Estado Natural – Diria que a recepção ao Guimarães ditou o regresso portista à sua condição natural. Alguns momentos individuais impedem que o nível seja já o melhor (creio que nunca poderá ser o da época passada, o que não significa que não seja suficiente), mas o Porto voltou a ser dominador e deveria ter resolvido o jogo mais cedo, sobretudo após uma primeira parte em que fez o suficiente para sair a ganhar.
Jesualdo reforçou no final a ideia em que o próprio vem insistindo. A necessidade de acreditar no processo actual por este ser o melhor para equipa. É uma ideia que venho defendendo desde o inicio da época mas da qual o próprio Jesualdo se afasta por vezes. Foi o que fez com o 4-4-2 frente ao Leixões e foi o que fez ao trocar Tarik por Farias ao intervalo, não mostrando confiança no que estava a ser feito e cometendo a injustiça de desvalorizar a utilidade que o marroquino traz às movimentações colectivas, tantas vezes interpretadas de forma demasiado individualizada por alguns dos novos jogadores portistas. A opção retirou qualidade ao Porto na segunda parte e a coisa ameaçou entrar na fase nervosa. Seria injusto e Lisandro lá se encarregou de facilitar as coisas.
Jesualdo reforçou no final a ideia em que o próprio vem insistindo. A necessidade de acreditar no processo actual por este ser o melhor para equipa. É uma ideia que venho defendendo desde o inicio da época mas da qual o próprio Jesualdo se afasta por vezes. Foi o que fez com o 4-4-2 frente ao Leixões e foi o que fez ao trocar Tarik por Farias ao intervalo, não mostrando confiança no que estava a ser feito e cometendo a injustiça de desvalorizar a utilidade que o marroquino traz às movimentações colectivas, tantas vezes interpretadas de forma demasiado individualizada por alguns dos novos jogadores portistas. A opção retirou qualidade ao Porto na segunda parte e a coisa ameaçou entrar na fase nervosa. Seria injusto e Lisandro lá se encarregou de facilitar as coisas.
Guimarães – Não foi o Guimarães de equívocos tácticos e opções kamikaze que perdeu com o Benfica, mas esta equipa não tem nada a ver com aquela que se chegou a ver no ano passado. Mal defensivamente, com um pressing pouco agressivo e intenso, incapaz de perturbar a saída de bola do Porto e demasiado preso a referências individuais que condicionavam por vezes o equilíbrio posicional adequado. Ofensivamente foi vulgar, sem capacidade, nem para ser perigoso na profundidade, nem para ser inteligente na valorização da posse de bola. Passou um jogo inteiro sem sequer assustar. O preço de um plantel mal montado está a pagar-se e temo que esta possa ser uma época bem mais desapontante caso os aspectos colectivos não melhorem substancialmente.
O intervalo de Kiev – Não sei o que vai ser desta época, mas é possível que esse seja um momento estranhamente marcante para o Porto. Digo estranhamente porque o Porto não melhorou particularmente em termos qualitativos mas a verdade é que a sorte que tanto lhe faltara até aí, acabou por servir de mote à recuperação. A reviravolta nesses 45 minutos em Kiev e a eliminatória de Alvalade foram conseguidos com uma boa dose de felicidade, tendo em conta o rendimento da equipa, mas pode bem ter sido esse o catalisador da recuperação portista. As vitórias trarão confiança e se o Porto mantiver a fidelidade ao modelo que no passado tanto lhe deu poderá bem, então pode bem olhar para o futuro com justificado optimismo.