6.6.14

Antevisão Mundial #4: Estados Unidos

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Sistema táctico
4-3-1-2 (losango)

Orientações defensivas
Confesso alguma curiosidade para verificar até que ponto Klinsmann conseguirá manter a postura defensiva que a equipa vem apresentando. Claramente, a fase defensiva, assim como toda a ideia de jogo desta equipa, foi concebida a pensar no momento de transição. Os Estados Unidos têm actuado com 2 avançados, e com Bradley nas suas costas, também ele a ter pouco envolvimento até zonas mais baixas do terreno. Ou seja, a equipa acaba por defender muitas vezes no último terço apenas com 7 jogadores atrás da linha da bola, sendo que a linha média fica com óbvias dificuldades em ajustar o seu posicionamento e controlar eficazmente, quer o espaço entrelinhas, quer os próprios corredores laterais (quando a bola circula lateralmente).

Orientações ofensivas
Como referi, esta é na minha leitura uma equipa claramente pensada para explorar o momento de transição. Isso vê-se até na forma como o guarda-redes lança imediatamente os dois avançados. Estruturalmente, parece-me também evidente que esta forma de jogar tem como objectivo libertar Bradley - o jogador mais dotado da equipa - para poder ser o lançador dos jogadores da frente, com destaque para Altidore, pela capacidade física que apresenta, tanto no jogo de contacto, como na exploração da profundidade. No entanto, em organização ofensiva, esta é uma equipa que, na minha avaliação, apresenta muitos problemas. Os dois médios interiores projectam-se muito em profundidade, intervindo muito pouco na construção e retirando à equipa capacidade de sair em apoio desde trás. Bradley, neste contexto, acaba por ser uma solução recorrente, baixando para a zona de Jones, mas tal não evita as dificuldades de ligação. Dentro deste contexto, há várias possibilidades para explorar pontos fracos e potenciar o erro (também é possível, diria mesmo provável, que no Mundial a equipa simplesmente abdique de construir desde trás, optando por jogar longo), como o passe para os laterais (ficam facilmente sem soluções), a recepção de Jones (obrigaria os centrais a assumir o jogo, não havendo grande qualidade para tal), ou a forma como Bradley tende a aparecer em jogo, tendo tendência a receber de costas em zonas relativamente recuadas, o que confere uma boa oportunidade para passar a uma pressão mais activa. Como nota positiva, e apesar da amostra ser obviamente breve, surgem as bolas paradas, onde a equipa parece capaz de causar problemas aos adversários.

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