Não foi só em Portugal que houve rescaldos quentes do fim de semana. Em Itália, Mourinho continua um inicio de época difícil, conseguindo melhores resultados do que exibições e apresentando algumas variantes tácticas que se constituem como uma novidade na sua carreira. Mas, para Mourinho, se os jogos têm sido maratonas de sofrimento para chegar aos 3 pontos, não menos complicada tem sido a relação com os media e, porque não, mesmo com os adeptos.
No último fim de semana, o golo de Cruz salvou a equipa de um empate caseiro no último minuto mas esse momento esteve longe de se constituir como o final de uma tarde difícil. Reproduzindo uma imagem já antes vista, o treinador festejou de dedo na boca, mandando calar não se sabe quem, mas desconfia-se que... todos! Seguiram-se longas entrevistas sucessivas em que teve de explicar o dedo, o resultado, a exibição, as opções tácticas, o mau momento de Quaresma, as comparações com Mancini, a relação com imprensa, os assobios do público e, para que não faltasse nada, as diferenças e semelhanças culturais entre Itália, Inglaterra e Portugal.
Sem querer entrar no detalhe de tudo o que se disse (deixo os links para os longos minutos de declarações), não posso deixar de destacar duas afirmações de Mourinho. A primeira é que, em Itália como em Portugal, há um treinador de bancada em cada adepto e jornalista, com a vantagem de que estes nunca falham. A segunda, bem mais divertida, vai para a indicação de Costinha como suposto destinatário do tal dedo que mandava calar alguém!