A Deloitte, conjuntamente com o jornal ‘ABola’, colocou à venda o seu relatório anual de Finanças do Futebol Profissional referente à época 2005/2006. Para quem gosta de andar bem informado é um documento aconselhável, que permite uma boa compreensão sobre o real estado de coisas do futebol português, quer ao nível da gestão de cada um dos clubes, quer no que respeita ao panorama global. O único senão será mesmo o desfasamento temporal da informação, mas isso é uma realidade com que simplesmente teremos que viver...
Uma das análises – eu diria – mais mediáticas é a que é feita ao custo com os jogadores de cada uma das SAD/Clubes e é precisamente por esse interesse que decidi apresentar a tabela dos 10+ (Note-se que os dados respeitantes aos jogadores do Boavista não são apresentados, mas, pelo total de custos com o pessoal apresentados, a SAD do Bessa deverá estar no quarto lugar deste ranking). Torna-se importante que a leitura destes números não leve a conclusões descontextualizadas, ou seja, uma avaliação à gestão financeira não pode ser feita apenas com base nos custos e a componente das receitas não é aqui apresentada. Resta, por isso, analisar a estratégia (ou falta dela) de cada uma das SAD/Clubes no que respeita à quantidade de jogadores, ao seu custo médio, bem como à eficácia desportiva em face dos recursos despendidos. Notem ainda que o salário mensal é calculado dividindo os custos anuais pelo número de jogadores e considerando 14 meses de pagamento anual (ou seja, o salário inclui os prémios, distribuídos pelos diversos meses).
Os 3 Grandes
- No que respeita aos 3 grandes não há grandes novidades face ao que tenho aqui apresentado (as minhas fontes são as mesmas, ou seja, os relatórios publicados pelas SAD). Ficam patentes, os elevados salários por jogador pagos pelo Benfica, o excessivo número jogadores do FC Porto e a gestão apertada do Sporting. Este é um cenário que, um ano volvido, não terá mudado muito e é importante ressalvar que o Benfica tem um volume de receitas operacionais que compensam em grande medida os gastos tidos (embora o equilíbrio não seja total), que o FC Porto tem graves problemas em equilibrar o volume despendido com as receitas e que o Sporting, apesar de ter custos mais baixos, tem uma situação, apenas, controlada, o que indica que gera poucas receitas. O Sporting será, igualmente, aquele que, desportivamente, se apresenta mais eficaz, face aos recursos de que usufrui (isto se tivermos em conta apenas o campeonato nacional).
Os Outros
- Se no caso das SAD dos 3 grandes estes indicadores já eram, mais ou menos conhecidos, no caso dos restantes clubes, esta informação é uma novidade total. O Braga é o caso mais interessante, com muitos jogadores, baixo custo e... um 4º lugar. Nota ainda para o facto de Guimarães e Belenenses terem ficado, desportivamente, abaixo da linha de água em 05/06, apesar do elevado custo com os recursos disponíveis. Finalmente, o caso dos clubes da Madeira. Nacional e Maritímo confirmam-se entre os que mais recursos dispõem – um situação que se deverá alterar num futuro próximo, com a nova lei do financiamento para as regiões autónomas.
Uma das análises – eu diria – mais mediáticas é a que é feita ao custo com os jogadores de cada uma das SAD/Clubes e é precisamente por esse interesse que decidi apresentar a tabela dos 10+ (Note-se que os dados respeitantes aos jogadores do Boavista não são apresentados, mas, pelo total de custos com o pessoal apresentados, a SAD do Bessa deverá estar no quarto lugar deste ranking). Torna-se importante que a leitura destes números não leve a conclusões descontextualizadas, ou seja, uma avaliação à gestão financeira não pode ser feita apenas com base nos custos e a componente das receitas não é aqui apresentada. Resta, por isso, analisar a estratégia (ou falta dela) de cada uma das SAD/Clubes no que respeita à quantidade de jogadores, ao seu custo médio, bem como à eficácia desportiva em face dos recursos despendidos. Notem ainda que o salário mensal é calculado dividindo os custos anuais pelo número de jogadores e considerando 14 meses de pagamento anual (ou seja, o salário inclui os prémios, distribuídos pelos diversos meses).
Os 3 Grandes
- No que respeita aos 3 grandes não há grandes novidades face ao que tenho aqui apresentado (as minhas fontes são as mesmas, ou seja, os relatórios publicados pelas SAD). Ficam patentes, os elevados salários por jogador pagos pelo Benfica, o excessivo número jogadores do FC Porto e a gestão apertada do Sporting. Este é um cenário que, um ano volvido, não terá mudado muito e é importante ressalvar que o Benfica tem um volume de receitas operacionais que compensam em grande medida os gastos tidos (embora o equilíbrio não seja total), que o FC Porto tem graves problemas em equilibrar o volume despendido com as receitas e que o Sporting, apesar de ter custos mais baixos, tem uma situação, apenas, controlada, o que indica que gera poucas receitas. O Sporting será, igualmente, aquele que, desportivamente, se apresenta mais eficaz, face aos recursos de que usufrui (isto se tivermos em conta apenas o campeonato nacional).
Os Outros
- Se no caso das SAD dos 3 grandes estes indicadores já eram, mais ou menos conhecidos, no caso dos restantes clubes, esta informação é uma novidade total. O Braga é o caso mais interessante, com muitos jogadores, baixo custo e... um 4º lugar. Nota ainda para o facto de Guimarães e Belenenses terem ficado, desportivamente, abaixo da linha de água em 05/06, apesar do elevado custo com os recursos disponíveis. Finalmente, o caso dos clubes da Madeira. Nacional e Maritímo confirmam-se entre os que mais recursos dispõem – um situação que se deverá alterar num futuro próximo, com a nova lei do financiamento para as regiões autónomas.