19.4.07

Sporting: Ainda entre o Céu e o Inferno

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Em pleno mês de Abril, o Sporting tem perante si dois cenários extremos e totalmente antagónicos: a “dobradinha”, ou o terceiro lugar e sem qualquer título. Ao fim de tantos treinos e tantos jogos, parece quase cruel sentenciar-se a análise ao que foi feito pelos pormenores 2 ou 3 jogos que, invariavelmente, definirão o destino do ‘Leão’ em 06/07.

Pelo que já aqui escrevi sobre o Sporting de Paulo Bento, não é difícil antever o carácter positivo da minha análise ao trabalho do ex-internacional Português. Creio, de facto, que em Paulo Bento reside – para minha surpresa, diga-se – um treinador com notáveis qualidades. É que o jovem treinador é daqueles que parece compreender o futebol a todo o seu diâmetro. Combina as características de alguém que conhece o futebol por dentro (por exemplo, mal chegou reduziu o plantel porque jogadores a mais são significado de demasiada gente insatisfeita) com uma exemplar percepção das mais complexas variantes do jogo (pragmatismo táctico, 1 modelo e 1 dinâmica que têm na “zona” e na organização colectiva as suas premissas essenciais). Paulo Bento faz-se, depois, rodear de quem sabe e estudou no que respeita às metodologias de treino – João Aroso foi requisito do técnico quando assumiu a sua função e não terá sido por acaso. A Bento terá faltado capacidade para manter a consistência numa fase da época em que era preciso recorrer à tão falada rotatividade. Fica ainda o “amargo de boca” no caso Carlos Martins. Goste-se ou não o jogador termina a época na pior das situações, quer para ele, quer para o Sporting. Desvalorizado e sem qualquer utilidade para a equipa.

Finalmente, uma palavra para o futuro. Não é preciso ser-se um visionário para perceber o potencial que mora em Alvalade. Particularmente, é urgente manter no meio-campo jogadores prestes a “explodir”. Esse será o factor critico para um destino diferente (no Sporting, entenda-se) de outras gerações brilhantes que nasceram em Alvalade...

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