31.8.09

Académica - Sporting: Mais importante é o que segue...

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A pressão, imprópria para a época, fazia, para o Sporting, do resultado praticamente tudo neste jogo. O objectivo foi, por isso, totalmente atingido. O Sporting saiu vencedor de um jogo que dominou amplamente, sim, mas que não o fez com qualidade suficiente para transformar o desfecho positivo numa inevitabilidade. Percebeu-se sempre a dependencia de um rasgo individual, e a verdade é que foi mesmo um desses momentos que abriu caminho ao triunfo. Concordo com a ideia de que é impossível melhorar sem confiança e sem vitórias esta é muito difícil. Ou seja, para melhorar era preciso, também, ganhar. Veremos o que se segue...


Os problemas
Começando pelo caso mais evidente. Bolas paradas. Permanece uma incapacidade evidente neste tipo de lances. Foi a única forma que a Académica encontrou para ameaçar, mas contra o Sporting isso parece ser suficiente para causar muitos problemas.

O segundo problema tem a ver com a organização ofensiva. O Sporting teve muita iniciativa mas foram evidentes as dificuldades para chegar de forma apoiada à frente. Importa, primeiro, contextualizar. A Académica tenta encurtar os espaços entre linhas, subindo a sua linha mais recuada. O espaço está, por isso, nas costas e não no meio e importava que o Sporting o soubesse explorar, ainda que não de uma forma directa. Não o conseguiu e por isso limitou-se a ser confrontado com as dificuldades da zona densa. O espaço entre linhas. Mesmo assim, o que se viu foi pobre, com dificuldades para criar linhas de passe e com alguns (demasiados) erros técnicos. Convém ainda referenciar 2 aspectos dentro deste tema. A falta de qualidade que a equipa encontra sempre que tenta sair pelos laterais e, de novo, Matías Fernandez. O chileno não tinha vida fácil pela falta de espaço que já expliquei, mas continua a não ter o enquadramento devido. Na primeira fase, a equipa não o procura quando baixa. Na segunda, não consegue criar linhas de passe para entrar no jogo. O resultado é a privação, em muitas jogadas, de um recurso importante na fase ofensiva. Se Paulo Bento resolver o problema de integração de Matias estará, seguramente, muito mais perto de resolver os seus problemas colectivos neste plano.


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Naval - Porto: Na Figueira, agora com eficácia

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Recordando o que aconteceu há pouco menos de 1 ano, na última derrota portista, precisamente na Figueira, há uma palavra que marca, claramente, a diferença. Eficácia. Ao contrário dessa ocasião, o Porto foi, desta vez, um visitante muito objectivo e, por isso, ganhou de forma algo fácil. Talvez demasiadamente para aquilo que foi, realmente, o jogo. Por trás do resultado ficam alguns bons indicadores mas também a persistência em alguns problemas que terão de ser resolvidos.


Lado esquerdo
O triângulo Varela-Meireles-Alvaro Pereira foi o canalizador de grande parte dos ataques portistas. E, seguramente, dos melhores. De facto, o Porto teve muito mais preferência por este flanco numa fase inicial, onde encontrou um entrosamento assinalável entre os movimentos de Meireles e Varela, com grande qualidade técnica a complementar. Varela, aliás, parece ser o primeiro trabalho de Jesualdo em 09/10. Foi, de novo, dos melhores em campo e mais do que a capacidade no 1x1 ou do golo que marcou, há que assinalar a forma inteligente como entrou no jogo, criando linhas de passe e dando depois boa sequência às jogadas. Do outro lado, porém, as notícias não são tão boas. Particularmente no que respeita aos movimentos de Belluschi.

Pressing
A Naval pode ter estado praticamente sempre em desvantagem, mas o domínio portista não aconteceu com a facilidade que o decurso do marcador sugere. A Naval conseguiu com muita regularidade levar o seu jogo até perto da área portista e, muitas vezes, em organização ofensiva. Chegamos ao tema do pressing. O Porto da Figueira fez-me lembrar alguns jogos dos primeiros tempos de Jesualdo. Ou seja, uma equipa com qualidade, sim, mas com um bloco algo passivo e baixo, sem capacidade de pressionar e impedir o adversário de sair a jogar. Aliás, se há coisa que caracteriza a versão “crescida” das equipas de Jesualdo é o pressing e, nesse aspecto, esta equipa não está nada “crescida”. Falcao esteve muito distante dos restantes jogadores que não sobiam quando identificavam o momento de pressão. Uma acção várias vezes comandada por Lucho e que, até agora, ninguém parece ter herdado. Aguardemos...


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28.8.09

Sporting, Polga e a arma do fora de jogo

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Foi o lance referenciado por Paulo Bento para explicar o crescimento italiano na abertura do segundo tempo. A leitura é correctissima. Trata-se de um dos tais momentos de impacto emocional no jogo de que tantas vezes falo e, mesmo não tendo terminado em golo, poderá ter sido mesmo decisivo na definição do jogo e da eliminatória. O lance, que surgiu logo no primeiro minuto da segunda parte, tem a sua génese num pontapé longo, com a segunda bola a ser ganha pelos “Viola”. Podia falar do mau posicionamento leonino para a abordagem à segunda bola ou do mau ajuste posicional de Pedro Silva (um hábito) à saída de um central, mas o ponto que quero aproveitar tem a ver com o fora de jogo e a forma como o Sporting ignora esse recurso táctico. E de que forma o fez neste lance!


Pressionar alto, com ou sem o “recurso táctico”
Recurso táctico. Pode parecer estranho esta designação mas é essa a potencialidade real da regra do fora de jogo no futebol moderno. É graças a ela que as equipas podem ter como estratégia jogar com a sua última linha defensiva subida, aproximando sectores e defendendo mais longe da sua baliza. Um exemplo evidente da utilização deste recurso é o modelo de jogo de Jorge Jesus. Nesse caso, a equipa sobe em bloco e pode fazê-lo sem esticar a equipa, mantendo a largura. A vulnerabilidade está, como é óbvio, na profundidade, nas costas da defesa.

Apesar de tentar fazer um pressing alto em muitos jogos, o Sporting utiliza muito pouco o recurso do fora de jogo. A solução passa por tornar a equipa mais estreita, não tendo vulnerabilidade na profundidade (ou seja nas costas dos defesas), mas sim em largura, tornando-se complicado sempre que o adversário muda de flanco. Na minha opinião esta é uma solução mais exigente em termos tácticos, embora o Sporting seja um caso de sucesso evidente pela competência com que a interpretou ao longo da era Paulo Bento.

Polga, o "anti fora de jogo"
O lance é muito claro sobre a pouca focalização do Sporting em relação à arma do fora de jogo. Em particular, Polga. Bastaria o central ter evitado recuperar e a jogada ficaria imediatamente inviabilizada. Pelo menos o passe para Jovetic. Polga, pouco inteligentemente, fez exactamente o que convinha à Fiorentina. Tentou recuperar posição, não foi a tempo e, pior do que isso, reabilitou Jovetic. Este não é um lance virgem em Polga, que, claramente, não tem o fora de jogo como solução interiorizada para dela se poder servir quando necessário.

Porque é que o Sporting não utiliza o fora de jogo como arma táctica? A resposta pode estar precisamente em Anderson Polga. É um jogador nuclear para o modelo do Sporting. A sua importância tem a ver, sobretudo, com a qualidade que tem com bola, sendo a referência para o primeiro passe em organização. Ora, para além desta característica, Polga tem outras. Por exemplo, a dificuldade em recuperar defensivamente, sentindo-se altamente desconfortável a jogar com espaço nas suas costas (não é por acaso que o seu pior momento foi com Peseiro). Por isso, para ter Polga nas contas, Paulo Bento teria sempre de ter um modelo que não recorresse à arma do fora de jogo. Compreende-se perfeitamente a opção, bem como a obrigatoriedade de a manter perante as características dos jogadores. Com Carriço, no entanto, começa a sentir-se que Polga poderá deixar de ser tão fundamental, que o “patrão” poderá mudar, e que o espaço nas costas não terá de ser tanto um problema. Não é uma transição simples de fazer e não sei se alguma vez acontecerá ainda com Paulo Bento, mas confesso a curiosidade para ver o que traria...


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Jovetic vs. Sporting

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27.8.09

Fiorentina - Sporting: Insuficientemente bom

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Como se o resultado da atribulada primeira mão não bastasse, o Sporting ainda encontrou um relvado impróprio para quem quer jogar bem. E o Sporting, para passar, precisava de jogar bem. A verdade, porém, é que o Sporting acabou por fazer um bom jogo em Florença. Insuficientemente bom. E isso é muito fácil de perceber se nos abstrairmos do contexto que actualmente envolve a equipa leonina. No futebol, já se sabe, não há espaço para vitórias morais. O Sporting falhou o apuramento, e isso é incontornável, mas esta eliminatória escapa, em termos qualitativos, ao mau arranque de época. Aliás, nela estão sinais importantes de que as coisas podem melhorar rapidamente. Resta esperar para ver o que vai acontecer a seguir...


O relvado como condicionante
Campo duro, com características próximas de pelado. Mais difícil colocar a bola no chão, mais difícil jogar em apoio. As duas equipas respeitaram essa condicionante desde o primeiro segundo, percebendo a ameaça do pressing nestas condições. 2 diferenças fundamentais na primeira parte. A primeira, a referência de passe. A Fiorentina buscando sempre o “pivot” Gilardino para depois sair a jogar. Raramente o conseguiu. O Sporting alternando mais, mas com os olhos sempre colocados na profundidade. A segunda diferença foi a que mais favoreceu o Sporting. Tem a ver com o espaço e com o posicionamento das equipas em campo. Mais baixo o Sporting e, por estranho que pareça, isso... foi favorável. Teve mais espaço para o estilo de jogo praticado por ambas as equipas e, por isso, apesar do jogo ser equilibrado, foi sempre o Sporting quem mais ameaçou. A eficácia não foi a ideal para um jogo tão exigente, mas foi, pelo menos, suficiente para sair a ganhar ao intervalo.

Vantagem perdida
Volto a referir este aspecto. As equipas italianas são aquelas que melhor reagem mentalmente às incidências do jogo e aquelas que mais jogam em função do resultado. E isto nada tem a ver com jogo defensivo, como se teima em confundir. A reacção da Fiorentina era, por isso, óbvia. Prandelli juntou a esta característica a irreverência e talento de Jovetic e a capacidade do Sporting foi verdadeiramente posta á prova. Sem possibilidade para se impor pela posse, seria necessário ser forte no último reduto, ser capaz de sofrer. A Fiorentina entrou forte, com 2 ou 3 jogadas de qualidade e ameaçou. O Sporting deixou de controlar o adversário, mesmo tendo tido também as suas chegadas perigosas onde, novamente, não teve a eficácia necessária. O preço pagou-se no talento de Jovetic, na sequência da má leitura de Carriço que saltou algo fora de tempo e transformou um corte, num desvio prejudicial. Ainda havia tempo, mas não houve capacidade para furar um bloco agora mais baixo, nem com um jogo mais apoiado (o campo não o permitia), nem mais físico (onde os italianos levavam vantagem). Foi fundamental para a Fiorentina ter baixado o bloco logo após o golo, ao contrário do que havia sucedido no primeiro tempo.

A crise
Fosse este um jogo descontextualizado do cenário actual e não viria mal ao mundo. Na situação que se vive, no entanto, tudo se complica pelo peso de mais um resultado adverso. A minha visão, no entanto, mantém-se simples e distante de dramatismos circunstanciais, típicos destas fases. Ou seja, o Sporting tem reais possibilidades de ser mais competente do que no ano anterior e um sério candidato a vencer qualquer competição interna. Não o é ainda, mas está bem mais próximo de o ser do que no final da eliminatória com o Twente. Aliás, dá a ideia de que o Sporting está a pagar o preço de evoluir em competição.

Os problemas já os identifiquei e repito-os. A evolução deverá passar por tentar recuperar níveis de organização e eficácia defensivos (em organização e bolas paradas), de acordo com o que foi apanágio durante os últimos anos. Se o conseguir, o Sporting voltará a ser competente. Este é, nesta altura, o aspecto essencial. Depois, há uma oportunidade clara de ser mais forte do que no passado. Veloso está num momento absolutamente fantástico e Matías Fernandez é uma injecção de qualidade inegável. São mais valias claras em termos individuais em relação ao ano anterior. Em termos colectivos, há o aspecto da organização ofensiva que deve ser, na minha opinião, trabalhado. Tudo isto, claro, só será possível dependendo dos índices de estabilidade e confiança existentes. Para isso, as vitórias são absolutamente fundamentais...


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Elias e o "thriler" da Vila Belmiro (com hat-trick de Aleclsandro)

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26.8.09

Aimar, Ramires e André Santos: mais 3 jogadas da jornada

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Aimar - Provavelmente a melhor jogada do encontro do Afonso Henriques. Nasce de um lançamento lateral no próprio meio campo e tem Aimar como elemento central. Aliás, este é o tipo de jogadas onde o argentino se mostra mais forte. Ou seja, em ataques rápidos, com possibilidade de progredir em apoios sucessivos. Aimar pensa e executa quase sempre de forma perfeita.

Mas há ainda que evidenciar os restantes intervenientes. E são 3. O momento em que a imagem pára é o essencial para se compreender como Aimar se consegue isolar. Primeiro, a importância da acção de Di Maria. Não apenas o timing e precisão com que faz a assistência, mas o facto de ter, primeiro, atacado a zona central, nas costas do médio defensivo. Isto obriga o elemento central do trio defensivo a fazer contenção, pressionando e saindo da sua zona. Quando isto acontece, os 2 defesas restantes deveriam reequilibrar o posicionamento na zona central, aproximando-se nas costas do elemento que sai para pressionar. Isso não acontece. Saviola e Cardozo, abertos, parecem não intervir no lance, mas têm uma acção essencial. A sua presença provoca o erro defensivo, com os defensores a dar prioridade às referências individuais e não fechando o espaço, como deveria ter acontecido.

Ramires - O lance do golo do Benfica começa com uma imagem caricata. Na área está tudo ocupado a definir marcações. Aparentemente demasiamente para que alguém se aperceba que, entretanto, Ramires chega também à área. Segundos depois, claro, não houve quem não reparasse no brasileiro...
À margem deste detalhe fantasmagórico, há algo para dizer sobre a marcação feita. Com 9 jogadores de campo, 1 na barreira e 2 posicionados em zonas exteriores, o Vitória só consegue ter 6 jogadores na zona central. O problema é que o Benfica também coloca 6 jogadores nessa zona, havendo igualdade numérica. Isto torna impossível haver uma marcação individual por parte do Vitória (o que, na minha opinião, nunca deve acontecer em livres defensivos), porque 1 jogador tem de estar zonalmente colocado na frente de todos os outros para evitar desvios ao primeiro poste. O problema é que o Vitória tem alguns jogadores colocados zonalmente e outros centrados em marcações individuais, desprotegendo especialmente a zona do segundo poste. Aliás, nessa zona está apenas 1 defensor para 3 atacantes. Um deles é Ramires que, ainda por cima, aparece numa zona perfeitamente frontal. E assim se deitam fora 90 minutos de esforço...

André Santos - O terceiro destaque não tem a ver com a jogada, mas com o protagonista. André Santos, de 20 anos, emprestado pelo Sporting ao Leiria. Médio defensivo, não tem físico nem o perfil tantas vezes exigido para jogar à frente da defesa. Aí, precisamente, é que está o interesse. É que André Santos evidenciou-se apenas pela forma como trata a bola e o jogo. Tudo numa zona sempre congestionada e onde é muito difícil fazê-lo. Não creio que o tivesse visto antes, mas ficou desde já referenciado para o acompanhar em próximas oportunidades...



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1, 2, 3... Lisandro

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25.8.09

Vukcevic e a falta de consistência do losango

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O golo que começou a definir a derrota leonina como ponto de partida para uma questão mais abrangente. A consistência do losango leonino e, mais particularmente, as lacunas posicionais de Vukcevic.

O lance é perfeitamente claro sobre a falta de cultura táctica do montenegrino quando sem bola.
Para uma equipa que defende com base em referências zonais é fundamental que os jogadores mantenham um posicionamento que não tem a ver com o que fazem adversários directos. Essa, no entanto, parece ser a única referência defensiva de Vuk, que se mantém aberto sempre que o lateral do seu lado não participa ofensivamente. Aliás, nesta jogada em concreto ele permanece permanentemente à margem do colectivo. O problema disto é que a estrutura em losango, e em particular a do Sporting, prevê que os médios interiores fechem sem bola, aproximando-se do elemento mais recuado. Quando isso não acontece, obviamente, cria-se um “buraco táctico” que pode, como aconteceu frente ao Braga, ter consequências directas no marcador. Mesmo não as tendo, este tipo de comportamento leva sempre a problemas de consistência colectiva, dificultando a tarefa de recuperar a bola o mais rapidamente possível.

Embora tenha efeitos colectivos, este é um problema individual, já que nenhum dos outros médios do plantel revela este tipo de lacuna. O caminho passa, sempre, por fazer com que Vuk possa evoluir neste aspecto, até porque a cultura táctica é fundamental, seja qual for a equipa ou posição que ocupa.

A posição 10 e o pressing...
Correndo o risco de ser repetitivo, volto a bater numa tecla que ainda não vi testada. A posição 10. Creio que com Moutinho numa zona central, tudo seria mais fácil. Mesmo com jogadores de maior vocação ofensiva, o 10 estaria sempre mais próximo do 6, fazendo com que o losango, mesmo mais largo fosse consistente. Tudo tem a ver com a notável característica defensiva do 28. Moutinho é o jogador mais forte sem bola do meio campo leonino (e provavelmente no futebol português). Não só pela capacidade posicional, mas também pela reactividade e agressividade que é capaz de oferecer. Acredito numa importância decisiva do pressing para o sucesso de qualquer equipa. Por isso insisto tanto neste ponto nas análises que faço, de todas as equipas. A posição 10 tem, neste particular, um papel fundamental, embora desprezada por uma visão do jogo normalmente demasiado centrada nos momentos com bola. Sendo uma posição central e entre linhas, a posição 10 é muitíssimo importante para os momentos de transição e precisa de ter aí jogadores altamente competentes e inteligentes nos mais variados momentos do jogo. Porque o jogo, joga-se em todos eles.



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Volta ao mundo: 10 golos, 8 jogos, 6 exibições

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24.8.09

Guimarães - Benfica: ganhar e... perder o brilho

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Este era, perante o calendário inicial e em teoria, o primeiro teste complicado do Benfica 09/10. A conclusão é, pode dizer-se, paradoxal. Se o balanço é satisfatório, não se pode deixar de sentir alguma desilusão pela exibição encarnada. O encaixe de Vingada foi a novidade táctica da partida, mas não tenho total convicção que as dificuldades tenham a ver apenas com essa estratégia. Aliás, não parece ter sido, sequer, essa a leitura de Jesus. Uma coisa é clara: Tendo conseguido o resultado e, mesmo, alguns períodos de superioridade, o Benfica não fez o suficiente em Guimarães para que se sentisse que a cabeçada tardia de Ramires fora, propriamente, um acto de justiça.


Benfica: problemas circunstancias, ou um aviso para o futuro?
O Vitória apostou num encaixe táctico de circunstância, o que, misturado com uma concentração e agressividade mais intensas, causou grandes problemas ao Benfica durante praticamente todo o primeiro tempo. Pode-se falar das dificuldades em superar o pressing vimaranense em construcção, mas o principal problema, na minha opinião, foi o pressing. O Vitória conseguiu, quase sempre, evitar que o Benfica recuperasse alto e isso condicionou muito o jogo benfiquista, reconhecidamente dependente da eficácia do seu pressing. Esse foi o pior período do Benfica, onde o Vitória conseguiu estar mais intenso e onde podia, também, ter chegado à vantagem.

Embora se tenha destacado muito o impacto da estratégia táctica de Vingada, eu sou levado a pensar noutras condicionantes para o menor rendimento encarnado. Este é, aliás, um problema que o próprio Braga de Jesus sentiu enquanto andou por aventuras europeias. Ou seja, a já abordada intensidade de jogo, tão necessária no modelo encarnado, não parece surgir com tanta facilidade com a sucessão de jogos. Ao invés, o Benfica encontrou um adversário mais intenso, mais focado e disponível para o jogo. Desta vez, o final foi feliz, mas fica a interrogação de qual será a capacidade de resposta em situações semelhantes no futuro. É que aqui poderá estar um elemento decisivo para o sucesso encarnado a nível interno.

Guimarães: o encaixe será mesmo uma boa estratégia?
Não faltarão elogios ao que fez Vingada, mesmo depois da derrota. Mas será assim tão auspicioso o caminho escolhido pelo treinador? No futebol actual acredito muito pouco em equipas de “encaixe”. Ou melhor, até ver, não acredito. Especialmente em quem, como o Vitória, vai passar grande parte do campeonato a ter de assumir o jogo e não com preocupações de “encaixes”. Cá fica a nota e cá estaremos para ver.

Assis, David Luiz e Di Maria
O primeiro fez um jogo enorme. Quer em termos defensivos, quer ofensivos, tendo em ambos os casos um papel fundamental. Sinceramente, fico com a sensação de que Assis terá passado à margem de uma carreira bem mais fulgurante. Provavelmente vitima de quem apanhou, quer no Benfica, quer no Sporting.

David Luiz fez um jogo muito importante em vários aspectos. É um central que está longe de estar terminado, sentindo-se que a qualquer momento pode cometer um erro. Mas tem, de facto, fantásticas qualidades. É rapidíssimo a recuperar e tem grande qualidade técnica. Aliás, destaco o facto de ter sido ele a referência para a saída de bola. Isto, sabendo-se que Luisão sempre foi o “patrão” neste particular. Provavelmente não foi um acaso...

Finalmente, o argentino. Falhou quase sempre na definição final dos lances, mas voltou a ser o elemento com mais capacidade desequilibradora no Benfica, sobretudo pela forma como se movimentou. Sente-se que gosta de jogar neste modelo.


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Porto - Nacional: Só demorou a resolver

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Na maioria dos jogos, os primeiros minutos são uma espécie de adolescência, com um carácter ainda por definir e distinto daquilo que será a sua fase de maturidade. Neste não. Quem viu os primeiros minutos, viu praticamente tudo. Ou pelo menos tudo o que havia para ver antes do jogo estar perfeitamente definido, ou seja, antes do lance que definiu a vantagem portista. Isto porque o ímpeto inicial portista teve um seguimento contínuo, num jogo bastante aberto mas onde apenas 1 equipa teve capacidade para desequilibrar ofensivamente. E, no caso, com bastante frequência. Foi, por isso, uma vitória mais do que certa de um Porto ainda em crescimento, perante um Nacional que voltou a confirmar que está muito longe da valia do ano anterior.


Nacional mas não muito bom
O Nacional foi, apesar de alguma qualidade individual, um adversário simpático. Defensivamente deu demasiados espaços entre os seus jogadores e nunca conseguiu pressionar convenientemente. Aliás, defender bem nunca foi uma arte que o Nacional de Manuel Machado dominasse bem. Ofensivamente, conseguiu esticar-se frequentemente no campo, mas notoriamente falta-lhe capacidade para dar algum seguimento. Quando sai em posse, não consegue ter qualidade nas laterais. Quando vai para a profundidade, não tem Nené ou Mateus para dar outro andamento às iniciativas. E, assim, tal como frente ao Sporting, notou-se no Nacional um adversário bem mais débil do que no passado.

Superioridade mas... com pouco pressing
O resultado da qualidade da oposição determinou um Porto com facilidade em ser dinâmico e criativo nas suas ofensivas. Os seus médios conseguiram sempre receber e jogar de frente e, no último terço, houve sempre mobilidade como complemento. Também não faltaram oportunidades e, em boa verdade, o Porto justificou a vantagem bem mais cedo. Num Porto em crescimento, nota-se no pressing o ponto mais atrasado do modelo. Raras foram as recuperações altas e há, ainda, uma notória falta de agressividade e reactividade nesta acção. Repito a ideia que este pode ser bem o aspecto onde Lisandro e Lucho serão mais difíceis de substituir...

Varela, Belluschi e Falcao
Varela terá feito, provavelmente, a sua melhor exibição de dragão ao peito. Procurou criar linhas de passe em zonas mais interiores, diagonais nas costas dos centrais e dar mobilidade permanente. Tudo isto é novo num jogador que passou grande parte dos últimos anos a jogar agarrado à linha. Varela não estaria a jogar se Hulk e Rodriguez estivessem disponíveis. A sua oportunidade é esta e é bom que a aproveite...

O argentino apareceu em zonas mais baixas, algumas vezes mesmo ao lado de Fernando. Pode ser a alternativa de Jesualdo para um jogador de enorme qualidade de passe e definição, mas que tem dificuldade em entrar no jogo. De resto, Belluschi pode mesmo ser um problema para o pressing.

Finalmente, o colombiano. Voltou a mostrar-se decisivo na área, e combativo fora dela. A Falcao falta ainda crescer dentro do modelo portista. Falta combinar com Hulk e Rodriguez, falta mais mobilidade e falta mais capacidade para pressionar. Mas a confiança já a tem. E essa é, para um avançado, uma característica muitíssimo preciosa.


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Sporting - Braga: Uns com a liderança, outros com problemas

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Para uma equipa a precisar de crescer, o Braga não era o melhor adversário. Isso provou-se. As indicações dadas frente à Fiorentina, ao contrário do que dirá a intuição resultadista não foram desfeitas. O que acontece é que este Sporting, por estranho que pareça, está ainda numa fase inicial da consolidação da sua forma de jogar. Comete ainda demasiados erros e tem vários aspectos onde tem de evoluir se quiser ter o sucesso como um destino minimamente provável. Já fora assim frente aos italianos e desta vez, não havendo melhoria, também não houve retrocesso. A eficácia não ajudou, a derrota torna tudo mais difícil e o caminho, esse, é o mesmo. Ainda muito longo...


Sporting: Uma lista dos problemas
Onde falhou o Sporting? Comecemos pela eficácia. É certo que a derrota não se explica por um golo ainda dentro do primeiro quarto de hora, mas ajuda tê-lo sofrido ao primeiro remate, e quando se vinha fazendo uma boa entrada na partida.

Depois podemos falar de um pormenor, desprezado por quase todos, mas com influência num jogo entre 2 equipas que procuram ter a bola. Sair a jogar a partir de pontapés longos, de baliza ou livres. O Braga conseguiu-o quase sempre e isso dificultou muito a tarefa do Sporting em conseguir mandar no jogo.

Passemos, finalmente, aos problemas mais crônicos do Sporting actual. Primeiro a posse de bola. Ao contrário do que se disse, o Sporting passou grande parte do tempo a tentar atacar a partir de recuperações e não em organização – o tal problema de ser o Braga quase sempre a sair a jogar dos pontapés longos – mas quando o fez, recorrentemente, sucumbiu à tentação do passe longo perante o pressing. Com este meio campo e com centrais com boa capacidade de passe, o Sporting tem de ser capaz de arriscar mais no passe para os médios, de procurar mais um jogo em posse. Pelo menos para consumo interno. Isso ainda não acontece e é um desperdício.

A consistência defensiva. O maior problema actual. O Sporting do passado teve várias vezes problemas de qualidade ofensiva, mas foi sempre sólido, consistente e capaz de fazer de um golo, de um momento de inspiração, o suficiente para ganhar. Hoje isso não acontece e essa é a grande diferença. As bolas paradas são uma catástrofe. Uma urgência imediata, capaz de minar qualquer resultado, de qualquer jogo, caso não seja resolvida rapidamente. Mas há mais. O losango actual tem um problema de consistência. Vukcevic não tem cultura defensiva e só baixa se o lateral do seu lado o obrigar, e Veloso, apesar do grande momento que atravessa, fica demasiadas vezes, demasiado só. O pressing também não funciona com a agressividade desejada e isso sente-se, por exemplo, no número reduzido de recuperações altas conseguidas. Continuo a defender a passagem de Moutinho para 10, muito por este problema. Sobre isto falarei nos próximos dias, com algumas imagens, incluindo a do primeiro golo...

Caicedo: a confirmação do desajuste?
Abstive-me de falar sobre ele acuando da sua contratação. Primeiro, e mais importante, porque não o conhecia bem. Segundo, porque, do que havia visto, só podia dizer mal. Aguardo ainda mais jogos, mas o que fez contra o Braga foi muito mau e apenas confirma a idéia que dele tinha. Ou seja, um jogador estático, pouco capaz de criar, pouco útil a pressionar. Resta-lhe o físico e a insistência em estar perto do golo, esperando pela oportunidade de empurrar, num qualquer ressalto. Se Caicedo é isto, pergunto-me qual a lógica da sua contratação tendo em conta o perfil de avançado deste modelo?!

Braga: líder que precisa de crescer
Fez-me lembrar a Académica que empatou em Alvalade na época anterior. Ou seja, um jogo de posse, capaz de roubar tempo ao Sporting tendo a bola e não apenas de se refugiar em contra ataques esporádicos. Em Braga, claro, a idéia de Domingos ganha outra qualidade e uma profundidade que em Coimbra não podia ter. Mas só com a ajuda da eficácia é que pode sair de Alvalade com a vitória, e isso não pode ser escamoteado. É um Braga competente, sim, mas que tem ainda de crescer para poder ser uma ameaça real aos grandes. O tempo dirá se essa evolução irá, ou não, acontecer. Para já... lidera.


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21.8.09

Benfica - Poltava: Fácil, como noutros tempos...

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Antigamente era assim. Nome esquisito raramente enganava e dava, regra geral, lugar a goleada. Os tempos são outros e hoje o futebol não tem mais espaço para vencedores antecipados. Esta eliminatória não era excepção, mas o Benfica acabou mesmo por fazer o tempo voltar atrás, lembrando esses tempos de maior facilidade perante as incógnitas europeias. A eliminatória está, assim, resolvida, evitando-se incómodas preocupações para uma deslocação longínqua a que obriga a segunda mão. Esse foi, aliás, a intenção evidenciada por Jesus ao não promover qualquer rotatividade para um jogo a meio da semana. Objectivo conseguido e um bom começo para uma carreira europeia que tem tudo para ser longa.


Vorlska Poltava
O primeiro ponto serve para contextualizar o grau de dificuldade do jogo. Vorlska Poltava é, inevitavelmente, um nome que sugere um grande desequilíbrio entre as equipas. Que o Benfica é melhor não há dúvidas, mas este era um adversário que estava longe de pressupor goleada obrigatória. Afinal, trata-se de uma equipa habituada a bater o pé a Dínamo Kiev e Shakhtar.

A importância do primeiro golo A diferença de potencial era evidente e a esta juntou-se um dado fundamental para descodificar as coordenadas do jogo. O à vontade ucraniano. Essa característica permitiu uma grande confiança na forma como abordaram o jogo, mostrando qualidade técnica para fugir ao pressing encarnado na primeira meia hora. O que se viu nesse período foi um jogo perigoso para o Benfica, sem capacidade para conseguir recuperações altas e impor o ritmo que gosta e precisa para mandar no jogo. Deste quadro resultava a ideia de que o Benfica precisaria de um momento que abanasse a confiança do adversário, mas também que se tal não acontecesse rapidamente, o jogo se poderia complicar. Felizmente para as hostes encarnadas, a diagonal de Di Maria contou com as dificuldades de recuperação da defensiva adversária e terminou com a bola no fundo da baliza ucraniana. A partir daí, e confirmando a ideia inicial, tudo se tornou muito mais fácil.

Veio o pressing, foi-se o equilíbrio
A eliminatória terminou quando o pressing encarnado entrou em jogo. Ou seja, depois do tal efeito psicológico do golo de Di Maria. O Benfica tornou-se, a partir daí, dominador absoluto e, com naturalidade chegou à goleada. Uma evidência, também, da importância que o pressing tem neste modelo do futebol encarnado em 09/10. O jogo tornou-se, depois, demasiado fácil para o Benfica. Tão fácil que se torna mesmo difícil tirar conclusões sobre alguns aspectos. Fica para outras ocasiões


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A virada de "Toto" Salvio e outros destaques da semana...

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- O tiro de Bastos na goleada do Lyon ao Anderlecht
- O espantoso empate do Kosice frente à Roma (3-3)
- O primeiro golão de Zarate em 09/10
- A vitória histórica do Burnley sobre o Man Utd
- As
goleadas de Liverpool e Tottenham na Premier
- A derrota caseira do Barça frente ao Man City
- A goleada galáctica frente ao Dortmund
- A vitória do Atlético em Atenas (2-3)
- A exibição de Junior Dutra (21 anos) na vitória do Santo André

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19.8.09

Sporting - Fiorentina: Mau resultado, boas perspectivas

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O resultado, ao contrário de todos os anteriores, é altamente comprometedor. Mas, por paradoxal que pareça, este pode bem ter sido o momento de viragem num arranque de temporada frouxo e estranhamente perdido numa espécie de crise de identidade táctica pela qual, nem o Sporting, nem Paulo Bento tinham necessidade de entrar. Não foi, longe disso, uma exibição de excelência, mas foi suficiente para dar indícios claros de qual o caminho a seguir. Se este era o preço que o Sporting e Paulo Bento precisavam de pagar para perceber que o caminho não passa, necessariamente, por uma mudança sistémica, pode dizer-se, até, que ficou barato. A tempo está, não só a discussão da eliminatória, mas sobretudo uma época que pode bem ser mais positiva do que as anteriores. E nem é preciso fugir muito do que foi feito no passado...


Difícil fazer melhor
Como referi não foi, sequer, uma exibição excelente. O Sporting não conseguiu nunca controlar em absoluto o adversário, que foi sempre capaz de, a espaços, ser ameaçador. Por outro lado, cometeu alguns erros técnicos, sobretudo na sua primeira fase de construção. Tudo isto é verdade, mas seria realmente difícil que o Sporting tivesse feito melhor. Não que a sua capacidade e potencial não o permitam, mas por todas as condicionantes do próprio jogo. Primeiro, e mais importante, o factor mental. A confiança. O momento não era o melhor e apesar de se sentir sempre toda a motivação, percebeu-se também alguma insegurança. O golo inaugural foi tudo menos um bom remédio. O Sporting reagiu bastante bem, jogando com grande agressividade e dinâmica, mas percebeu-se sempre que a equipa precisaria de um momento que lhe injectasse confiança. No caso, um golo podia ser bem mais do que apenas isso. De novo, a circunstância foi madrasta. O golo surgiu, sim, mas combinado com uma expulsão resultante da displicência de Vukcevic. Ainda assim, o efeito permitiu subir os índices de confiança ao ponto de se ter feito mais um golo e, mesmo com 10, roçado o feito de ter conseguido até mais. A realidade, no entanto, é que a Fiorentina tem demasiada qualidade para sucumbir apenas com 2 “socos psicológicos”. Aliás, se há coisa onde os italianos são fortes é na reacção emocional aos momentos do jogo. O Sporting deveria ter baixado o ritmo de forma mais vincada, mas não o fez, ou não o conseguiu e os italianos, naturalmente, foram crescendo, empataram e terminaram em cima. O empate acabou por, sendo mau, ser menos mau, depois de tudo...

Matias Fernandez
Tem sido assunto recorrente na análise aos jogos do Sporting. Não foi preciso ver muito dele, antes deste jogo, para perceber que se trata de um jogador de eleição e enorme potencial. O problema é a sua integração táctica. Frente à Fiorentina, houve sempre mais espaço entre linhas do que em jogos anteriores e Matias apareceu mais móvel, sempre capaz de criar e desequilibrar. É raro ver-se um jogador que combine tão bem atributos como inteligência, técnica e explosão. Matias tem tudo para ser um caso sério no Sporting. Paulo Bento tem neste chileno um ponto essencial para alavancar a qualidade da equipa em relação ao passado. Resta trabalhar a sua integração no modelo colectivo.

...e os outros
No Sporting há uma qualidade enorme no meio campo. Com Matias Fernandez o potencial cresceu enormemente. Veloso esteve também muito bem, agressivo e determinado como há muito não se via. Há ainda o indispensável Moutinho, o irreverente Vukcevic e soluções de qualidade como Pereirinha, Izmailov, Adrien ou Rochemback. Jogadores para fazer deste Sporting uma equipa fortíssima em termos técnicos e para conseguir um futebol bem mais capaz em posse. O problema em termos de individualidades está, claramente, na linha defensiva e em especial nas laterais. À direita, nem Pedro Silva, nem Abel se mostram minimamente consistentes e sou da opinião que Pereirinha pode e deve ser mais vezes utilizado nesta posição, até porque no meio campo as suas possibilidades de entrar de inicio não são fáceis. Na esquerda, resta esperar, ou pelo crescimento de André Marques, ou pela resposta de Grimi assim que regresse. Se o Sporting ainda pensa no mercado, e este é um pouco que já vinquei no passado, devia olhar para a sua zona mais recuada...

A Fiorentina
Uma nota sobre os italianos. Deram muito espaço entre linhas e mostraram bem o que é o futebol italiano da actualidade. As equipas nunca jogam alto, mas sentem confiança para se alongar no campo, confiando na qualidade táctica para manter os níveis de organização apesar do espaço. Depois, caracterizam-se pela capacidade nos 2 extremos do campo. Atrás, bons guarda redes e defesas fortes física e tacticamente. Na frente, jogadores poderosíssimos, capazes de desequilibrar em poucas jogadas. A principal característica, porém, é a incrível forma como mudam de atitude no jogo e em função do resultado. Esse “resultadismo” comportamental é algo que o Calcio tem de único no futebol actual. Nota para Gillardino. Sou um fã deste tipo de atacantes, muito típicos do futebol transalpino. A qualidade com que jogam de costas para a baliza é assustadora e parecem capazes de dar o melhor seguimento a toda e qualquer bola que lhes chegue. Isto para não falar da inteligência com que se movem e executam dentro da área. Gostava de ver um avançado italiano, mesmo que mais modesto, a jogar em Portugal...


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Hleb a solo

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18.8.09

9 lances da jornada...

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Ruben Amorim (Benfica, 88m) – Uma das últimas jogadas do jogo e, seguramente, das melhores.Do lado do Benfica destacar a forma como a equipa consegue progredir de forma vertical e com grande mobilidade dos jogadores, destacando-se a inteligência de Nuno Gomes sempre que sai da zona de finalização e, claro, o movimento vertical de Ruben Amorim. Mais uma vez, no entanto, tem de ser destacada alguma permissividade do Marítimo. Primeiro, o bloco demasiado baixo, permitindo que o Benfica comece a jogada já dentro do meio campo ofensivo e estendendo a marcação até zonas demasiado baixas, retirando densidade ao posicionamento. Apesar do mérito encarnado, não é muito aceitável que se construa tão facilmente a jogada, permitindo, por exemplo, que Nuno Gomes receba e rode sem pressão.


Di Maria (Benfica, 57m) – A jogada é construída praticamente toda pelo ‘slalom’ de Aimar. O 10 baixa para participar na primeira fase de construção e acaba por protagonizar uma jogada rara no futebol moderno de progressão individual pela zona central, e perante um bloco baixo. Aimar tem o mérito de tirar partido da situação, mas neste caso, e fosse qual fosse o jogador, a responsabilidade primária é da defesa. Pouca agressividade e um demasiado espaço entre os jogadores permitem que “El Mago” fure o bloco madeirense. No final do lance, outro aspecto a salientar. O facto de Di Maria atacar tardiamente a zona de finalização faz com que os defensores não o tenham como referência, acabando por ser surpreendidos...

João Aurélio (Nacional, 26m) – O golo do Nacional é apenas mais um exemplo das dificuldades do Sporting nos lances de bola parada defensivos. Aliás, podia facilmente encontrar-se outros lances como exemplo. O canto é, como é característica do Nacional, marcado para fora da zona do guarda redes (normalmente são, até, mais largos) e o problema não é o marcador do golo João Aurélio. O problema é a recorrente incapacidade leonina para resolver a primeira bola aérea. A partir do momento em que esta não é tirada da área, tudo pode acontecer...

Matias Fernandez (Sporting, 82m) – A primeira, e importante, nota no lance vai para o espaço que é dado a Pereirinha na direita. É um problema que tem a ver com a organização defensiva do Nacional (orientada por referências individuais) e que já vem de trás. Os metros de terreno que lhe são dados são fatais e o perigo fica à distância de um duelo individual, que Djalo ganha. A finalização, apesar de não ter eficácia também não merece cirticas, já que era um lance de resolução para Matias Fernandez. O lance não termina em golo mas acaba por ser o espelho da forma como o Sporting acabou o jogo, criando muitas dificuldades ao Nacional.

Matheus (Braga, 18m) – A imagem inicial é clara, quer quanto ao posicionamento defensivo da Académica – e de Rogério Gonçalves – quer quanto ao problema principal do lance. Linhas juntas, com a mais recuada a usar o fora de jogo como arma. A vulnerabilidade está, sobretudo, nas costas. O erro (maior) está na ausência de pressão sobre o portador da bola. Só faz sentido jogar alto se houver pressão constante, caso contrário o portador da bola pode pensar e escolher o timing ideal para solicitar uma desmarcação. Tudo isto é mais grave se o portador da bola for tecnicamente dotado. No caso, era Hugo Viana...

Meyong (Braga, 87m) – O golo que valeu os únicos 3 pontos da jornada. Mais uma vez, a dependência da defensiva da Académica da cortina do fora de jogo. Quando a bola entra nas costas do lateral e se criam condições para o cruzamento, acontece o que já muitas vezes sublinhei. Por estar em recuperação, a zona central da defesa falha, quer no posicionamento, quer na definição de referências. Isso é evidente na forma desastrada como o defensor aborda a bola e quem aproveita é Meyong que ataca, também, muito bem o lance. De resto, nota apenas para a já conhecida capacidade de Alan em cortar para dentro sobre a direita, apesar de ser destro. Um quebra cabeças para os marcadores.

Baiano (Paços Ferreira, 5m) – Tal como na Supertaça a oportunidade foi dele. Flagrante e de cabeça. O Porto tem o posicionamento defensivo bem definido no centro. O problema é, primeiro, alguma permissividade sobre Cristiano, conseguindo este o cruzamento. E, segundo, a abordagem de Fucile. A sua leitura da trajetória da bola é errada e é por isso que faz com perda a frente do lance, que tinha ganha à partida. Baiano acaba por cabecear em zona frontal, apenas por se antecipar.

Fucile (Porto, 64m) – O Porto é quem ganha a segunda bola e, de imediato, vira o flanco encontrando espaço para Fucile progredir e rematar. 2 notas sobre o lance. A primeira tem a ver com a origem do lance, uma disputa aérea após pontapé longo. Na Mata Real, mais do que em qualquer campo desta liga, estes lances são marcantes. Ganhar a segunda bola permite, muito rapidamente, chegar a uma situação de cruzamento ou remate. Tudo por causa das dimensões do campo. A segunda tem a ver com o principio de tirar a bola da zona de pressão. O Porto não conseguiu por em prática esse principio com muita frequência, particularmente em transição, e isso explica em boa parte as dificuldades sentidas.

Falcao (Porto, 77m) – No golo portista, de novo, a importância de, na origem do lance, fazer a bola circular lateralmente, buscando o espaço para Fucile progredir. Isto é conseguido com alguma facilidade, apesar da inferioridade numérica. Depois, há um misto de mérito de Falcao e de demérito, muito, do Paços. A bola é cruzada para a zona central, o Paços tem 4 jogadores na área, contra apenas 2 portistas, mas o seu posicionamento é demasiado incidente sobre o primeiro poste. Depois aparece a forma como Falcao domina o duelo. O segredo está em ler e reagir mais rapidamente à trajetória da bola. Falcao ganha de forma avassaladora o lance, cabeceando sem que o defensor tenha, sequer, saltado. Esta é, a meu ver, a característica que melhor define os bons cabeceadores, sejam eles altos ou baixos..


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17.8.09

Liga 09/10: Notas do 1ª jornada

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Para mim é um arranque a “meio gás”. O período de férias não me permite um acompanhamento dos jogos com o detalhe habitual e, por isso, não posso comentar com o detalhe habitual. Fica para mais tarde. Ainda assim, deu para ver praticamente tudo dos jogos de Porto e Sporting e uma boa fase da segunda parte da partida da Luz. Aqui ficam algumas notas...


Empates e poucos golos
Não é propriamente novidade numa liga com uma das médias de golos mais baixas do mundo e, logicamente também, com um elevado número de empates. Mesmo tendo em conta esta tendência de há muito, e faltando ainda um jogo para terminar a ronda, porém, dá para dizer que esta primeira amostra de 09/10 foi tudo menos promissora. 6 empates em 7 jogos, com uma média inferior a 1,3 golos/jogo (nenhum teve mais do que 2). Tenho uma explicação que entendo ser lógica para esta situação. Talvez mais tarde a debata com maior detalhe, mas para já fica a nota que, mesmo em Portugal, vai ser difícil de bater este registo da jornada inaugural.

Nacional – Sporting: desilusão... mutua
Na Choupana confirmou-se a fase de mutação táctica leonina, evidenciada na primeira parte do jogo frente ao Twente. Tenho dificuldade em perceber esta mudança, nesta altura, e não tenho dúvidas que isso está a retirar qualidade a este Sporting que, afinal, não é tão estável como parecia. Mas falarei deste particular mais tarde.
Sobre o jogo, e mais concretamente, importa destacar a desilusão que representaram as prestações de ambos os conjuntos. Qualquer 1 sentirá que a equipa do ano anterior teria vencido o jogo sem problemas.

Começando pelo Sporting. No 4-3-3 (mais precisamente 4-2-3-1) já referido a equipa assumiu um domínio que lhe foi, em boa parte, consentido. É verdade que muito raramente sentiu dificuldades em controlar o espaço nas suas costas, mas denotou uma dificuldade aflitiva nos lances de bola parada. É verdade que não foi uma equipa incisiva no último terço – de novo – mas dificilmente não teria vencido o jogo com outra capacidade neste aspecto defensivo. De positivo, fica a reacção da segunda parte, onde, em boa verdade, facilmente poderia ter chegado ao 1-2 na recta final da partida.

Se o Sporting está uns bons furos abaixo do que se viu no passado, o que dizer do Nacional? A estratégia do costume, os mesmo métodos, com referências homem e ajustes tácticos ao adversário (notório nas substituições reactivas de M.Machado). O Nacional tinha tudo para vencer o jogo, uma vez conseguida a vantagem. O Sporting estava mal e expunha-se. Mas não. A equipa nunca foi capaz de explorar a profundidade e, à margem dos tais lances de bola parada, apenas conseguiu aproveitar um lapso de Polga/André Marques. Defensivamente, o problema de sempre. Bloco muito baixo, mas com dificuldade em ter eficácia quando o adversário se movimenta e faz aparecer elementos surpresa no ataque. O problema de quem joga demasiado centrado num “encaixe” individual. Os madeirenses estão ainda longe do que fizeram no ano anterior e, para já, fazem muita falta Alonso, Nené e, também, Mateus.

Paços – Porto: dificuldades esperadas e...potenciadas
Depois da Supertaça ficava fácil prever um jogo muito complicado para o Porto na Mata Real. O Paços seria o mesmo, sim, mas o problema em controlar o espaço seria agora muito menor. Tudo se confirmou e, pior para os portistas, ficou ainda mais difícil com as incidências do jogo. A eficácia nas bolas paradas neste campo é, mais do que em qualquer outro da liga, fundamental e foi o Paços quem dela beneficiou. Mais tarde, a expulsão de Hulk. No fim, tudo junto, pode dizer-se que o empate foi, de facto um mal menor para o Porto.

Sobre os campeões nacionais, é até escusado reforçar o que já venho dizendo desde o primeiro jogo. Esta é uma equipa em formação, que tem ainda vários aspectos que a distanciam do rendimento ideal. Consequências do defeso. Dificilmente os ‘dragões’ terão jogos potencialmente tão complicados como o da Mata Real (será uma dos campos mais difíceis este ano), mas têm no tempo um risco evidente. Quanto mais demorar a afinação, mais pontos estarão em causa na maratona da Liga. Nota para Falcao. O golo que marcou, revelando grande capacidade no jogo aéreo, é uma imagem de marca do colombiano. Esperem por mais deste tipo...

Benfica – Marítimo: a diferença da competição
Tenho pouco a dizer sobre um jogo do qual vi pouco. Já o disse, espero muito deste Marítimo, onde Carvalhal tem tudo para triunfar. Por isso, e apesar do Benfica 09/10 não me oferecer quaisquer dúvidas, este era um jogo particularmente interessante e potencialmente complicado para os encarnados – não haverá visitantes muito mais dificeis neste campeonato.

Sobre os 25 minutos finais, único período que acompanhei, posso apenas referir o que foi óbvio para todos. Domínio avassalador do Benfica, muito dinâmico e imaginativo, tendo feito muito e bem, se tivermos em conta que jogava perante um bloco muito denso e fechado. Não deu para vencer mas, por esse período, foi apenas por falta de felicidade.

Não sei se foi por estar ainda pouco afinado, faltando ainda ver a equipa com peças que se pensam ser preponderantes, mas foi para mim evidente que o Marítimo se encolheu em demasia neste período, permitindo que o Benfica fizesse o primeiro passe sem pressão, e numa zona demasiado alta. Diria que jogou uns 20 metros atrás do que deveria ter acontecido.

Para o Benfica, nada de particularmente preocupante por um primeiro resultado menos conseguido. Ainda assim, para quem tinha dúvidas, fica bem claro. Mesmo sendo os adversários menos fortes, em competição, há outra resistência e, logicamente, outra dificuldade.



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Imparável Honda

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14.8.09

Liga 09/10: Em antevisão...

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Arranca mais um campeonato no principal escalão do futebol português. Há coisas que permanecem imutáveis, como a paixão generalizada do país por este fenómeno, ou a expectativa criada em torno de vários pontos de interesse que envolvem a competição Ainda assim, há claramente uma tendência negativa e que começa a ser evidente, também, a este nível. Ao já flagrante problema financeiro, junta-se também um outro, cultural, que pode não ser tão urgente e falado, mas que tem mais impacto no longo prazo. Tem a ver com a perda de apoio e interesse popular nos clubes de dimensão local...
O fosso qualitativo é, por isso, crescente e surje sobretudo porque os recursos são cada vez menores no fundo da tabela. O lado positivo está nos treinadores. O futebol português tem evoluído muito neste campo e o insucesso dos estrangeiros que cá têm trabalhado é o reflexo desse upgrade nos líderes de equipas. O facto de não haver estrangeiros a orientar alguma das equipas neste inicio de época é, no fundo, o reflexo desta evolução.

Aqui fica um breve comentário, em antevisão, de cada um dos concorrentes em 09/10:

O título
Porto – Novo ano e, de novo, perdas importantes. De novo, a responsabilidade é enorme sobre Jesualdo Ferreira. As expectativas são sempre elevadas, quer a nível interno, quer europeu e para o treinador as “baixas” individuais não servirão de atenuante depois do que foi conseguido em anos anteriores. Repetindo uma ideia que já defendi, a competência não está em causa, apenas a excelência. E é esse o desafio que, mais uma vez, Jesualdo tem de percorrer para chegar aos níveis de sucesso pretendidos.
Sporting – É um caso estranho no arranque. Tem tudo para ser um candidato dificil de bater. Porque mantém a estrutura, porque fez um bom registo pontual no anterior e com muitos problemas internos e, finalmente, porque acrescentou qualidade individual à sua primeira linha. O ponto negativo, no entanto, são os péssimo indícios dados na pré época. Se o Sporting recuperar a sua identidade será, sem dúvida, um forte candidato. Se não, terá graves problemas.
Benfica – Não há muito para acrescentar depois de todas as análises que já foram feitas. Essencialmente, é seguro que vamos ter um Benfica colectivamente mais interessante e melhor. O sucesso é outra questão. Porque não depende só da performance encarnada e porque não há só uma competição.

O 4º lugar
Nacional – Dificil será fazer melhor ou mesmo igual. Manuel Machado não deverá deixar de compor uma equipa “chata” para os grandes e capaz de pontuar com muita regularidade, quer fora, quer dentro. Nesta perspectiva, o Nacional manter-se-á previsivelmente como um candidato sério à Europa. O problema, no entanto, é substituir elementos com o peso de Nené e Alonso no onze base...
Braga – A nível de campeonato, o Braga tem todas as possibilidades de fazer melhor. Tanto mais agora estando fora da Europa. Domingos parece-me uma boa aposta, mas dificilmente terá capacidade de reproduzir a qualidade do modelo de Jesus. Talvez possamos ter um Braga em crescendo, devendo-se salientar, de novo, a capacidade que os arsenalistas têm de compor planteis mais fortes de ano para ano.
Marítimo – Carvalhal é um dos treinadores a quem reconheço mais potencial para atingir o patamar dos grandes num futuro próximo. No entanto, não tem sido capaz de convencer com regularidade ao nível dos resultados. Este ano tem tudo para o fazer e será mesmo decisivo que o faça. Dele espero um bom modelo, inteligente, perspicaz e, consequentemente, competente. Tudo o que não seja lutar pelo 4º lugar é de menos.
Guimarães – A equipa está individualmente mais forte, Isso parece-me claro. O que se viu na pré época, no entanto, reserva algumas dúvidas sobre a qualidade colectiva. É possível que seja um Guimarães próximo ao da época anterior. Talvez sem tantos momentos maus...

Em fuga
Leixões – Não penso que possa ser um Leixões fraco. Mas dificilmente contará com um período tão forte como os primeiros meses da época passada. Na altura referi que o sucesso se devia, em grande parte, ao peso técnico e táctico de Wesley, não sendo possível o impacto desta “peça” por um 9 clássico. A ideia confirmou-se e, este ano, mesmo tendo em conta que há algumas individualidades que podem constituir sensação, a época Leixonense dificilmente poderá voltar a fazer sonhar com a Europa.
Setúbal – A grande aposta foi no treinador, Azenha. E, na verdade, só ganhando essa aposta o Setúbal pode fazer uma boa época porque o plantel, apesar de uma ou outra mais valia individual, foi construído com muitas dificuldades. Ainda assim, acredito na competência do ex-adjunto de Jesualdo e, sobretudo, acho muito difícil que o Setúbal possa jogar tão mal como no ano anterior...
Belenenses – Difícil é não fazer melhor. O Belém parte com a aposta em João Carlos Pereira, bem melhor do que os equívocos óbvios da época passada. De resto, há mais valor individual suficiente para, dentro do nível da liga, montar uma boa equipa.
Académica – Pode ser uma das maiores quedas qualitativas do campeonato, mesmo que tal não aconteça no imediato. A saída de Domingos deverá ter um peso assinalável e não vejo muito acerto na aposta em Rogério Gonçalves.
Rio Ave – Não será tão difícil como o inicio de época em 08/09 mas também é muito improvável que seja tão simples como o final. O crescimento no anterior deveu-se, em grande medida, ao impacto de Yazalde e Coentrão. Sem eles novas dificuldades virão...
Naval – Se Ulisses repetisse o ano anterior seria excelente. Não será fácil. Muito dependerá, aliás, da qualidade dos incógnitos reforços que os figueirenses garantiram. De resto, parece-me um candidato claro a uma época sofrida...
Paços Ferreira – A Mata Real é um ponto a favor. Mas, sendo uma equipa sempre candidata a sofrer, e mesmo tendo perdido Rui Miguel, o Paços pode ter como ponto a favor a adaptação que já existe às ideias do treinador. E sabe-se como a equipa cresceu no ano passado à medida que essa integração se foi consolidando...
Olhanense – O primeiro escalão pode ser um choque para esta equipa. Jogava muito aberta na II Liga e isso é normalmente inviável no patamar de acima. Da capacidade se adaptar a esta nova realidade dependerá o sucesso desta equipa que tem, diga-se, alguns elementos de grande qualidade para o nível desta liga.
Leiria – “Engatar” numa fase final no segundo escalão é uma coisa. Outra, completamente diferente, é ser capaz de responder à altura durante toda a “maratona” da I Liga. Honestamente, duvido muito que Manuel Fernandes consiga ter uma época tranquila e isto leva-me ao pensamento inevitável de que o Leiria é um dos candidatos ao sofrimento. Evitar este cenário só será possível com um super rendimento de algumas individualidades até agora desconhecidas.


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Revisão 08/09: Steven Gerrard

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13.8.09

Inter 09/10: Uma derrota também faz sonhar...

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Segue o interesse sobre a evolução do Inter em 09/10. O primeiro teste oficial, a primeira vez de Lucio, Milito e Eto’o correu mal... ou talvez não. O resultado é sempre o objectivo último de cada jogo. É indiscutível. Mas para Mourinho essa evidência não parece ter retirado valor às indicações sobre a evolução de um modelo de jogo que quer diferente do que aconteceu no passado. Na Supertaça a vitória era o objectivo e isso é incontornável, mas, de facto, para primeiro jogo da época, o resultado não é o mais importante.

De facto, viu-se um Inter alto, pressionante e dominador. Colectivamente os pressupostos pretendidos por Mourinho para o novo Inter foram cumpridos. Individualmente, sentiu-se o peso que poderão ter unidades como Lucio, Milito e Eto’o e dificilmente alguém poderá afirmar que fez falta Ibrahimovic. Nem tudo foi perfeito, claro. Para além da fundamental e decisiva eficácia, falta ainda alguma intensidade à posse deste Inter. Menos tempo nos pés das individualidades e soluções de passe mais rápidas que permitissem uma melhor circulação. Há tempo para fazer chegar tudo isso e muito mais, especialmente se chegar ainda talento individual que se enquadre com os princípios pretendidos para esta nova etapa.

Para os resultadistas isto será um paradoxo, mas o primeiros sinais do Inter 09/10 abrem mesmo margem a um nova era, de um futebol mais entusiasmante e raro em solo transalpino. Tudo depende agora da capacidade de Mourinho acrescentarem qualidade a estes primeiros passos. Quanto à derrota, esqueçam. Ou melhor, lembrem-se, por exemplo, do que se disse dos primeiros jogos do Barça 08/09.


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Revisão 08/09: Arshavin

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Golo?!

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12.8.09

20 nomes da Serie B brasileira

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Pode parecer estranho, mas a segunda divisão do Brasil não é propriamente um “mercado” bem explorado pelo futebol português. Trata-se de uma liga que, para além de altamente competitiva, tem muito potencial individual. Mas, no entanto, o preço médio dos jogadores que nela alinham fica numa espécie de "terra de ninguém" no que respeita aos clubes nacionais. Desprezável para os grandes, inacessível para os pequenos Parece-me, claramente, um caso de potencial perdido e do qual os "grandes" do Brasil tiram grande proveito.

Aqui fica uma lista de 20 jogadores a merecer revisão. Uns mais do que outros. De qualquer modo, note-se que esta é uma escolha baseada apenas no que pude ver, sendo por isso natural e expectável que faltem alguns nomes igualmente interessantes. Por outro lado, apenas foram considerados jogadores mais jovens, enquanto que os talentos do Vasco não foram tidos em conta, por ser um caso de um clube “grande” fora do contexto geral deste "mercado". Finalmente, posso lembrar outros casos de “craques” entretanto já transferidos para outros clubes de maior dimensão, como Bill (Corinthians), Gil (Cruzeiro), Luan (Toulouse) ou Roger (Cottbus).


Maranhão (23 anos, Lateral direito, Guarani) – Lateral ofensivo, como é característica no Brasil, tem grande iniciativa ofensiva e capacidade de desequilíbrio. Um dos destaques de uma das sensações do inicio da prova.

Caíque (22 anos, avançado, Guarani) – Médio ofensivo, extremo ou avançado móvel. É alto e elegante, mas destaca-se pela velocidade e capacidade de desequilíbrio no 1x1. Um jogador muito interessante e a merecer revisão.

Gum (23 anos, Defesa Central, Ponte Preta) – Central alto e dominador é um dos principais destaques em termos de defesas centrais, podendo perspectivar-se o “salto” para breve.

Edilson (22 anos, Lateral direito, Ponte Preta) – Grande pé direito e vocação ofensiva. Desequilibra com grande facilidade devido à velocidade e técnica e tem grande qualidade nas bolas paradas, incluindo um pontapé temível. O seu problema é, claramente, ao nível de recuperação defensiva. Aliás, um dos problemas típicos dos laterais do futebol brasileiro.

Tinga (18 anos, Médio centro, Ponte Preta) – Um dos nomes mais jovens em destaque na competição, ao ponto de ter sido chamado à Selecção sub 20. É trabalhador, ligeiro e bom sobre a bola mas tem ainda de evoluir para atingir o nível que se exige nos principais palcos europeus.

Marcão (23 anos, avançado, Atlético Goianiense) – Algo estranho o facto de não ter sido sempre titular. Marcão é o melhor marcador da equipa e um dos melhores do campeonato. É forte e alto fisicamente, e muito agressivo na zona de finalização.

Ygor (25 anos, médio defensivo, Portuguesa) – Estranho estar a jogar na segunda divisão depois de, há um ano, ter sido titular do finalista da Libertadores. Joga à frente da defesa e é um jogador sobretudo defensivo, destacando-se pela forma como mantém equilíbrios, protege a zona central e, com bola, joga sempre fácil.

Fellype Gabriel (23 anos, médio ofensivo, Portuguesa) – Em Portugal deverá ser lembrado pela boa passagem que teve no Nacional, apesar das lesões. Hoje é um dos jogadores mais criativos e tecnicamente dotados da série B e um valor a merecer, claramente, outras andanças...

Héverton (23 anos, médio centro, Portuguesa) – Outro jogador com qualidade inegável e com passagens em clubes de maior dimensão. Héverton tem tudo para merecer uma oportunidade noutro nível.

Lucas (21 anos, Ala direito, Figueirense) – Será provavelmente o jogador que melhor cruza na liga. Essa é a sua principal virtude mas é também um jogador forte tecnicamente apesar de alguma fragilidade em termos físicos.

Rafael Coelho (21 anos, avançado, Figueirense) – Deverá ser o jogador mais caro da Série B (excluindo o Vasco da Gama). É jovem e o principal goleador da liga e o Figueirense não deverá desperdiçar a hipótese para tentar encaixar vários milhões de euros. Fala-se do PSV, mas a única coisa que é certa é que Rafael Coelho é de facto um alvo apetecível até para os melhores. Mobilidade, qualidade técnica e certeza na finalização são as virtudes de um avançado completo.

Marcos (19 anos, Lateral direito, Bahia) – Uma das revelações mais jovens da liga. Regular no Bahia e com boa capacidade física é um jogador promissor e que merece olhar atento.

Tiago Renz (20 anos, médio direito, Juventude) – Bom tecnicamente e muito jovem é um médio que pode jogar na direita ou na zona mais central. Dá nas vistas pela forma como bate as bolas paradas, seja directa ou indirectamente.

Zezinho (17 anos, extremo, Juventude) – Jogador da Selecção de sub 17 não deixa de ser aposta na equipa principal do Juventude. Próprio da idade, ainda comete bastantes exageros e más decisões, mas é inegável que possui talento e sente-se a confiança com que tenta desequilibrar.

Lucio (25 anos, avançado, América RN) – Um jogador que aparece algo tardiamente nos primeiros escalões mas que impressiona em diversos aspectos. Bom tecnicamente e muito forte em termos físicos, sobretudo na forma como “embala” de forma poderosa. Interessante verificar se consegue continuar a subir na carreira, depois de um inicio de campeonato muito bom.

Adoniran (23 anos, médio defensivo, Paraná) – É um médio defensivo bom tecnicamente e que já teve passagem pelo Santos. Apareceu muito bem no Paraná, a mostrar qualidade e um fantástico acerto no pontapé de meia distância.

Davi (25 anos, médio ofensivo, Paraná) – é um dos mais dotados jogadores em termos técnicos do campeonato. O problema de um jogador deste tipo é sempre o seu enquadramento táctico. Se Davi conseguir, ele e quem o orienta, um bom trabalho neste plano, tem tudo para dar um grande salto na sua carreira.

Roger (23 anos, médio, São Caetano) – Jogador ágil e bom tecnicamente, teve este ano a oportunidade de reaparecer numa das principais divisões. Creio que poderá ter muito potencial, embora me pareça que não é como ala (onde vem jogando) que as suas qualidades serão mais potenciadas...

Willian (23 anos, avançado, Vila Nova Goias) – Joga como avançado móvel com muita tendência para cair sobre as alas. É um jogador de grande qualidade técnica e capacidade criativa no último terço. Fez formação no Atlético Paranaense.

Gil (18 anos, avançado, Vila Nova Goias) – Apareceu recentemente no onze e promete tornar-se num caso sério para o que resta jogar. Ganhou familiaridade com os golos e espanta sobretudo a capacidade de explosão que tem com apenas 18 anos.


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Bom alívio!

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11.8.09

Benfica 09/10: competição, precisa-se...

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Encher o estádio foi fantástico. Agradar o público, excelente. Ver Jesus testar algumas soluções individuais, interessante. A verdade, no entanto, é que a conclusão principal do jogo contra o Milan foi apenas aquela com que já havia ficado anteriormente. Ou seja, esta pré época já não tem grande utilidade para os níveis colectivos. Há muito que Jesus trabalha sobre um onze base e a generalidade desses jogadores já assimilou os princípios pretendidos. Há, para além disto, qualidade, intensidade e motivação de sobra para aquilo que a pré época exige. A equipa precisa, claramente, da competição. Esse é o próximo desafio e quando mais rapidamente ele chegar, para a generalidade dos jogadores, melhor.


Pressão, intensidade e domínio... será apenas da pré época?
Quem viu os asfixiantes minutos iniciais frente ao Milan, sempre com bola, sempre a pressionar, sempre a jogar, perguntar-se-á se isto é apenas da pré época, ou se vai mesmo ser assim? É verdade que Milan, como outras equipas, jogaram aí umas duas velocidades abaixo da velocidade encarnada. Esta intensidade e este domínio, no entanto, não vão deixar de existir quando os jogos forem a sério. Este modelo, com esta intensidade, criará sempre muitos problemas, sejam a quem for, em que circunstância for. O problema do Benfica não vai ser transpor essa capacidade para os jogos a sério...

Correm muito?
Impressiona a presença que alguns jogadores têm no jogo. Há quem fale de uma forma física acima dos níveis médios para esta altura da época. Errado. A diferença de performance não é física, mas táctica. O modelo de Jesus procura sempre manter uma equipa curta e pressionante. O que acontece é que as distâncias dos jogadores para a bola se tornam permanentemente mais curtas e isso facilita e muito a forma como estes podem abordar cada lance. O segredo é conseguir ter um reajustamento posicional rápido e uma agressividade grande sobre a bola. Os jogadores estão permanentemente a jogar em espaços curtos e não longos, o que torna muito menos desgastante a sua tarefa do que aquilo que parece...

Descansar com bola...
Frente ao Milan o Benfica dominou, jogou melhor mas... empatou. Há que ter em conta a perda de qualidade imposta pelas várias substituições, mas eu prefiro alertar para outro problema. Aquele que realmente poderá ser uma ameaça para o modelo de Jesus. O Benfica parece ser apenas capaz de jogar com um grande nível de intensidade, com um grande ritmo. É uma característica que o Braga já tinha no ano passado e que lhe custou alguns dissabores em certos jogos. O que acontece é que se torna difícil para os jogadores manter um nível de concentração (mais mental do que físico) tão elevado durante 90 minutos e quando os jogos não se resolvem mais cedo a equipa sofre na recta final dos jogos para manter o mesmo nível qualitativo. Lembro-me de Mourinho, quando falava de um modelo com características semelhantes, evocar a importância de “descansar com bola”. Talvez seja essa a grande lacuna do modelo de Jesus...


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O primeiro de Giuliano...

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10.8.09

Porto - Paços: Vitória esperada. Problemas por resolver...

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O Porto venceu como se esperava. O que talvez não se esperasse tanto era as dificuldades que os campeões nacionais sentiram. Uma evidência que, creio, reforça duas ideias em que fui insistindo durante a pré época. Uma é a incapacidade que os jogos amigáveis têm para denunciar alguns eventuais problemas. A outra é que esta equipa do Porto está ainda em crescimento e longe dos níveis que se exigem para as ambições e expectativas a que os adeptos estão habituados. De resto, apesar de alguma dificuldade, primeiro, e felicidade, depois, a vitória portista acabou por ser justa. É que a diferença é mesmo muito grande...


O problema do pressing
Normalmente quando se aborda a falta que Lisandro e Lucho farão no Porto, fala-se em aspectos ofensivos. A mobilidade de Lisandro e a inteligência de Lucho. É óbvio o talento da dupla argentina, mas a sua importância vai para além desse aspecto e invade mesmo um dos pilares essenciais para que o modelo portista funcione. O pressing. Não é a primeira vez que faço alusão a este problema e recordo-me até de já o ter mencionado no ano passado, quando se verificava uma perda de capacidade neste particular sempre que Lisandro não era o elemento central do ataque e, por consequência, o primeiro a pressionar.

Não será o único ponto a trabalhar no modelo portista, mas frente ao Paços, a incapacidade de pressionar bem foi o principal problema. Por isso, o Paços teve tanto tempo de posse de bola no primeiro tempo e, por isso também, criou alguns embaraços. O lance que culmina com a recarga clamorosamente falhada por Baiano, ainda na madrugada do jogo, então, é um caso crónico desse problema. A jogada foi construída em organização ofensiva e aproveita a passividade do pressing, terminando com um 2 contra 1 sobre Fernando que permitiu a Cristiano ficar livre no espaço entre linhas. Uma situação rara, mesmo inconcebível noutras alturas, e que não tem como coincidência o facto de ter acontecido pelo lado de Belluschi e Varela. O problema foi sendo corrigido com o tempo mas mesmo assim Jesualdo não deixou de o mencionar no final, percebendo-se o porquê de ter tirado Belluschi ao intervalo.

As dificuldades do Paços
O Paços fez um jogo voluntarioso, que começou com algum brilhantismo mas que foi progressivamente perdendo fulgor, até à incapacidade final. Um dos aspectos que destaco para o insucesso Pacense – para além do óbvio e decisivo erro individual de Cassio – é a forma insuficiente como defendeu. Apesar de ter tido um surpreendente tempo de posse de bola e até boas ocasiões na fase inicial, o Paços nunca conseguiu controlar o Porto. Permitiu sempre transições proibitivas e apresentou um problema que já vem do ano anterior. É que ao querer adiantar a sua linha defensiva para jogar mais alto, a equipa não revela níveis de organização suficientes para manter a segurança defensiva. Contra uma equipa como o Porto isso é, quase sempre, fatal. Neste caso, não foi por aí que os portistas ganharam vantagem, mas foi por aí que foram marcando a sua posição no jogo, ganhando ascendente depois das dificuldades iniciais. Com o erro de Cássio, depois, tudo se tornou mais fácil e o Porto passou a fazer do espaço uma ameaça constante na recta final do jogo...


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Wendel no regresso...

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7.8.09

Barcelona 09/10: O espectáculo está de regresso

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Meio tempo basta... para já:

0:08 – Antes da bola chegar a Messi há 8 jogadores atrás da linha da bola. Movimento entre linhas de Messi, aparecendo num espaço livre e central, nas costas dos médios. Passe de primeira para a diagonal de Bojan. O mesmo tipo de movimento mas nas costas da última linha defensiva. Fantástico!


3:00 – Primeiro golo do Barça. O óbvio: a defesa está mal organizada (referências individuais) e a prova mais evidente disso é o tempo que Messi tem para receber, olhar e executar numa zona proibida. O pormenor: O Barça mete 7 jogadores em zona ofensiva, criando um 7x7. Como havia um jogador a jogar na sobra na área, ficou 1 livre. Logo Messi, logo numa zona tão perigosa.

3:58 – A qualidade de Xavi. Recebe e é de imediato pressionado. Mesmo assim tem tempo para perceber o posicionamento de Messi e colocar-lhe a bola com grande precisão. Este é um movimento mais do que rotinado (repare-se no primeiro toque de Xavi é orientado para virar o flanco) e que tem o condão de colocar Messi numa situação de 1x1.

4:58 – Jogada semelhante ao primeiro golo, mas com muito menos jogadores blaugranas a atacar. De novo,
termina com uma finalização de fora, mas sem oposição e em zona central. Destaque para o pormenor de não haver nenhum jogador do Barcelona em zona de finalização. O óbvio seria que a bola fosse cruzada e, por isso, uma defesa básica é surpreendida. Tantos jogadores acabam por não servir para nada e Bojan finaliza com à vontade...

5:17 – Papeis trocados, mas igual qualidade. A rapidez com que a bola chega ao ataque impede que a defesa aborde o lance da melhor maneira. Depois é tudo muito simples, para tanta qualidade. Movimento interior de Bojan e, a partir do momento que não há pressão sobre a sua posse, tudo pode acontecer. E acontece, porque Messi foi o primeiro a perceber. Diagonal, passe preciso e tudo a ver a bola no poste...

5:50 – Não se pode dizer que não tivessem avisado. Bloco defensivo atraído para a direita, bola em Xavi, passe nas costas do lateral do lado contrário. Desta vez nem foi para o 1x1, foi para 1x0. A qualidade técnica é notável e decisiva, mas é a movimentação que provoca (de novo) erros posicionais a uma defesa que termina com um 2x2 na zona central, o que poderia sempre dar em golo. Fosse por este caminho ou por outro qualquer...


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Antonio Valencia: as indicações do substituto

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Fica o meu "bitaite": Se a velocidade é a sua principal característica, vai ter de correr mesmo muito...

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6.8.09

Kleber: O perfil do 'gladiador' que pode ser Dragão

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A sua qualidade e irreverência justificariam um destaque que já tinha pensado fazer. A recente “novela” que o envolve como possível reforço portista é o pretexto ideal. Kleber actuou esta noite, na derrota caseira do Cruzeiro perante o Atlético Paranaense por 0-2. O jogo revela exactamente aquilo que é. Enquanto esteve em campo foi a grande referência da “Raposa” e, claramente, o mais talentoso dos jogadores em campo. Enquanto esteve em campo. Porque aos 70’ Kleber foi expulso, revelando também a sua outra faceta (embora, neste caso, mais vitima de um árbitro demasiado rigoroso). É assim, o “novo animal”.


O perfil: nem extremo, nem ponta de lança... avançado
As comparações com Edmundo não são um acaso. Kleber é uma espécie de versão “light” do mítico avançado brasileiro. “light” quer na sua irreverência (que sendo de mencionar, nada tem a ver com as loucuras do craque carioca), quer no talento. É difícil destacar Kléber como o melhor dos avançados de um futebol brasileiro onde jogam Ronaldo, Fred e Adriano, mas Kleber é seguramente um dos melhores e mais completos avançados do futebol sul americano da actualidade, tendo sido, para mim, o melhor avançado da Libertadores 2009.

Jesualdo diz que não quer uma linha da frente com 2 extremos e 1 ponta de lança, antes sim com 3 avançados. Pois bem, Kleber é precisamente isso, um avançado. A sua característica é precisamente a amplitude de valências que tem. É agressivo. É forte a jogar com espaço, mas talvez mais ainda perante defesas mais fechadas. Move-se bem, quer na zona central, quer descaindo sobre as alas. E, muito importante, executa com invulgar qualidade com os 2 pés. Talvez o único ponto negativo seja o jogo aéreo.

Aos 26 anos, os valores envolvidos talvez impeçam o Porto de ser o destino deste jogador de qualidade. É pena se assim for. Tenho a convicção de que teria muito a ganhar se fosse trabalhado por Jesualdo.



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