0’ Onzes iniciais marcados pelas ausências e os “remendos”. No Benfica, sem haver novidades em termos de nomes na estreia de Chalana, há a curiosidade para verificar as diferenças em relação à disposição e dinâmica da equipa...
6’ Makukula ao poste. A primeira grande ocasião de golo no jogo resulta de uma variação de flanco de Nelson para Rui Costa que aparece no flanco esquerdo. Sucedem-se dois cruzamentos interceptados de forma incompleta, com o segundo, de Rodriguez, a ressaltar em Makukula antes de bater no poste. Uma oportunidade importante para o decurso do jogo e da eliminatória.
O jogo começou com um futebol muito disputado no meio campo mas com algum ascendente (ainda pouco significativo) do Benfica. A curiosidade em torno do esquema apresentado por Chalana começa a ficar desfeita. O losango volta a surgir no Benfica, com Petit como vértice mais recuado, Maxi e Rodriguez nas posições de ala interior e Rui Costa na função mais adiantada. Na frente, lado a lado, Makukula e Nuno Gomes. A dinâmica de jogo tenta recorrer sempre a um jogo apoiado, com Rui Costa como epicentro das operações ofensivas, recuando para ter procurar a bola. Nas alas, ordem para a subida declarada dos laterais, sendo eles a ser os responsáveis pela largura ofensiva da equipa já que, quer Rodriguez, quer sobretudo Maxi Pereira aparecem pouco junto à linha. Nota para o facto do Benfica se expor muito em posse de bola, algo que resulta muito desse tal adiantamento dos laterais. Do lado do Getafe, o 4-4-2 de 2 linhas paralelas não foi desfeito pelas ausências e mantém-se a característica da paciência, quer em posse de bola, quer sem ela. O Getafe parece muitas vezes adormecido, baixando o ritmo do jogo, mas é exímio em provocar acelerações na partida. Uma oscilação de ritmos que é uma grande virtude do conjunto de Laudrup.
14’ Primeira situação do Getafe, com Kepa a finalizar na cara de Quim após ter conseguido de forma quase incompreensível ter encontrado espaço na área do Benfica após uma bola parada a meio do meio campo encarnado. É já notória a intenção do Getafe de aproveitar a exposição do Benfica para surpreender em transição. O domínio do Benfica mantém-se mas começa cada vez mais a ser patente o conforto do Getafe perante essa situação.
18’ Boa diagonal de Rui Costa sobre a esquerda do ataque a criar uma linha de passe e uma solução quando a zona pressionante do Getafe ameçava recuperar mais uma vez a bola. A jogada termina com um remate perigoso de Rodriguez.
27’ Ocasião de golo para o Getafe. Após um pontapé longo de Quim, a bola é ganha no ar pelo Getafe e Léo é depois batido numa zona demasiado adiantada do campo. O Getafe faz um ataque com 4 homens e isso vai ser suficiente para desequilibrar completamente a defensiva do Benfica, com os médios a auxiliar muito deficientemente a zona mais recuada da defesa após a perda de bola de Léo. O cruzamento largo de Cotelo sobre a esquerda apanha o aparecimento de Gavilan que sozinho encontra apenas a oposição de Quim.
40’ Grande ocasião para o Getafe. Impressionante o espaço que o Benfica concede na sua zona mais recuada. O tal ritmo lento ilusório do Getafe é rapidamente interrompido por uma diagonal vertiginosa de Gavilan a aproveitar o tal espaço concedido. A bola é colocada de forma directa em Kepa que, de cabeça isola o seu companheiro que, perante Quim, volta a desperdiçar desta vez ao lado.
45’ O nulo ao intervalo. Num jogo amplamente controlado pelo Getafe, o Benfica teve a oportunidade de “abanar” a eliminatória com a ocasião de Makukula. Com o decorrer do tempo, o Getafe foi impondo um jogo de maior inteligência perante uma situação de vantagem na eliminatória. Mais organizado, muito compacto e sempre equilibrado, ao contrário do Benfica que demonstra incapacidade para responder às exigências de ter de virar a eliminatória perante este Getafe. Apesar do empate ficava a sensação de que a forma exposta como o Benfica se apresentava dificilmente conseguiria resistir a mais 45 minutos de jogo.
58’ Chalana troca Maxi por Di Maria. O segundo tempo começou com uma dificuldade crescente da posse de bola encarnada, cada vez a cometer mais erros perante a zona do Getafe que aparece progressivamente a conseguir ter mais a bola no meio campo do Benfica. Chalana tenta dar mais “nervo” à ala direita onde Maxi raramente apareceu a dar largura. Trata-se, no entanto, de uma mera alteração individual que perante a superioridade colectiva do Getafe e a forma como pressiona em largura, só muito dificilmente poderia ter verdadeiro impacto.
64’ Grande ocasião para Albin, a aproveitar o espaço nas costas da defesa do Benfica na sequência de uma transição que se inicia junto à área Espanhola. É um lance que surge na sequência de alguns outros que indiciam um aproximar mais frequente do Getafe à área encarnada. À incapacidade do Benfica começa a juntar-se um previsível desgaste mental de quem começa a ver o seu objectivo cada vez mais longe.
65’ Troca de Mantorras por Nuno Gomes.
67’ Primeira lance de perigo do Benfica no segundo tempo. Cruzamento de largo de Nelson a encontrar Makukula que serve Rui Costa para um remate de primeira à entrada da área, que é defendido por Abbondanzieri. Um lance que levanta a questão sobre se não seria preferível optar por uma abordagem mais directa ao jogo, já que a zona pressionante do Getafe foi sempre um antídoto mais do que suficiente para as ofensivas encarnadas...
74’ Entrada de Sepsi para a saída de Edcarlos. Chalana assume o risco total e passa a jogar com 3 defesas (Nelson, Katsouranis e Leo). 3-1-4-2 é o esquema improvisado nesta fase com Sepsi e Di Maria nas alas e com Rui Costa e Rodriguez na zona central. Petit tem a missão de fechar na zona central e tentar auxiliar um Katsouranis demasiado isolado.
77’ Golo de Getafe. Demorou 3 minutos a sucumbir a opção kamikaze de Chalana. A jogada é simples o primeiro passe da fase de construção do Benfica é interceptado por De la Red na zona central e de imediato Albin é isolado perante o meio campo desamparado do Benfica.
81’ Nova transição do Getafe resulta num desperdicio clamoroso de Cortés, já sem Quim na baliza. Se a densidade numérica do Benfica na frente não trouxe grande acréscimo de dificuldade à missão defensiva do Getafe, o avolumar do marcador parece agora dependente da disponibilidade do Getafe para o fazer, tal a exposição que o Benfica assume na sua zona mais recuada. O Getafe, no entanto, também lança pouca gente na frente.
6’ Makukula ao poste. A primeira grande ocasião de golo no jogo resulta de uma variação de flanco de Nelson para Rui Costa que aparece no flanco esquerdo. Sucedem-se dois cruzamentos interceptados de forma incompleta, com o segundo, de Rodriguez, a ressaltar em Makukula antes de bater no poste. Uma oportunidade importante para o decurso do jogo e da eliminatória.
O jogo começou com um futebol muito disputado no meio campo mas com algum ascendente (ainda pouco significativo) do Benfica. A curiosidade em torno do esquema apresentado por Chalana começa a ficar desfeita. O losango volta a surgir no Benfica, com Petit como vértice mais recuado, Maxi e Rodriguez nas posições de ala interior e Rui Costa na função mais adiantada. Na frente, lado a lado, Makukula e Nuno Gomes. A dinâmica de jogo tenta recorrer sempre a um jogo apoiado, com Rui Costa como epicentro das operações ofensivas, recuando para ter procurar a bola. Nas alas, ordem para a subida declarada dos laterais, sendo eles a ser os responsáveis pela largura ofensiva da equipa já que, quer Rodriguez, quer sobretudo Maxi Pereira aparecem pouco junto à linha. Nota para o facto do Benfica se expor muito em posse de bola, algo que resulta muito desse tal adiantamento dos laterais. Do lado do Getafe, o 4-4-2 de 2 linhas paralelas não foi desfeito pelas ausências e mantém-se a característica da paciência, quer em posse de bola, quer sem ela. O Getafe parece muitas vezes adormecido, baixando o ritmo do jogo, mas é exímio em provocar acelerações na partida. Uma oscilação de ritmos que é uma grande virtude do conjunto de Laudrup.
14’ Primeira situação do Getafe, com Kepa a finalizar na cara de Quim após ter conseguido de forma quase incompreensível ter encontrado espaço na área do Benfica após uma bola parada a meio do meio campo encarnado. É já notória a intenção do Getafe de aproveitar a exposição do Benfica para surpreender em transição. O domínio do Benfica mantém-se mas começa cada vez mais a ser patente o conforto do Getafe perante essa situação.
18’ Boa diagonal de Rui Costa sobre a esquerda do ataque a criar uma linha de passe e uma solução quando a zona pressionante do Getafe ameçava recuperar mais uma vez a bola. A jogada termina com um remate perigoso de Rodriguez.
27’ Ocasião de golo para o Getafe. Após um pontapé longo de Quim, a bola é ganha no ar pelo Getafe e Léo é depois batido numa zona demasiado adiantada do campo. O Getafe faz um ataque com 4 homens e isso vai ser suficiente para desequilibrar completamente a defensiva do Benfica, com os médios a auxiliar muito deficientemente a zona mais recuada da defesa após a perda de bola de Léo. O cruzamento largo de Cotelo sobre a esquerda apanha o aparecimento de Gavilan que sozinho encontra apenas a oposição de Quim.
40’ Grande ocasião para o Getafe. Impressionante o espaço que o Benfica concede na sua zona mais recuada. O tal ritmo lento ilusório do Getafe é rapidamente interrompido por uma diagonal vertiginosa de Gavilan a aproveitar o tal espaço concedido. A bola é colocada de forma directa em Kepa que, de cabeça isola o seu companheiro que, perante Quim, volta a desperdiçar desta vez ao lado.
45’ O nulo ao intervalo. Num jogo amplamente controlado pelo Getafe, o Benfica teve a oportunidade de “abanar” a eliminatória com a ocasião de Makukula. Com o decorrer do tempo, o Getafe foi impondo um jogo de maior inteligência perante uma situação de vantagem na eliminatória. Mais organizado, muito compacto e sempre equilibrado, ao contrário do Benfica que demonstra incapacidade para responder às exigências de ter de virar a eliminatória perante este Getafe. Apesar do empate ficava a sensação de que a forma exposta como o Benfica se apresentava dificilmente conseguiria resistir a mais 45 minutos de jogo.
58’ Chalana troca Maxi por Di Maria. O segundo tempo começou com uma dificuldade crescente da posse de bola encarnada, cada vez a cometer mais erros perante a zona do Getafe que aparece progressivamente a conseguir ter mais a bola no meio campo do Benfica. Chalana tenta dar mais “nervo” à ala direita onde Maxi raramente apareceu a dar largura. Trata-se, no entanto, de uma mera alteração individual que perante a superioridade colectiva do Getafe e a forma como pressiona em largura, só muito dificilmente poderia ter verdadeiro impacto.
64’ Grande ocasião para Albin, a aproveitar o espaço nas costas da defesa do Benfica na sequência de uma transição que se inicia junto à área Espanhola. É um lance que surge na sequência de alguns outros que indiciam um aproximar mais frequente do Getafe à área encarnada. À incapacidade do Benfica começa a juntar-se um previsível desgaste mental de quem começa a ver o seu objectivo cada vez mais longe.
65’ Troca de Mantorras por Nuno Gomes.
67’ Primeira lance de perigo do Benfica no segundo tempo. Cruzamento de largo de Nelson a encontrar Makukula que serve Rui Costa para um remate de primeira à entrada da área, que é defendido por Abbondanzieri. Um lance que levanta a questão sobre se não seria preferível optar por uma abordagem mais directa ao jogo, já que a zona pressionante do Getafe foi sempre um antídoto mais do que suficiente para as ofensivas encarnadas...
74’ Entrada de Sepsi para a saída de Edcarlos. Chalana assume o risco total e passa a jogar com 3 defesas (Nelson, Katsouranis e Leo). 3-1-4-2 é o esquema improvisado nesta fase com Sepsi e Di Maria nas alas e com Rui Costa e Rodriguez na zona central. Petit tem a missão de fechar na zona central e tentar auxiliar um Katsouranis demasiado isolado.
77’ Golo de Getafe. Demorou 3 minutos a sucumbir a opção kamikaze de Chalana. A jogada é simples o primeiro passe da fase de construção do Benfica é interceptado por De la Red na zona central e de imediato Albin é isolado perante o meio campo desamparado do Benfica.
81’ Nova transição do Getafe resulta num desperdicio clamoroso de Cortés, já sem Quim na baliza. Se a densidade numérica do Benfica na frente não trouxe grande acréscimo de dificuldade à missão defensiva do Getafe, o avolumar do marcador parece agora dependente da disponibilidade do Getafe para o fazer, tal a exposição que o Benfica assume na sua zona mais recuada. O Getafe, no entanto, também lança pouca gente na frente.
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Uma vitória mais do que justa da melhor equipa nos 90 minutos. O Getafe jogou com a estratégia que mais se aconselhava e o Benfica mostrou sempre uma incapacidade gritante para inverter a situação. Uma nota sobre a equipa espanhola. Trata-se de uma formação muito bem organizada e forte nos mais diversos capítulos do jogo. O que se viu não foi só demérito do Benfica mas muito mérito de uma equipa que sabe como posicionar-se defensivamente efectuando uma zona pressionante muito inteligente e que conseguia quase sempre criar superioridade na zona da bola.
No que respeita ao Benfica, fica a primeira indicação de que poderemos ter um regresso ao losango com Chalana. Mas há mais. Fica por saber se se tratou de um risco por causa da desvantagem que o Benfica levava para o jogo ou se será algo para repetir, mas o que se viu foi uma equipa demasiado exposta no momento da perda de bola e com pouca equilíbrio defensivo. Este é um aspecto que rompe com o perfil mais cauteloso de Camacho e que, a confimar-se, poderá significar um aumento do número de golos sofridos. Ofensivamente há ainda muito pouco tempo para que seja apresentado trabalho, mas a intenção parece ser integrar mais gente nas acções ofensivas, fazendo da subida dos laterais um recurso obrigatório (é aqui que surge também o aumento do risco no momento da perda de bola).
Uma última nota para o facto de este desfecho estar longe de se constituir como uma surpresa (aliás o Getafe era favorito nas casas de apostas antes da eliminatória). O Getafe, de apenas 13 mil sócios, tem um orçamento superior ao do Benfica e esse é um factor bem mais determinante do que as diferenças de curriculo na hora de constituir o plantel. Estar deste ou do outro lado da fronteira tem uma importância cada vez maior e este é apenas um exemplo que comprova o que há muito venho dizendo.