10.6.09

Segue a saga Queiroziana...

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Acho que é a primeira vez desde que escrevo neste espaço que sou tantas vezes e tão repetidamente critico em relação a um personagem. Primeiro, porque é raro ter uma opinião sucessivamente negativa sobre as decisões de seja quem for, depois porque nos casos em que tal isso acontece os protagonistas dificilmente ocupam cargos dignos de análises repetidas neste espaço. De facto, lamento voltar a ser maioritariamente critico em relação às apreciações sobre as decisões de Queiroz antes deste último jogo de preparação da temporada, mas efectivamente, não pode ser de outra maneira...


Trocar prioridades e perder oportunidades
Novo jogo de preparação, uma raridade ao nível de Selecções, como é sabido por todos e amplamente reforçado pelo próprio Queiroz. Novamente, no entanto, o foco do seleccionador passa por testar soluções individuais em vez de procurar reunir aqueles com quem mais conta para os jogos decisivos que há ainda pela frente e com eles trabalhar e rotinar processos de jogo que, notoriamente, não têm a qualidade desejada.

Queiroz vai distribuir prémios, simpáticos sem dúvida, a jogadores que têm trabalhado bem mas cuja qualidade, mais do que seguramente, nunca os irá permitir ser opção para os encontros que realmente contam na Selecção. Que Queiroz analise e avalie todos os jogadores durante o tempo em que estão ao nível de clubes – e hoje há mais do que elementos suficientes para uma avaliação detalhada – parece-me bem. Obviamente. O problema é ter que “queimar” treinos e jogos para “castings” individuais, quando há tanto para trabalhar no plano colectivo.

As opções individuais, da baliza aos avançados
Partindo para as discussões sobre escolhas individuais, confesso que é neste momento de todo imperceptível qual é o critério de Queiroz. Começou por anúnciar que só seriam opção os que jogassem nos clubes e nas respectivas posições. A verdade é que adaptou Duda, manteve Deco quando não é opção no Chelsea há várias semanas e não deu oportunidades a outros jogadores de qualidade inegável mas que também não vêm sendo utilizados nos seus clubes. Os destaques mais recentes são as opções para a baliza e para avançados.

Na baliza o caso chega mesmo a ser anedótico. Primeiro, deve ser quase único uma convocatória para tão pouco tempo de trabalho e tão poucos jogos em que estejam presentes 4 guarda redes. O verdadeiro “non-sense” da situação acontece quando Queiroz afirma que não há dúvidas sobre quem é o titular da baliza, acrescentando a esta incoerência óbvia um tom de indignação misturado com insultos à inteligência de quem questiona a situação.

Na frente de ataque, para além do caso de desajuste táctico de Hugo Almeida ao perfil de jogo da Selecção, há ainda o caso de Edinho. O ex-Setúbal teve uma utilização não superior a Nuno Gomes e a Postiga, mas no AEK de Atenas. Se juntarmos as diferenças de qualidade e, sobretudo, perfil entre Edinho e os outros 2, então fica totalmente imperceptível a razão desta escolha.



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