8.11.08

Jogadas da Champions

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Sapunaru esqueceu-se...
O golo do Dínamo, que deu, na altura, ao jogo um sabor de injustiça após uma boa entrada portista resulta de um posicionamento deficiente na zona mais recuada portista. Rolando começa por sair da sua zona para disputar um lance aéreo com Milevsky, mantendo-se adiantado em relação à linha mais recuada. Neste tipo de situações são os laterais que têm responsabilidade de se juntar ao central que sobra para fechar a zona central. Foi o que fez, inicialmente, Sapunaru.
O problema surge depois. Se é verdade que Rolando perde o controlo da zona (e de Milevky), o erro maior é de Sapunaru que, incompreensivelmente abriu o seu posicionamento sobre a direita. A perda de controlo desse espaço e de Milevsky acaba por deixar Bruno Alves entre dois jogadores, mal a bola é passada verticalmente. A combinação e definição são obviamente excelentes não dando tempo para que o erro fosse corrigido, mas tal só foi possível pelo lapso posicional que se verificou momentaneamente.

As opções de Hulk
Num curto espaço de tempo, duas transições semelhantes, dois destinos diferentes. O deslumbramento ucraniano levou a uma postura kamikaze no final do jogo e o Porto tirou frutos, explorando o espaço em transição. Primeiro em mais uma prova que a utilidade de Lucho não se resumo aos momentos com bola – inteligentíssimo a pressionar no momento certo e a lançar Hulk em transição. Com a defesa do Dínamo em recuperação, Hulk tinha várias opções mas, como noutros casos, optou pela que menos se aconselharia, forçando um despique individual pelo centro e afunilando a jogada, em vez de a abrir rapidamente em Lisandro. O resultado foi, obviamente, a perda de bola.
2 minutos depois tudo começa num alivio que cai nos pés de Lisandro. De novo a defesa do Dínamo em recuperação do espaço que deixou de controlar, de novo a bola é colocada em Hulk. Agora, no entanto, a opção foi outra. 1 toque, bola no espaço para Lisandro e... golo de Lucho!

De novo o pressing
Depois do Rio Ave, o Sporting esteve perto de matar o jogo em mais um roubo de bola frente ao Shakhtar. Mais uma vez, há o demérito de um jogador adversário mas, mais uma vez também, tal só sucede porque o pressing do Sporting potenciou a situação.
O mérito do pressing começa num alívio do Shakhtar. A segunda bola não é ganha, mas nem por isso totalmente perdida. Uma pressão imediata retira possibilidade a Willian de progredir e obriga a um passe para o seu guarda redes, permitindo ao Sporting subir de novo as suas linhas e iniciar o pressing mais à frente. Foi isso que aconteceu. Fernandinho – talvez pela urgência provoca pelo tempo e resultado – procurou a todo custo um passe em progressão, mas a linha de passe não surgiu porque o Sporting cortou todas. O jogador hesitou, perdeu o tempo de decisão e também a bola, roubada por Izmailov. Do lance só não surgiu o segundo golo porque a definição de Moutinho não foi a mais adequada para a superioridade numérica existente.

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