7.11.08

Frustrações Uefeiras...

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Braga – Começo por aquele que deveria ser o destaque de toda a jornada da Taça Uefa. Para ser sincero estava à espera que o Braga pudesse surpreender em San Siro, trazendo até de lá um resultado positivo – que não aconteceu. O que eu não esperava, no entanto, era uma exibição tão dominadora como aquela que se assistiu, sobretudo, na segunda parte. Para se perceber e contextualizar o que o Braga conseguiu fazer em Milão é preciso perceber 2 coisas. A primeira é que o Braga é uma equipa com bons jogadores e muito bem orientada, capaz de fazer isto a qualquer equipa que não esteja preparada para a sua qualidade. É aqui que entra o segundo ponto. Obviamente que, dado o desequilíbrio de forças entre as duas partes, a superioridade do Braga no jogo só foi possível pela postura menos competitiva e concentrada do Milan que, por azar bracarense, não terminou com um resultado-choque.
Fundamental para o insucesso do Braga foi um aspecto que vem penalizando a equipa em alguns jogos: a finalização. Académica, Guimarães e, agora, Milan foram jogos em que se esbanjaram demasiadas oportunidades e onde 1 nome sobressai: Renteria. É impressionante o que falha o Colombiano!

Benfica – Mais uma vez vitima da guerra entre Zon e Meo (sabiam que como forma de retaliação a Zon vai emitir em exclusivo o Olimpiacos-Benfica, significando que os clientes Meo não vão poder ver o próximo jogo europeu Benfica? Ou seja, quem quiser ver em sua casa todos os jogos do Benfica na Taça Uefa terá agora de ter Zon e Meo ao mesmo tempo. Fantástico!) fui, como grande parte das pessoas, privado de ver mais um jogo europeu do Benfica nas melhores condições. Lamento esta situação e reforço o que já referi noutra altura. É uma situação ridícula (cada vez mais!) que prejudica o adepto de futebol em geral e o do Benfica em particular...
Sobre o jogo não vou fazer, obviamente, grandes considerações (se conseguir ver a partida, deixarei mais tarde algumas notas), mas há alguns aspectos de que posso falar. O primeiro tem a ver com alguma surpresa por esta derrota. Este Galatasaray não é, como referi ontem, uma equipa particularmente forte e estava perfeitamente ao alcance do Benfica. Ou pelo menos devia estar. O problema é que, tal como venho referindo, o Benfica tem a sua mais valia nas individualidades, mantendo alguns problemas de fundo no seu modelo de jogo. Aqui tenho de direccionar algumas criticas ao discurso de Quique. É que o treinador espanhol persiste na repetição da ideia de uma equipa longe do seu melhor, apontando o dedo aos erros individuais (decisões) dos jogadores. O que é problemático neste discurso é que nele não encontramos qualquer referência aos problemas colectivos que a equipa tem, percebendo-se assim que existe da parte do treinador uma maior focalização na correcção de comportamentos individuais e não nos problemas colectivos que vêm sendo manifestados desde a pré temporada. O que posso esperar de uma equipa com este perfil é uma grande dependência da inspiração individual dos seus principais jogadores, ou seja, uma grande incerteza e oscilação na qualidade de exibições e resultados.

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