31.8.07

Destaques do fim de semana

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AC Milan – Sevilha (SuperTaça Europeia – Sexta, 19h45m)
É o primeiro troféu internacional da temporada e, embora não represente um objectivo primordial para qualquer equipa, é sempre algo que os jogadores gostam de ter no currículo, até por poucos o conseguem. De resto, esta partida entre duas equipas de top vai invulgarmente ser disputada sob o luto da morte do Sevilhano Puerta, mas é de crer que com o desenrolar da partida os jogadores se soltem desse peso psicológico. Um Milan sólido e matreiro – que tem em Emerson a grande alteração face à equipa que conquistou a Europa em Maio passado – vai confrontar-se perante a máquina ofensiva Sevilhana. Do Sevilha espera-se a dinamica e descomprometimento ofensivo (sempre com muitas alas) que fazem desta uma das melhores equipas na Europa actualmente. Dúvidas para os casos de Chevanton e Daniel Alves que não deverão actuar face à incerteza quanto ao seu futuro, até ao fecho do mercado.
Palpite: Milan

Spartak Moscovo – CSKA Moscovo (Liga Russa – Domingo, 11h)
É um confronto que junta as duas mais fortes formações dos últimos anos no futebol Russo. Este ano, o favorito CSKA está a desiludir, ocupando o quarto lugar ao cabo de 22 jornadas, 6 pontos atrás do líder, precisamente o Spartak. Este é, por isso, um jogo vital para uma equipa que é uma espécie de misto entre Russos e Brasileiros. Vagner Love, Jo, Daniel Carvalho e Dudu Cearence são os nomes mais conhecidos de uma equipa que inclui ainda os jovens Eduardo Ratinho (lembram-se?), Dawid Janczyk e Milos Krasic. Do outro lado estará uma equipa de nomes mais modestos mas, nem por isso, menos eficaz. Sob o comando da classe do capitão Titov, da força de Mozart e da eficácia do avançado Pavlychenko, o líder da prova tem um confronto importante para o objectivo do regresso aos títulos, poucos dias depois de um traumático afastamento da fase de grupos da Champions League nos penaltis em Celtic Park.
Palpite: Empate

Aston Villa – Chelsea (Premier League, Domingo, 16h)
Mais um desafio para o Chelsea, num início de época que tem sido sofrido mas com boas resultados, liderando a tabela ao cabo de 4 jornadas e com uma distancia importante conquistada sobre o campeão Manchester United. Do outro lado está uma equipa competente orientada por Martin O’Neil que adquiriu o promissor Nigel Reo-Coker e o podereso avançado Marlon Harewood ao West Ham. De resto, a promessa Agbonlahor é o nome para acompanhar nos ‘Villans’, que retiraram 4 pontos aos ‘Blues’ na corrida para o ‘tri’ em 06/07. No Chelsea, as ausências de Ricardo Carvalho, Shevchenko e Ballack não deverão afectar o habitual estilo que tantas vitórias tem valido à equipa de Mourinho.
Palpite: Chelsea

Panathinaicos – Olimpiacos (Liga Grega Domingo, 19h15m)
Depois do adiamento da semana passada, inicia-se este fim de semana a Liga Grega com o fervoroso clássico entre Panathinaicos e Olimpiacos. Estreia difícil e de grande responsabilidade para Peseiro na tentativa de vencer uma Liga que, nos últimos 10 anos foi 9(!) vezes conquistada pelos de Pireus. No PAO, alguns nomes conhecidos como Enakarirhire, Fyssas, Karagounis e N’Doye juntam-se foram adquiridos este ano, tal como o médio brasileiro Marcelo Mattos. De resto, na frente os gregos Papadopoulos e Salpigidis continuarão a ser o garante de golos. Do outro lado, muitas mudanças. Novo treinador – o ex-Xanthi, Lemonis – e novos jogadores: Galletti (extremo argentino ex-Atl.Madrid), Ledesma (médio argentino ex-San Lorenzo), Raul Bravo (defesa ex-Real Madrid), Nunez (avançado ex-Argentinos Juniors), LuaLua (avançado ex-Portsmouth), Darko Kovacevic (avançado ex-Real Sociedad), entre outros. Tantos nomes que tentarão colmatar as saídas de figuras como Rivaldo e Nery Castillo. Para o Derby, de realçar as ausencias dos canhotos Djordjevic e Raul Bravo.
Palpite: Panathinaikos

Villareal – Real Madrid (Liga Espanhola, Domingo 20h)
O ‘Submarino Amarelo’ provocou a primeira sensação da Liga ao atropelar o Valencia no Mestalla (0-3). A saída de Forlan parece, por isso, ultrapassada com nomes como Tomasson e Rossi (fez um grande jogo o ex-Manchester United) a brilhar. O Villareal conta ainda com o promissor médio francês ex-Bordeus Mavuba, bem como o empolgante Matias Fernandez ou os experientes Nihat e Robert Pires. Argumentos de sobra para fazer sofrer o super gastador Real Madrid em delírio com a aquisição de Robben e a vitória sobre o rival Atlético na abertura da prova. Nos Merengues, Sneijder tem encantado, mas são ainda muitas as dúvidas sobre a capacidade colectiva dos orientados de Schuster.
Palpite: Villareal

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"River Tango"

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30.8.07

Jogos da semana

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Quanto vale esta liderança?

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Por muito que se desvalorize, é sempre um primeiro motivo para a alegria/tristeza dos adeptos em relação aos seus clubes. Este ano, com a vitória no clássico de Domingo e o arranque aos tropeções do Benfica, foi o FC Porto o primeiro a ganhar vantagem pontual sobre os demais rivais. A pergunta que fica é, Por muito que se desvalorize, é sempre um primeiro motivo para a alegria/tristeza dos adeptos em relação aos seus clubes. Este ano, com a vitória no clássico de Domingo e o arranque aos tropeções do Benfica, foi o FC Porto o primeiro a ganhar vantagem pontual sobre os demais rivais. A pergunta que fica é, quanto vale esta liderança?

Tenho já lido alguns comentários de circunstancia – pelo menos assim os considero – concluindo, com base nos primeiros 180 minutos da prova, que o Porto é a melhor conjunto do país, traçando a conquista final como uma fatalidade do destino. Certamente estes comentários não seriam os mesmos antes do passado fim de semana e não os serão igualmente caso os Dragões tropecem num futuro próximo. Considero, como me parece lógico, que numa prova longa como o campeonato nenhuma vantagem ao cabo de 3/4 jogos é suficiente para garantir o que quer que seja. Creio, no entanto, que o que o FC Porto conseguiu até agora tem, de facto, algum valor para esta liga. É que se, como se prevê, esta for mais uma prova com poucas perdas de pontos por parte dos candidatos ao título, então a liderança pode vir a representar uma vantagem emocional importante ao longo dos vários momentos do campeonato. A experiência, de resto, vem do ano transacto onde, claramente, o campeonato foi conquistado pelos Dragões muito graças à vantagem pontual conseguida na primeira metade da prova. Não tenho dúvidas, para mais, que a liderança pode ser um factor de motivação e confiança importante nos poucos momentos em que é preciso reagir durante as partidas para ganhar jogos e pontos, e, repito, num campeonato com estas características essa pode ser a qualquer momento uma vantagem importante.


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Riquelme, a mim parece-me demais!

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Com o encerramento dos mercados a aproximar-se, os clubes (e empresários!) urgem para definir as colocações dos craques ainda sem futuro totalmente definido. Um deles é o herói da última época na América do Sul, Roman Riquelme.

Naturalmente, o que faz Riquelme estar nesta situção é o seu passado recente no futebol europeu, onde as suas características não pareceram encaixar. Agora surge a possibilidade Atlético de Madrid, uma equipa com um plantel fortíssimo que transformou os milhões de Torres num plantel capaz de lutar por um lugar na Champions em 08/09. Luis Garcia, Forlan, Cleber Santana, Fabiano Eller, Reyes, Abbiati e, claro está, Simão foram alguns nomes que se juntaram outros como a Maniche, Maxi Rodriguez, Pernia, Seitaridis ou Kun Aguero. Creio, no entanto, que numa equipa que pretende (ao que tudo indica) alinhar com 2 extremos e 1 homem (Aguero) nas costas do ponta de lança, Riquelme possa ser uma opção fora das necessidades colchoneras e, sobretudo, um potencial problema dado o estatuto do talentoso Argentino. A confirmar-se esta aquisição, será neste defeso mais um exemplo de como custa perceber que o futebol também se tem de jogar quando é o adversário que tem a bola!


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O chuto do "mister"

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29.8.07

Globalização, tambén nas Selecções?

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A notícia da agora divulgada convocatória de Pepe para a Selecção Nacional encerra uma questão sensível e que, julgo eu, inevitavelmente acabará por merecer uma tomada de posição por parte da FIFA, até porque uma “não posição” depressa se tornará numa posição bastante clara.

Sobre este tipo de integrações tenho muitas reservas. Não se trata de uma questão de qualidade do jogador – disse-o há poucas semanas e mantenho-o, Pepe é o central com mais potencial que vi actuar em Portugal – nem (muito menos!) tem a ver com qualquer posição discriminatória. Tem, isso sim, que ver com a natureza do futebol de Selecções e o que isso hoje representa.

Com os efeitos da “lei Bosman” no seu pleno, o futebol de clubes tornou-se num negócio onde tudo é temporário e onde facilmente um emblema é representado por um conjunto de jogadores que, de facto, nada têm que os ligue ao clube para além do mero acordo contratual (nem é preciso dizer que, muito naturalmente, estes jogadores depressa trocariam de emblema, fosse qual ele fosse, por um punhado de euros). Com tudo isto restam as Selecções, onde os jogadores – sei que nem todos – encontram razões e motivos para jogar “pela camisola”, pelo que ela representa e porque nunca poderão vestir outra.

O caso da Selecção das Quinas não é, neste contexto, o maior dos problemas. Portugal tem uma identidade futebolística extremamente forte e, tanto Deco como Pepe, passaram grande parte da sua carreira em Portugal (provavelmente os anos mais importantes das suas vidas), fizeram uma opção por vontade própria, sem – pelo menos que eu saiba – a influência de uma oferta choruda por trás, e abdicando da possibilidade real de um dia envergarem a “canarinha”. Mas há um conjunto crescente de situações não tão “puras” – permitam-me o termo – quanto as de Pepe e Deco. Imaginemos o que seria, por exemplo, uma selecção “das Arábias” chegar a um mundial com um conjunto de jogadores Brasileiros e Argentinos, simplesmente “pagos” para representar aquele país, sem qualquer ligação biológica, afectiva ou cultural às cores que defendiam... Esse é o risco em causa, e se não tenho nada contra a globalização do futebol de clubes, espero que nunca inunde as Selecções.


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Antonio Puerta

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É uma tragédia que, por si só, não merece muitos comentários. Infelizmente têm-se repetido cenas como a que vimos com Puerta, no entanto e apesar de não ser especialista em medicina desportiva, a prática do futebol é um das melhores coisas que se pode fazer: sabe bem e é saudável... Nunca se enganem!

Para Puerta fica a memória de uma jogada que, infelizmente, quase poderia servir de metáfora para a sua carreira!


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Aquecimento especifico

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28.8.07

O Benfica à Camacho...

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Não foi a estreia ideal para Camacho. Naturalmente, não é fácil que as ideias de um treinador tenham um impacto tão repentino mas a verdade é que se a partida frente ao Guimarães ainda não revelou melhorias exibicionais, serviu, pelo menos, para que se tenha uma pequena amostra do que poderá mudar com Camacho no Benfica.

Desde logo o sistema. Tal como na sua anterior passagem pela Luz, Camacho deverá oscilar entre o 4-4-2 clássico e o 4-4-1-1 – que foi o que apresentou na partida de Sábado. Isto pressupõe, desde logo, um handicap grande em relação ao plantel construído. É que Fernando Santos tinha composto um plantel para variar entre o 4-4-2 losango e o 4-3-3, mas sendo mais fiel ao primeiro dos sistemas, prescindindo, por isso, de uma abundância de extremos de qualidade no plantel. Camacho tem uma filosofia diferente, apostando forte em extremos com poucas funções interiores. De resto, o sistema de Camacho é bem menos dado a mobilidades com movimentos laterais, pretendendo o treinador espanhol que os alas sejam fixos e que os desequilíbrios aparecem nos movimentos verticais dos médios - lembram-se do sucesso de Tiago nestas funções?

Do ponto de vista dos princípios também há diferenças significativas. Camacho passa a pedir aos jogadores uma reacção diferente à perda de bola, menos agressiva e mais estratégica, recuperando posições e pressionando apenas nos momentos em que tal se justifique. O bloco passa a ser mais baixo, fazendo um pressing com referências mais zonais e menos individualizadas e, em posse de bola, haverá mais cautelas do que acontecia com Santos, com a equipa a não se expor tanto no equilíbrio do seu posicionamento em campo.

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Alecsandro dá que pensar...

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No Sporting, o sector atacante tem sido apontado como um dos sectores mais bem reforçados em relação a 06/07. Se, por cá, ninguém duvida da maior diversidade nas características dos ataques da nova época, no Brasil Alecsandro tem dado que pensar com um impressionante registo goleador desde que entrou na formação do Cruzeiro.

Inicialmente olhado com desconfiança pelos adeptos da “Raposa” (achavam-no irregular), o regressado Alecsandro conseguiu, com 9 golos apontados em 2 meses, atingir o terceiro posto na lista dos melhores marcadores de uma prova que leva já 21 partidas. O panorama neste particular afigura-se, aliás, bastante positivo para o ex-Sporting, já que o líder Josiel do Paraná poderá deixar o clube nos próximos dias, tal como aconteceu com André Dias (um avançado muito interessante de 22 anos), segundo na lista, que deixou o Botofogo rumo ao Hertha de Berlim. Embora também seja cobiçado, o Cruzeiro tem afirmado não estar disponível para dispensar o seu novo goleador, não tendo necessidades financeiras urgentes e pretendendo lutar pelo título com o São Paulo.


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A fúria de Ganea

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27.8.07

Porto - Sporting: Agressividade do Dragão

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No lançamento da partida referi a importância que teria o domínio do jogo para ambas as equipas. Este aspecto tem que ver fundamentalmente com o facto de não ser previsível, em face das prioridades de jogo de cada uma das formações, que qualquer dos conjuntos pudesse ser consistentemente perigoso em transição. Mais uma vez o jogo mostrou-o.


Jesualdo introduziu como única novidade o posicionamento de Lisandro como ponta de lança, jogando com Tarik e Quaresma nas alas, ou seja, sem extremos interiores. Esta opção forçava o Porto a ter que ser forte nas zonas circundantes da área já que lá dentro apenas os ocasionais movimentos sem bola de Lucho e Meireles poderiam dar alguma expectativa de desequilíbrio. Do outro lado, Paulo Bento colocou o combativo Izmailov sobre a direita do losango – talvez para tirar melhor partido do pé esquerdo do Russo – trocando de lado com Moutinho.

Ora bem, se o duelo se disputava em torno da bola e sua posse, então claramente Jesualdo foi mais feliz no primeiro tempo. Nesse período o FC Porto foi – creio que propositadamente – um dos mais agressivos que me lembro sobre o comando de Jesualdo. Com uma pressão imediata sobre a primeira fase de construção de jogo leonino, os azuis conseguiram perturbar a saída de bola do seu adversário, começando aí a ganhar o ascendente que se pôde verificar em boa parte dos primeiros 45 minutos. Não se pode dizer que tenha sido asfixiante e a verdade é que o domínio portista apenas foi traduzido em oportunidade num livre (mais um!) de Quaresma e em algumas raras transições que o Sporting permitiu. As esperadas dificuldades no jogo interior fizeram-se sentir. Talvez por estar ainda “verde” ofensivamente, o Sporting acusou o pressing portista e errou muitos passes na sua saída de jogo, não conseguindo criar linhas de passe que resolvessem a questão – os avançados raramente tiveram jogo no primeiro tempo. Ainda assim, os leões souberam sofrer, chegando ao meio tempo com o nulo. Conhecendo-se o Sporting de Bento, esperava-se que a conversa no balneário resolvesse muitos dos problemas da equipa e, por isso, ao intervalo parecia que o mais difícil estava conseguido para o Sporting. Ora bem, se o inicio do segundo tempo confirmou precisamente as melhorias do jogo verde e branco, também trouxe a ironia tão própria da modalidade, com o FC Porto a chegar à vantagem na melhor fase do adversário e com Stoijkovic a protagonizar o tal pormenor que tantas vezes se diz poder desequilibrar este tipo de partidas. O Sporting reagiu, mostrou capacidade para encolher o adversário, mas nunca o chegou a assustar em demasia, criando apenas algumas boas situações de finalização.

Terá, enfim, sido um jogo que correspondeu às expectativas com muito equilíbrio, incerteza e... poucas ocasiões de golo. O desfecho, esse, não se pode dizer que tenha sido o único possível, mas a vitória fica melhor ao Porto que soube surpreender o adversário, ainda que num período diferente daquele em que conseguiu a vantagem.

Notas individuais
Meio Campo do Porto: Uma boa parte do sucesso do Porto no jogo deve-se ao seu trio de meio campo. Assunção foi um pilar robusto e consistente e Meireles e Lucho os verdadeiros obreiros de uma vitória que se fez com suor.
Quaresma: Torna-se impossível não o destacar. Mesmo sem inspiração por aí além, a verdade é que a equipa depende de tal forma dos seus desequilíbrios que é sempre a principal figura.
Stoijkovic: A figura do jogo. A sua decisão condicionou o resultado. Substituir um guarda redes experiente e com o nível exibicional de Ricardo nas duas últimas épocas não é fácil. Não creio que a decisão do Dragão lhe retire o benefício da dúvida, mas julgo que deve complementar as suas boas exibições entre os postes com um pouco menos de risco nas suas decisões. É algo que vem repetindo e que pode custar-lhe mais dissabores.

Miguel Veloso: Impressionante como é já o centro do jogo da equipa. Até quando passou para lateral esquerdo continuou a ser a opção principal para a construção. Não fez um jogo sem erros, mas dado o elevado tempo de intervenção deve dizer-se que esteve bastante bem.

Izmailov: É um jogador muito esforçado e combativo, mas ainda necessita de dar algo mais à posse de bola do meio campo e isso fez falta no primeiro tempo.

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26.8.07

Jogos do fim de semana

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-- Liga Bwin --
Benfica 0-0 Guimarães
Porto 1-0 Sporting
Estrela Amadora 3-1 Naval
Paços Ferreira 1-1 Leixões
Boavista 0-2 Maritimo
Academica 1-1 Leiria
Belenenses 0-2 Braga (0-1; 0-2)

-- Premier League
Chelsea 1-0 Portsmouth

Man Utd 1-0 Tottenham
Arsenal 1-0 Man City
Sunderland 0-2 Liverpool
Middlesbrough 2-2 Newcastle (0-1; 1-1; 1-2; 2-2)
Aston Villa 2-1 Fulham (0-1; 1-1; 2-1)
Everton 1-1 Blackburn (0-1; 1-1)
West Ham 1-1 Wigan (0-1; 1-1)
-- La Liga --
Real Madrid 2-1 Atlético Madrid
Santander 0-0 Barcelona
Atl.Bilbao 0-0 Osasuna
Recreativo 1-1 Betis
Dep.Corunha 0-3 Almeria
Valencia 0-3 Villareal
Espanhol 0-1 Valladolid
Sevilha 4-1 Getafe
Murcia 2-1 Saragoça
-- Serie A --
Juventus 5-1 Livorno
Parma 2-2 Catania
Génova 0-3 Milan
Inter Milan 1-1 Udinese (1-0; 1-1)
Palermo 0-2 Roma (0-1; 0-2)
Lazio 2-2 Torino
-- Brasil --
Flamengo 4-0 Juventude
Atletico Mineiro 1-2 Botafogo
São Paulo 5-0 Nautico
Corinthians 0-3 Cruzeiro
Fluminense 1-1 Grémio
Figueirense 1-2 Palmeiras
America 1-4 Santos
Flamengo 3-1 Goias
Parana 3-1 Juventude
Internacional 1-0 Atl.Paranaense
-- Argentina --
Argentinos Juniors 0-1 Independiente
Boca Juniors 2-1 Gimnasia LP
Racing 2-0 Newell's
Velez 4-2 Gimnasia J
San Martin 1-0 River Plate
Estudiantes 1-1 San Lorenzo (0-1; 1-1)
-- Ligue 1 --
Caen 1-2 Marselha
Lyon 1-0 St. Etinne
Rennes 2-0 Metz
Bordeus 2-2 Lorient
Monaco 3-1 Le Mans
Nancy 4-1 Auxerre
PSG 1-1 Lille
Nice 1-1 Toulouse
Estrasburgo 2-1 Lens
-- Bundesliga --
Estugarda 1-0 Duisburg
Nuremberga 0-1 Werder Bremen
Bochum 2-1 Hamburgo
Wolsburgo 1-1 Schalke

Bayern 3-0 Hannover

-- SPL --
Celtic 5-0 Hearts
Kilmarnock 1-2 Rangers
-- Holanda --
Ajax 4-1 Heerenveen
PSV 5-0 NEC
-- Bélgica --
Roulers 0-4 Standard Liege
Anderlecht 3-0 FC Bruxelas
-- Turquia --
Trabzonsport 5-1 Rizespor
Fenerbahce 1-0 Sivasspor
Galatasaray 1-0 Ankaragucu
-- Chile --
U.Chile 1-2 U.Catolica



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25.8.07

Porto - Sporting: Nova luta pelo domínio

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É, sem dúvida, o duelo que marca o inicio de temporada. Pela segunda vez em poucas semanas, FC Porto e Sporting medem forças num embate que junta os dois candidatos que, nesta altura, mais evolução apresentam nos respectivos modelos de jogo. Não é, longe disso, uma partida decisiva, mas o seu resultado poderá – caso não se verifique o empate – a vantagem de um dos concorrentes face aos demais candidatos. Numa corrida ao título que se adivinha com características semelhantes a 06/07, a liderança pode, como referi, não ser decisiva, mas será certamente importante. Em relação ao jogo da Supertaça este será um embate com algumas diferenças, quer pelas evoluções que, de lá para cá, se verificaram nas duas equipas, quer pela diferença entre a natureza das duas partidas.

Porto
O Porto será uma equipa mais disposta a tomar as rédeas da partida, não ignorando a responsabilidade de jogar em casa. O 4-3-3 de Jesualdo deverá manter-se, com a integração de Lisandro e Lucho no onze, o que oferece maior imprevisibilidade de movimentos sem bola sobre a zona central. Em relação às últimas partidas, não creio que Lisandro se vá preocupar tanto com Veloso nas acções defensivas (essa é uma opção mais própria para os jogos fora do Dragão), nem que Lucho vá ter tantas liberdades no espaço entre linhas como em Braga (o Sporting defende de forma mais compacta). O Porto procurará a emoção das bancadas para galvanizar a equipa a conseguir um domínio que pode ser fundamental e que não tem sido fácil de exercer nos últimos embates com o Sporting de Paulo Bento. Fucile será uma novidade que poderá dar outra qualidade ao lado esquerdo do Dragão.

Sporting
No Sporting, como sempre, o domínio pela posse de bola e o equilíbrio defensivo vão ser os propósitos essenciais da equipa na abordagem ao jogo. Paulo Bento sabe que se os conseguir dificilmente trará um resultado negativo do Dragão, mas a missão não deverá ser tão fácil como em 06/07. Se é certo que o FC Porto ainda não apresenta um futebol tão fluído como na época transacta (recorre muitas vezes à inspiração de Quaresma), também é um facto que não há ainda um entendimento ao nível do que acontecia quando Tello e Nani combinavam com Romagnoli sobre o lado esquerdo. Outra das questões reside, precisamente, na lateral esquerda onde Ronny não apresenta total confiança pelas limitações no seu posicionamento defensivo (tem sempre muita dificuldade em ler os espaços interiores). De resto, como já aqui expus, a dupla Liedson-Derlei parece poder representar um maior tormento do que qualquer outra parelha em 06/07 e essa pode ser uma vantagem perante uma defensiva portista que deverá ter de correr alguns riscos no seu adiantamento e que já não conta com as espantosas recuperações posicionais de Pepe.

Enfim, prevejo um jogo equilibrado, de desfecho imprevisível, e onde o domínio poderá ser factor decisivo. Se o Porto o conseguir, empurrará o Sporting repetidamente para uma zona recuada, anulando a grande força da equipa de Paulo Bento, o meio campo. Se, por outro lado, o Sporting tiver mais bola, então o Porto dificilmente será muito perigoso já que o Sporting é muito forte nas transições defensivas. Os leões poderão assim encaminhar o jogo para algo semelhante ao que aconteceu na época transacta. Entre tantas incertezas, há uma coisa que não espero, muitos golos.


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Principais jogos do fim de semana no estrangeiro

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Real Madrid – Atletico Madrid (Liga Espanhola, Sábado 19h)
O Derbi de Madrid que este ano aquece a primeira jornada em Espanha é também o “Derbi dos debutantes”, tal o número de jogadores novos em ambos os planteis. O Real super gastador não deverá apresentar todas as estrelas contratadas e tem o handicap de não ter ainda um onze consolidado. Menos milionário, o Atlético tem, talvez, o melhor plantel dos últimos anos com Aguero a ameaçar tornar-se numa estrela maior do futebol mundial. Os colchoneros levam a vantagem de terem uma equipa, nesta fase, bem mais rotinada.
Onzes previstos:
Real Madrid: Casillas; Sérgio Ramos, Pepe, Cannavaro, Drenthe; Diarra, Sneijder, Guti, Robinho; Raul, Van Nistelrooy
Atlético Madrid: Leo Franco; Seitaridis, Pablo, Perea, Pernia; Maniche, Raul Garcia, Maxi Rodriguez, Simão; Aguero, Forlan
Palpite: Empate

Estudiantes – San Lorenzo (Tornea Apertura, Sábado 22h55)
São os vencedores dos últimos 2 torneios na Argentina. Na realidade nenhum é candidato principal à vitória nas provas deste ano, mas dado o equilibrio que se vive actualmente na Argentina, não seria surpreendente nova vitória de qualquer um deles. Os Estudiantes de La Plata contam com Veron como estrela maior e perderam Pavone para o Bétis – o goleador do ano anterior. Outro nome interessante é Piatti, um avançado internacional sub 20. No San Lorenzo, Ledesma (para o Olimpiacos) e Lavezzi (Napoles) foram as principais perdas, numa equipa que recuperou o emigrado Bernardo Romeo e que conta com o reputado avançado Gaston “La Gata” Fernandez.
Palpite: Estudiantes

Manchester United – Tottenham (Premier League, Domingo 16h)
São os dois principais destaques pela negativa do inicio de temporada em Inglaterra. O United pelos motivos já certamente conhecidos e o Tottenham pela contestação ao treinador Martin Jol, consequência de um começo com 2 derrotas em 3 jogos. Outra curiosidade surge pelo facto de se voltar a falar na possibilidade do United contratar a principal estrela dos Spurs, Dimitar Berbatov. No United, Rooney, Ronaldo e Neville são as ausências e Saha o regressado, numa equipa que poderá estrear Anderson nesta partida. No Tottenham, há várias ausências confirmadas entre as quais se destacam os internacionais King e Lennon.
Palpite: United

Panathinaikos – Olimpiacos (Liga Grega, Adiado)
Seria outro dos destaques mas os trágicos incêndios que fustigam o sul do país ditaram o adiamento do inicio do campeonato.

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Que tal um treino do Estrela Vermelha?

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24.8.07

Até ao lavar dos cestos...

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Não foi Káká nem Cristiano Ronaldo, mas finalmente as longas profecias dos jornais madrilenos encontraram correspondência na realidade e Robben – outro dos nomes sonantes sempre muito falado – foi anunciado conjuntamente com Heinze do Manchester United como novo reforço Merengue. O maior gastador do ano tem sido, de resto, o principal agitador dos mercados neste final de estação que se promete estender em incertezas até derradeiro dia de inscrições.
No United, a saída de Heinze para o Real Madrid é um mal menor já que o Argentino pretendia, originalmente, representar o concorrente Liverpool. Em Old Trafford parece haver alguma tranquilidade, mas a posição classificativa e esta saída vêm deixar no ar a hipótese da contratação de um ponta de lança (a tal lacuna tanto falada) e, agora, de um defesa esquerdo.

No Chelsea, Robben não deverá ter substituto. Mourinho parece mais interessado em recuperar valores como Wright Phillips e Joe Cole do que em sobrecarregar o plantel de novas e dispendiosas aquisições (até porque, objectivamente, Robben jogava pouco tempo, estando muitas vezes indisponível). O ‘Special One’ quer, no entanto, contar em 07/08 com uma formação mais ofensiva e parece querer contar com a mais profundidade dada pelos laterais – algo que nunca aconteceu desde a sua chegada a Stamford Bridge. Belletti é o nome escolhido, deixando para trás a hipótese do mais caro e popular Daniel Alves. Esperam-se agora os efeitos no campo de um mercado que promete manter-se animado até ao "lavar dos cestos".

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Mágico Gonzalez

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Não dá (ainda) para viajar no tempo, mas a Internet tem este poder de nos fazer, pelo menos, recuperar alguns pormenores do melhor que perdemos no passado. Este vídeo encontrei-o no famoso blogue espanhol “Diarios de Futbol” e traz imagens de um impressionante jogador do Cádiz, conhecido por Mágico Gonzalez.

Naturalmente tive que investigar quem fora este talento do futebol e resultado não podia ser mais fiel à magia e irreverência das suas jogadas. Jorge Alberto González Barillas é o nome do avançado de El Salvador que foi o maior ídolo do Cádiz e o melhor de todos os tempos no seu país. Gonzalez começou a jogar a meio da década de 70 mas foi nos anos 80 que o seu nome ganhou maior projecção. Primeiro chamou a atenção da Europa (sobretudo dos espanhóis) quando conseguiu qualificar o seu modesto país para o Mundial de 82. Este feito levou-o ao Cádiz onde haveria de marcar para sempre os adeptos daquele clube. A fama de Mágico Gonzalez dividia-se entre as suas habilidades nas 4 linhas e as polémicas saídas nocturnas – Era um boémio incontrolável, tendo sido perseguido por vários treinadores nas suas escapadelas nocturnas, e preterido por outros, que não admitiam tal comportamento. Em 1984, aquando de uma digressão conjunta entre Cádiz e Barcelona, Maradona afirmou-se espantado com o talento de Jorge Gonzalez, afirmando ser o “único mágico que conhecia”.
As aventuras fora do campo, porém, impediram que tivesse sucesso noutro clube que não o Cádiz. Muitos clubes decidiram não arriscar a contratação do boémio talento e na única experiência espanhola para além do Cádiz, no Valladolid, Gonzalez deu-se mal, regressando depressa ao modesto Cádiz. No seu país é idolatrado pelos 40 golos em 48 internacionalizações e tem um estádio com o seu nome. Não está mal, mas para quem vê as imagens, fica a ideia de que podia ter feito muito mais!

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O estilo Camacho

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23.8.07

O regresso do 'Ninja'

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Foi uma das aquisições mais criticadas do defeso. Com alguma surpresa o Sporting foi buscar Derlei numa fase ainda sob o trauma da sua desapontante passagem pelo outro lado da segunda circular. Confirmando os indícios da pré temporada, Paulo Bento lançou o jogador ao lado de Liedson na partida inaugural do campeonato e a exibição do ‘Ninja’ terá mesmo sido o ponto mais positivo para os adeptos leoninos na performance da primeira jornada. Com um resultado folgado, mas construído a partir de uma eficácia que escondeu alguma dificuldade que ainda existe no entrosamento da manobra ofensiva (sobretudo no primeiro tempo), a dupla Derlei-Liedson foi o verdadeiro ponto forte do ataque verde e branco. De facto, se olharmos aos jogos de Liedson com as diferentes parecerias em 06/07, dificilmente encontraremos um onde tanto entendimento tenha sido revelado como com Derlei frente à Académica. A verdade é que os dois brasileiros têm caracteristicas semelhantes, sendo jogadores de estatura pouco elevada mas com uma excelente percepção do jogo aéreo, de grande combatividade e entrega, sem que , nem um, nem outro, seja um velocista ou um jogador temível de meia distância.

Pessoalmente, creio que os jogadores não podem ser avaliados de forma isolada num jogo com a complexidade colectiva do futebol e a passagem de Derlei pelo FC Porto é disso exemplo. O Derlei de Mourinho era profundamente eficaz, quer com bola, quer nas recuperações que fazia, essencialmente porque as suas características eram potenciadas por um conjunto quase sempre bem posicionado e entrosado colectivamente. Com a saída do ‘Special One’, Derlei tornou-se subitamente menos produtivo, coincidentemente, numa fase em que o Porto era mais 11 jogadores do que uma equipa.
O primeiro impacto em 07/08 mostrou mais o ‘Ninja’ dos primeiros tempos no Dragão. A próxima prova tem precisamente lugar no Porto onde pela primeira vez vai entrar com a camisola de um dos rivais.

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Que tal uma dupla Fowler e Jimmy?

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Que tal ter como dupla de ataque Robby Fowler e Jimmy Floyd Hasselbaink? Certamente faria as delícias dos adeptos da maioria dos clubes por alturas da viragem do milénio. Pois bem, alguns anos volvidos estes dois goleadores de trajectos tão diferentes juntam-se no País de Gales e no Cardiff City, formando uma dupla certamente impensável para os adeptos do clube há uns anos atrás.
Jimmy tem agora 35 anos e representa para o futebol português, talvez, o maior desperdídcio no que respeita a pontas de lança. Passou pelo Campomaiorense e Boavista e ainda que o seu valor tivesse ficado bem evidente ficou à parte das prioridades dos grandes e rumou a Inglaterra para jogar num Leeds ainda longe do fulgor que haveria de conseguir poucos anos mais tarde. Fez, depois de uma passagem de sucesso pelo Atlético de Madrid, carreira no Chelsea, conseguindo merecidamente lugar regular entre os seleccionados de uma das mais bem apetrechadas Nações do mundo no que respeita a avançados, a Holanda.
Fowler teve um percurso inverso ao de Jimmy. Começou por ser aposta de sucesso do Liverpool no inicio dos anos 90. A frequência com que marcava golos com a sua camisola número 23 justificou então o estatuto de “novo Ian Rush”. O final do milénio, porém, começou por ditar a queda da sua carreira, sendo fustigado por algumas lesões que o afastaram das primeiras escolhas do Liverpool. Teve depois passagens de menor fulgor pelo Leeds e Manchester City antes de regressar, na época transacta, a Anfield mas para ser uma mera opção de recurso de Rafa Benitez. Aos 32 anos ingressa no Cardiff.


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Empatia com o poste... e vice versa

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21.8.07

A troca reactiva

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Foi a surpresa do dia. Uma jornada após o inicio da Liga, Fernando Santos perdeu a confiança de Luis Filipe Vieira e é substituído por Camacho.

Fernando Santos nunca foi, apesar do seu confesso benfiquismo, um treinador do agrado dos adeptos que, na sua generalidade, quase sempre viram no engenheiro o centro dos problemas do futebol do clube. Ainda assim, a direcção encarnada sempre afirmou manter a confiança no treinador, apontando-o como o homem certo para comandar uma equipa a ser construída com investimento raro na história do futebol nacional. A verdade é que, com uma jornada volvida e uma série de contratempos de última hora no plantel, o empate no Bessa terá sido a oportunidade perfeita para uma demissão que não me parece ter, de facto, muito a ver com a prestação do agora ex-treinador encarnado. É que, objectivamente, não se pode crer que depois de uma temporada inteira tenham sido dois jogos que mudaram a avaliação inicialmente feita. Afinal, Santos não era, nem provavelmente nunca foi, o treinador certo para Vieira. O treinador de Vieira sempre foi Camacho, que provavelmente só não terá vindo antes porque, como sempre deixou entender, pretendia um lugar na primeira Liga do seu país. Com os lugares aparentemente lotados em Espanha e Setembro à porta, Camacho começava a ficar demasiado tempo fora de competição (já lá vão quase 3 anos desde a sua fugaz passagem pelo Real Madrid) e, por isso, a sua disponibilidade para treinar o Benfica terá mudado.

Pessoalmente, tenho sobre Camacho uma opinião formada essencialmente pelo trabalho feito na sua passagem pelo Benfica (tirando a curtíssima passagem pelo Real Madrid a sua última presença à frente de um clube foi há quase 10 anos), onde fez, de facto, um bom trabalho. O que me parece, no entanto, é que as decisões num clube devem ser mais consistentes, menos reactivas e, sobretudo, acima de nomes ou individualidades. A decisão do plantel e comando técnico deve ser feita conjuntamente e com muito maior consistência, não me parecendo que tal tenha sucedido, mais uma vez, esta temporada. O Benfica já está a pagar por isso...

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Caminhos trocados

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Em Inglaterra os dias de são marcados por uma atípica inversão nas posições dos clubes de Manchester. De um lado, o City de Eriksson que comanda a Liga, de outro o United de Ferguson que leva apenas 2 pontos em 3 partidas realisadas.
Quanto ao City, olhado com desconfiança pela empresa no inicio da temporada e apontado com um dos potenciais despromovidos em Maio próximo, tem em Eriksson uma mais valia que, de repente, os Ingleses pareciam ter ignorado pela sua passagem sem títulos pela Selecção. A verdade é que, como bem sabemos em Portugal, Eriksson é um senhor do futebol e a sua passagem pela City está apenas a ser mais uma bofetada de luva branca na pouco racional imprensa Inglesa (o The Sun ironizava “Eriksson for England” na sua primeira página de ontem).
Em Old Trafford, as contratações de Sir Alex parecem confirmar a sua visão de longo prazo mas apenas pela ausência de resultados imediatos. A verdade é que o United sente muito a falta de Rooney e Ronaldo, as suas armas do título, e estas ausências têm servido para animar o debate em torno da lacuna de homens de área no plantel do gigante Inglês. É uma questão curiosa num clube com orientação Escocesa, e que já foi aqui brevemente abordada durante o defeso. O tempo parece-me ainda curto e, embora seja da opinião que um 9 é essencial, tenho de reconhecer que o United venceu em 06/07 com a mesma fórmula e que as ausências são, de facto, um “handicap” que coloca em cheque qualquer avaliação mais concreta à estratégia do quase eterno treinador Escocês...


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2 em 3 jogos para Lehmann!

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20.8.07

Braga - Porto: Campo grande

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Era o prato forte da jornada e uma partida de alguma pressão para o FC Porto. Os Dragões jogavam entre os rivais e, sobretudo, com o fantasma da Supertaça a precisar de ser exorcizado antes de novo confronto com o Sporting. Do outro lado, o Braga também já não é uma formação que se possa desresponsabilizar nos confrontos com os grandes e, por isso, este podia ser um jogo importante, quer para a moral interna, quer para o lançamento da tão ambicionada intromissão entre os 3 poderosos do nosso futebol.
No campo e do ponto de vista meramente esquemático, não houve diferenças significativas com ambos os treinadores a disporem os seus conjuntos em 4-3-3. A verdade é que durante grande parte da partida tivemos um jogo bastante entretido para os espectadores, com a bola a percorrer de forma rápida a zona intermediária e sendo constantemente jogada perto de cada uma das áreas. Naturalmente, há uma explicação... o Sp.Braga adoptou um posicionamento com linhas bastante afastadas, com os seus homens da frente a tentar incomodar a primeira fase de construção adversária e com uma linha defensiva anormalmente baixa, permitindo que o Porto fizesse “campo grande” não só em largura, mas sobretudo em profundidade. Na realidade não vejo em que é que esta postura – um pouco mais características do futebol brasileiro – possa benficiar os Arsenalistas num jogo com estas características. A distancia entre sectores – é dos livros – não beneficia na hora de defender, com os jogadores a não conseguirem estar próximos para que se auxiliassem nas tarefas defensivas e facilitando a progressão dos adversários até às imediações da área. No entanto, este parece ser um comportamento próprio do Braga de Jorge Costa que já havia sido responsável por um jogo de velocidade idêntica aquando da última visita do Sporting a Braga.
Assim, o Porto foi superior no primeiro tempo, apesar de, aqui e ali, o Braga ter conseguido levar a melhor no imenso meio campo para chegar também perto da área contrária. Nos azuis e brancos, a presença de Lucho trouxe ao meio campo uma outra profundidade, com o argentino a ser sempre muito inteligente na exploração dos tais espaços criados nas zonas entre linhas e, com o seu futebol simples e discreto, a dar, em relação aos últimos jogos, um toque diferente á transição ofensiva portista. No segundo tempo e com a vantagem portista, o Braga entrou sem alterações comportamentais mas com outra alma e conseguiu o golo numa jogada em que conseguiu tirar partido da tal profundidade do meio campo para surpreender o “miolo” portista. Foi, no entanto, uma reacção emocional e, por isso, meramente de circunstancia e os Dragões voltaram a estar na mó de cima até à saída de Lucho. Não pela operação em si – embora Leandro Lima não tenha acrescentado nada ao jogo do Porto – mas pela atitude do Braga a partir desse momento. Talvez por fadiga, talvez pelo resultado, o Braga baixou as suas linhas mais avançadas, juntando-as à já bastante recuada linha defensiva, diminuindo os espaços e criando mais dificuldades à progressão portista que, a partir daí, também não mostrou criatividade que se exige ao campeão. O Porto acabou por ser feliz na altura em que conseguiu uma vitória importante e que mereceu pelo melhor futebol, sobretudo, até á saída de Lucho.

Algumas notas individuais:
Dani Mallo – Quaresma leva o mérito, mas tenho dúvidas que Paulo Santos sofresse dois golos de tanta distancia. Os jogos decidem-se nos pormenores e os guarda redes são um grande pormenor. Paulo Santos parece-me fundamental ao Braga.

João Pereira – o Braga sentiu a falta de Luis Filipe. Não sei se foi para tirar liberdade a Quaresma nas transições ofensivas, mas o Braga não conseguiu dar profundidade ao lado direito e o lateral podia ter sido uma arma importante.

Hussaine – Num país de extremos é preciso mostrar muito mais para justificar a titularidade (e, mesmo, a presença no plantel).

Bosingwa – Um caso sério sobre a lateral. Não é, ainda, um caso mediático e tem algumas lacunas no posicionamento interior, mas faz o corredor com uma qualidade que dá para antecipar a cobiça de alguns colossos mais atentos.

Tarik – Mais uma vez iniciou o campeonato a titular, o que não deixa de ser curioso num jogador tantas vezes dado como dispensado nos últimos meses. No entanto, percebe-se que não é uma mais valia e que a equipa ganha muito mais com os movimentos interiores de Lisandro, sobretudo quando tem Bosingwa tantas vezes a fazes de extremo.

Quaresma – Nem sequer esteve inspirado no jogo corrido mas é um jogador que tem uma facilidade enorme em desequilibrar e esse é um atributo fundamental e potencialmente decisivo quando se fazem as contas do campeonato. É só por isso que o considero o melhor da Liga.

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Fúria Bávara

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A Bundesliga conheceu este Sábado dois encontros fantásticos. A deslocação do renovado Bayern ao campo do candidato Werder Bremen, e o derbi entre Schalke e Dortmund. Como não podia deixar de ser na Bundesliga, os golos foram fartos, 9 no total das duas partidas com o Schalke a golear (4-1) o seu rival e o Bayern a espantar os mais optimistas, marcando 4 golos sem resposta em Bremen.
Com Toni, Klose, Ribery e o regressado Zé Roberto como aquisições principais, o Bayern parece querer dizer “basta” ao afastamento dos títulos e, depois de ter atropelado o modesto Hansa Rostok em casa, foi cilindrar o Werder com um futebol verdadeiramente devastador.A confirmar-se a tendência, podemos ter o regresso de poderoso clube Bávaro às conquistas domésticas.
O golo mais bonito foi conseguido por Ottl que, para quem não conhece, é um jovem médio defensivo de 22 anos que se conseguiu impor no último ano em Munique com algumas exibições de encher o olho num estilo sempre poderoso, sóbrio, mas extremamente eficaz.


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"2 good and 2 bad" (BBC)

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17.8.07

Liga 07/08: Em Antecipação

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Porto – Entre entradas e saídas, o balanço não é, do ponto de vista qualitativo, muito positivo para o campeão. As preocupações surgem, neste inicio de temporada, na menor dinamica de um meio campo muito preso às tarefas de cobertura, delegando em Quaresma a responsabilidade dos desequilíbrios ofensivos. Na zona mais recuada a ausência de Pepe também levanta algumas questões, sobretudo numa altura em que as qualidades de Stepanov ainda não foram verdadeiramente testadas. Pessoalmente penso que, independentemente da sua inegável subida de produção em 07/08, Bruno Alves está longe de se constituir num comandante para sector defensivo que ofereça as garantias de figuras como Pepe, Ricardo Carvalho, Jorge Costa ou Aloísio. Aqui trata-se de uma questão estritamente individual potencialmente resolvida com uma aposta certeira no mercado. O inicio da competição deverá progressivamente revelar um Porto mais arrojado ofensivamente (o regresso de Lucho e a progressiva adaptação dos reforços deverão ajudar). A Liga portuguesa é uma prova em que, para se vencer, é preciso ser-se criativo perante defesas normalmente muito povoadas e Jesualdo sabe-o melhor do que ninguém. Também do ponto de vista defensivo as coisas dever-se-ão compor positivamente com o evoluir da prova. Jesualdo é um treinador com bastantes preocupações em relação a o equilíbrio defensivo das suas equipas e a versão 07/08 do FC Porto não deverá ser excepção, apesar da questão da já referida ausência de Pepe poder influenciar pontualmente. Em suma, este poderá não ser um ano em que se lhe possa atribuir o favoritismo de edições passadas, mas – porque todos têm dificuldades – dificilmente se considerará um candidato claramente mais forte do que o "suspeito do costume".

Sporting – Num ano de responsabilidade acrescida para uma equipa de, agora, jovens certezas, a saídas de Ricardo, Tello, Caneira e Nani terão certamente sido mais do que aquilo que Paulo Bento gostaria. O rigor financeiro conduziu a uma política de aquisições com algum risco desportivo, já que a opção recaiu em jogadores de qualidade, mas em momentos baixos nas respectivas carreiras (obviamente, foi a questão preço que pesou aqui). A defesa foi o último sector a ficar definido, sobrando para no lançamento da temporada a ideia de que Caneira e Tello dificilmente terão substitutos ao seu nível. Vistas bem as coisas, esse até poderá ser o menor dos problemas para Paulo Bento. Do quarteto titular apenas a lateral esquerda carece de definição e os princípios de jogo do treinador deverão garantir que o Sporting seja, de novo, o principal candidato a melhor defesa da prova. Na baliza Stoijkovic é, ainda, uma incógnita importante. Para já deixou boas indicações na pré temporada, mas, como se sabe, o posto de guarda redes não se avalia por pormenores, mas sim pela regularidade exibicional. É um posto importante e creio que, em Stoijkovic, o Sporting poderá ter uma grande aposta para as próximas temporadas, ou... um problema relevante em 07/08.
Se na defesa houve modificações relevantes, é na fase ofensiva que existem maiores sinais de preocupação. Curiosamente, do meio campo para a frente até penso que o Sporting poderá ter ficado a ganhar com o defeso. Nani é uma baixa de vulto mas foram vários os reforços e parece-me que o sector ofensivo tem agora mais e melhores soluções. O problema reside, no entanto, na própria filosofia de Paulo Bento que exige uma grande sistematização e entrosamento para jogar em ataque organizado já que as preocupações defensivas raramente libertam gente para dar maior explosividade à transição ofensiva (principal capítulo a melhorar em 07/08).


Benfica – Foi – e ainda está a ser – um defeso bastante atribulado. A princípio pensava-se que o investimento atempadamente feito iria garantir um plantel mais equilibrado e, sobretudo, pronto para ser antecipadamente trabalhada por Fernando Santos – contrariamente ao que aconteceu no ano transacto. Desta vez, porém, Simão saiu mesmo, seguiu-se Manuel Fernandes e, de repente, a equipa aparece nos ombros de Rui Costa, de quem se pensava que 07/08 pudesse ser uma época menos exigente, face ao reforço do plantel. Nesta altura o Benfica precisa de se refazer ofensivamente. Encontrar uma matriz e um modelo que se encaixe nas novas peças – bem diferentes de um ataque que recorria a Miccoli e Simão como principais referências. As opções, embora não tão claras como em 06/07, são muitas e cabe agora a Fernando Santos escolher. O técnico, estou seguro, em condições normais voltará a moldar um Benfica pressionante e ofensivo, mais forte em casa do que fora e... com alguns problemas no equilíbrio defensivo da equipa. Este foi precisamente o ponto que abordei algumas vezes durante o defeso. Parece-me claro que a maior carência da equipa está na defesa, onde creio que Luisão é ainda uma peça sem alternativa à altura como líder do quarteto defensivo. Talvez a lesão do brasileiro possa agora tornar evidente esta lacuna ainda a tempo de ser rectificada. À parte deste reforço, e a não ser que se trate de uma mais valia evidente, não creio que o plantel ganhe – antes pelo contrário – com mais alguma introdução. O que me parece fundamental é estabilidade e... muito trabalho.

Sp.Braga – Mais uma vez os "Arsenalistas" entram na nova temporada com o estatuto de quarto mais forte (não confundir com "quarto grande"!) e à procura de uma há muito desejada intromissão na luta dos três primeiros lugares. Na verdade, o plantel volta a ser fortíssimo para o nível da Liga, e tudo o que seja abaixo do quarto posto não será menos do que frustrante. A responsabilidade é, por isso, grande para Jorge Costa que terá, na minha opinião, que fazer um pouco melhor do que mostrou em 06/07.

Belenenses – Será de novo, e ainda mais, um candidato sério aos 6 primeiros lugares. Disse-o na temporada passada e desde muito cedo, Jorge Jesus e o seu modelo sustentado no equilíbrio defensivo e fortes transições ofensivas encaixam como uma luva na realidade da Liga Portuguesa. Registaram-se algumas saídas importantes (Dady, sobretudo) mas nada que afecte muito a equipa, até porque houve algumas aquisições potencialmente interessantes. O risco poderá ser a gestão, sobretudo ao nível da concentração, da presença na UEFA.

Marítimo – O facto de Lazaroni ser um ‘rookie’ na Liga torna a formação madeirense numa incerteza. No entanto, creio que tem um plantel dos melhores da Liga e os jogos de pré temporada não trouxeram grandes sinais de tempestade (apesar da eliminação na Taça da Liga). Se for bem orientada pode, claramente, andar por cima.

Nacional – 07/08 tem tudo para voltar a ser um ano descansado na Choupana, eventualmente com uma introdução na luta pela UEFA. O plantel volta a ser bastante competitivo e a questão parece estar na capacidade de Jokanovic para levar a bom rumo os destinos da equipa. A Choupana poderá voltar a ser um ponto chave na temporada. Se o Nacional voltar a ser dominador em casa, então poderá fazer uma boa temporada.

Boavista – Mais um ano de muitas mexidas e importantes saídas. Jaime Pacheco acabou por ficar depois da anunciada a sua partida e o Bessa é hoje um local tudo menos estável. Os feitos do passado recente tornam difícil que se perceba ou aceite a realidade, mas, objectivamente, no Bessa a Europa não deve ser colocada como um objectivo para este plantel

Paços de Ferreira – Novo ano, mesmo Paços? Em geral, penso que sim. A estrutura e, sobretudo, José Mota mantêm-se e isso deverá ser suficiente para garantir um lugar fora da zona de risco. Mesmo se o ano é de novas exigências e o plantel dos mais modestos, o 4-3-3 da Mata Real deverá voltar a dar problemas aos adversários.

Vit.Guimarães – No ano de regresso a um escalão que a dimensão do clube mais do que merece, o Vitória tem o desafio de se desprender do trauma do passado recente, e a melhor maneira passará por não provocar demasiada pressão para as vitórias. O plantel tem qualidade mais do que suficiente e mesmo se penso que Cajuda já não representa a mais valia de outros tempos, antecipo dias tensos mas com tudo para terem um final feliz. Ansiedade para ver o entusiasmante Pelé.

Académica – Este tem de ser um ano diferente para os de Coimbra. Manuel Machado teve um ano de adaptação que foi tudo menos brilhante, mas o seu passado recente não pode deixar dúvidas sobre a sua capacidade. De resto, e apesar do pesadelo da Taça da Liga, a pré foi bem melhor do que anterior, antecipando uma melhor prestação que se prevê mais competitiva.

Vit.Setúbal – Sobrevivente a todos os naufrágios, por que mais é que o Vitória passará este ano? O plantel não é dos melhores – nem poderia ser – mas a aposta em Carvalhal parece-me totalmente acertada e poderá voltar a garantir ao Vitória nova sobrevivência.

Leixões – O regresso depois de tanto tempo não pode ser fácil e o primeiro objective deverá passar pela manutenção. Um plantel baseado numa equipa que venceu a Honra mas com reforços importantes, e com um treinador que, estou em crer, deverá o Mar acima da linha de água.

U.Leiria – Depois de tanto tempo na mó de cima este poderá ser um ano complicado em Leiria. O plantel é dos mais fracos dos últimos anos e o treinador uma incerteza. Se Paulo Duarte conseguir voltar a fazer do contra ataque uma arma furtifera, então a coisa pode compor-se, mas, confesso, tenho dúvidas.

E.Amadora – A base está feita e Faquirá pretenderá o mesmo efeito conseguido durante boa parte da temporada, com uma equipa modesta, mas extremamente concentrada defensivamente. A fórmula resultou no passado, mas 07/08 deve ser um pouco mais competitivo na cauda da tabela...

Naval – Talvez o principal candidato à despromoção. Um plantel sem grande qualidade face à concorrência e um treinador sem experiência na realidade do actual primeiro escalão justificam a esta minha opinião.

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