11.6.14

Antevisão Mundial #8: México

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Sistema táctico 
5-3-2

Orientações defensivas 
Uma equipa com características muito próprias e pouco comuns no futebol actual. Pode adiantar-se para tentar pressionar em toda a extensão do campo, mas tem muitas dificuldades em fazê-lo com eficácia devido ao facto de não subir o bloco de forma compacta, preferindo manter a linha defensiva sempre muito baixa. Notar, nos 3 médios, o papel mais posicional do elemento central, que raramente se aproxima da primeira linha de pressão, ao contrário dos outros dois. Mais atrás, as implicações da utilização de 5 defesas são, obviamente, a boa presença numérica na zona mais recuada, mas também as dificuldades dos 3 médios para controlar o espaço interior e a largura do terreno, em situações em que a circulação consegue ser mais célere. Em termos de dinâmica, e para responder a esta especificidade, é exigida uma maior capacidade de intervenção dos centrais no espaço à sua frente, havendo muito menos relutância em sair da sua zona para sair em contenção, relativamente ao que acontece em sistemas de 4 defesas. São princípios comportamentais diferentes, que resultam das implicações lógicas do posicionamento base.

Orientações ofensivas 
O primeira implicação do sistema de jogo utilizado, no que respeita à dinâmica ofensiva, é a largura da primeira linha de construção, com bastante protagonismo a ser naturalmente oferecido aos centrais, quase todos eles confiantes na presença com bola. Ainda neste sector, destaque para o papel de Rafa Marquez, tanto na liberdade para se adiantar posicionalmente, como na propensão para tentar passes de maior distância. Depois, o foco da equipa passa muito pelo corredor central, já que apesar da mobilidade dos médios interiores, não se vislumbraram muitas combinações de grande potencial junto das laterais, onde os laterais são sobretudo solicitados após variações de corredor. Na linha da frente, nota para a assimetria nas características dos avançados. Giovani dos Santos tem grande propensão para abrir sobre os corredores (não me pareceu muito bem integrado na dinâmica colectiva), e à sua frente jogará sempre um jogador mais central, havendo a dúvida se Peralta ou Hernandez. Pessoalmente, parece-me que o ‘Chicharito’ acrescenta mais em termos de movimentações de rotura, acreditando ser provável que acabe por ganhar um lugar na equipa. Finalmente, nota para os pontapés de canto, já que o México arrisca mais do que a generalidade das equipas, ao envolver habitualmente 6 jogadores neste tipo de acções, para além do próprio marcador do canto.

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