Nani não: 4-4-2... nem assim!
As capas que fez depois do jogo com os Camarões explicam, embora com exagero, a importância que poderia ter para os desequilíbrios. Portugal, o país dos extremos, vê-se agora reduzido a um único jogador que parece preferir o 4-3-3: Simão. Ainda por cima, Simão!
Não que pense que o sistema seja, em si mesmo, um factor que possa condicionar em absoluto a qualidade, mas porque a Selecção já mais do que provou a sua incapacidade para criar dinâmicas que a façam realmente forte dentro do sistema.
Ronaldo explodiu em Manchester e manteve-se espectacular em Madrid. Entretanto, na Selecção, continua incapaz de repetir o mesmo rendimento. Juntando todos estes dados, eu diria que algo deveria ser feito. Algo para mais do que invocar sucessivas justificações de circunstância ou, pior ainda, culpar o jogador.
Podia também falar de Liedson e da forma como este agradeceria jogar com mais alguém na frente, mas o outro motivo que me faz acreditar que a simples mudança de sistema implicaria, por si só, um salto qualitativo no jogo luso tem a ver com a proximidade entre os jogadores no meio. Com laterais como Coentrão, Duda, Miguel ou, agora, Amorim, o meio campo não precisa de se alargar para ter qualidade no apoio lateral. A forma de Deco, os movimentos de Meireles ou a classe de Tiago seriam altamente beneficiadas pela presença de um maior número de apoios. Portugal seria mais forte com bola e poderia estar igualmente bem preparada para a reacção à perda.
Foi assim que tivemos os melhores 45 minutos da “era Queiroz”, na Dinamarca, e é por tudo isto que lamento o esquecimento do 4-4-2, meses depois do seleccionador ter repetidamente anunciado a sua descoberta.
As capas que fez depois do jogo com os Camarões explicam, embora com exagero, a importância que poderia ter para os desequilíbrios. Portugal, o país dos extremos, vê-se agora reduzido a um único jogador que parece preferir o 4-3-3: Simão. Ainda por cima, Simão!
Não que pense que o sistema seja, em si mesmo, um factor que possa condicionar em absoluto a qualidade, mas porque a Selecção já mais do que provou a sua incapacidade para criar dinâmicas que a façam realmente forte dentro do sistema.
Ronaldo explodiu em Manchester e manteve-se espectacular em Madrid. Entretanto, na Selecção, continua incapaz de repetir o mesmo rendimento. Juntando todos estes dados, eu diria que algo deveria ser feito. Algo para mais do que invocar sucessivas justificações de circunstância ou, pior ainda, culpar o jogador.
Podia também falar de Liedson e da forma como este agradeceria jogar com mais alguém na frente, mas o outro motivo que me faz acreditar que a simples mudança de sistema implicaria, por si só, um salto qualitativo no jogo luso tem a ver com a proximidade entre os jogadores no meio. Com laterais como Coentrão, Duda, Miguel ou, agora, Amorim, o meio campo não precisa de se alargar para ter qualidade no apoio lateral. A forma de Deco, os movimentos de Meireles ou a classe de Tiago seriam altamente beneficiadas pela presença de um maior número de apoios. Portugal seria mais forte com bola e poderia estar igualmente bem preparada para a reacção à perda.
Foi assim que tivemos os melhores 45 minutos da “era Queiroz”, na Dinamarca, e é por tudo isto que lamento o esquecimento do 4-4-2, meses depois do seleccionador ter repetidamente anunciado a sua descoberta.