O que se passa, e foi repetidamente visto em Berlim ou nas primeiras partes de Heerenveen e Leiria, é que o exercício de ter sempre bola mas ficar também permanentemente longe do golo se torna num acumulador de frustração para a equipa que o protagoniza. A consequência é óbvia. Porque ter a bola implica também estar sempre mais desequilibrado posicionalmente, torna-se apenas uma questão de tempo até que um erro em posse dê origem a uma oportunidade a um adversário que, entretanto, vai também acreditando cada vez mais nas suas possibilidades de vencer. E é por isso que, frente ao Hertha, o Sporting dominou, mas esteve também sempre mais perto de perder.
Porque nada disto é circunstancial, porque tudo se voltará a repetir no futuro se as condições forem as mesmas, o mais preocupante pode ser mesmo a capacidade de diagnóstico de quem lidera o processo. E é aqui que, obviamente, entra Carvalhal. Cabe-lhe perceber o problema crónico que é jogar neste registo e não, como fez no final do jogo, invocar estatísticas, azares ou a inspiração dos guarda redes adversários.
E a coisa está agora num ponto muito simples: ou o treinador percebe o problema, ou a frustração será algo recorrente na sua “era” à frente do Sporting.
Porque nada disto é circunstancial, porque tudo se voltará a repetir no futuro se as condições forem as mesmas, o mais preocupante pode ser mesmo a capacidade de diagnóstico de quem lidera o processo. E é aqui que, obviamente, entra Carvalhal. Cabe-lhe perceber o problema crónico que é jogar neste registo e não, como fez no final do jogo, invocar estatísticas, azares ou a inspiração dos guarda redes adversários.
E a coisa está agora num ponto muito simples: ou o treinador percebe o problema, ou a frustração será algo recorrente na sua “era” à frente do Sporting.