Porto: A pressão... de novo a pressão!
Entrar a perder era tudo o que o Porto não precisava. Pode parecer estanho para quem esteja de fora destas coisas, mas a verdade é que apesar de estar mais de uma dezena de pontos à frente do seu adversário directo, era sobre o Porto que recaía toda a pressão. E isso sentiu-se. O Sporting entrou melhor, mas foi o facto de ter marcado que, definitivamente, agigantou a montanha na frente dos jogadores portistas. Ganhar passou a parecer um obstáculo demasiado distante e a equipa foi associando frustração à ansiedade que já carregava, nunca tendo frescura nem lucidez mental para conseguir contornar os problemas que, do outro lado, lhe eram colocados. O já diversas vezes abordado pormenor de não poder falhar voltou a condicionar a capacidade portista e, como desta vez o adversário este forte, o resultado foi bem pior do que nos empates com Paços ou Leixões.
Há ainda outro pormenor que deve merecer reflexão. Dos 5 jogadores mais ofensivos da equipa, 3 eram estreantes em visitas portistas a Alvalade. O ponto é que este Porto é uma equipa refeita e que, apesar do talento e carácter, não conta com grande experiência nos jogadores que, realmente, podem decidir o jogo.
A bem da verdade é preciso sublinhar que o Porto tem sido uma equipa em crescimento e com um rendimento pontual não inferior à época anterior. Se não vai ser campeão, isso deve-se à repetitiva razia nos seus quadros e, sobretudo, ao aumento de qualidade na concorrência. Mais nada.
Sporting: Recuperar o orgulho!
Do lado do Sporting, praticamente o inverso do que aconteceu com o Porto. Uma equipa com mais talento e qualidade do que aquilo que lhe vem sendo creditado, sem pressão e em crescendo de confiança. O que melhor lhe pode acontecer para acentuar tendências? Um golo a abrir. Com 85 minutos pela frente, a vitória e exibição do Sporting não se esgota nesse pontapé de Djaló, mas é dele que resultam muitas das condições do que se viu a seguir.
Confiança, equilíbrio, agressividade e qualidade. Não resultou num vendaval ofensivo, é certo, mas sim num jogo inteligente e autoritário, não tanto pelo domínio, mas por um controlo inteligente e total do adversário. A prova desse bom comportamento global espelha-se na quase ausência de ocasiões portistas e, por outro lado, na também quase plena boa performance individual dos jogadores do Sporting.
Dois aspectos que quero destacar na equipa do Sporting. O primeiro tem a ver com o modelo táctico de Carvalhal, que parece ter regressado ao 4-2-3-1. Pelo menos para estes jogos de maior dificuldade. O segundo para alguma desvalorização individual de jogadores que, francamente, têm enorme valor. Não é de agora e pode ser extensível a vários jogadores, mas custa particularmente quando atinge um caso como o de João Moutinho.
Entrar a perder era tudo o que o Porto não precisava. Pode parecer estanho para quem esteja de fora destas coisas, mas a verdade é que apesar de estar mais de uma dezena de pontos à frente do seu adversário directo, era sobre o Porto que recaía toda a pressão. E isso sentiu-se. O Sporting entrou melhor, mas foi o facto de ter marcado que, definitivamente, agigantou a montanha na frente dos jogadores portistas. Ganhar passou a parecer um obstáculo demasiado distante e a equipa foi associando frustração à ansiedade que já carregava, nunca tendo frescura nem lucidez mental para conseguir contornar os problemas que, do outro lado, lhe eram colocados. O já diversas vezes abordado pormenor de não poder falhar voltou a condicionar a capacidade portista e, como desta vez o adversário este forte, o resultado foi bem pior do que nos empates com Paços ou Leixões.
Há ainda outro pormenor que deve merecer reflexão. Dos 5 jogadores mais ofensivos da equipa, 3 eram estreantes em visitas portistas a Alvalade. O ponto é que este Porto é uma equipa refeita e que, apesar do talento e carácter, não conta com grande experiência nos jogadores que, realmente, podem decidir o jogo.
A bem da verdade é preciso sublinhar que o Porto tem sido uma equipa em crescimento e com um rendimento pontual não inferior à época anterior. Se não vai ser campeão, isso deve-se à repetitiva razia nos seus quadros e, sobretudo, ao aumento de qualidade na concorrência. Mais nada.
Sporting: Recuperar o orgulho!
Do lado do Sporting, praticamente o inverso do que aconteceu com o Porto. Uma equipa com mais talento e qualidade do que aquilo que lhe vem sendo creditado, sem pressão e em crescendo de confiança. O que melhor lhe pode acontecer para acentuar tendências? Um golo a abrir. Com 85 minutos pela frente, a vitória e exibição do Sporting não se esgota nesse pontapé de Djaló, mas é dele que resultam muitas das condições do que se viu a seguir.
Confiança, equilíbrio, agressividade e qualidade. Não resultou num vendaval ofensivo, é certo, mas sim num jogo inteligente e autoritário, não tanto pelo domínio, mas por um controlo inteligente e total do adversário. A prova desse bom comportamento global espelha-se na quase ausência de ocasiões portistas e, por outro lado, na também quase plena boa performance individual dos jogadores do Sporting.
Dois aspectos que quero destacar na equipa do Sporting. O primeiro tem a ver com o modelo táctico de Carvalhal, que parece ter regressado ao 4-2-3-1. Pelo menos para estes jogos de maior dificuldade. O segundo para alguma desvalorização individual de jogadores que, francamente, têm enorme valor. Não é de agora e pode ser extensível a vários jogadores, mas custa particularmente quando atinge um caso como o de João Moutinho.