28.2.11

Benfica, Sporting e a jornada (Breves)

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- O sofrimento levado ao extremo! Domínio habitual, mas desta vez sem eficácia. O Benfica mereceu, obviamente, e acabou mesmo por ganhar. Há, porém, algumas reflexões que valerão a pena sobre a dificuldade como a vitória acabou por ser conseguida. A primeira, tem a ver com a importância dos detalhes no sucesso de uma época discutida entre competidores equilibrados: O Benfica fez mais do que suficiente para ter resolvido mais cedo o jogo, mas não o fez. 2 pontos nesta altura fariam toda a diferença para a manutenção da esperança. 2 pontos hoje, como 3 pontos no inicio da época. O Benfica, com um pouquinho mais de felicidade, poderia ter conseguido um desses 3 pontos que perdeu na fase inicial. Hoje o cenário seria diferente, mas a competência e valor da equipa, esses, seriam os mesmos. A segunda tem a ver com o pensamento indutivo e com algumas conclusões discutíveis que nos são tantas vezes "vendidas" como verdades absolutas: O Benfica sofreu o golo no último quarto de hora e, uma reviravolta em tão curto espaço de tempo depende sempre de algo mais do que o mérito. O que aconteceria se a reviravolta não tivesse sucedido? Lá teríamos de ouvir o discurso do desgaste físico e do efeito inevitável do jogo de quinta feira. O desgaste físico existe, sim, mas é, antes de qualquer outra coisa, uma boa desculpa mental.

- Na Choupana, o último capítulo antes da "era Couceiro". O Sporting, pela qualidade que tem, não se pode queixar muito da sorte. Perdeu e até podia ter sofrido mais, mesmo com 10. Ainda assim, é um facto que perdoou de mais. Há muito que projectei uma eventual luta pela garantia do terceiro lugar. É verdade que o cenário não é exactamente aquele que previra - há bem mais candidatos - mas a projecção confirma-se e trará algum interesse para a recta final do campeonato.

- Falta ainda o Naval-Braga, relevante para 2 patamares da tabela. A jornada começou com a estreia feliz de Ulisses Morais. Uma felicidade que foi mesmo isso, dado o caudal do jogo. Seja como for, isolados alguns de sorte e azar, o Vitória de Machado está dentro dos parâmetros do de Paulo Sérgio, na época anterior. A todos os níveis. O agora ex-treinador do Sporting pode ter mostrado carências para a missão que lhe foi proposta, mas devem contar com ele para ser novamente bem sucedido perante outras realidades e outros objectivos. Outras equipas que começam a reflectir melhor a realidade do seu valor em termos classificativos, são Leiria e Rio Ave. Finalmente, em pólos opostos estão Setúbal - que volta a arriscar a descida - e Paços de Ferreira - que continua a beneficiar muito do "momento" para impressionar toda a gente.

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