30.6.10

Diário de 'Soccer City' (#19)

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Ambição. É uma maneira comum de abordar o jogo. Dir-se-á que nos faltou ambição, porque não tivemos a ousadia de discutir o jogo de forma mais aberta desde o inicio. Não que fosse preciso, mas a última meia hora provou precisamente que discutir o jogo, frente à Espanha, é algo que não estava ao nosso alcance. É por isso que não hesito em riscar “ambição” como a falha fulcral de Portugal no jogo. Em vez disso, opto por “qualidade”. O que faltou a Portugal foi qualidade. Qualidade colectiva, isto é. Qualidade para poder ter ambição e para poder escolher discutir o jogo. Sei que os oitavos de final e o “umzerinho” levarão a óptica resultadista a chutar para o lado no que respeita às consequências do que se viu. A meu ver, no...

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29.6.10

Diário de 'Soccer City' (#18)

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Já se desconfiava, e o caminho começa confirmar isso mesmo: entre Brasil e Holanda, sairá um finalista do Mundial 2010. Os dois defrontam-se agora num dos mais interessantes embates dos quartos de final, e seja quem for o vencedor recolherá sempre amplo favoritismo na passagem à final. Principalmente se for o Brasil. Enfim, antes disso tudo vale a pena olhar um pouco para os jogos do dia. Mas vale apenas por razões de reflexão sobre o que se viu, porque quanto a emoção, confesso, não poderia ter havido dia mais previsível do que o terceiro dos oitavos de final... Holanda – EslováquiaSobre o primeiro jogo, de facto, não tenho muito a dizer. A Eslováquia foi dos que menos fez para chegar aos oitavos e se há alguma coisa que...

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28.6.10

Diário de 'Soccer City' (#17)

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O dia mais importante do Mundial até ao momento. Teve entretenimento, emoção e grandes estrelas. Todos os condimentos para ser um grande dia para o futebol. O que todos sabemos, porém, é que este dia ficará na História dos mundiais como um dos mais polémicos de sempre. De repente, o mundo deu de caras com as fragilidades do jogo, e com erros humanos que – ao contrário do que muitas vezes se diz – não só não deviam fazer parte do jogo, como seriam facilmente evitáveis. Como sempre, não vou falar de arbitragens, mas, porque não dá para contornar um “monstro” destes, não poderia deixar de começar por este apontamento. Afinal, este até poderá ter sido um excelente dia para o futebol. Assim alguém queira... Alemanha – Inglaterra Polémicas...

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27.6.10

Diário de 'Soccer City' (#16)

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Terão faltado as estrelas, os grandes nomes, mas, para quem gosta de misturar futebol com entretenimento, terão sido bons os primeiros jogos a eliminar do Mundial 2010. Pelo menos, o segundo foi. Pessoalmente, também gosto de ver velocidade e emoção, mas não prefiro esses condimentos à qualidade. Gostos! Ora, é precisamente no que respeita à qualidade que este Mundial – e este é um comentário que me recordo ter repetido durante o último Europeu – não pode deixar de desiludir. Talvez fosse expectável, mas é impossível não se sentir o choque qualitativo entre clubes e selecções. E é por aqui que quero começar por pegar no comentário aos dois primeiros embates dos oitavos de final. Do Uruguai, já se sabia: a qualidade individual...

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26.6.10

Diário de 'Soccer City' (#15)

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Talvez seja por tanto terem escutado as profecias da desgraça dos velhos do Restelo. Ou, então, talvez seja apenas do fado que nos está no sangue. A verdade é que este empate frente ao Brasil, serve para a maioria como uma vitória. Um alívio. Tanto, que até o próprio seleccionador afirma ter visto a sua equipa jogar de “smoking”. É verdade que o Brasil é uma equipa de potencial superior, e que um empate frente à “canarinha” nunca será um mau resultado. É verdade, também, que o jogo foi dividido e que não estivemos mais longe de o ganhar do que o Brasil. Para mim, porém, custou-me ver o jogo português, especialmente na primeira parte. Venho dizendo que Portugal não pode esperar que o nível dos seus últimos 15 anos se eternize...

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25.6.10

Diário de 'Soccer City' (#14)

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Seria seguramente um daqueles casos em que o futebol dizia uma coisa e as pessoas adivinhavam outra. Ou seja, apesar de todos termos visto o pior possível da Itália nos primeiros dois jogos, duvido que alguém não estivesse convencido da sua qualificação. Eu estava. Acabou por vingar a lógica do jogo, e numa espécie de embate da mediocridade, foi a Itália quem levou a pior. Levou, e justamente. Tal como os franceses – com quem partilharam a final há 4 anos – o seu futebol não deixará qualquer réstia de saudade ao torneio africano. A lamentar, creio, só mesmo o espectáculo deprimente que é ver talento a ser desperdiçado no mais importante dos palcos. Com isso, enfim, conviverá a bem História, e, como tal, também nós deveremos...

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24.6.10

Diário de 'Soccer City' (#13)

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Jogado o segundo dia de decisões na fase de grupos, estão já definidos 4 jogos dos oitavos de final. Apesar de ser a rodada das decisões, a verdade é que poucos motivos há para olhar muito para os derradeiros embates da fase de grupos. As “fotografias” das equipas já estão recolhidas, e a cada um dos apurados abre-se também a luz sobre o caminho que a espera até à desejada final. É por isso que o interesse recai, nesta altura, muito mais em olhar para a frente do que para trás, e é por isso também que aproveito o momento para deixar algumas notas sobre os emparelhamentos já definidos. Antes, porém, fica a nota: entre Uruguai, Coreia, Estados Unidos e Gana sairá um improvável semi finalista. Este cruzamento apetecível está...

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22.6.10

Diário de 'Soccer City' (#12)

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Da tormenta à euforia, que não há tempo para perder em boas esperanças. Será assim que a maioria dos até aqui pessimistas encararão esta viragem do cabo da Selecção. Uma analogia óbvia, dada a simbologia do local, mas que faz também todo o sentido em relação ao estado de ânimo dos adeptos. A volatilidade emotiva do costume, portanto. Pessoalmente, não estou particularmente entusiasmado com o que se passou frente à Coreia. Agradado com o desfecho, é certo, mas não crente que este jogo tenha mostrado algo de significativamente diferente em termos qualitativos. Será tão errado alicerçar esperanças neste resultado, como o exagerado catastrofismo que assistimos até aqui. Como quase sempre, é algures no meio que está a virtude. Confesso...

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21.6.10

Diário de 'Soccer City' (#11)

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Mais um dia com motivos de sobra para reflectir. O “climax”, claro, teve lugar em Joanesburgo no jogo que culminou numa pequena prenda dos brasileiros para a Selecção portuguesa. No entanto, creio, não menos interessante é olhar para o que aconteceu algumas horas antes, entre Itália e Nova Zelândia. Será difícil alguém ainda se surpreender com o que quer que seja nesta prova, mas será interessante entender o porquê de tantos problemas dos campeões do mundo para bater uma formação tão fraca como os “All Whites”. Nem que seja porque deve servir de exemplo para o que Portugal terá pela frente, é por aí que quero começar. Se ninguém duvida das diferenças de qualidade entre os jogadores de uns e outros, como se pode então explicar...

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19.6.10

Diário de 'Soccer City' (#10)

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E o Mundial que não pára de surpreender! Depois da Espanha, depois da França, e no mesmo dia, Alemanha e Inglaterra dão passos atrás numa qualificação que à partida parecia adquirida. Dois casos distintos, é certo, mas em qualquer dos cenários estamos perante candidatos reais a disputar a fase terminal da competição. De qualquer forma, não deixa de ser interessante equacionar o que poderá ser desta competição se todos estes "pesos pesados" fossem já eliminados... Difícil dizer quem está em piores condições, mas no que respeita ao futebol propriamente dito, parece-me evidente ser menos preocupante o caso alemão. A derrota foi altamente condicionada por uma série de factores e dá até para dizer que a Alemanha teve uma boa...

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17.6.10

Diário de 'Soccer City' (#9)

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Chocante! Não pelo resultado, porque se um dia antes havíamos visto a Espanha cair perante a Suíça, não poderia ser agora a derrota de uma França moribunda a fazer-nos abrir a boca de espanto. O que realmente choca é a forma como tudo aconteceu. Os méritos do México, ninguém os tira, e já irei a eles, mas o que se viu do lado francês superou todas as marcas. A substituição de Anelka ao intervalo, a exibição em perda progressiva, a ausência de Henry e Gourcuff e, sobretudo, a enorme passividade de todos perante um cenário de tamanho descalabro. Não vou mais além do que isto, porque seria entrar num campo meramente especulativo, mas diria que há algo de muito estranho por trás desta tremenda hecatombe gaulesa. Tacticamente,...

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Diário de 'Soccer City' (#8)

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Ontem tinha deixado a opinião de que defrontar uma estratégia como aquela que a Costa do Marfim montou frente a Portugal seria um bico de obra para qualquer formação Mundial. Ora, nem de propósito, 24 horas depois tivemos um bom exemplo disso mesmo. Não que o jogo da selecção espanhola fosse idêntico ou, mais importante ainda, que se possa comparar a qualidade dos espanhóis com aquela que a selecção portuguesa apresenta na actualidade. As semelhanças estão, isso sim, naquilo que fizeram Suíça e Costa do Marfim, na sua proposta de jogo e numa abordagem que parece ter pegado moda neste Mundial. É disso que me parece mais interessante falar. A ideia, em si mesmo, não é muito complicada de entender. Abdicar do pressing alto,...

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15.6.10

Diário de 'Soccer City' (#7)

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Não foram precisos muitos minutos para perceber o que seria do jogo. A Costa do Marfim, grande esperança africana no Mundial daquele Continente, resolveu jogar “à europeia”. E fez bem. A partir do momento em que a estratégia “gélida” dos marfinenses entrou em campo, seria sempre o primeiro golo o ditador do jogo. Pode dizer-se que Eriksson fez emergir o pior do jogo da Selecção, o maior dos seus receios. Portugal, perante este cenário, não foi nem melhor nem pior do que as expectativas que já se poderiam ter. Uma pena. Duas coisas me parecem mais claras, depois dos 90 minutos: (1) Está tudo em aberto ; (2) Prevê-se um grupo muito difícil para todos. Baixar a primeira a linha e subir a última, para assim criar uma zona de...

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Diário de 'Soccer City' (#6)

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Ao quarto dia, mais 2 candidatos. Holanda e Itália, cada uma das equipas encontrou a sua própria forma de não entusiasmar. Dos holandeses, espera-se que criem ilusão a abrir mas duvida-se do que possam fazer na hora das decisões. Dos italianos, o contrário. Um arranque aos soluços, mas uma presença temível na fase decisiva. Para já ambos estão a cumprir com o papel que lhes parecia ser destinado, mas duvido que a candidatura de qualquer uma destas selecções tenha saído revista em alta, seja por quem for. Sobre os holandeses, ninguém duvida da sua potencialidade criativa. Mesmo que neste jogo a dinâmica estivesse abaixo do esperado. Essa é a força da “laranja”. É curioso, porém, verificar como a escola holandesa, que não...

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14.6.10

Diário de 'Soccer City' (#5)

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E ao terceiro dia, qualidade. Não qualidade individual, porque essa já tivéramos em vários momentos do Mundial. Qualidade colectiva. A Alemanha aproveitou a estreia para marcar terreno, para dizer que embora não seja a potência de outros tempos e embora não tenha a qualidade individual de alguns, está em África para defender a sua História. Não foi só a primeira goleada da prova, foi também a primeira exibição verdadeiramente consistente e digna de um sério candidato. Não há muito de errado no que fez a Austrália se tivermos em conta o que já foi visto nesta prova. Não pressionou alto, é certo, mas definiu uma zona densa com o adiantamento da linha defensiva e reduziu muitíssimo os espaços entre linhas. O pior, claro, foi...

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12.6.10

Diário de 'Soccer City' (#4)

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Argentina e Nigéria têm origens distintas, mas é fácil prever que em qualquer dos casos será sempre a emoção a prevalecer sobre a razão. No caso ‘albiceleste’, a presença de Maradona só podia agudizar a tendência, mas havia a incerteza de qual seria, realmente, o produto do choque de mentalidades que se dava do lado nigeriano. Ora, se Lagerback foi “importado” com a missão de suavizar o efeito emotivo no futebol das “águias”, então bem se pode dizer que esteve longe de produzir os efeitos desejados. Tudo somado, tivemos um todo bem menor do que a soma das partes. Isto é, um golo foi pouco para tanto desequilíbrio. Maradona pensou como era previsível: como um adepto. Quatro defesas e um médio defensivo não foram mais do...

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Diário de 'Soccer City' (#3)

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Desilusão anunciada. No caso da França nem é preciso explicar porquê. Aliás, tão baixo desceram as expectativas em relação aos gauleses que quase se chegou ao exagero de desvalorizar o seu favoritismo. Um exagero, de facto. Não porque Domenech não o merecesse, mas porque do outro lado mora também outra desilusão anunciada. Não apenas o Uruguai, mas a generalidade dos conjuntos Sul Americanos, que julgo terem boas condições para deixar muito boa gente desiludida. O Atlântico separa os dois Continentes, mas há bem mais do que um Oceano entre o nível táctico dos Sul Americanos e aquele que se pratica na Europa. Tabarez deu o mote com o disparate dos 3 centrais. Perdeu presença numérica no centro e nem sequer se deu ao trabalho...

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10.6.10

Diário de 'Soccer City' (#2)

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Expectativas. A sensação de êxtase ou frustração que os adeptos sentem no final das competições são consequência dos resultados. Óbvio. No entanto, este é também um jogo a dois, e o sentimento final só fica definido pela natureza do outro elemento, a expectativa inicial, e do que resulta do choque entre esta e o desfecho final. Tudo isto se joga neste momento um pouco por todas as nações presentes na África do Sul, mas em nenhuma o fenómeno “expectativa” parece ter tanto interesse como em Espanha. Enquanto estava a ver a ‘Seleccion’ a passar a ferro a Polónia e a aniquilar a úlitma réstia de dúvida sobre a sua superioridade qualitativa às portas do Mundial, questionava-me também sobre a utilidade do que se gera por trás...

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9.6.10

Diário de 'Soccer City' (#1)

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Com o Mundial prestes a começar, é tempo de definir como será o funcionamento do blogue nas próximas semanas. Motivos profissionais deverão condicionar a minha capacidade de oferecer o mesmo tipo de conteúdos que normalmente acompanham as análises e, por isso, apenas partilharei opiniões regulares – praticamente diárias – sobre a competição, que obviamente acompanharei com grande atenção. Assim deverá ser até às meias finais. Mas vamos às primeiras opiniões... Nani não: 4-4-2... nem assim! As capas que fez depois do jogo com os Camarões explicam, embora com exagero, a importância que poderia ter para os desequilíbrios. Portugal, o país dos extremos, vê-se agora reduzido a um único jogador que parece preferir o 4-3-3: Simão....

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4.6.10

2006: A última sinfonia de 'Zizou'

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Todos o davam como acabado. E, afinal, o próprio já havia avisado que iria dar os últimos passos nos relvados do Alemanha-2006. Zidane, porém, era um "vintage", daqueles que se tornam melhores com a idade. A força do seu futebol nunca foi a velocidade ou a explosão e, por isso, foi-se tornando cada vez melhor a decidir, cada vez melhor a executar. Zidane será sempre lembrado por aquela final de 1998 e pelos golos com que vergou o Brasil. A importância histórica não está em causa, mas escolher 2 cabeçadas como ponto alto da carreira de Zidane parece-me um claro contra senso. É por isso que, entre todas as suas exibições em mundiais, não teria dúvidas em destacar uma outra, 8 anos mais tarde contra o mesmo opositor. Para...

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3.6.10

Villas Boas, a oportunidade do prodígio

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Quando perdeu 4-0 na Luz, fiz questão de concluir a apreciação ao jogo com 2 projecções. A primeira, não se confirmou, e apontava para a probabilidade da Académica terminar o campeonato na metade de cima da tabela. A segunda acaba agora de se verificar. A ascensão meteórica de Villas Boas até ao comando de um “grande”. O “timing” que escolhi não foi inocente. É que a qualidade que Villas Boas revelou neste curto percurso como treinador vai muito para além dos resultados obtidos. Tem muito mais a ver com a qualidade que conseguiu implementar numa das mais modestas formações do nosso país. É tudo isto, mas apenas isto, que torna a escolha portista mais do que justificada. Agora, não nos equivoquemos, o sucesso imediato está...

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2.6.10

Portugal - Camarões: números e opiniões

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Não dá para entrar em euforias e há várias coisas que julgo que têm de ser afinadas antes do inicio da competição, mas dá para ver que também há notícias positivas na preparação para o Mundial. Dá para ver - não que fosse preciso - também, que o cepticismo em torno da Selecção atingiu níveis disparatados. Mas isso é outro assunto. O jogo frente aos Camarões acabou por confirmar aquilo que me parece ser um dos grandes mitos das fases de preparação: que os denominados "testes" antes da competição nada têm a ver com aquilo que se vai jogar quando começar a doer. Pode ser confortável acreditar que jogar com os Camarões serve para enquadrar o jogo de abertura. De facto, porém, os jogos serão completamente diferentes, sendo perigoso...

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1.6.10

Mourinho: Como ser especial em Madrid?

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Quando há 2 anos foi para o Inter, e mais concretamente para Itália, escrevi que seria um “passo errado”. Não o foi pela forma como acabou e pelo “objectivo Champions”, mas o retrocesso que representa, nos dias de hoje, ir de Inglaterra para Itália foi provado nas declarações do próprio. Segue-se Madrid e, de novo, a opção me parece questionável. Percebe-se dentro das ambições e metas pessoais do próprio, mas também se levantam novos riscos nesta etapa. É difícil dizer que serão maiores do que na etapa anterior, mas este será, seguramente, um enorme desafio para Mourinho. Como pode ser “especial”?“Special One” foi o rótulo com que ficou e, pode dizer-se, não poderia ser mais ajustado. Especial no Porto por motivos óbvios....

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