27.2.11

Triunfo portista e o "fim" de Paulo Sérgio (Breves)

ver comentários...
- Em Olhão, o Porto começou por dar seguimento ao desperdício de Quarta Feira. E, no futebol, já se sabe, a ineficácia pode não ser apenas uma forma de falhar golos. Um golo falhado no inicio do jogo pode desencadear várias más decisões na fase terminal dos mesmos. Da ineficácia resulta ansiedade e desta a perda progressiva de lucidez. Pode ser uma interpretação caótica do jogo, mas quantas vezes já vimos acontecer?! O Porto não chegou lá, mas podia. Micael estava para entrar e, provavelmente, Belluschi para sair. Eis que, de repente, a sorte se inverte e o argentino resolve antecipar-se à placa com o seu número, com um número digno de placa. Grande golo, e, com ele, o fim da malapata. É que, não só o jogo ficou mais fácil, como a própria empatia com as balizas pareceu regressar. Seja como for, uma vitória que foi sofrida, mas inteiramente justa.

- Mais cedo, a notícia do afastamento de Paulo Sérgio. Abordarei o tema com mais detalhe em breve, nomeadamente em relação às expectativas de futuro. Para já, apenas, 2 notas. Uma para recordar o que havia referido há poucas semanas: apesar de, nem Sporting, nem Paulo Sérgio terem a intenção de forçar este desfecho, no futebol, a pressão externa é sempre um factor a ter em conta. A segunda, para referir que, ao contrário do que se diz muitas vezes, a saída dos treinadores não é sempre um mau acto de gestão. Um treinador é, antes de tudo, um líder. A energia e crença no sucesso do trabalho não é uma condição suficiente, mas é uma condição absolutamente necessária para o mínimo de sucesso. Quando um treinador deixa de acreditar, o melhor é afastar-se. Em termos gerais, isto não tem nada a ver com competência técnica, mas com liderança e dinâmica de grupo. Paulo Sérgio, como líder, devia ter-se demitido quando deixou de acreditar. E, como fui aqui escrevendo nos últimos jogos, eram já muitos os indícios de que tinha desistido.

AddThis