11.6.07

Antevisão Euro Sub 21 - Grupo B

ver comentários...
Sérvia
É a única representante da ex-Jugoslávia nesta fase final, tendo, por isso, a responsabilidade de dar seguimento a uma série de gerações que se pautaram pela qualidade, quer ao nível técnico, quer no que respeita à vertente física. A selecção da Sérvia teve uma primeira fase tranquila na qualificação para os Play-off – Lituania e Georgia foram presas fáceis. Já na fase seguinte, o confronto com a Suécia foi o mais sensacional dos Play-off, tendo vencido fora por 5-0, após uma contundente derrota por 3-0 no seu próprio reduto. Trata-se de uma selecção que reúne vários jogadores ainda por revelar com outros nomes já em plena fase de afirmação.

Destaques individuais:
Slobodan Rajkovic – defesa/médio centro, camisola 20, 18 anos do OFK Belgrado – Estreou-se nos seniores com apenas 15 anos e nos sub-21 aos 16. É um prodígio amplamente reconhecido, tendo o Chelsea garantido o seu concurso, em 2005, por mais de 5 milhões de Euros. A sua mudança para Stamford Bridge deverá dar-se este ano.

Bosko Jankovic – médio ofensivo, camisola 8, 23 anos do Maiorca – é, provavelmente, a estrela da equipa. Jankovic transferiu-se esta temporada para Espanha, sendo uma das revelações do campeonato do país vizinho e tendo atraído as atenções dos maiores clubes da Europa. Dele podem esperar grandes golos (marcou 9, este ano) e uma notável sentido dos espaços no campo. É, também, um indiscutível da selecção principal, tendo marcado o golo do empate contra Portugal.

Milos Krasic – médio ala, camisola 17, 22 anos do CSKA Moscovo – tem-se cruzado por diversas vezes com equipas portuguesas, e, provavelmente, poucos dos que viram com atenção esses encontros não se lembraram das suas actuações. É, de facto, um talento emergente, revelando-se rápido e explosivo nas suas incursões pelo flanco onde actua. É, também, uma das presenças nas mais recentes convocatórias para a selecção principal.

Republica Checa
Se olharmos às individualidades, esta equipa Checa será, à partida, um dos pontos mais fracos do torneio. De facto, são poucos os nomes consagrados entre o elenco Checo, onde se apresenta apenas 1 internacional pela selecção principal. Ainda assim, o anonimato deve ser encarado, quer por jogadores, quer por observadores, como uma oportunidade real para se revelarem talentos ainda pouco valorizados. O caminho para a fase final foi cumprido à custa de três selecções modestas: Bielorrussia e Chipre na fase de grupos e a Bosnia nos Play-off.

Destaques individuais:
Michal Kadlec – defesa esquerdo, camisola 5, 22 anos do Sparta de Praga – é tido como um dos talentos do futebol Checo. Rápido e forte na marcação, tem bom tempo de subida nas incursões ofensivas. Foi apontado como potencial reforço do Celtic.

Daniel Pudil – médio centro, camisola 11, 21 anos do Slovan Liberec – é o único internacional A no elenco e esse é o motivo do destaque. Joga com os dois pés e é daqueles médios com cultura de área, fazendo uso da boa leitura dos espaços para aparecer com propósito nas zonas de finalização.

Jan Blazek – avançado, camisola 22, 19 anos do Slovan Liberec – é o mais jovem dos eleitos e um dos mais promissores herdeiros da vasta legião de ponta-de-lança de qualidade que o futebol checo tem sabido gerar. Esta foi a sua época de afirmação e, quem sabe, não espreita uma oportunidade que lhe seja dada para dar nas vista...


Itália
É, sem dúvida, uma das selecções candidatas à vitória final. A tradição e cultura do futebol italiano a isso obrigam e, neste caso, não há excepção. A selecção italiana chega a esta fase após eliminar a poderosa Espanha nos Play-off, representando este facto o principal cartão de visita dos azzurri. Grande curiosidade em torno de vários jogadores que ainda não fazem parte dos quadros dos “colossos” italianos, sendo, por isso, possíveis alvos de outros emblemas europeus.

Destaques individuais:
Giorgio Chiellini – defesa esquerdo, camisola 3, 22 anos da Juventus – lateral ofensivo que é internacional A desde 2004. Há muito visto como um potencial herdeiro da ala esquerda da selecção principal, Chiellini deverá querer impor-se definitivamente no futebol italiano em 2007/2008.

Alberto Aquilani – médio centro, camisola 8, 22 anos da Roma – há muito visto como um dos mais prodigiosos produtos das escolas de formação romanas, Aquilani afirmou-se este ano no Calcio, tendo merecido uma chamada à selecção principal. Com um completo leque de atributos que fazem dele um médio de eleição, Aquilani deverá ser presença segura no meio campo.

Alessandro Rosina – extremo, camisola 10, 23 anos do Torino – produto das escolas de formação do Parma, tem feito furor em Turim. Primeiro ajudando o Torino à promoção em 05/06 e, esta temporada, tornando-se numa das revelações da Serie A, apontado 9 golos. É um jogador baixo, rápido e muito habilidoso, sendo a sua técnica comparada ao que tipicamente vemos nos criativos brasileiros.

Giuseppe Rossi – avançado, camisola 11, 20 anos do Man Utd – se há nome a que os portugueses vão estar atentos na selecção italiana é Giuseppe Rossi. A sua ligação a uma eventual mudança para o Porto tem entusiasmado o defeso e a verdade é que o talento não é desmerecedor. Rossi é um dos mais novos no elenco e, sem dúvida, um dos mais mediáticos e promissores. Habilidoso e veloz, pode deixar a sua marca no torneio.

Inglaterra
Depois de alguns anos em que a formação inglesa não foi capaz de gerar equipas de qualidade condizente com a tradição futebolística do país, a aposta foi repensada e, hoje, a realidade é de novo risonha. A selecção inglesa chega à Holanda com aspirações legítimas ao título e com um leque de jogadores com vasta experiência na Premier League. Ainda assim, os ingleses não contarão com nomes como Theo Walcott, Aaron Lennon, Micah Richards, Darren Bent ou David Bentley.

Destaques individuais:
Anton Ferdinand – defesa central, camisola 5, 22 anos do West Ham – Irmão do bem sucedido Rio e originário da mais famosa escola de formação do país, Anton Ferdinand tem tudo para ser bem sucedido. Chega a esta prova como um valor seguro do futebol inglês e esperando por “um salto” na sua carreira.

James Milner – médio ala, camisola 15, 21 anos do Newcastle – o que mais espanta em Milner não é o seu futuro mas, incrivelmente, a experiência que já tem aos 21 anos. É que Milner foi revelado aos 16 anos no Leeds, tendo, de lá para cá, sido presença regular nos clubes onde actua. Não é um talento invulgar mas um jogador muito valioso e competitivo, sendo uma das principais figuras desta selecção.

James Vaughan – avançado, camisola 21, 18 anos do Everton – pode até vir a ser pouco utilizado, mas merece o destaque. É um avançado combativo e veloz, à imagem do seu antecessor em Goodison Park, Wayne Rooney. Após a sua estreia com 16 anos na Premier League, contraiu uma grave lesão. Vaughan conseguiu regressar e, este ano, conquistou um lugar no 11 do Everton.

AddThis