Leixões – Porto
Foi uma vitória mais sofrida do que se esperaria face às incidências iniciais do jogo. O Leixões apareceu com uma estratégia de circunstância que visava utilizar uma defesa reforçada na zona central e assumir o risco do fora de jogo como forma de parar a superioridade portista. Se o objectivo era aproximar linhas e impedir que a posse de bola do Porto tivesse dificuldades em aproximar-se da área Matosinhense, então falhou redondamente. Ainda assim, o Leixões conseguiu o mais difícil, não só resistindo ao ascendente do adversário como sendo eficaz no aproveitamento de uma situação ofensiva que resultou de um invulgar erro de Lucho quando tentava lançar a transição. O Porto arriscou e Jesualdo voltou a utilizar Meireles como falso defesa esquerdo, tal como frente ao Schalke. O empate chegou merecidamente mas já um pouco tarde no jogo e o Leixões tinha tudo para ser mais inteligente na preservação de um empate que lhe era favorável por todos os motivos. Sofrer um golo em transição e a tentar fazer fora de jogo na linha tão perto do meio campo parece-me um erro primário para quem estava tão perto de um resultado positivo. O Porto venceu com toda a justiça um jogo em que o Leixões não soube aproveitar a felicidade dos acontecimentos.
Foi uma vitória mais sofrida do que se esperaria face às incidências iniciais do jogo. O Leixões apareceu com uma estratégia de circunstância que visava utilizar uma defesa reforçada na zona central e assumir o risco do fora de jogo como forma de parar a superioridade portista. Se o objectivo era aproximar linhas e impedir que a posse de bola do Porto tivesse dificuldades em aproximar-se da área Matosinhense, então falhou redondamente. Ainda assim, o Leixões conseguiu o mais difícil, não só resistindo ao ascendente do adversário como sendo eficaz no aproveitamento de uma situação ofensiva que resultou de um invulgar erro de Lucho quando tentava lançar a transição. O Porto arriscou e Jesualdo voltou a utilizar Meireles como falso defesa esquerdo, tal como frente ao Schalke. O empate chegou merecidamente mas já um pouco tarde no jogo e o Leixões tinha tudo para ser mais inteligente na preservação de um empate que lhe era favorável por todos os motivos. Sofrer um golo em transição e a tentar fazer fora de jogo na linha tão perto do meio campo parece-me um erro primário para quem estava tão perto de um resultado positivo. O Porto venceu com toda a justiça um jogo em que o Leixões não soube aproveitar a felicidade dos acontecimentos.
Sporting – Nacional
Começo por fazer uma referência elogiosa à sobriedade de Paulo Bento no final da partida. Uma vitória expressiva poderia ser aproveitada para fazer uma análise menos realista da partida. O treinador não o fez, reconhecendo erros e uma exibição que não foi de forma nenhuma perfeita, sobretudo em termos defensivos. Demonstra mais, mais uma vez, lucidez.
O Sporting teve, de facto, dificuldades em controlar o jogo e a posse de bola do Nacional. Mérito para os Madeirenses que sabem trocar muito bem a bola, incorporando um princípio elementar mas muitas vezes ignorado por muitas equipas: fazer a bola percorrer lateralmente o terreno, mudando o flanco de ataque. Esta opção é particularmente eficaz perante um bloco intermédio do Sporting que utiliza muita a basculação lateral dos médios para fazer pressão junto às alas. Quando a bola “foge” para o outro lado, e mesmo que não haja progressão, o Sporting concede espaços pelo tempo que a equipa demora a reorganizar-se. Neste aspecto tenho uma nota: parece-me que o Sporting deveria definir melhor a sua zona de pressão quando o adversário tem a bola. Juntar mais as linha média da linha mais recuada poderia muitas vezes ser uma opção mais segura do que tentar fazer um pressing mais alongado no campo mas com mais espaços entre os sectores. Ainda assim o Nacional criou as suas situações no primeiro tempo sobretudo em erros do Sporting. Quer em posse de bola (Pereirinha numa ocasião), quer na reacção tardia à perda de bola após um canto.
Ofensivamente parece-me que o Sporting fez sempre um bom jogo, criando oportunidades e dificuldades ao bloco do Nacional com movimentos interiores (curiosamente desta vez não muito lateralizados). O futebol tem coisas curiosas e o Nacional sofreu pelo segundo ano consecutivo um “vendaval” de golos num curto espaço de tempo que resolveu completamente o jogo. É impossível não destacar, mais uma vez, João Moutinho. Repito, será um erro enorme (penso eu) não o colocar nas contas do Europeu.