A fase final do jogo acaba por atrair para si todas as atenções do rescaldo do jogo. Não desvalorizando a importância desses acontecimentos, diria que para os responsáveis Vimaranenses será bem mais importante reflectir sobre o que aconteceu nos 87 minutos anteriores porque, realmente, essa é a única coisa que adiantará para o futuro de uma época que ainda agora está a começar.
Já tinha referido o meu desencanto com este inicio de época vitoriano e, por isso, não esperava uma exibição por aí além em Basiléia. O que aconteceu, no entanto, conseguiu ir para além das minhas piores expectativas... Mas vamos por partes...
Já tinha referido o meu desencanto com este inicio de época vitoriano e, por isso, não esperava uma exibição por aí além em Basiléia. O que aconteceu, no entanto, conseguiu ir para além das minhas piores expectativas... Mas vamos por partes...
1ªParte
Até nem começou muito mal o jogo. Depois de uns indícios de nervosismo, o Guimarães colocou a nu as deficiências defensivas do Basiléia, chegando com perigo à baliza contrária por 2 vezes nos primeiros 10 minutos. Tudo se complicou, curiosamente, depois dos 2 golos que, num ápice, colocaram o jogo num empate a 1 favorável ao Guimarães. A partir daí, o nervosismo das primeiras jogadas deixou de ser apenas um indicio para dominar inexplicavelmente o comportamento dos jogadores vitorianos, fazendo passar uma imagem de uma equipa sem estaleca para aquilo que estava a jogar. Mau controlo das primeiras bolas aéreas, precipitação na abordagem aos lances e, sobretudo, uma péssima gestão da posse de bola fizeram da última meia hora do primeiro tempo um jogo de sentido único e em que, honestamente, o Vitória se deve considerar muito feliz por ter escapado sem sofrer golos.
2ªParte
As coisas melhorar e o Vitória serenou defensivamente. Ainda assim, a sua gestão da posse de bola manteve-se pouco lúcida, precipitando-se quase sempre na tentativa de dar profundidade às transições o que fez perder muitas bolas que poderiam e deveriam ter servido para fazer correr o tempo, os suiços e, claro, a sua paciência. Foi numa perda do controlo da zona central (Meireles ficou a pressionar alto e não houve compensação na sua zona o que expôs os centrais) que o Vitória foi, finalmente, penalizado. A partir daí assistiu-se àquilo que Quinito chamava de “colocar a carne toda no assador”. Foi o que Cajuda fez. Em desvantagem, lançou avançados mesmo que isso não fizesse sentido por perder pontos de apoio no meio campo que possibilitassem à equipa fazer a bola chegar à área contrária. Assim, em 20 minutos, o Vitória levou muito pouco perigo à baliza de um Basiléia que, como se percebeu no tal lance polémico, era bem vulnerável defensivamente...