1.6.09

Final da Taça: Sem emoção...

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Não era, à partida, uma final onde se aguardasse particular equilíbrio e emoção. A Taça tem destas coisas. A verdade, no entanto, é que o jogo acabou por desapontar até aqueles que pouco dele esperavam. O facto do Porto ter marcado “à primeira” não ajudou a dar uma nova vida a esta final desigual e, para o interesse do jogo, acabou também por ser prejudicial. O Porto nunca deixou de ter o controlo do jogo e do adversário mas, por outro lado, não teve a inspiração para dar outra expressão ao marcador, mesmo que tenha tido algumas oportunidades para o conseguir. O resultado foi um 1-0, pouco interessante, sim, mas que satisfaz os vencedores e dignifica os vencidos.

Algumas notas:
- O Paços assumiu uma postura muito interessante desde o inicio. Sem medo de subir a sua linha defensiva para compactar a equipa e disponível para fazer um jogo em posse e organização ofensiva. Faltou-lhe capacidade no último terço.


- No golo destaca-se a inteligência, velocidade e coincidência de raciocínio de Meireles e Lisandro. Mas a jogada é sobretudo uma evidência da competência do Porto no momento da transição defensiva. O pressing foi imediato e não só parou a transição do Paços, como criou as circunstâncias para o golo.

- Fica a ideia de que o Porto não terá feito, de facto, um grande jogo. Por outro lado, a equipa controlou sempre o jogo. A conjugação destas duas observações é a prova da enorme superioridade deste Porto perante a maioria das equipas em Portugal.

- Cristiano e Rui Miguel são 2 jogadores com qualidade que merece ser revista por muitos clubes. Há ainda William, mas no Paços sobra pouco mais. Há grande mérito na forma como a equipa soube crescer a partir de um inicio de época complicado e há ainda o pormenor de ser uma equipa que não tem emprestados dos grandes. Começa a ser uma raridade em Portugal.

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