Um Benfica não no melhor... mas perto
Jesus não teve Aimar e, desde logo, não teve o seu melhor Benfica. Não teve, mas teve uma versão que esteve bem perto dessa, a ideal. Foi, de facto, um Benfica muito forte aquele que entrou no jogo, a mostrar a força do seu futebol, dominador, asfixiante e sempre alicerçado na rapidez vertiginosa com que reagia a cada momento do jogo. É verdade que não manteve sempre o mesmo andamento e que nem sempre teve facilidade em construir oportunidades claras. Pode até falar-se de alguma felicidade na forma como conseguiu o golo, mas a verdade é que o Benfica esteve realmente bastante bem num jogo para o qual se mostrou, não só preparado, mas motivado.
Desde logo, para explicar o domínio do Benfica na abertura do jogo, bem como noutras partes do mesmo, é preciso falar de dois detalhes. As segundas bolas a partir de pontapés longos dos guarda redes e a transição ataque-defesa do Benfica. Em relação às segundas bolas, era por aí que o Braga jogava boa parte das suas possibilidades de controlar o jogo. Se as ganhasse com frequência, poderia ficar com bola no meio campo oposto, gerir os ritmos, e obrigar o Benfica a baixar. Se não, e foi isso que aconteceu nos períodos de maior domínio encarnado, teria de ser ele próprio a baixar e a parar o forte ataque do Benfica. O segundo detalhe, das transições, junta-se aqui ao primeiro. É que se o Benfica é forte com bola, parece ser ainda mais no momento em que a perde. Em vez de ter de recuar, frequentemente o Benfica volta a recuperar a bola, frustrando o adversário e encurralando-o junto da sua área. Esta será, provavelmente, a mais vincada marca táctica do Benfica de Jesus. E elas são muitas...
Sobre esta fortíssima reacção, não posso deixar de voltar a sublinhar o importantíssimo papel dos laterais. Alguém contou quantas antecipações conseguiu Coentrão?
Domingos tem razões para estar francamente orgulhoso, tanto deste jogo, como do campeonato que a equipa vem fazendo. Talvez fale do tema com mais profundidade e, por isso, para já apenas quero partilhar a opinião de que fica muito mal ver Jesus puxar para si méritos que manifestamente não lhe pertencem. E logo ele, que tem tido tantos...
Jesus não teve Aimar e, desde logo, não teve o seu melhor Benfica. Não teve, mas teve uma versão que esteve bem perto dessa, a ideal. Foi, de facto, um Benfica muito forte aquele que entrou no jogo, a mostrar a força do seu futebol, dominador, asfixiante e sempre alicerçado na rapidez vertiginosa com que reagia a cada momento do jogo. É verdade que não manteve sempre o mesmo andamento e que nem sempre teve facilidade em construir oportunidades claras. Pode até falar-se de alguma felicidade na forma como conseguiu o golo, mas a verdade é que o Benfica esteve realmente bastante bem num jogo para o qual se mostrou, não só preparado, mas motivado.
Alguns pormenores tácticos
No futebol, durante o jogo, é fácil olhar para a bola nos pés dos jogadores, para os remates, passes e desarmes. O “making of”, no entanto, faz-se noutros pormenores que, estando lá, são menos visíveis. Desde logo, para explicar o domínio do Benfica na abertura do jogo, bem como noutras partes do mesmo, é preciso falar de dois detalhes. As segundas bolas a partir de pontapés longos dos guarda redes e a transição ataque-defesa do Benfica. Em relação às segundas bolas, era por aí que o Braga jogava boa parte das suas possibilidades de controlar o jogo. Se as ganhasse com frequência, poderia ficar com bola no meio campo oposto, gerir os ritmos, e obrigar o Benfica a baixar. Se não, e foi isso que aconteceu nos períodos de maior domínio encarnado, teria de ser ele próprio a baixar e a parar o forte ataque do Benfica. O segundo detalhe, das transições, junta-se aqui ao primeiro. É que se o Benfica é forte com bola, parece ser ainda mais no momento em que a perde. Em vez de ter de recuar, frequentemente o Benfica volta a recuperar a bola, frustrando o adversário e encurralando-o junto da sua área. Esta será, provavelmente, a mais vincada marca táctica do Benfica de Jesus. E elas são muitas...
Sobre esta fortíssima reacção, não posso deixar de voltar a sublinhar o importantíssimo papel dos laterais. Alguém contou quantas antecipações conseguiu Coentrão?
O melhor? Um estatuto que não estava em jogo
Que o Benfica é a melhor equipa do futebol português não é uma conclusão que precise de sustentação pontual. Já vem bem de trás, desde que se começou a fazer uma avaliação qualitativa de cada um dos concorrentes. Se tivesse perdido o jogo, o Benfica deixaria de ser líder, é certo, mas não deixaria de ser a equipa com maior qualidade a actuar em Portugal. Muito se decide num jogo... mas nem tanto. Grande Braga!
O Benfica pode ser a melhor equipa e ter ganho com toda a justiça. Isso, no entanto, não desfaz o mérito deste Braga. Ninguém pode pedir a uma equipa com tamanha diferença de recursos que faça melhor num palco tão complicado como é hoje a Luz. Poucas equipas fariam melhor (vamos ver o que faz o Liverpool...) e o Braga, mesmo tendo muitas dificuldades para dividir o jogo, só levou a incerteza até ao minuto 90 por mérito próprio. Não conseguiu defender alto, teve dificuldades para ter bola, mas demonstrou que com Moisés e Rodriguez se torna uma equipa muito complicada de bater no último terço e, por isso, com grande capacidade de resistência.Domingos tem razões para estar francamente orgulhoso, tanto deste jogo, como do campeonato que a equipa vem fazendo. Talvez fale do tema com mais profundidade e, por isso, para já apenas quero partilhar a opinião de que fica muito mal ver Jesus puxar para si méritos que manifestamente não lhe pertencem. E logo ele, que tem tido tantos...