Do Mundial de Sub 20 tem resultado a imagem de uma selecção portuguesa de nível médio, capaz de se superiorizar a adversários mais débeis, mas sem o talento demonstrado noutras equipas. Bruno Gama (o mais mediático), Antunes e Pelé (a revelação até ao momento) têm estado em bom plano, mas é Coentrão que mais tem encantado com o seu talento sobre a esquerda.
O extremo que foi também o primeiro motivo de interesse do período de transferências tem-se revelado um talento ao nível dos melhores da prova, com pormenores e jogadas deliciosas que abrem o apetite para os anos vindouros. Fernando Santos terá a responsabilidade de saber dar seguimento ao potencial do jovem de Vila do Conde. É uma tarefa que não se afigura muito evidente, primeiro, por toda concorrência no plantel, e depois, porque Coentrão gosta de jogar junto à ala, o que não se enquadra com o losango benfiquista. O tempo e o talento são, no entanto, de sobra para que Santos possa projectar este que poderá muito bem ser, a médio prazo, o “herdeiro” de Simão no Benfica...
