Segundo ventos notíciosos da Catalunha estará desfeito um dos enigmas do futebol europeu nesta passagem de época: a transição no comando técnico do Barça. Para surpresa de muitos o nome escolhido para essa grande responsabilidade que é reabilitar uma equipa de enorme potencial não vem de fora mas de dentro: Pepe Guardiola.
Guardiola é um idolo de sempre dos adeptos do Barcelona, onde foi um jogador brilhante distinguindo-se pela geometria com que coordenava as acções ofensivas de várias e notáveis equipas – desde logo, o “dream team” de Cruijff. Mas o passado recente de Guardiola esteve ligado à equipa B do clube, sendo agora uma aposta de Laporta que recorreu, no fundo, à mesma origem onde saiu um treinador com a qualidade de José Mourinho.
A confirmar-se, é uma opção que saúdo porque, como já aqui referi, penso que a escolha de treinadores se deve fazer pelo futuro e não pelo passado, pela qualidade e não pelo currículo. Naturalmente está por confirmar a tal qualidade de Guardiola como treinador mas confesso que fico a torcer pelo ex-interancional espanhol. O Barça actual é uma sombra da melhor equipa europeia da década, que venceu a Champions em 2006. Vive com a qualidade individual de um plantel que foi evoluindo à margem de uns princípios de jogo que permaneceram agarrados às características dos jogadores da tal formação que encantou a europa e o mundo. O futebol, particularmente o europeu, precisa de um Barça regenerado, que retire partido das soberbas qualidades dos seus jogadores e que faça frente à monotonia que começa a imperar com o domínio inglês.
Para curiosidade fica:
- um vídeo com Guardiola como treinador
- a memória do épico jogo do Barça de Rijkaard no Barnabéu, em 05/06