Sistema táctico
4-1-4-1
Orientações defensivas
Uma das características de Scolari, diria, é o pouco risco que assume na sua organização defensiva. A equipa conta com jogadores de boa capacidade de trabalho, na linha média, assim como defensores de grande qualidade, o que em principio tornará o Brasil numa equipa difícil de bater em termos defensivos, mesmo que os detalhes da sua organização colectiva sejam simples e muito dependentes da resposta individual dos jogadores. No mesmo sentido, não teremos uma equipa brasileira a fazer da recuperação rápida da bola uma grande prioridade do seu jogo. De referir ainda que, estruturalmente, a equipa deverá defender em 4-2-3-1, promovendo uma simetria posicional entre os dois jogadores mais defensivos do meio campo.
Orientações ofensivas
Tal como no que respeita à sua identidade defensiva, o Brasil não deverá ser uma equipa muito arrojada nas suas dinâmicas ofensivas, tendo como principal mérito o facto de ir de encontro às principais virtudes dos seus recursos individuais, em especial os extremos, com Neymar como grande desequilibrador da equipa. Assim, a tendência será para que o Brasil procure os corredores laterais nas suas acções ofensivas, sendo que o corredor central, e o espaço entrelinhas, deverão geralmente ser apenas explorados num segundo momento, nomeadamente através das diagonais interiores dos extremos, naquele que será o movimento mais forte da equipa. Naturalmente, o Brasil será também uma equipa temível no momento de transição, em particular através de Hulk e Neymar, sendo Fred um jogador diferente e mais forte no jogo posicional, nomeadamente na capacidade de finalização dentro da área.