Para começar, importa referir que a afirmação precoce de Sebastian Coates passa muito pela sua invulgar estampa física. A importância do físico nos centrais é, de resto, um dos motivos que explicam ser tão raro um defesa central ser figura de proa numa idade tão tenra. Mas os quase 2 metros (1,96m) de Coates estão longe de ser o motivo de tanto entusiasmo em torno do jogador. É que Coates revela personalidade e uma leitura do jogo perfeitamente invulgar para a idade, permitindo-lhe antecipar muito bem os tempos de abordagem às jogadas, tornando-o quase sempre num jogador decisivo defensivamente e muito para além do jogo aéreo. A sua agilidade, para um jogador tão alto, é também assinalável. A Coates será agora importante aprender e assimilar conceitos tácticos mais próximos do que acontece na Europa, já que no Uruguai e na América do Sul a forma colectiva de defender é manifestamente diferente. Se essa evolução for boa, não tem como Coates não se tornar num dos mais fortes defesas centrais do futebol mundial.
O Nacional tem apenas 70% dos direitos de Coates que é hoje um jogador muito bem cotado, mas cujos 30% foram transaccionados, há 6 meses, por... 180 mil dólares! O mercado uruguaio é muito acessível, mas o problema é que o tempo deverá inflaccionar substancialmente o preço do jogador. A final da Libertadores é agora bastante provável e há ainda o Mundial de sub 20, onde, arrisco eu, tem grandes hipóteses de brilhar...
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