que tem muitas dificuldades em se impor. Isso não foi feito e, por isso, as ocasiões de golo ficaram muito limitadas às situações de bola parada.

Na verdade, o jogo até nem correu mal aos alemães. O Shakhtar é uma equipa que, apesar da qualidade dos seus jogadores, exagera no principio do alargamento do campo ofensivo, mantendo muitas vezes os jogadores demasiado distantes uns dos outros e não promovendo zonas onde tenta criar combinações em apoio. Por isso, o Shakhtar torna-se particularmente forte a actuar em transição, onde coloca muita gente a aparecer rapidamente no ataque e, claro, encontra mais espaço. Para que pudesse jogar assim, era fundamental estar a ganhar, e não é por acaso que as suas melhores ocasiões aconteceram após os golos que marcou. Estou convencido de que se Naldo não tivesse restabelecido tão rapidamente o empate, o jogo se teria aberto muito mais, com benefício para o lado ucraniano.

Os golos

1-0 (Luiz Adriano): O passe não intencional e a zona central da defesa é surpreendida. Há um grande mérito de Luiz Adriano na rapidez com que reage e roda em direcção à baliza (para além da classe com que finaliza, claro) e não se pode falar em lentidão de Naldo, que é um central rápido. O problema esteve no desleixo dos centrais em relação à presença do avançado entre os 2. Para mim, é também um exemplo claro como as referências individuais são fundamentais para quem joga mais perto da baliza.

2-1 (Jadson): Um dos principios que se viu muito no jogo foi a preocupação de variar o flanco por parte do Shakhtar. Várias vezes isso aconteceu, mas raramente as situções ofensivas tiveram sequência porque quem recebia estava sempre desapoiado. Esta situação resulta de mais uma variação de flanco e a diferença está na inteligência de Srna (um dos melhores laterais direitos do futebol europeu, na minha opinião). O croata levanta a cabeça e percebe que Jadson surge numa linha atrás dos defesas, cruzando para esse espaço. O Bremen tem 4 jogadores em linha para 3 do Shakhtar. O problema, mais uma vez, foi a perda da referência individual, com Jadson a ficar livre.




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Minuto final, a precisar de um golo, e...

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O jogo foi entre Internacional e Flamengo para os quartos de final (2ªmão) da Taça do Brasil e, graças a este golpe de inspiração do recém entrado Andrezinhom, foi o Inter a carimbar a passagem para a próxima fase.

A taça do Brasil, confirma, tal como o principal campeonato, a enorme competitividade do futebol brasileiro. Nas meias finais teremos agora Inter contra o Coritiba e Corinthians frente ao Vasco. Eu arrisco um Inter-Corinthians na final. Entre os resumos, destaque para o golo de Chicão, recentemente apontado como possível reforço encarndado...

Inter 2-1 Flamengo
Vitória 1-1 Vasco
Fluminense 2-2 Corinthians
Coritiba 1-0 Ponte Preta

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A estreia de De Federico e... Gonzalo Bergessio!

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O jovem talento do Huracan foi quem abriu a vitória da invulgar Selecção albiceleste. A figura do jogo, porém, teve outro nome: Gonzalo Bergessio. Marcou os outros 2 golos e revelou as suas qualidades de avançado móvel, batalhador e oportuno.

O resumo
aqui

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20.5.09

As pistas de Maradona para o mercado

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A Argentina pode estar na ressaca do surpreendente afastamento do Mundial sub 20 que se irá disputar este Verão, mas nem por isso deixa de ser um dos principais viveiros de talentos, apenas superado pelo Brasil. A ausência desta competição representa uma perda de notoriedade para diversos jovens e, simultaneamente, uma oportunidade de negócio para os clubes mais sagazes, uma vez que o preço não será inflaccionado pela presença numa prova de grande mediatismo. Mas a ausência desta prova é também a perda de uma referência sobre a evolução dos talentos que estão a despontar nas ‘Pampas’. Como compensação, surje a recente convocatória de Maradona, apenas virada para o consumo interno e cheia de jovens prestes a estrear-se pela primeira equipa do seu país. É, também, uma importante e óbvia pista para o mercado que se avizinha...

Entre os eleitos de Maradona não se contam apenas jovens. Nomes como Veron, Battaglia, Palermo, Montenegro, Sand ou Fuertes acumulam já muita experiência, ainda que nem todos sejam rodados nestas andanças de Selecção. Entre os nomes escolhidos, há ainda a curiosidade de termos a presença de Gonzalo Bergessio, jogador que ainda não teve uma verdadeira oportunidade na Luz. Antes de deixar um possível “onze promessa” entre os eleitos, lembrar a ausência de outros já realçados em algum momento neste espaço como Mauro Formica (Newell’s) ou Javier Pastore (Huracan), que, entre outros, também merecem um olhar atento de quem procura talento por estas paragens.

Um “onze-promessa”
Gr – Mariano Andujar (25 anos, Estudiantes)
Dd – Marcos Angeleri (26 anos, Estudiantes)
De – Ignacio Canuto (23 anos, Argentinos)
Dc – Nicolás Otamendi (21 anos, Velez)
Dc – Juan Forlin (20 anos, Boca)
Md – Sebastian Blanco (21 anos, Lanus)
Me – Sebastian Prediguer (22 anos, Colon)
Mc – Franco Zuculini (18 anos, Racing)
Mc – Fabian Rinaudo (22 anos, Gimnasia La Plata)
Av – Eduardo Salvio (19 anos, Lanus)
Av – Matias De Federico (20 anos, Huracan)

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Lembrar o melhor, antes da última final...

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Joga-se hoje a última final da Taça Uefa. Entre todas as mutações que esta prova teve na sua história, pode dizer-se que esta não será a mais significativa, mas a mudança de nome é, apesar de tudo, um marco importante. Antes da derradeira final, sugiro que se recorde aquela que terá sido a mais empolgante final Europeia da história. Aconteceu em 2001 e acabou com um golo de ouro, que foi o 5-4.
Não espero tanto da final de hoje, mas arrisco que o mais provável é que venhamos mesmo a ter vários golos...

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19.5.09

O injustiçado Marítimo de Carvalhal e outros lances em análise...

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Para quem vê o futebol na base dos resultados, a contratação de Carvalhal para o Marítimo não terá trazido nada de bom. Muito pelo contrário. Para quem procura ver algo mais, no entanto, a evidência de melhorias qualitativas é clara. O futebol é mais do que um jogo e isso torna-o particularmente imprevisível, no curto e longo prazo. Normalmente, os resultados acabam, mais tarde ou mais cedo, por reflectir a qualidade existente. Como a coisa é mais complexa, não posso jurar que tal irá eventualmente acontecer.



Poucas equipas serão tão organizadas defensivamente como o Sporting, mas nos Barreiros, as dificuldades sentidas pelos defensores verde e brancos foram enormes. Há algum demérito pontual de quem defendia, mas há, sobretudo, uma grande qualidade ofensiva madeirense. A qualidade técnica dos jogadores é um ponto fundamental, mas praticamente todos as ocasiões são construídas através de lances bem trabalhados do ponto de vista colectivo. Nos lances que apresento há uma característica comum, que é o retirar da bola da zona de pressão, procurando zonas menos povoadas e causando dificuldades para que o Sporting se reorganize convenientemente . Este não é um comportamento espontâneo, assim como não é um acaso o facto de 2 lances resultarem de mudanças de flanco a partir de lançamentos laterais. No lance do golo, por exemplo, é muito elogiado o pontapé, mas o facto é que ele surge em zona frontal e sem oposição, havendo, na minha perspectiva, muito mais mérito na forma como é trabalhada a jogada.

Outros lances ofensivos do Marítimo:
Sporting (51’)
Marítimo – Sporting (70’)
Marítimo – Sporting (86’)

Marítimo – Sporting (Golo I Liedson) – É, em final de época, mais um exemplo, do efeito que tem a pressão leonina e, em particular, da capacidade da dupla Liedson-Derlei neste aspecto. É óbvio que há um erro individual na origem do lance, mas este é um erro que é potenciado pela acção dos avançados leoninos e a prova disso é a freqüência com que este tipo de situações surjem frente a estes jogadores.

Marítimo – Sporting (Golo II Liedson) – É um destaque previsível para quem vem lendo o que escrevo. A importância do primeiro toque. Pela segunda semana consecutiva, Liedson consegue um golo após um recepção orientada e o destaque é tão óbvio como obrigatório.

Marítimo - Sporting (Jogada Djaló-Liedson)
– 2 aspectos fundamentais neste desequilíbrio. O primeiro é acção de Liedson, “baixando” para criar superioridade na criação do lance. Depois, a capacidade de explosão de Djaló. Uma característica que, por diversas razões, não apareceu com freqüência este ano mas que deve de ser potenciada no futuro.

Trofense – Porto (Golo Lisandro) – Será o golo mais bem trabalhado da semana. Primeiro, a dinâmica na ala esquerda, com Mariano (de novo) em destaque. Depois, a forma como a bola progride lateralmente em apoio, à procura do espaço de penetração. Encontra-o em Lisandro que, como se não chegasse a jogada, aidna finaliza com um chapéu soberbo. Ao nível do melhor que se vê nos melhores campeonatos.

Braga – Benfica (Golo Cardozo) – O golo que abriu a vitória encarnada merece-me 2 reparos à defesa do Braga. O passe de Katsouranis é obviamente meritório, mas o ponto mais importante é a relevância da pressão para quem defende com uma linha defensiva alta. Ao “largar” Katsouranis, o Braga permite que este leia e pense o lance, vendo e solicitando o espaço. Depois, há o erro de Eduardo. Diria, com algum exagero, que é um erro táctico do guarda redes. Quem defende numa equipa com uma linha defensiva alta, tem de estar permanentemente concentrado para este tipo de passes. Claramente, não o foi o caso de Eduardo.

Braga – Benfica (Jogada Renteria) – Um exemplo do que é o ataque do Braga. Circulação pelas zonas laterais, onde surgem vários apoios ao extremo, de forma a que sejam criadas as condições para servir a zona central onde aparecem invariavelmente 2 e 3 jogadores a finalizar. A situação de finalização é excelente, a execução fraca. Um filme várias vezes visto nesta época...



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A exibição de Pastore (19 anos) no topo dos destaques...

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- Os jogos dos campeões nos 3 maiores campeonatos do mundo: Man Utd, Inter e Barcelona.
- Em Inglaterra, o
Newcastle está à beira de uma catastrófica descida de divisão depois da vitória do Fulham em St.James Park.
- Nota para a bicicleta de
Tuncay.
- Em Espanha, importante resultado do
Betis, 2-0 sobre o Almeria.
- Fantástico jogo entre
Roma e Catania. 4-3.
- Em França, o título está nas mãos do
Bordéus que sofreu para vencer o Le Mans, antes da derrota caseira do Marselha aos pés do campeão Lyon, no grande jogo da jornada.

- Para ver, o golo de angulo impossível de Jelen, na vitória do Auxerre em Paris.
- Na Alemanha, basta um empate ao Wolfsburgo na última jornada, depois de mais um festival da dupla Dzeko-Grafite.
- Empate comprometedor do
Bayern em Hoffenheim. Fica empatado com Estugarda, que ganhou. As 2 equipas defrontam-se na última jornada, à espera de uma derrota do Wolfsburg.
- Para ver o pormenor de
Renato Augusto (Leverkusen) e o remate de Stindl (Karlsruher).
- Na
Bélgica terminou empatado entre Standard e Anderlecht e vai haver um playoff para definir o campeão. Vale a pena ver o drama por que passou o Standard...
- O
Rangers deu um passo importante para o título, à entrada da última jornada. Tem 2 pontos de avanço.
- Na Turquia, o
Besiktas está próximo do título. Para ver o golo de Ernst.
- À beira do fim,
Gokhan Unal salvou o Trabzonspor.
- Jogo entre candidatos na Rússia. O
CSKA venceu o Zenit por 2-1.
- No Brasil, o
Internacional confirma o momento fantástico com mais uma vitória frente a um candidato. 2-0 ao Palmeiras.
- Na Argentina, o
Lanús será provavelmente a melhor equipa do ano e está próximo do título Clausura. Um dos jogadores mais interessantes é o jovem talento Blanco.
- A
Alemanha sagrou-se campeã europeia de sub-17, juntando ao título de sub-19. Grande golo a dar o 2-1 frente à Holanda.


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18.5.09

Alguns pontos sobre um fim de semana de definições...

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1. Concentração. É o pormenor que vem antes do essencial. Sendo o futebol um jogo que se distingue pela preciosidade do golo, em alta competição pode discutir-se muitas coisas interessantes e relevantes. Potenciar o colectivo é objectivo, mas sem este pequeno grande detalhe individual da concentração, de pouco ou nada valem todos os esforços para se fazer do todo algo substancialmente maior do que a soma das partes. Quem viu o Braga-Benfica, o Maritimo-Sporting, ou, mesmo que numa medida diferente, o Trofense-Porto, saberá do que estou a falar...

2. No mesmo fim de semana em que terá ficado mais claro que Jesualdo será o sucessor de Jesualdo, o Porto explica o porquê de ser o principal candidato em 09/10, mesmo antes da época terminar. Quando as segundas linhas interpretam o modelo com qualidade suficiente para golear uma equipa pronta a dar tudo pelos pontos, fica tudo muito claro. Uma evidência, também, da qualidade do plantel.


3. Benfica e Sporting tiveram deslocações complicadas, agravadas pelas variadas ausências em ambos os casos. Às vezes, há quem se esqueça, mas em Portugal a diferença dos “grandes” para a cabeça do pelotão é enorme. Podem não ganhar sempre, é certo, mas não se cometa a imprudência de se pensar que a diferença não chega para serem favoritos, seja em que campo for...

4. O Belenenses conseguiu não sofrer golos, pela primeira vez na segunda volta. Ser capaz de defender, ajuda para quem precisa de pontos. Já deve vir tarde, porém. O Setúbal não tem qualidade para ser garantia de vitória contra quem for. Mesmo contra uma Naval em perda e em descompressão total. A vida do Trofense pode até nem estar tão impossível quanto parece. Por mim, desciam todos e ainda mais alguns. Cada vez vejo menos qualidade no fundo da tabela e cada vez o fundo é maior. Enquanto não se rever o modelo competitivo de forma séria, não há hipótese de alguma coisa melhorar. E mesmo assim...

5. Vamos voltar a ter uma equipa do Algarve entre os maiores. À primeira vista parece uma boa notícia. Só é pena ser mais um clube totalmente dependente de emprestados para ter uma equipa minimamente competitiva e ter uma média de espectadores pouco superior a 2000 por jogo (era metade no final da primeira volta). Esta coisa do ser “bom” ou “mau” também é relativa...

6. Na Europa definem-se os campeonatos. Para além das confirmações do que já se sabia, destaque evidente para o grande passo dado por Wofsburgo e Bordéus para chegar ao título. Grafite e Dzeko levam 51 golos entre os 2 (em Portugal, só o Porto marcou mais golos!). Sem dúvida, a dupla do ano...


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Cristiano Zanetti!

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15.5.09

O Sebastião Galáctico

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A capa de ontem do diário “A Marca” não podia ser mais clara sobre o sentimento actualmente vivido entre as hostes “merengues”. O sentimento de impotência perante a superioridade do futebol do rival Barcelona provoca 2 reacções simultâneas e, diria, complementares. À rendição e resignação perante a evidência, junta-se um previsível e desesperado desejo de que surja um salvador que possa, rapidamente, inverter a situação. Uma espécie de ‘Sebastianismo’ madrilista que se personifica na figura de Florentino Perez, o mentor da era galáctica que caracterizou o clube no inicio desta década. Face a este cenário, para Florentino as eleições são pouco mais do que favas contadas, restando saber de que forma pensará o ex-Presidente ir de encontro às enormes expectativas que recaem sobre si. Uma coisa parece certa: está encontrado o epicentro dos rumores de mercado no Verão futebolístico de 2009.


A “era galáctica”
Florentino chegou ao Real no Verão de 2000, com a “bomba” Figo. Era apenas o inicio de uma série de contratações sonantes que tiveram o condão de catapultar o Real Madrid para o topo do ranking de clubes ao nível das receitas mas que, em matéria de títulos, ficou muito a dever aos milhões gastos. A seguir a Figo, veio Zidane, em 2001, juntando-se a Raúl, Roberto Carlos, Hierro e Casillas, e sob o comando de Del Bosque os resultados foram bons. Em 2 épocas, 1 campeonato e uma liga dos campeões. O que os apoiantes de Florentino parecem esquecer é o que se seguiu. Nomes como Ronaldo, Beckham e Owen continuaram a fazer as delícias das manchetes de Verão, transformando o Real numa espécie de equipa de exibição que, em competição, passou a ter muitas dificuldades em retirar o melhor de um colectivo tão centrado nas individualidades. De 2002 até 2006, ano em que saiu Florentino, o Real ganhou apenas o campeonato de 2003. Muito pouco para tantas expectativas, mas aparentemente suficiente para motivar tanto entusiasmo com o regresso do mentor desta estratégia.


Objectivo: Parar o Barcelona
Visto que o seu tempo não foi propriamente um caso de invulgar sucesso num clube tão vitorioso como o Real, parece-me que o entusiasmo em torno de Florentino se prende essencialmente pela capacidade que este revelou para dar um golpe como foi o “resgate” de Figo no Barcelona. Ou seja, mais do que vencer, os madrilistas esperam por algo que pare o Barça e é aqui que surje a esperança em Florentino Perez.
A verdade é que a tarefa de Florentino Perez não será nada fácil. Ao contrário do que acontece em Madrid, em Barcelona há mais do que um contrato de trabalho que prende os jogadores ao clube. Quase todas as suas principais figuras foram “criadas” na “cantera” e têm uma ligação afectiva forte com o clube que representam. Fazer com Messi o que fez com Figo, por exemplo, será impossível. Resta recorrer ao estrangeiro e aos nomes sonantes. Mas essa, em boa verdade, já vinha sendo a fixação do Real nos últimos anos e nomes como Kaka ou Cristiano Ronaldo são tudo menos novidade. O futebol europeu, de 2000 para cá, mudou. Os ingleses juntaram capacidade de investimento a uma política de futebol que privilegia muito mais a estabilidade e o trabalho continuado e superaram toda a concorrência europeia. Com o envelhecimento do Milan, resta o Barça que tem, também, uma política de continuidade por trás do seu sucesso.

Por tudo isto, talvez fosse melhor seguir o conselho de Zidane e olhar para o Barcelona. Isto, claro, se o objectivo não for só facturar...



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Como se diz "golo do ano" em holandês?

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Eu escolho Ali Boussaboun, o primeiro.

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14.5.09

Bruno, a nova tentação de Queiroz...

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Estranho a demora da imprensa portuguesa. Há meses que Bruno se vem declarando disponível para a Selecção Portuguesa, dizendo-se injustiçado no Brasil. A “canarinha” não sentirá especial falta dele, porque o Brasil atravessa, seguramente, o seu melhor período no que a guarda redes diz respeito. Será, como noutras posições, o país com mais quantidade de qualidade. Para Portugal, um talento como Bruno faz obviamente falta. Tem 24 anos e uma capacidade física fantástica que o torna num guarda redes de potencial incomparavelmente superior a qualquer guarda redes português. O seu problema será, como outros casos, alguns momentos de displicência, próprios da sua excentricidade.

Esclareço que apesar de ser descendente de portugueses, acho que este é um daqueles casos em que não faz qualquer sentido o “resgate” de um jogador que não tem qualquer ligação ao país ou ao seu futebol, a não ser, claro, o passaporte...

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O improvável génio de Touré, numa Quarta Feira "gorda"!

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- Em Espanha, o resultado da final (4-1) não espanta, mesmo tendo em conta que o Athletic marcou primeiro. Mais espantoso é o golo de Touré.
- Se há coisa que não percebo no United é porque é que Tevez não tem mais protagonismo. Parece que vai sair, mas entretanto revolucionou o jogo do United na reviravolta em Wigan (1-2), tornando o título numa questão meramente matemática.
- A Lazio ficou com a Taça nos penaltis (após 1-1). O jogo foi pobre em ocasiões e vale mais um golo fantástico de Zarate, um dos mais espectaculares jogadores da época.
- O Bordéus contou com um golo de Gourcuff na recta final para bater o Valenciennes e igualar a vitória do Marselha em Nice (0-2). A 3 jornadas do fim, estão empatados na frente.
- Na Alemanha, o Estugarda manteve as suas hipóteses de título vivas, batendo o Shalke por 1-2. Para ver o golo de Cacau.
- O Hamburgo também venceu, com destaque para o pontapé de Guerrero.
- Na mesma, liga, o Bremen deu 5. Para ver a bomba de Hugo Almeida.
- Repetição da meia final da Taça Uefa, agora para a Taça da Ucrânia. Novamente o Shakhtar a levar a melhor (1-0).
- Final da Taça na Turquia. Goleada do Besiktas ao Fenerbahce (4-2). Para ver o golo de Bobo e o pontapé à barra de Tello.
- Já agora, o Dinamo Zagreb venceu a Taça da Croácia...

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13.5.09

O que significa abdicar de Quique...

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Estou à vontade para criticar Quique nesta hora porque as criticas que lhe tenho a fazer são as mesmas que fui identificando desde a pré temporada. Ou seja, Quique é um treinador de perfil tão claro como previsível. Tem um modelo de jogo rígido e precisa dos jogadores certos para o fazer render no máximo das suas potencialidades. Se o aspecto táctico é um ponto fraco evidente, no que respeita a outras áreas, Quique e a sua equipa técnica são muito competentes. Acreditam no treino e são rigorosos, metódicos e competentes na forma como encaram o trabalho diário e não é por acaso ou simpatia que vemos alguns jogadores dizerem que aprenderam muito com o treinador. É um perfil que se pode encontrar em vários treinadores espanhóis da actualidade e é essa diversificação desta filosofia que torna tão difícil aceitar que alguém se tenha equivocado na hora de escolher o treinador.


A responsabilidade de Quique
Ora, não é da responsabilidade de Quique se quem o escolheu não sabia o que estava a escolher. A única coisa de que se pode acusar Quique, hoje, é de ser exactamente o mesmo que era quando aterrou na Portela. Nem mais, nem menos. Quique Flores não é hoje responsabilizado por não ter qualidade, antes sim por não ter ganho. Ou alguém acha que se questionaria a sua competência se Porto e Sporting tivessem repetido o registo pontual de 04/05? É aqui que começa o problema crónico do Benfica...

A estratégia: qualidade ou resultadismo?
Quem escolhe pela qualidade e sabe o que escolhe não muda após um ano. É verdade que os resultados foram negativos, sobretudo tendo em conta os investimentos feitos, mas se a aposta fosse séria, hoje o trabalho de Quique Flores teria de ser visto como estando a meio do seu desenvolvimento, até pelas próprias características do perfil do treinador. Não concordei com o perfil do treinador escolhido, como escrevi na altura da sua escolha, mas a saída de Quique representa a continuidade da estratégia que espera, eu diria cegamente, por acertar em alguém que ganhe. É, digamos, a mesma estratégia que fez Mourinho ou Jesualdo saírem da Luz pela porta pequena e é mesma estratégia que não garante que um treinador, por muito bom que seja, possa desenvolver um trabalho de continuidade dentro do Benfica.

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Bundesliga: decidido golo a golo!

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Na Alemanha jogou-se mais uma jornada da recta final da Bundesliga. Ninguém tropeçou e, a 2 jogos do fim, começa a fazer sentido contar golos. É que por este andar Bayern e Wolfsburgo vão disputar o título no “Goal difference” (não confundir com “Goal average”!!). Para já, os bávaros levam 2 golos a menos e ontem ganharam ambos por 3-0. Nota ainda para o Hertha que também se manteve na luta ao ganhar ao colônia. No caso dos de Berlim, o cenário de vitória passa mesmo pela recuperação de pontos...

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12.5.09

O ataque do Benfica e outros detalhes do fim de semana

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A época não teve sempre estes intervenientes como principais protagonistas, mas o jogo com o Trofense, podendo não ter sido o mais bem conseguido noutras vertentes, mostrou um pouco da forma como algumas unidades ofensivas do Benfica podem ter maior rendimento. Cardozo é um ponta de lança de área e mais útil como referência única na frente de ataque. Foi nesse papel e ganhando directamente os duelos com os centrais que o paraguaio não só marcou os seus 2 golos, mas também apareceu a responder a outros lances. O carácter mais fixo de Cardozo pode libertar Aimar para um papel de maior mobilidade, nomeadamente para aparecer como elemento de desequilíbrio junto às alas. O argentino apareceu muito pouco nestas posições mais laterais durante a época mas neste jogo, mostrou como pode ser útil nessa rotina, fugindo também de zonas mais centrais onde recebe invulgarmente mais apertado. Às características destes 2 jogadores acresce a importância do papel dos extremos, responsáveis por criar situações de cruzamento que têm normalmente Cardozo como destino. Estas poderão, desde já, ser as coordenadas ofensivas do Benfica 09/10, dependendo, claro, de quem estiver na liderança da equipa...

outros lances:
Finalização Cardozo (25min)

Golo Cardozo (38 min)
Finalização Di Maria (45 min)

Golo de Bruno Alves – O golo da festa, surge de um lance de bola parada em que Bruno Alves surge solto para finalizar. Normalmente este tipo de cobranças a solicitar um cabeceamento em devolução ao segundo poste acontece mais como forma de desfazer a zona de marcação. Não é o caso porque o Nacional defende homem-a-homem, havendo por isso um erro individual. No caso o jogador que ignora Bruno Alves de uma forma proibitiva é Luis Alberto. Um erro óbvio e evidente, mas o ponto que me faz destacar este lance é a displicência do Nacional em relação a Bruno Alves, o jogador mais temível entre os portistas neste tipo de lances. Para além da forma desleixada como o médio do Nacional encarou a sua tarefa, há ainda o pormenor de Luiz Alberto ser um jogador quase 10 cm mais baixo, sendo muito duvidoso que pudesse discutir lances aéreos com o central portista, para mais sem qualquer tipo de agressividade na marcação.

Golo do Setúbal – Não é a primeira vez que tal acontece, mas desta vez acabou mesmo por ter consequências. O golo do Setúbal nasce de um contra ataque, não imediatamente, mas pouco depois de um canto favorável aos leões. Foi muito elogiado o desenho ofensivo dos sadinos, mas a verdade é que há um grande demérito leonino na jogada, que vai para além do erro inicial de Romagnoli. É que quando Polga sai para pressionar Regula, a zona central deveria ter sido fechada por Tonel, havendo uma aproximação dos defesas para colmatar o espaço liberto pelo seu colega. Isso não acontece porque Tonel não recuperou devidamente a posição depois do canto. Repare-se como é Abel que está por dentro, com Tonel mais à direita. Uma lentidão de reorganização defensiva que não é nova e que colocou em causa um jogo aparentemente controlado.

O golo de Liedson – 2 pormenores que destaco no segundo e decisivo golo de Liedson. Primeiro a sua característica de mobilidade, partindo de trás para abordar a zona de finalização. Esta característica impede que haja uma referência de marcação na jogada e faz com que o brasileiro não esteja pressionado quando recebe. Depois, o outro pormenor que tantas vezes destaco. O primeiro toque. Um toque rápido e orientado serve para dificultar a tarefa a quem tenta estabelecer posição para impedir o remate. 2 pormenores que condicionam a oposição a Liedson que, no final, acaba até por ajudar o “levezinho”, fazendo a bola ressaltar para fora do alcance de Pawel.

Golo de Tevez – Não há muito a dizer. Apenas um destaque para realçar a diferença que pode fazer a qualidade individual dos jogadores. Uma transição que é quase um alívio em condições difíceis de recepção é transformada de forma aparentemente simples em golo. Notável a recepção de Berbatov (sobretudo por virar as costas à bola, esperando que ela caia por cima de si) e, depois, o repentismo e precisão de Tevez.


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Formica e o louco derbi de Rosario, entre os destaques...

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- Em Inglaterra, destaque para 2 derbis. O de Manchester (2-0 para o United) e o (um dos) de Londres (1-4 para o Chelsea). Entretanto, o Liverpool venceu em West Ham.
- Em Espanha, grande jogo na recepção do Barcelona ao Villareal (3-3), que terminou com o adiar da festa do título, depois do Real ter sido batido em Valência (0-3).
- Nota para o golo de Forlan (Atlético).
- Num jogo de grandes golos, o Inter empatou a 2 em Chievo, mas não perdeu vantagem devido ao empate entre Milan e Juventus.
- Na Alemanha, mantém-se a luta pelo título. 2 golos de Hugo Almeida na derrota do Hamburgo em Bremen. O Estugarda bateu o líder Wolfsburgo (4-1). O Bayern recuperou terreno ao bater o Cottbus, enquanto que o Hertha também aproveitou para vencer o Bochum.
- Nota para os golos de Demba Ba (Hoffenheim) e Blaszczykowski (Dortmund).
- No Brasil, em destaque na primeira jornada os clássicos entre Fluminense e São Paulo (1-0) e Cruzeiro e Flamengo (2-0).
- Destaque ainda para o livre de Molina (Santos), a jogada de Diego Souza (Palmeiras) e o invulgar golo de Pedrão (Barueri).
- No 'Old Firm', venceu o Rangers (1-0).
- Nota para os grandes golos de Alanzinho (Trabzonspor), Karagounis (Panathinaikos) e Marco Janko (Salzburgo).

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11.5.09

Porto 08/09: Um campeão reconstruído

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No momento em que a festa se complicava foi da cabeça de Bruno Alves que surgiu o desbloqueio que a equipa tanto precisava. É curioso porque uma analogia, alargada à história deste campeonato, leva-nos a um outro momento em que o mesmo protagonista apareceu, ainda que de uma outra forma, mas com idêntico efeito positivo para a equipa, numa altura em que muito poucos (mas mesmo muito poucos!) eram capazes de projectar um final como o que se acabou por assistir. Reporto-me, como será fácil de lembrar, ao final da derrota portista na Figueira, quando o camisola 2 se dirigiu aos adeptos pedindo a união de todos para poder inverter um cenário negro em que a equipa parecia ter mergulhado. Era o fim de 3 derrotas consecutivas e em seguida o Porto reergueu-se, partindo para uma época em crescendo.


Há quem diga que este foi o melhor Porto de Jesualdo Ferreira e há até quem tenha defendido essa extraordinária tese de que as épocas anteriores tinham sido vividas à custa do trabalho de Adriaanse. A segunda é um total absurdo, mas não concordo com nenhuma destas ideias. O Porto de 07/08, do melhor Lucho e Lisandro foi o melhor desde o tempo de Mourinho e a equipa deste ano, ainda que tivesse outras virtudes, não chegou ao nível qualitativo da equipa que se passeou pelo campeonato do ano passado. Quanto ao tal creditar dos louros na “conta” de Adriaanse, só a posso ver como uma análise de quem não tem simpatia pelo “professor” e, principalmente, de quem não reflectiu convenientemente sobre o assunto. Desde o primeiro dia que Jesualdo implementou o seu modelo e com as suas metodologias. Os resultados, de resto, falam por si e deixam Adriaanse a léguas, sobretudo a nível Europeu.

Mas há uma ideia que também vejo repetida e com a qual concordo. O Porto 08/09 foi aquele onde há mais mérito de Jesualdo. Houve uma clara dificuldade de renovar o modelo e certas individualidades de peso, mas Jesualdo conseguiu com o tempo fazer uma transformação que readaptou alguns princípios do modelo, mas que não mexeu com os grandes princípios que fazem parte da ideia de jogo do treinador e que sempre estiveram presentes. Digamos que houve um ajustamento mutuo do modelo e das novas individualidades que demorou algum tempo mas que quando foi conseguido recuperou toda a qualidade que havia feito parte das equipas anteriores. Aliás, há várias coisas que são imutáveis nos 3 títulos de Jesualdo. Não vou entrar em escalpelizações, mas não posso deixar escapar o espanto que me causa o rendimento destas equipas em alturas de maior sobrecarga de jogos. Algo que só pode ser conseguido por uma enorme familiarização dos jogadores com o modelo implementado.

Momentos
Foi de facto uma época atípica, especialmente pelas dificuldades sentidas no inicio de Novembro. Acho particularmente interessante rever o que se disse e discutiu em cada um dos momentos que foram compondo a época. Nesse sentido, deixo aqui as análises (e os respectivos comentários) de 1 jogo por mês nesta caminhada. Nem sempre foi claro para mim qual o exacto caminho que a equipa haveria de percorrer e houve pontos em que me equivoquei. Também não posso dizer que tenha tido a certeza absoluta do que quer que fosse, porque isso em futebol não existe. Ainda assim, fico satisfeito por ler hoje o que escrevi depois do tal jogo com a Naval:

“Ainda assim, e apesar do pessimismo geral, creio que o Porto mantém uma ideia de jogo muito boa e sobretudo adequada ao consumo interno. Se não se desviar dela, estou seguro, permanecerá como um sério candidato ao título, apesar do que pensará nesta altura muita gente...”

Agosto: Porto 4-1 Cagliari (primeira experiência com Fernando a 6)
Setembro: Rio Ave 0–0 Porto (primeiro deslize)
Outubro: Sporting 1–2 Porto (Num mau momento, vitória potencialmente decisiva)
Novembro: Naval 1-0 Porto (A derrota que virou tudo)
Dezembro: Estrela 2-4 Porto (A 9ª vitória e confirmação de Hulk)
Janeiro: Braga 0-2 Porto (Vitória fundamental e arranque para a liderança)
Fevereiro: Porto 0-0 Benfica (Pouco conseguido, mas resultado importante)
Março: Leixões 1-4 Porto (Equipa no pleno, apesar das ausências)
Abril: Guimarães 1-3 Porto
(Demonstração de superioridade)


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O que fez Nilmar!!

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9.5.09

Vai começar o campeonato da paixão!

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É uma afirmação no mínimo discutível, mas não tenho dúvidas que o Brasileirão, que arranca este fim de semana, é sob várias perspectivas o melhor campeonato do mundo. Nenhum tem tanta paixão acumulada. Nenhum tem tantas equipas grandes em competição. Nenhum tem tantas rivalidades. E, embora sem as grandes estrelas do país, nenhum terá tanto potencial a aparecer de ano para ano.
São 20 equipas numa longa e dura competição, com Libertadores, Selecções e janelas de transferências como factores potencialmente decisivos para a definição. Num país com, no mínimo, 8 clubes grandes (o Vasco este ano está na Serie b) é absolutamente impossível prever quem vencerá. Ainda assim, vou enunciar os 5 que na minha óptica, e por esta ordem, mais lá podem chegar. Internacional, São Paulo, Palmeiras, Corinthians, Cruzeiro e Flamengo.

Para aqueles que olham este campeonato de nariz torcido, recomendo que revejam com maior atenção a prova, a qualidade, competitividade e paixão que a envolve. Da minha parte, podem ter a certeza, só não vou ver o que não puder


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8.5.09

Sobre o (triste) futebol português...

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Há algum tempo que não abordo algumas questões de fundo do futebol português. Creio que tenho cada vez menos esperança numa mudança real de estado de coisas e por isso prefiro concentrar-me naquilo que mais gosto. O jogo. Ainda assim, aqui ficam 4 pontos de opinião sobre algumas temáticas tristes, mas que fazem e farão parte da actualidade...

- Começo pela questão dos salários. Debate-se agora se serão aprovadas as medidas que prevejam punições desportivas para os clubes incumpridores. Tudo isto vai dar ao ridiculo de quem tem de aprovar medidas óbvias serem os potenciais prejudicados, ou seja os clubes. O problema é que uma liga não é só composta por clubes, mas por muito mais intervenientes. Suspeito que a questão só será resolvida com posições radicais. Ou seja, com uma greve de jogadores. Mais do que uma opção, é uma obrigação de todos, no meu entender. Para mais, acredito que não seria preciso passar da ameaça...

- Com a deterioração das finanças dos clubes, cada vez são mais aqueles totalmente dependentes de empréstimos para compor equipas minimamente competitivas. Para que se entenda, eu não coloco em causa o profissionalismo dos jogadores nesta questão, mas que interesse pode ter uma prova onde três quartos dos clubes estão dependentes da boa vontade do outro quarto?


- Começo, finalmente, a ouvir alguns debates sobre um modelo competitivo com menos clubes e mais jogos entre os participantes. Há anos que me parece óbvio que esta é uma medida fundamental para o futebol de um país como Portugal. A Deloitte concluiu o mesmo num estudo encomendado há anos, mas, como sempre, a remodelação certa só acontecerá quando já não der para adiar mais. Provavelmente, quando for tarde de mais.


- O problema de tudo isto está na falta de visão generalizada dos dirigentes. Os mais pequenos porque só têm olhos para o curto prazo. Os grandes porque continuam a preocupar-se em encontrar formas de ganhar vantagem internamente, não percebendo que por mais que ganhem, nunca poderão crescer num futebol que se torna mais podre a cada dia que passa...
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Taça Uefa: Definidos os finalistas e... a ausência de Diego!

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A coisa não foi fácil, mas acabou por confirmar-se o meu palpite inicial. Shakhtar e Bremen vão disputar a final de Istambul.

Num caso, o do Shakhtar, creio que o factor casa terá sido fundamental. Conseguido o empate fora, o Shakhtar fez valer a sua força em casa numa eliminatória que não surpreendeu em relação ao conhecimento que tinha das 2 equipas. O Shakhtar tem uma qualidade individual enorme e que passa despercebida à maioria dos adeptos europeus, mas não tem uma grande organização. Pelo contrário, o Dinamo, não tendo tão bons recursos individuais, ganha vantagem em termos de organização colectiva.

No que respeita à outra meia final, creio que acabou por falar mais alto o desgaste que a sobrecarga de jogos decisivos teve nesta equipa do Hamburgo. Este era, aliás, o motivo pelo qual me pareceu que o Bremen fosse mais capaz de estar na final. Nota óbvia para a ausência da grande figura da Taça Uefa 08/09, Diego. É um condicionalismo grande para o Bremen numa final que não contará também com Hugo Almeida depois de uma infantilidade incrível quando a equipa tinha o apuramento praticamente garantido...


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7.5.09

Passou o Barça, na lição do Chelsea

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A previsibilidade do resultado contrasta em absoluto com a forma como ele foi construído. O empate era um dos desfechos mais prováveis, mas poucos seriam aqueles que teriam previsto tantas dificuldades para um “Super-Barça” que poucos dias antes havia feito história no Bernabéu. Talvez seja ingrato afirmar que esta foi uma qualificação injusta do Barcelona, por tudo o que foi feito durante a temporada, mas no que respeita a esta decisão, claramente, era o Chelsea quem justificava nova final. A crueldade do jogo veio mais uma vez ao de cima quando, ao minuto 92, Iniesta retirou vantagem a um Chelsea que, ao contrário de Camp Nou, fora quase perfeito.


Desta vez uma estratégia cumprida a 100%
Estrategicamente não houve muitas diferenças em relação ao jogo da primeira mão. Hiddink voltou a mostrar respeito pelo potencial do Barça e deu-lhe a posse de bola, preferindo limitar os espaços e puxar para si o privilégio de poder actuar em transição. A diferença foi que, desta vez, o Chelsea não se limitou a defender (e bem), como acontecera em Barcelona. Desta vez, essa solidez defensiva foi também uma arma ofensiva, conseguindo recuperar em zonas mais altas e transformar esses momentos em perigosas transições que faziam apelo a uma venenosa exploração da profundidade. Se muitas vezes se gosta de associar este Chelsea à força, desta vez há que realçar a inteligência estratégica que esteve por trás desta exibição.
Na performance dos ingleses, destaco a fantástica qualidade de decisão colectiva da equipa, sabendo quando pressionar, quando baixar e criando sucessivas zonas de superioridade numérica que atrofiaram Stamford Bridge sempre que o Barça teve a bola. Aqui, nota para o papel notável de entre-ajuda dos 3 médios centrais, até pela forma como foram permutando posicionalmente.

O que se passou?
O Barça pode ter passado, mas não é pelo remate tardio de Iniesta que a sua exibição deixa de se constituir como uma desilusão. Sendo o futebol um jogo altamente complexo na forma como as suas diferentes variáveis interagem, não posso apontar apenas 1 factor como mais relevante, mas proponho-me o exercício de elencar alguns motivos deste menor rendimento.

- A qualidade do Chelsea. Entre o mérito de uns e o demérito de outros, há que dar ao Chelsea uma enorme dose de responsabilidade. Sabia-se, aliás, que era no confronto com adversários do calibre de Chelsea, Man Utd e Liverpool que este Barcelona seria realmente testado. Para já, não foi positivo.

- Efeito psicológico do primeiro golo. É preciso que se diga que se o Chelsea foi manifestamente infeliz no resto do jogo, não poderá dizer o mesmo da forma como rapidamente se colocou em vantagem. A este nível é normal que o efeito de se ter visto precocemente a perder não tenha favorecido a fluidez do jogo catalão.

- Ausências. Mais do que o recuo de Touré, parece-me que foi a ausência de Henry que mais abalou este Barça. É fácil criticar depois de ver, mas ao colocar Iniesta na frente, Guardiola alterou definitivamente a dinâmica do seu ataque, perdendo a presença de Iniesta na linha média e dando outra característica, de maior mobilidade, ao trio da frente. Talvez a equipa se sentisse mais confortável com a substituição directa de Henry, eventualmente por Hleb ou Bojan.

- Desgaste. O desgaste não é, ao contrário do que muitas vezes se pensa, apenas físico. É, aliás, muito mais mental. Jogar 3 jogos decisivos e de uma carga psicológica enorme no espaço de 1 semana tem de fazer moça. Neste jogo vimos mais erros individuais do que é costume nos jogadores do Barça, assim como uma invulgar desinspiração dos seus elementos. Não se deve desligar esta evidência da intensidade psicológica a que têm vindo a ser submetidos estes jogadores.




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A memória de um grande Barça em Stamford Bridge

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Ao constatar a desilusão que foi a performance do Barcelona em Londres, não pude deixar de recordar o embate de 2006, onde, aí sim, se viu um Barça verdadeiramente fantástico, capaz de se impor, dentro do seu estilo, a um Chelsea igualmente forte.
A equipa de hoje não lhe é globalmente inferior, mas daquela recordo 2 forças que esta não tem. Primeiro, o génio de Ronaldinho, diferente mas não necessariamente melhor do que o de Messi de hoje, mas com outra capacidade para decidir e desequilibrar sem ter de furar por completo a defesa contrária. A outra vantagem desse Barça era Larsson que era para Rijkaard uma cartada que, hoje, Guardiola não tem.

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6.5.09

Ronaldo: Talvez fosse melhor ver os jogos do Manchester...

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Se a primeira mão desiludira pelo desnível entre os 2, a segunda nem sequer chegou a ter uma história à altura da importância do jogo. O United teve a eficácia que não havia conseguido em Old Trafford e depressa marcou a sua passagem para Roma. Para além da confirmar um Manchester altamente preparado para estes vôos, o jogo mostrou novamente a dimensão invulgar do futebol de Cristiano Ronaldo. A facilidade com que se torna uma ameaça permanente, em toda e qualquer situação de jogo, leva, de novo e definitivamente, à conclusão de que há algo de errado no aproveitamento do jogador ao serviço da Selecção.

Não é um tema novo neste espaço e há muito que venho alertando para a necessidade de Portugal readaptar o seu modelo às características deste fantástico extremo que tem ao seu dispor. Ronaldo terá sido um caso de metamorfose invulgar, emergindo como “extremo nato”, mas ganhando nova dimensão como “extremo falso”. A diferença, e sem entrar em pormenores que já desenvolvi noutros textos, é que Portugal não se adaptou à transformação, continuando a servi-lo como se de um “extremo nato” se tratasse. Obviamente que o rendimento não pode ser o mesmo.

Problema individual?
Não podia ser mais irónico... Em 3 jogos das meias finais da Champions, jogaram 2 portugueses. 1 actuou como defesa esquerdo e outro, na maior parte do tempo, como avançado. Esta constatação não implica que o problema de recursos na Selecção tenha uma solução directa e simples, mas indica claramente que o problema da Selecção não pode nunca ser visto de uma perspectiva individualizada, tal como vem sendo encarado. O problema está, isso sim, na ausência de um modelo colectivo que retire realmente o melhor dos jogadores.
Chega a ser absurdo dado o passado do Seleccionador, mas dá quase para dizer que em vez de ver jogos do Siena, Queiroz ganharia mais em rever com maior detalhe aquilo que se passa, por exemplo, nos jogos do Manchester United...



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