15.2.10

Leixões - Porto: Pressão, o denominador... incomum!

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De há algum tempo que venho alertando para a novidade desta barreira no percurso do “Dragão”. A pressão de não ir à frente, de sentir que o peso de não poder errar. É difícil, ou mesmo impossível, quantificar como seria de outra forma, mas a verdade é que numa fase em que confirmou algum crescimento no seu jogo, o Porto fez paradoxalmente coincidir a perda de 4 pontos potencialmente decisivos. Frente ao Leixões, tal como já acontecera com o Paços, o tempo pareceu atrofiar a lucidez de uma equipa que no campo se revelou manifestamente superior à oposição, mas que foi repetidamente tremendo à frente da baliza. E assim, tudo contabilizado, as contas estão verdadeiramente difíceis para que o "penta" seja uma realidade...

O Porto até nem fez um grande jogo no Mar. Começou especialmente mal e acabou em perda de lucidez na recta final. A verdade, porém, é que as diferenças entre as 2 equipas são abismais, quer em termos colectivos, quer em termos individuais, e com a maior das naturalidades, o Porto assumiu um domínio enorme ao qual deveria ter correspondido com maior eficácia.

Começando, então, pelo enganador inicio de partida. Talvez pelo acidentado estado do terreno, talvez pela determinação e agressividade do Leixões, ou até por uma boa dose de culpa própria, o Porto teve 25 minutos manifestamente fracos onde ameaçou, até, tremer perante a oposição. Isso, afinal, provou-se um engano. O Leixões não tinha qualidade para tanto, deu demasiados espaços entre linhas e os jogadores portistas, facilmente, acabaram por impor um grande domínio, sustentado pela mobilidade implícita no seu modelo e por uma forte reacção à perda de bola que fez com que o Leixões se eclipsasse em termos ofensivos. Nesta sequência, que terá durado até ao fim do jogo, ainda que com manifesta perda de lucidez a partir de determinado ponto, Belluschi, Mariano, Varela, Micael e Falcao desperdiçaram, alguns mais do que 1 vez, boas oportunidades. Todas elas... desperdiçadas.

Resta, e sem querer entrar no capítulo individual, falar das substituições de Jesualdo. Recentemente tenho defendido não haver razão lógica para uma obrigatoriedade de se fazer todas as alterações. Jesualdo apenas utilizou 2, mas, tendo em conta as que fez, diria que mais valia não ter feito nenhuma. Retirar Belluschi para colocar Tomás Costa? Ainda para mais numa altura em que o Porto parecia próximo do golo? Tudo isto, implicando uma alteração na estrutura que, 15 minutos volvidos, seria novamente alterada com a entrada de um descrente Orlando Sá (que falta faz Farias!). Francamente, para mim, as substituições têm sobretudo importância do ponto de vista emocional e se não for para esse fim, raramente vale a pena mexer. Ainda assim, não consigo ser muito critico em relação ao treinador. Basta pensar no que se diria caso resolvesse simplesmente não mexer...



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