21.2.11

Centrais, bolas paradas e a mais valia do Benfica

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Em dia de derbi, trago aqui um assunto que – diz-se... – nestes jogos costuma ser decisivo: as bolas paradas.

Os dados dizem apenas respeito à influência ofensiva dos centrais de cada um dos “3 grandes” em jogos para a liga, mas parte-se do princípio – que creio ser facilmente aceite – de que esse dado está fortemente correlacionado com o aproveitamento destes jogadores nos lances de bola parada.

Os resultados são extremamente claros: em relação aos seus rivais, o Benfica consegue extrair dos seus centrais uma força muito mais forte em termos de capacidade ofensiva. Porto e Sporting, por seu lado, têm resultados próximos, sendo que o Porto beneficia de uma maior eficácia, particularmente pela inspiração recente de Otamendi. Uma inspiração que, segundo estes dados, terá muito poucas hipóteses de se prolongar no tempo.

A importância dos lances de bola parada – e aqui faço uma leitura pessoal que já defendi noutras ocasiões – têm uma importância que vai para além da sua influência directa nos golos que se marcam. As situações de bola parada, mesmo que não tenham eficácia na concretização, podem servir para criar lances de maior proximidade com o golo. Lances que mexem com as bancadas, motivam quem ataca e abalam a confiança de quem defende. No caso, e mesmo não marcando, por várias vezes o Benfica pareceu beneficiar desta mais valia para obter vantagem emocional em determinados períodos dos seus jogos.

A força encarnada neste tipo de lances, em boa verdade, não começou com Jorge Jesus. Já com Quique Flores (e mesmo outros treinadores), as bolas paradas eram um ponto forte do Benfica. Ver no trabalho de uns, o mérito de outros é, normalmente, um exercício tão básico como intelectualmente desonesto. O crédito é devido a quem trabalha e apresenta resultados em cada momento: treinadores e jogadores.

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