Brasil
As ausências de Ronaldinho, Kaká ou Adriano abalam qualquer selecção. No caso do Brasil não há excepção, mas nem por isso a “canarinha” deixa de ser um dos principais candidatos ao título, a par da Argentina. A Copa América representa, de resto, o primeiro teste real às capacidades de Dunga e, por outro lado, uma grande oportunidade para revelar outros nomes, normalmente tapados pelas super-estrelas brasileiras, mas, igualmente, com enorme qualidade e potencial.
Destaques individuais:
Alex Silva – Já aqui o destaquei e, embora não seja certo que vá ter a titularidade, a verdade é que qualquer oportunidade que o irmão de Luisão venha a ter deverá representar um motivo de interesse acrescido para nós. Afinal, estamos a falar de um promissor jovem de 22 anos que, em campo, é um autêntico clone do irmão...
Anderson – O prodígio recém transferido para o Manchester United será um dos principais pontos de interesse da competição... isto, claro, venha a jogar. Os olhos do mundo estão agora colocados sobre si e a Anderson pede-se apenas que seja ele próprio. Parte para a prova sob aquela que será a maior ameaça ao desenvolvimento da sua carreira: as lesões.
Fred – Sem Ronaldo e Adriano, abrem-se novas portas a outras soluções. Entre elas, Fred parece-me ser aquele que há mais tempo justifica o gigante passo rumo à titularidade na selecção. Estamos, afinal, perante um jogador que se revelou goleador e determinante em todos os clubes onde passou, revelando qualidades técnicas ao nível dos melhores. Aos 23 anos esta pode ser uma grande oportunidade...
México
O México é uma das formações que correm por fora, esperando uma escorregadela de Brasil e Argentina. Hugo Sanchez – que substitui Lavolpe – tem ao seu dispor uma selecção reforçada em termos de individualidades, contando com a particularidade de já estar em plena competição, visto ter disputado a Gold Cup antes do início desta prova. O México combina, no seu elenco, elementos de experiência relevante, com outros de grande futuro e potencial.
Destaques individuais:
Rafael Marquez – é, sem dúvida, o grande esteio da Selecção. Aos 28 anos, Rafa Marquez está para durar como referência principal da selecção, seja a central, seja a médio defensivo. Jogador do Barcelona, a sua carreira é um exemplo para outros jovens do seu país.
Alberto Medina – “El Venado”, como é conhecido, pode ser um destaque discutível, mas não posso evitá-lo. Aos 24 anos, o extremo protagoniza lances fantásticos no histórico Chivas de Guadalajara onde forma dupla temível com Omar Bravo. Os seus dribles e a sua velocidade serão um atractivo a cada oportunidade que lhe seja concedida.
Nery Castillo – É, sem dúvida, a grande novidade na equipa. A estrela do Olympiacos decidiu-se finalmente pela Selecção mexicana, apesar do forte “pressing” grego. Nery Castillo é um médio ofensivo que, há muito, é seguido por vários gigantes do futebol europeu. Agora que, aos 23 anos, deu inicio à sua carreira internacional tem uma notável oportunidade para dar nas vistas.
Chile
Estando no grupo mais competitivo e interessante da prova, fica-se com a sensação que a qualificação da equipa Chilena poderá significar uma ameaça às potencias em prova, tal a qualidade do elenco Chileno. De facto, o país tem revelado uma notável capacidade geradora de talentos, sendo já tempo de mostrar alguns resultados ao nível de Selecções – algo ainda por verificar, sobretudo após o desfazer da famosa dupla Salas e Zamorano.
Destaques individuais:
Jorge Valdivia – o 10 do Palmeiras faz a delicia daqueles que procuram pelos seus vídeos no Youtube. Trata-se de um excentrico e combativo médio ofensivo que dá nas vistas pela sua técnica e criatividade. Valdivia – que nasceu na Venezuela – tem, aos 23 anos, esse handicap de já ter actuado na Europa e, francamente, muito dificilmente terá uma grande oportunidade no futebol europeu. Esta Copa América será mais um oportunidade para nos encantar e mudar o seu destino.
Mark González – Forma com Valdívia e Matias Fernandez uma zona criativa fantástica. “Speedy Gonzalez” notabilizou-se pelas suas aparições ao serviço do Liverpool e, agora, prepara-se para dar seguimento às suas electrizantes exibições no Bétis de Sevilha. Tem 23 anos e um grande futuro à sua frente.
Equador
Num grupo tão competitivo, o Equador é aquele que, individualmente, menores pregaminhos apresenta. A Selecção equatoriana conta, no entanto, com um colectivo forte, com o qual se qualificou para o mundial da Alemanha. Nomes que se revelaram em 2006 como Carlos Tenorio e Edison Mendez voltarão a exibir-se num grande palco, contrastando com outros jovens com potencial interessante. Neste particular, destaco o avançado Felipe Caicedo, que aos 18 anos é uma grande promessa que actua no Basileia.