18.11.08

Lucho, a pressão e o risco de Sidnei...

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Lucho... outra vez!
Mesmo num momento abaixo do que já mostrou, Lucho permanece um espectáculo. O que distingue Lucho não são dribles magitrais, não são passes vistosos ou remates portentosos. O que o distingue é a inteligência com que aborda cada momento do jogo e isso é suficiente para que continue, para mim, a ser de longe o melhor jogador a actuar em Portugal.
Frente ao Guimarães, o mais claro desequilíbrio teve a sua assinatura. Rapidíssimo a entender a oportunidade de transição e com um timing perfeito para o passe para Rodriguez – que não facilitou a tarefa ao arrastar os defesas para a zona da bola. O Guimarães deveria ter feito melhor com tamanha superioridade numérica, mas do erro nasce o desequilíbrio e muitas vezes não basta haver erro, é preciso quem o saiba aproveitar.

Pressão inglória
Penso ser a terceira vez que, esta época, trago um lance em que a pressão colectiva do Sporting causa um erro potencialmente fatal ao adversário. Mais uma vez realce para a atitude sincronizada e agressiva dos 2 avançados e, mais uma vez, nota para o facto da existência de um erro individual do adversário não retirar qualquer mérito à pressão que é feita. A pressão serve mesmo para isso, potenciar erros.
Este aspecto da qualidade da pressão nem sempre é devidamente valorizada pela generalidade dos adeptos e comentadores mas é, na minha opinião, um aspecto absolutamente decisivo sobretudo para os grandes. No caso do Sporting o problema é que a pressão alta não consegue ter efeitos contínuos como, por exemplo, no caso do Porto, surgindo mais isoladamente.

Risco ou audácia?
Curioso o lance do golo do Benfica. O que se assiste é um momento de loucura táctica de Sidnei. Com o adversário organizado defensivamente e a sua equipa balanceada ofensivamente, Sidnei resolve, simplesmente, abandonar o seu papel de central, deixando a equipa perigosamente desequilibrada no lance, com os laterais abertos e Luisão como única unidade atrás dos 2 avançados do Estrela.
Um risco que, afinal, colheu os seus frutos. Quem sou eu para contrariar as sentenças do destino
?

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