2.2.09

Benfica - Rio Ave: Futebol aquático

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Não vou fazer muitas considerações sobre este jogo porque, simplesmente, as condições tornaram-no muito atípico e enquadrado num contexto que não tem a ver com o passado, nem com o futuro (exceptuando os pontos resultantes, claro). Ainda assim não deixo de realçar algumas notas.
Primeiro, dizer que este era um jogo de risco muito maior para o Benfica. Se o Benfica ganha vantagem pela qualidade dos seus intérpretes, essa mais valia ficou claramente condicionada pelo estado do terreno. Diria, no entanto, que na infelicidade de ter de disputar um jogo nestas circunstâncias, o Rio Ave terá sido um bom adversário. Digo-o porque se a atitude e o factor mental eram evidentemente fulcrais, os vila condenses serão a equipa da liga que mais frágil estará em termos psicológicos neste momento, tentando reencontrar a crença e confiança nas suas potencialidades. De resto foi claro o tempo que o Benfica demorou para encontrar a melhor forma de abordar o jogo e, embora tenha feito mais do que suficiente para justificar o golo, também poderia muito facilmente ter sido penalizado, quer antes, quer depois do seu melhor período. Quique poderá, afinal, congratular-se pelo facto de não ter tido Suazo disponível. Cardozo, o seu substituto directo, confirmou a sua maior apetência para um jogo que teria forçosamente disputado na área e foi o elemento que mais problemas criou (já o disse que se compreende o perfil pretendido por Quique, mas também que me parece um desperdício não aproveitar melhor um avançado com tanta qualidade em certos aspectos). Depois, à falta de alternativas, teve de recorrer a Mantorras que, num jogo em que era preciso atitude, tinha tudo para ser um elemento potencialmente decisivo. Sobre Mantorras, o destaque óbvio do jogo, não há muito a dizer. Lamento apenas que a sua carreira tenha ficado reduzida a estes pequenos milagres que, apesar de tudo, ainda vai fazendo.

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