25.6.07

Sá Pinto: Inesquecível!

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Se há jogadores inesquecíveis, Sá Pinto será sem dúvidas um deles. A sua carreira proporcionou momentos únicos e raros em qualquer outro jogador, tudo pelo carácter apaixonado e temperamental da sua natureza.

A verdade é que, na minha opinião, Sá Pinto poderia ter sido um jogador com uma carreira de maior projecção, não fossem algumas decisões menos acertadas e, sobretudo, manifesta má sorte na sua carreira. Sá Pinto despontou no Salgueiros e, em 94, o Sporting ganhou o seu concurso, numa transferência que envolveu também o lateral Pedrosa. Em Alvalade e em 94/95 começou por oscilar entre a titularidade e o banco, numa equipa de sonho orientada por Carlos Queiroz. A sua qualidade ficou, no entanto, bem evidente e após as saídas de Figo e Balakov em 95, Sá Pinto passou a ser a principal referência ofensiva dos leões. Sem surpresas, acabou por emigrar para a Real Sociedad, após o seu primeiro “tiro no pé” – o insólito e inexplicável episódio com Artur Jorge (1997). Em Espanha progrediu imenso como jogador, ao ponto de se tornar um alvo apetecível para clubes de maior nomeada no país vizinho. Ao fim de 3 temporadas na Real Sociedad, porém, Sá Pinto terá optado por uma decisão mais sentimental, regressando ao Sporting pela mão de Luis Duque, em vez de dar seguimento à sua carreira de sucesso em Espanha. Estavamos no ano 2000 e Sá Pinto era um indiscutível das convocatórias para a Selecção, depois de Humberto Coelho lhe ter dado nova oportunidade com a camisola das Quinas. A sua sorte foi, a partir daí, madrasta e nessa temporada iniciou um longo calvário de lesões no joelho, sucedendo-se as operações. Sá Pinto regressou apenas em pleno em 2005, mas a sua forma física já não era a mesma, apesar das qualidades técnicas e a garra se manterem inalteradas. Note-se, por fim, que Sá Pinto conseguiu mais de 40 internacionalizações, sendo que a última delas foi em Junho de 2001, quando tinha... 28 anos!

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